Obrigado, Perdão Ajuda-me
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Peregrinar
"Peregrinar não é simplesmente visitar um lugar qualquer para admirar os seus tesouros da natureza, arte e história. Peregrinar significa, aliás, sair de nós próprios para ir ao encontro de Deus lá onde Ele se manifestou, onde a graça divina se mostrou com particular esplendor e produziu abundantes frutos de conversão e de santidade entre os crentes."
Sua Santidade o Papa Bento XVI - Santiago de Compostela, Sábado, 6 de Novembro de 2010
Sua Santidade o Papa Bento XVI - Santiago de Compostela, Sábado, 6 de Novembro de 2010
Vaticano: O turismo também é ocasião para anunciar a Cristo
Foi divulgada (06.07.2011) a mensagem do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Emigrantes e Itinerantes por ocasião da Jornada Mundial do Turismo, que será celebrada no dia 27 de setembro, e este ano tem como tema: "Turismo e aproximação das culturas" no qual se recorda que esta atividade também é ocasião para o anúncio claro e explícito de Jesus Cristo.
Na mensagem divulgada em inglês, francês, italiano, espanhol e português, assinada pelo Presidente do dicastério, o Arcebispo Antonio Maria Vegliò, destaca-se que "não nos podemos conformar com conceber as visitas turísticas como uma simples pré-evangelização, mas deve funcionar de plataforma para realizar o anúncio claro e explícito de Jesus Cristo".
Para obter isto, através do rico património cultural e religioso de muitos lugares, é necessário gerar medidas concretas como "a elaboração de percursos turísticos que possibilitem a visita aos lugares mais importantes do património religioso-cultural das dioceses”.
Do mesmo modo, indica a mensagem, "deve-se favorecer um alargado horário de abertura, bem como dispor de uma estrutura de acolhimento adequada. Nesta linha é importante a formação espiritual e cultural dos guias turísticos, enquanto que se poderia estudar a possibilidade de criar organizações de guias católicos".
Por isso, "é necessário fazer com que as pessoas não só aceitem a existência da cultura do outro - como afirma Bento XVI -, mas aspirem também a receber um enriquecimento da mesma", acolhendo o que esta possui de bom, de verdadeiro e de belo”, assinala a mensagem.
O texto ressalta ademais que é necessário para este diálogo saber acolher, escutar e "saber viajar" conhecendo as riquezas que geraram na história a experiência religiosa da comunidade cristã.
"Certamente, estas obras de arte e de memória histórica possuem um enorme potencial evangelizador, enquanto que se inserem na via pulchritudinis, o caminho da beleza, que é "um percurso privilegiado e fascinante para se aproximar do Mistério de Deus".
"Deve ser um objetivo primário da nossa pastoral do turismo mostrar o verdadeiro significado de todo este acervo cultural, nascido à sombra da fé e para glória de Deus. (...) Importa, por isso, que apresentemos este património na sua autenticidade, mostrando-o na sua verdadeira natureza religiosa, inserindo-o no contexto litúrgico no qual nasceu e para o qual nasceu.".
“Porque sabemos que a Igreja "existe para evangelizar", (...) Devemos sublinhar, antes de mais, a importância de um acolhimento apropriado, "que tenha em conta o que é específico de cada grupo e de cada pessoa, as expetativas dos corações e as suas autênticas necessidades espirituais", e que se manifesta em diversos elementos: desde os simples detalhes até à disponibilidade pessoal para a escuta, passando pelo acompanhamento durante o tempo que durar aquela presença".
Estas iniciativas devem aproveitar também "meios atuais e interativos, aproveitando os recursos pessoais e tecnológicos que estão à nossa disposição".
A mensagem conclui recordando que a celebração do VII Congresso Mundial de Pastoral do Turismo ocorrerá em Cancun (México) na semana do 23 ao 27 de abril de 2012.
Na mensagem divulgada em inglês, francês, italiano, espanhol e português, assinada pelo Presidente do dicastério, o Arcebispo Antonio Maria Vegliò, destaca-se que "não nos podemos conformar com conceber as visitas turísticas como uma simples pré-evangelização, mas deve funcionar de plataforma para realizar o anúncio claro e explícito de Jesus Cristo".
Para obter isto, através do rico património cultural e religioso de muitos lugares, é necessário gerar medidas concretas como "a elaboração de percursos turísticos que possibilitem a visita aos lugares mais importantes do património religioso-cultural das dioceses”.
Do mesmo modo, indica a mensagem, "deve-se favorecer um alargado horário de abertura, bem como dispor de uma estrutura de acolhimento adequada. Nesta linha é importante a formação espiritual e cultural dos guias turísticos, enquanto que se poderia estudar a possibilidade de criar organizações de guias católicos".
Por isso, "é necessário fazer com que as pessoas não só aceitem a existência da cultura do outro - como afirma Bento XVI -, mas aspirem também a receber um enriquecimento da mesma", acolhendo o que esta possui de bom, de verdadeiro e de belo”, assinala a mensagem.
O texto ressalta ademais que é necessário para este diálogo saber acolher, escutar e "saber viajar" conhecendo as riquezas que geraram na história a experiência religiosa da comunidade cristã.
"Certamente, estas obras de arte e de memória histórica possuem um enorme potencial evangelizador, enquanto que se inserem na via pulchritudinis, o caminho da beleza, que é "um percurso privilegiado e fascinante para se aproximar do Mistério de Deus".
"Deve ser um objetivo primário da nossa pastoral do turismo mostrar o verdadeiro significado de todo este acervo cultural, nascido à sombra da fé e para glória de Deus. (...) Importa, por isso, que apresentemos este património na sua autenticidade, mostrando-o na sua verdadeira natureza religiosa, inserindo-o no contexto litúrgico no qual nasceu e para o qual nasceu.".
“Porque sabemos que a Igreja "existe para evangelizar", (...) Devemos sublinhar, antes de mais, a importância de um acolhimento apropriado, "que tenha em conta o que é específico de cada grupo e de cada pessoa, as expetativas dos corações e as suas autênticas necessidades espirituais", e que se manifesta em diversos elementos: desde os simples detalhes até à disponibilidade pessoal para a escuta, passando pelo acompanhamento durante o tempo que durar aquela presença".
Estas iniciativas devem aproveitar também "meios atuais e interativos, aproveitando os recursos pessoais e tecnológicos que estão à nossa disposição".
A mensagem conclui recordando que a celebração do VII Congresso Mundial de Pastoral do Turismo ocorrerá em Cancun (México) na semana do 23 ao 27 de abril de 2012.
(Fonte: ACI Digital)
“Não te esqueças da figueira amaldiçoada”
Aproveita o tempo. Não te esqueças da figueira amaldiçoada. Já fazia alguma coisa: dar folhas. Como tu... – Não me digas que tens desculpas. De nada valeu à figueira – narra o Evangelista – não ser tempo de figos, quando o Senhor lá os foi buscar. – E estéril ficou para sempre. (Caminho, 354)
Voltemos ao Santo Evangelho e detenhamo-nos no que refere S. Mateus, no capítulo vigésimo primeiro. Conta-nos que Jesus, quando voltava para a cidade, teve fome. Vendo uma figueira junto do caminho, aproximou-se dela. Que alegria, Senhor, ver-te com fome, ver-te também sedento, junto do poço de Sicar!. (...)
Como te fazes compreender bem, Senhor! Como te fazes amar! Mostras-te igual a nós em tudo, excepto no pecado, para que sintamos que contigo poderemos vencer as nossas más inclinações e as nossas culpas. Efectivamente, não têm importância o cansaço, a fome, a sede, as lágrimas... Cristo cansou-se, passou fome, teve sede, chorou. O que importa é a luta – uma luta amável, porque o Senhor permanece sempre a nosso lado – para cumprir a vontade do Pai que está nos céus. (...)
Abeirou-se da figueira, mas não encontrou senão folhas . É lamentável. Não acontecerá assim também na nossa vida? Não haverá nela, infelizmente, falta de fé e de vibração de humildade, ausência de sacrifícios e de obras? Não será que apresentamos um cristianismo só de fachada e sem frutos? É terrível, porque Jesus ordena: Nunca mais nasça fruto de ti. E, imediatamente, secou a figueira. Entristece-nos esta passagem da Sagrada Escritura, ao mesmo tempo que, por outro lado, nos anima a avivar a fé, a viver conformes à fé, para que Cristo receba sempre algum lucro da nossa parte. (Amigos de Deus 201–202)
Como te fazes compreender bem, Senhor! Como te fazes amar! Mostras-te igual a nós em tudo, excepto no pecado, para que sintamos que contigo poderemos vencer as nossas más inclinações e as nossas culpas. Efectivamente, não têm importância o cansaço, a fome, a sede, as lágrimas... Cristo cansou-se, passou fome, teve sede, chorou. O que importa é a luta – uma luta amável, porque o Senhor permanece sempre a nosso lado – para cumprir a vontade do Pai que está nos céus. (...)
Abeirou-se da figueira, mas não encontrou senão folhas . É lamentável. Não acontecerá assim também na nossa vida? Não haverá nela, infelizmente, falta de fé e de vibração de humildade, ausência de sacrifícios e de obras? Não será que apresentamos um cristianismo só de fachada e sem frutos? É terrível, porque Jesus ordena: Nunca mais nasça fruto de ti. E, imediatamente, secou a figueira. Entristece-nos esta passagem da Sagrada Escritura, ao mesmo tempo que, por outro lado, nos anima a avivar a fé, a viver conformes à fé, para que Cristo receba sempre algum lucro da nossa parte. (Amigos de Deus 201–202)
São Josemaría Escrivá
Obrigado, sr. ministro!
Há dias um pobre pediu-me esmola. Depois, encorajado pela minha generosidade e esperançoso na minha gravata, perguntou se eu fazia o favor de entregar uma carta ao senhor ministro. Perguntei-lhe qual ministro e ele, depois de pensar um pouco, acabou por dizer que era ao ministro que o andava a ajudar. O texto é este:
"Senhor ministro, queria pedir-lhe uma grande ajuda: veja lá se deixa de me ajudar. Não me conhece, mas tenho 72 anos, fui pobre e trabalhei toda a vida. Vivia até há uns meses num lar com a minha magra reforma. Tudo ia quase bem, até o senhor me querer ajudar.
Há dois anos vierem uns inspectores ao lar. Disseram que eram de uma coisa chamada Azai. Não sei o que seja. O que sei é que destruíram a marmelada oferecida pelos vizinhos e levaram frangos e doces dados como esmola. Até os pastelinhos da senhora Francisca, de que eu gostava tanto, foram deitados fora. Falei com um deles, e ele disse-me que tudo era para nosso bem, porque aqueles produtos, que não estavam devidamente embalados, etiquetados e refrigerados, podiam criar graves problemas sanitários e alimentares. Não percebi nada e perguntei-lhe se achava bem roubar a comida dos pobres. Ele ficou calado e acabou por dizer que seguia ordens. Fiquei então a saber que a culpa era sua e decidi escrever-lhe. Nessa noite todos nós ali passámos fome, felizmente sem problemas sanitários e alimentares graves.
Ah! É verdade. Os tais fiscais exigiram obras caras na cozinha e noutros locais. O senhor director falou em fechar tudo e pôr-nos na rua, mas lá conseguiu uns dinheiritos e tudo voltou ao normal. Como os inspectores não regressaram e os vizinhos continuaram a dar-nos marmelada, frangos e até, de vez em quando, os belos pastéis da tia Francisca, esqueci-me de lhe escrever. Até há seis meses, quando destruíram tudo.
Estes não eram da Azai. Como lhe queria escrever, procurei saber tudo certinho. Disseram-me que vinham do Instituto da Segurança Social. Descobriram que estava tudo mal no lar. O gabinete da direcção tinha menos de 12 m2 e na instalação sanitária do refeitório faltava a bancada com dois lavatórios apoiados sobre poleias e sanita com apoios laterais. Os homens andaram com fitas métricas em todas as janelas e portas e abanaram a cabeça muitas vezes. Havia também um problema qualquer com o sabonete, que devia ser líquido.
Enfureceram-se por existirem quartos com três camas, várias casas de banho sem bidé e na área destinada ao duche de pavimento (ligeiramente inferior a 1,5 m x 1,5 m) não estivesse um sistema que permita tanto o posicionamento como o rebatimento de banco para banho de ajuda (uma coisa que nem sei o que seja). Em resumo, o lar era uma desgraça e tinha de fechar.
Ultimamente pensei pedir aos senhores fiscais para virem à barraca onde vivo desde então, medir as janelas e ver as instalações sanitárias (que não há!). Mas tenho medo que ma fechem, e então é que fico mesmo a dormir na rua.
Mas há esperança. Fui ontem, depois da missa, visitar o lar novo que o senhor prior aqui da freguesia está a inaugurar, e onde talvez tenha lugar. Fiquei espantado com as instalações. Não sei o que é um hotel de luxo, porque nunca vi nenhum, mas é assim que o imagino. Perguntei ao padre por que razão era tudo tão grande e tão caro. Afinal, se fosse um bocadinho mais apertado, podia ajudar mais gente. Ele respondeu que tinha apenas cumprido as exigências da lei (mais uma vez tem a ver consigo, senhor ministro). Aliás o prior confessou que não tinha conseguido fazer mesmo tudo, porque não havia dinheiro, e contava com a distracção ou benevolência dos inspectores para lhe aprovarem o lar. Se não, lá ficamos nós mais uns tempos nas barracas.
Senhor ministro, acredito que tenha excelentes intenções e faça isto por bem. Como não sabe o que é a pobreza, julga que as exigências melhoram as coisas. Mas a única coisa que estas leis e fiscalizações conseguem é criar desigualdades dentro da miséria. Porque não se preocupam com as casas dos pobres, só com as que ajudam os pobres."
João César das Neves
(Fonte: DN online)
"Senhor ministro, queria pedir-lhe uma grande ajuda: veja lá se deixa de me ajudar. Não me conhece, mas tenho 72 anos, fui pobre e trabalhei toda a vida. Vivia até há uns meses num lar com a minha magra reforma. Tudo ia quase bem, até o senhor me querer ajudar.
Há dois anos vierem uns inspectores ao lar. Disseram que eram de uma coisa chamada Azai. Não sei o que seja. O que sei é que destruíram a marmelada oferecida pelos vizinhos e levaram frangos e doces dados como esmola. Até os pastelinhos da senhora Francisca, de que eu gostava tanto, foram deitados fora. Falei com um deles, e ele disse-me que tudo era para nosso bem, porque aqueles produtos, que não estavam devidamente embalados, etiquetados e refrigerados, podiam criar graves problemas sanitários e alimentares. Não percebi nada e perguntei-lhe se achava bem roubar a comida dos pobres. Ele ficou calado e acabou por dizer que seguia ordens. Fiquei então a saber que a culpa era sua e decidi escrever-lhe. Nessa noite todos nós ali passámos fome, felizmente sem problemas sanitários e alimentares graves.
Ah! É verdade. Os tais fiscais exigiram obras caras na cozinha e noutros locais. O senhor director falou em fechar tudo e pôr-nos na rua, mas lá conseguiu uns dinheiritos e tudo voltou ao normal. Como os inspectores não regressaram e os vizinhos continuaram a dar-nos marmelada, frangos e até, de vez em quando, os belos pastéis da tia Francisca, esqueci-me de lhe escrever. Até há seis meses, quando destruíram tudo.
Estes não eram da Azai. Como lhe queria escrever, procurei saber tudo certinho. Disseram-me que vinham do Instituto da Segurança Social. Descobriram que estava tudo mal no lar. O gabinete da direcção tinha menos de 12 m2 e na instalação sanitária do refeitório faltava a bancada com dois lavatórios apoiados sobre poleias e sanita com apoios laterais. Os homens andaram com fitas métricas em todas as janelas e portas e abanaram a cabeça muitas vezes. Havia também um problema qualquer com o sabonete, que devia ser líquido.
Enfureceram-se por existirem quartos com três camas, várias casas de banho sem bidé e na área destinada ao duche de pavimento (ligeiramente inferior a 1,5 m x 1,5 m) não estivesse um sistema que permita tanto o posicionamento como o rebatimento de banco para banho de ajuda (uma coisa que nem sei o que seja). Em resumo, o lar era uma desgraça e tinha de fechar.
Ultimamente pensei pedir aos senhores fiscais para virem à barraca onde vivo desde então, medir as janelas e ver as instalações sanitárias (que não há!). Mas tenho medo que ma fechem, e então é que fico mesmo a dormir na rua.
Mas há esperança. Fui ontem, depois da missa, visitar o lar novo que o senhor prior aqui da freguesia está a inaugurar, e onde talvez tenha lugar. Fiquei espantado com as instalações. Não sei o que é um hotel de luxo, porque nunca vi nenhum, mas é assim que o imagino. Perguntei ao padre por que razão era tudo tão grande e tão caro. Afinal, se fosse um bocadinho mais apertado, podia ajudar mais gente. Ele respondeu que tinha apenas cumprido as exigências da lei (mais uma vez tem a ver consigo, senhor ministro). Aliás o prior confessou que não tinha conseguido fazer mesmo tudo, porque não havia dinheiro, e contava com a distracção ou benevolência dos inspectores para lhe aprovarem o lar. Se não, lá ficamos nós mais uns tempos nas barracas.
Senhor ministro, acredito que tenha excelentes intenções e faça isto por bem. Como não sabe o que é a pobreza, julga que as exigências melhoram as coisas. Mas a única coisa que estas leis e fiscalizações conseguem é criar desigualdades dentro da miséria. Porque não se preocupam com as casas dos pobres, só com as que ajudam os pobres."
João César das Neves
(Fonte: DN online)
Lealdade
A lealdade tem como consequência a segurança de andar por um caminho recto, sem instabilidades nem perturbações; e a de nos confirmarmos nesta certeza: o bom caminho e a felicidade existem.
Vê lá se isso acontece na tua vida a toda a hora.
São Josemaría Escrivá - Sulco, 340
Vê lá se isso acontece na tua vida a toda a hora.
São Josemaría Escrivá - Sulco, 340
Leitura para férias - “Histórias e Morais” do Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada
Autor: Gonçalo Portocarrero de Almada
N.º Págs.: 250
Pvp: € 15
Ano de Edição: 2011
Isbn: 978-989-622-377-9
Formato: 14x22
DA OBRA
«(…) Para que serve este livro:
Para pôr na estante, pois fica em princípio bem em qualquer casa e, mesmo que não sirva para mais nada, a sua leitura poderá sempre servir de muito salutar penitência.
Para oferecer: é um bom presente para um amigo especial (o seu caso, se o livro lhe foi oferecido!) ou para um inimigo de estimação, pois não é qualquer inimigo que recebe uma prenda destas.
(…)
Informação importante sobre alguns ingredientes do livro.
Q.b. de doutrina católica, apostólica, romana, segundo as directrizes do magistério da Igreja, mas cabendo ao autor toda a responsabilidade pelas posições assumidas.
Contém produtos genuinamente sobrenaturais – como a fé, a esperança e a caridade – com certificação de origem. (…)»
in A Abrir: Instruções para o uso deste livro
DO AUTOR
O Padre Gonçalo Nuno Ary Portocarrero de Almada nasceu em Haia, Holanda, a 1 de Maio de 1958, mas é lisboeta pelos quatro costados. Quarto de oito irmãos, é o primeiro de três gémeos. Licenciou-se em Direito na Universidade de Madrid (Complutense) e, posteriormente, doutorou-se em Filosofia pela Universidade Pontifícia da Santa Cruz, em Roma.
Ordenado sacerdote em 1986, exerce desde então o respectivo ministério no âmbito da prelatura do Opus Dei, em que está incardinado, e das diversas dioceses – Lisboa, Braga, Coimbra e Porto – em que tem residido e trabalhado. É na actualidade capelão de um colégio em Lisboa e de uma escola profissional no Estoril.
Foi Juiz do Tribunal Eclesiástico de Braga e é vice-presidente da direcção da Confederação Nacional de Associações de Família (CNAF), membro da Associação Portuguesa de Canonistas, etc. É ainda cerimoniário eclesiástico da Ordem de Cavalaria do Santo Sepulcro de Jerusalém e capelão da Ordem Soberana e Militar de Malta.
Publicista e conferencista, tem participado em programas televisivos e radiofónicos e escreve regularmente na imprensa periódica. Co-autor, nesta editora, de Porque não casamento entre pessoas do mesmo sexo (Alêtheia, 2009), é também autor da História de um grão de trigo (Diel, 2001), A Igreja e a vida (Diel, 2004), Crítica da razão dialéctica em Aristóteles (Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 2006), Os defeitos de Maria (Lucerna, 2007) e Via Sacra (Verbo, 2010).
S. Josemaría nesta data em 1974
Em Lima, Peru, comenta hoje: “O homem foi criado, como diz a Sagrada Escritura, ut operaretur: para trabalhar. Se os nossos primeiros pais não tivessem pecado, o trabalho não seria custoso, seria uma maravilha; mas realizado por amor de Deus, ainda que se torne pesado, ainda que pareça de pouca transcendência, é sempre algo de grande, que nos faz felizes: é beber o cálice de Jesus Cristo”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
S. BENTO, ASTRO BRILHANTE DA IGREJA E DA CIVILIZAÇÃO
1. Fulgurante de luz, Bento de Núrcia, glória da Itália e de toda a Igreja, resplandece como astro na escuridão da noite. Quem pacientemente estudar a sua gloriosa vida e entrar, à luz da história, no tempestuoso tempo em que viveu, há-de sentir, indubitavelmente, a realidade da promessa que o Senhor deixou aos Apóstolos e a sociedade que fundara: "Estarei convosco, todos os dias, até a consumação dos tempos" (Mt 27,20). Sentença e promessa que jamais perderá, por certo, a sua actualidade, porque se envolve no curso dos séculos, que a divina Providência governa e encaminha. Com efeito, quando são mais audazes e agressivos os inimigos da religião e mais temerosos os baixios em que se agita a nau Vaticana de Pedro, quando tudo, finalmente, se vai, a desmoronar, e já pereceu de todo a esperança humana, então, precisamente, o amigo que não falta, o divino consolador, dispensador dos tesouros celestiais, Jesus Cristo, aparece para reconstituir as fileiras abaladas, com novos contingentes de atletas, que saiam a defender em campo a república cristã, que a reintegrem como antigamente e que, se puder ser, com o auxílio da graça, a enriqueçam de novas conquistas.
2. Entre esses atletas, refulge com luz particular "Bento, que duplamente o foi: por graça e de nome". Por especialíssimo desígnio da Providência, salientava-se nas trevas do século o santo patriarca, à hora precisa em que a situação da Igreja e dos povos atravessava uma crise profunda. O império romano, que atingira o apogeu da glória, estendendo-se, por efeito duma política justa e moderada, aos povos mais diversos, a ponto de afirmar um dos seus escritores "que melhor que império chamar-se-lhe-ia padroado da terra", como tudo que é humano, tinha declinado para o ocaso. Debilitado e corrompido por dentro, esfacelado, por fora, pelas repetidas incursões dos bárbaros que desciam do setentrião, o Ocidente afundava-se na mais completa ruína. Nesta horrível procela, cheia de perigos e destroços, donde surgiria à humanidade a esperança de auxílio, a garantia de salvar da voragem, intactas ao menos, as relíquias do seu património? Da Igreja católica. Com efeito, todos os empreendimentos e instituições, baseados unicamente no arbítrio dos homens, que reciprocamente se sucedem e engrandecem, no rodar do tempo, vêem, em virtude da própria fragilidade essencial, decair e arruinar-se. A Igreja, porém, possui, derivante do próprio fundador, a propriedade de fruir da vida divina, dum vigor incessante que lhe permite sair da luta com os homens e as coisas sempre vencedora, apta para arrancar, ainda do entulho, uma idade nova e mais feliz e reagregar os povos, com o influxo dos princípios cristãos, numa sociedade rejuvenescida.
3. Por isso, na provável ocorrência do XIV centenário da morte do santo patriarca, em que coroado de méritos e esgotado de trabalhos despendidos em prol de Deus e dos homens, venturosamente passou deste exílio da terra à pátria celeste, houvemos por bem, veneráveis irmãos, salientar, ainda que resumidamente, nesta nossa carta encíclica o momentoso papel que desempenhou na reintegração e reforma das coisas do seu tempo.
Pio XII – excerto Carta Encíclica “Fulgens Radiatur” – 21 de Março de 1947
Nota:
S. Bento foi proclamado Padroeiro da Europa pelo Papa Paulo VI na Carta Apostólica “Pacis nuntius” de 24 de Outubro de 1964
2. Entre esses atletas, refulge com luz particular "Bento, que duplamente o foi: por graça e de nome". Por especialíssimo desígnio da Providência, salientava-se nas trevas do século o santo patriarca, à hora precisa em que a situação da Igreja e dos povos atravessava uma crise profunda. O império romano, que atingira o apogeu da glória, estendendo-se, por efeito duma política justa e moderada, aos povos mais diversos, a ponto de afirmar um dos seus escritores "que melhor que império chamar-se-lhe-ia padroado da terra", como tudo que é humano, tinha declinado para o ocaso. Debilitado e corrompido por dentro, esfacelado, por fora, pelas repetidas incursões dos bárbaros que desciam do setentrião, o Ocidente afundava-se na mais completa ruína. Nesta horrível procela, cheia de perigos e destroços, donde surgiria à humanidade a esperança de auxílio, a garantia de salvar da voragem, intactas ao menos, as relíquias do seu património? Da Igreja católica. Com efeito, todos os empreendimentos e instituições, baseados unicamente no arbítrio dos homens, que reciprocamente se sucedem e engrandecem, no rodar do tempo, vêem, em virtude da própria fragilidade essencial, decair e arruinar-se. A Igreja, porém, possui, derivante do próprio fundador, a propriedade de fruir da vida divina, dum vigor incessante que lhe permite sair da luta com os homens e as coisas sempre vencedora, apta para arrancar, ainda do entulho, uma idade nova e mais feliz e reagregar os povos, com o influxo dos princípios cristãos, numa sociedade rejuvenescida.
3. Por isso, na provável ocorrência do XIV centenário da morte do santo patriarca, em que coroado de méritos e esgotado de trabalhos despendidos em prol de Deus e dos homens, venturosamente passou deste exílio da terra à pátria celeste, houvemos por bem, veneráveis irmãos, salientar, ainda que resumidamente, nesta nossa carta encíclica o momentoso papel que desempenhou na reintegração e reforma das coisas do seu tempo.
Pio XII – excerto Carta Encíclica “Fulgens Radiatur” – 21 de Março de 1947
Nota:
S. Bento foi proclamado Padroeiro da Europa pelo Papa Paulo VI na Carta Apostólica “Pacis nuntius” de 24 de Outubro de 1964
São Bento, padroeiro da Europa
Gostaria hoje de falar de São Bento, fundador do monaquismo ocidental, e também padroeiro do meu pontificado. Começo com uma palavra de São Gregório Magno, que escreve sobre São Bento: «O homem de Deus que brilhou nesta terra com tantos milagres não resplandeceu menos pela eloquência com que soube expor a sua doutrina» (Dial. II, 36). O grande Papa escreveu estas palavras no ano de 592; o santo monge tinha falecido 50 anos antes e ainda estava vivo na memória do povo, sobretudo na florescente ordem religiosa por ele fundada. São Bento de Núrcia exerceu, com a sua vida e a sua obra, uma influência fundamental sobre o desenvolvimento da civilização e da cultura europeias. [...]
Entre os séculos V e VI, o mundo esteve envolvido numa tremenda crise de valores e de instituições, causada pela queda do Império Romano, pela invasão dos novos povos e pela decadência dos costumes. Com a apresentação de São Bento como «astro luminoso», Gregório queria indicar, nesta situação atormentada, precisamente aqui nesta cidade de Roma, a saída da «noite escura da história» (cf. João Paulo II, Insegnamenti, II/1, 1979, p. 1158). De facto, a obra do santo e, de modo particular, a sua Regra revelaram-se portadoras de um autêntico fermento espiritual, que mudou, no decorrer dos séculos, muito para além dos confins da sua pátria e do seu tempo, o rosto da Europa, suscitando depois da queda da unidade política criada pelo Império Romano uma nova unidade espiritual e cultural, a da fé cristã partilhada pelos povos do continente. Surgiu precisamente assim a realidade à qual nós chamamos «Europa».
Entre os séculos V e VI, o mundo esteve envolvido numa tremenda crise de valores e de instituições, causada pela queda do Império Romano, pela invasão dos novos povos e pela decadência dos costumes. Com a apresentação de São Bento como «astro luminoso», Gregório queria indicar, nesta situação atormentada, precisamente aqui nesta cidade de Roma, a saída da «noite escura da história» (cf. João Paulo II, Insegnamenti, II/1, 1979, p. 1158). De facto, a obra do santo e, de modo particular, a sua Regra revelaram-se portadoras de um autêntico fermento espiritual, que mudou, no decorrer dos séculos, muito para além dos confins da sua pátria e do seu tempo, o rosto da Europa, suscitando depois da queda da unidade política criada pelo Império Romano uma nova unidade espiritual e cultural, a da fé cristã partilhada pelos povos do continente. Surgiu precisamente assim a realidade à qual nós chamamos «Europa».
Bento XVI
Audiência geral de 9/4/08 © Libreria Editrice Vaticana
Audiência geral de 9/4/08 © Libreria Editrice Vaticana
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Do Evangelho de hoje
E todo aquele que deixar a casa, ou os irmãos ou irmãs, ou o pai ou a mãe, ou os filhos, ou os campos, por causa do Meu nome, receberá cem vezes mais e possuirá a vida eterna. (Mt 19, 29)
Leitura completa - Mt 19, 27-29
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