Destacam o já conhecido como doomscrolling (consumo tóxico de notícias negativas) e a evasão estratégica (um modo mais racional de estar informado).
Um estudo sobre os hábitos de consumo de notícias durante o primeiro confinamento na Noruega analisou essa tendência, que surgiu precisamente como uma reação lógica ao excesso informativo e ao consequente desgaste emocional: a evasão estratégica.
Um grupo importante de pessoas, embora procurando manter-se bem informadas, procuram momentos de desconexão e usam estratégias para evitar os efeitos adversos da já conhecida “avalanche” informativa.
A estratégia consiste em estabelecer rotinas diárias em que dedicam um tempo razoável a estar informados e outros momentos em que desconectam totalmente do infindável mundo das notícias. A este tipo de pessoas começou-se a chamar na Noruega evasores estratégicos.
Antes da pandemia, a decisão de não querer estar informado era vista como uma conduta irresponsável. Agora, não é bem assim: este novo tipo de “evasores” são vistos como pessoas razoáveis.
Porque, no fundo, não é que não queiram estar informados. O que querem é evitar os efeitos adversos da sobreabundância de informação que, nos momentos actuais, se tornou um alude com resultados muitas vezes catastróficos.
Trata-se, como alguém dizia, de melhorar a própria higiene informativa, escolhendo meios de comunicação de alta qualidade e consumindo menos conteúdos.
E, assim, de acordo com a experiência na Noruega, mediante o uso dessa “dieta” informativa, a qualidade de vida de várias pessoas melhorou substancialmente.