Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Uma questão de educação

A senhora ministra da Educação é uma pessoa séria, respeitadora, democrática. Por isso, não tem certamente dificuldade em entender o alarme e a preocupação que alguns pais sentem perante o que o seu ministério se prepara para apresentar como educação sexual. São mesmo muitos os pais, além de professores, educadores e pessoas de boa vontade, que se inquietam, e não são fanáticos, maníacos ou desequilibrados. A senhora ministra, cuja função é servir o País e a formação dos jovens, tem de compreender isto.

Não entremos na conversa administrativa e legal com que o ministério se protege como mandam os pergaminhos. Sabemos que tudo se faz com o melhor propósito educativo e técnicas pedagógicas. Sabemos que há liberdade no uso das horas de aula e dos conteúdos, que devem ser adequados ao projecto educativo. Nós sabemos, mas nem todos sabem. Sabemos que os pais têm de ser informados de todas as actividades nesse âmbito. E sabemos que raramente o são. Até sabemos que os famigerados kits da Associação para o Planeamento Familiar (APF) se destinam aos professores e que nunca devem ser mostrados aos alunos. Mesmo assim, será que a senhora ministra não compreende o alarme e a preocupação de tantos?

Comecemos pelo óbvio, até porque neste assunto isso tem sido o mais distorcido. Existe uma coisa chamada pudor, dominante nestes temas. É verdade que muitos, em nome da liberdade de expressão, se esforçam hoje por fingir que não o conhecem e fazem vasta campanha de engenharia social contra ele. Mas as pessoas educadas sabem bem o que isso é, e o Ministério, se quer ser de educação, tem de o assumir. Se insiste em tratar assuntos destes como mera "educação para a saúde", muita gente decente fica alarmada. Há muito mais, para lá de saúde, envolvido no comportamento sexual. Sem regras claras e sérias, as crianças ficam à mercê dos caprichos e equívocos do docente que lhes couber.

A senhora ministra também não ignora que estes temas estão hoje embrulhados em profunda polémica ética, em que cada lado defende o que o outro acha horrível. Há 50 anos, era assim nos temas económicos, com alguns iluminados proclamando que a sua posição radical era a única via aceitável para a modernidade e a justiça. Muitos países caíram na armadilha de os levar a sério, com consequências desastrosas que ainda persistem. Em ambientes de grave controvérsia e indefinição, as entidades oficiais devem ter os cuidados que se impõem. Saindo em defesa aberta de um dos lados, mostram--se tirânicas e intolerantes. A senhora ministra sabe a prudência que se exige em momentos assim.

Também tem de saber que, neste confronto, a APF se situa num dos extremos da polémica. A auto-erigida guardiã nacional da ortodoxia erótica é considerada por muitos como um talibã radical e militante. Aliás, os sintomas são evidentes: basta considerar a retórica arrogante, supino desprezo pela opinião alheia e esforço patético para mascarar de resultado científico uma posição moral e ideológica particular. Quando o Ministério permite a ambiguidade que vai impondo essa associação privada como referência pública, sem procurar alternativas que equilibrem o panorama, torna-se cúmplice da distorção.

Não entremos nos pormenores com que tantos se deliciam. Este tema deu muito grão para o irresponsável moinho mediático, que se excita pela controvérsia sem olhar à gravidade do que está em causa. A educação sexual é tema central e decisivo. Por isso mesmo, tem de ser tratado com respeito, ponderação, equilíbrio e seriedade. Não se podem copiar exageros como o da Espanha, que, numa patética tentativa de ser a vanguarda, manifesta a parolice do saloio modernaço. Devemos, antes, copiar os países realmente avançados e desenvolvidos, o seu respeito democrático pelas várias posições e os cuidados que temas delicados merecem.

O que sabemos do que o Ministério pretende impor como educação sexual não garante o respeito pelos direitos das famílias portuguesas. Só nos resta confiar nas qualidades de mulher e cidadã da senhora Ministra da Educação.

João César das Neves

(DN online)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1938

Celebra a santa Missa na Catedral de Santiago de Compostela, na cripta onde se veneram os restos mortais do Apóstolo. São Josemaria meditou com frequência na vida de São Tiago Apóstolo. Em Cristo que passa, escreve: “Também a nós nos chama e nos pergunta como a Tiago e João: Potestis bibere calicem quem ego bibiturus sum? (Mt XX, 22); estais dispostos a beber o cálice (este cálice da completa entrega ao cumprimento da vontade do Pai) que eu vou beber? Possumus! (Mt XX, 22). Sim, estamos dispostos! - é a resposta de João e Tiago... Vós e eu, estamos dispostos seriamente a cumprir, em tudo, a vontade do nosso Pai, Deus? Demos ao Senhor o nosso coração inteiro ou continuamos apegados a nós mesmos, aos nossos interesses, à nossa comodidade, ao nosso amor-próprio? Há em nós alguma coisa que não corresponda à nossa condição de cristãos e que nos impeça de nos purificarmos”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Meditação de Francisco Fernández Carvajal

CAMINHO DE CRESCIMENTO... (comentário de AMA)

Vem-me a vontade de comentar o belíssimo escrito do Joaquim com o título acima, publicado em SPE DEUS. Não tenho nada a acrescentar - nem me atreveria, quem sou eu? - mas, ao contrário rever-me no que ele diz sobre o caminhar do homem ao encontro de Deus.

A mim parece-me sempre uma tremenda complicação em que a gente se mete quando envereda por tais caminhos.

Temos de analisar a nossa vida do principio ao fim, inverter os valores, rever prioridades, estabelecer novas normas de conduta, entrarmos numa espiral de esforço contínuo que nunca esmorece porque, por detrás de cada árvore que derrubamos aparece outra que não víamos porque estava escondida atrás da primeira e, assim, sucessivamente.

É como dizia, complicarmos a nossa vida de uma forma que não nos passava pela cabeça.

Por isso muitos, desistem ou, simplesmente não querem, meter-se por esses caminhos o que se compreende. Para quê complicar mais a nossa vida quando ela já se apresenta com tantas dificuldades e obstáculos?

Acrescentar mais um?

É de loucos!

E por tal, muitos nos tomam: loucos!

A meu ver, têm razão, porque o Amor a Deus é uma loucura que se instala na nossa vida e não nos larga.

Em nós nasce uma insatisfação "insatisfeita", quero dizer, achamos que estamos aquém do que podemos - e devemos - fazer para retribuir, de alguma forma, a LOUCURA QUE É O AMOR DE DEUS PELOS HOMENS!

E não há volta a dar: ou se ama com o coração inteiro, completo numa entrega sem peias nem condições ou, então, isso que possamos sentir não é amor, poderá ser uma intenção boa, um entusiasmo interessante mas... não é amor.

É por isso que eu Lhe digo, todos os dias:

Senhor, entrego-te o meu coração vazio de qualquer afecto que me prenda, assim poderás enchê-lo do Teu Amor e eu serei, sem dúvida feliz!

Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/

A PROCURA

Imóvel, cabeça voltada para o Céu, os braços abertos em cruz, as palmas das mãos viradas para cima, todo eu era uma súplica, (ou pretendia ser), esperando confiantemente o sinal, os sinais do meu Senhor.

Não queria pensar em nada, não queria nenhuma distracção, fosse ela qual fosse, queria apenas esperar, sentir, deixar-me envolver pela presença do meu Deus e Senhor.

De vez em quando, uma qualquer voz do interior de mim, tentava distrair-me do meu propósito, da minha procura, da minha entrega que queria total, mas eu, forte e decidido, logo lhe ordenava com autoridade que se calasse e não me impedisse de continuar a minha demanda.
E esperava, e esperava, e clamava com todas as minhas forças:

Senhor, estou aqui, quero entregar-me, quero sentir e viver o Teu amor!

Mas nada, nada acontecia, apenas aquela voz interior que regressava de quando em vez, para me afastar do encontro com o meu Senhor.

Suplicante, perguntei então, já cansado, virado para o Céu:

Que faço eu de errado Senhor, porque não vens ao meu encontro, sei que não Te mereço, mas também sei que és infinitamente bom, e que tocas sempre aqueles que te procuram.

E nada, nenhuma resposta, nem o mais leve sinal, ou um calor que me fizesse sentir a Sua presença, e eu que tanto me tinha preparado para este momento.

É esta voz de dentro de mim, pensei eu, que não me deixa entrar na presença do meu Deus. Mas como calá-la, como fazer para que ela não me distraia da minha meditação.

De vez em quando um vento, como uma brisa, passava por mim e o meu coração agitava-se, estremecia, mas logo se aquietava, um pouco desiludido, pois não era a presença que eu tanto desejava.

Cansado, quase um pouco descrente, deixei de lado o meu esforço em que tanto tinha acreditado, e que pensava seria o necessário para o meu encontro decisivo com Jesus.

Baixei os braços, deixei pender a cabeça, libertei os meus sentimentos e foi então que ouvi distintamente aquela voz dentro de mim:

«Procuras fora O que está dentro de ti?
Procuras com a tua inteligência, com os teus planos, com as tuas forças, aquilo que só Eu, por graça, te posso dar?
Não sabes que habito em Ti, não sabes que habito naqueles que me amam, naqueles que se alimentam de Mim?
Para que queres tu sinais, consolações, sentimentos?
Não te chega saberes que Me entreguei por ti e que te prometi, e a todos os que acreditassem, que sempre estaria convosco?
Abandona-te, entrega-te, do exterior nada te dou, mas deixa que cresça no teu interior até que Eu seja tudo em ti.»

Caí de joelhos.

Pobre de mim, convencido de algum merecimento, convencido de que podia alguma coisa, quando apenas bastava abrir o coração, abrir a vida, e dizer:

Sim, meu Senhor e meu Deus, faça-se a Tua vontade!

Escrito em 07 de Agosto de 2006

Joaquim Mexia Alves

Bento XVI deverá convocar um novo Consistório em Outubro e aonde provavelmente nomeará novos Cardeais (vídeos em espanhol e inglês)

Tema para reflexão - Espiritualidade

A espiritualidade nunca pode ser entendida como um conjunto de práticas piedosas e ascéticas justapostas de qualquer maneira ao conjunto de direitos e deveres determinados pela própria vocação; pelo contrário, as circunstâncias próprias, enquanto respondam ao querer de Deus, hão-de ser assumidas e vitalizadas sobrenaturalmente por um determinado modo de desenvolver a vida espiritual, desenvolvimento que tem de se alcançar precisamente em e através daquelas circunstâncias.

(ÁLVARO DEL PORTILLO, O Sacerdote do Vaticano II, Aster, Lisboa 1972, nr. 117)

Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/

Comentário ao Evangelho dia feito por:

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), Bispo de Ravena, Doutor da Igreja
Sermão 3, PL 52, 303-306, CCL 24, 211-215 (a partir da trad. de Thèmes et figures, DDB 1984, p. 117)

O sinal de Jonas

Eis que a fuga do profeta Jonas para longe de Deus (Jn 1, 3) se transforma numa imagem profética, e o que é apresentado como um naufrágio funesto se torna o sinal da ressurreição do Senhor. O próprio texto da história de Jonas mostra-nos bem como este prefigura plenamente a imagem do Salvador. Está escrito que Jonas «fugiu da presença do Senhor». Não fugiu o próprio Senhor da condição e do aspecto da divindade, para tomar a condição e o rosto humanos? Assim o diz o Apóstolo Paulo: «Ele, que é de condição divina, não considerou como uma usurpação ser igual a Deus; no entanto, esvaziou-se a Si mesmo, tomando a condição de servo» (Fil 2, 6-7). O Senhor revestiu-Se da condição de servo. Para passar despercebido no mundo, para sair vitorioso sobre o demónio, fugiu de Si mesmo para junto dos homens. [...] Deus está em todo o lado: é impossível fugir-Lhe. Para conseguir «fugir da presença do Senhor», não para um lugar determinado mas, de certa maneira, através da aparência, Cristo refugiou-Se na imagem da nossa servidão, totalmente assumida.

A narrativa prossegue: «desceu a Jafa, onde encontrou um navio que partia para Társis». Eis agora Aquele que desceu: «Ninguém subiu ao Céu a não ser Aquele que desceu do Céu» (Jo 3, 13). O Senhor desceu do céu à terra, Deus desceu à altura do homem, a omnipotência desceu à nossa servidão. Mas Jonas, que desceu em direcção ao navio, teve de subir para nele viajar. Da mesma forma, Cristo, descido ao mundo, subiu, pelas Suas virtudes e milagres, para o navio da Sua Igreja.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 19 de Julho de 2010

São Mateus 12,38-42

38 Então replicaram-Lhe alguns dos escribas e fariseus, dizendo: «Mestre, nós desejávamos ver algum prodígio Teu».39 Ele respondeu-lhes: «Esta geração má e adúltera pede um prodígio, mas não lhe será dado outro prodígio senão o prodígio do profeta Jonas.40 Porque, assim como Jonas esteve no ventre da baleia três dias e três noites, assim estará o Filho do Homem três dias e três noites no seio da terra.41 Os habitantes de Nínive se levantarão no dia do juízo contra esta geração, e a condenarão, porque se converteram com a pregação de Jonas. Ora aqui está Quem é mais do que Jonas.42 A rainha do Meio-Dia levantar-se-á no dia do juízo contra esta geração e a condenará, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. Ora aqui está Quem é mais do que Salomão.