O Santo Padre recebeu em audiência, no Vaticano, o primeiro-ministro de Moçambique, Alberto Clementino Vaquina.
Durante o cordial encontro, refere um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, o primeiro-ministro renovou ao Papa "as felicitações do povo moçambicano pela sua eleição para a Cátedra de Pedro".
Expressou ainda a sua "satisfação pelas boas relações existentes entre a Santa Sé e Moçambique, ulteriormente consolidadas pelo Acordo bilateral entre as partes, assinado em 7 de dezembro de 2011 e ratificado no ano passado".
Em particular, prossegue a nota, detiveram-se sobre a "contribuição positiva da Igreja Católica para a paz e o desenvolvimento do país, sobretudo mediante as suas obras educacionais, caritativas e assistenciais".
Por fim, conclui a nota, "foram brevemente passados em resenha alguns desafios e problemáticas que atualmente atingem a o sul da África".
Rádio Vaticano com adaptação de JPR
Vídeo em espanhol
Obrigado, Perdão Ajuda-me
quinta-feira, 11 de abril de 2013
Amar a Cristo...
Senhor Jesus Filho de Deus, quantas vezes a Ti, que estás sempre junto de nós, Te ignoramos para assim aliviarmos a nossa consciência dos nossos pecados ou mesmo cometê-los, são quase sempre de menor relevância aos nossos olhos, mas são sempre enormidades se vistos com humildade e respeito pela Tua grandeza e bondade.
Ajuda-nos, Te rogamos, a estar sempre atentos e respeitarmos a Tua presença junto de nós, amando-Te na pureza e evitando o pecado e o relativismo.
Louvado sejas, Jesus Cristo que Te fizeste Homem excepto no pecado para nos salvares!
JPR
A obediência é escuta que nos torna livres
Deus não pode ser objecto de negociação. E a fé não prevê a possibilidade de sermos «tíbios», «nem maus nem bons», procurando com «uma vida dupla» chegar a um acordo num «status vivendi» com o mundo. O Papa Francisco disse-o na homilia da missa, celebrada na manhã de quinta-feira 11 de Abril, na capela da Domus Sanctae Marthae, na qual participaram a direcção e a redacção de «L'Osservatore Romano». Além dos jornalistas do diário estavam presentes também os das edições periódicas e alguns funcionários da direcção geral..
Entre os concelebrantes o indiano cardeal Telesphore Placidus Toppo, arcebispo de Ranchi, o arcebispo Mario Aurelio Poli, sucessor de Bergoglio no governo da arquidiocese de Buenos Aires, pe. Indunil Janakaratne Kodithuwakku Kankanamalage, subsecretário do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-Religioso, monsenhor Robinson Edward Wijesinghe, chefe de departamento do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, pe. Sergio Pellini, director-geral da Tipografia Vaticana Editrice L'Osservatore Romano, os jesuítas Władisław Gryzło, encarregado da edição mensal em língua polaca do nosso jornal, e Konrad Grech, e o franciscano conventual Giuseppe Samid. Entre os presentes, o presidente e o secretário-geral da Fundação Centesimus Annus – Pro Pontifice, Domingo Sugranyes Bickel e Massimo Gattamelata.
Nas leituras, explicou o Papa na homilia, «aparece três vezes a palavra “obedecer”: fala-se da obediência. A primeira vez, quando Pedro responde “é preciso obedecer a Deus e não aos homens”» diante do Sinédrio como referem os Actos dos apóstolos (5, 27-33).
O que significa – questionou-se o Pontífice – «obedecer a Deus? Significa que devemos ser como escravos, todos amarrados? Não, porque exactamente quem obedece a Deus é livre, não é escravo! E como se faz? Obedeço, não faço a minha vontade e sou livre? Parece uma contradição. Mas não é uma contradição». De facto «obedecer vem do latim e significa escutar, ouvir o outro. Obedecer a Deus é escutá-Lo, ter o coração aberto para ir pela senda que Deus nos indica. A obediência a Deus é escutar Deus. E isto torna-nos livres».
Comentando o trecho dos Actos dos apóstolos, o Pontífice recordou que Pedro «diante destes escribas, sacerdotes e também do sumo sacerdote, dos fariseus» foi chamado a «tomar uma decisão». Pedro «ouvia o que os fariseus e os sacerdotes diziam, e ouvia o que Jesus dizia no seu coração: “o que faço?”. Disse: “Faço o que me diz Jesus, não o que quereis que eu faça”. E assim foi em frente».
«Na nossa vida – disse o Papa Francisco – ouvimos também certas propostas que não vêm de Jesus, nem de Deus. Pode-se entender: as nossas debilidades às vezes levam-nos por este caminho. Ou também por outro que é ainda mais perigoso: estabelecemos um acordo, um pouco de Deus e um pouco de vós. Fazemos um acordo e assim continuamos com uma dupla vida: um pouco a vida daquilo que ouvimos de Jesus e um pouco a vida do que escutamos do mundo, os poderes do mundo e muito mais». Mas não é um «bom» sistema. De facto «no livro do Apocalipse, o Senhor diz: isto não é bom, porque assim não sois maus nem bons: sois tíbios. Condeno-vos».
O Pontífice advertiu exactamente contra esta tentação: «Se Pedro tivesse dito aos sacerdotes: “falemos como amigos e estabeleçamos um status vivendi”, talvez tivesse corrido bem». Mas não teria sido uma escolha própria «do amor que vem quando ouvimos Jesus». Uma escolha que provoca consequências. «O que acontece – prosseguiu o Santo Padre – quando escutamos Jesus? Às vezes os que nos fazem outra proposta enraivecem-se e a estrada acaba na perseguição. Neste momento, disse, temos muitas irmãs e irmãos que para obedecer, ouvir, escutar o que Jesus lhes pede estão sob perseguição. Recordemos sempre estes irmãos e irmãs que puseram a carne no fogo e nos dizem com a própria vida: “Quero obedecer, ir pelo caminho que Jesus me indica”».
Com a liturgia hodierna «a Igreja convida-nos» a «ir pela senda de Jesus» e a «não ouvir as propostas que o mundo nos faz, propostas de pecado ou tíbias, a meias»: trata-se, reafirmou, de um modo de viver que «não é bom» e «não nos fará felizes».
Nesta escolha de obediência a Deus e não ao mundo, sem ceder a acordos, o cristão não está sozinho. «Onde encontramos – perguntou-se o Papa – a ajuda para ir pela estrada do ouvir Jesus? No Espírito Santo. Somos testemunhas desses factos: foi o Espírito Santo que Deus doou aos que o obedecem». Portanto, disse, «é precisamente o Espírito Santo dentro de nós que nos dá força para continuar». O Evangelho de João (3, 31-36), proclamado na celebração, com uma bonita expressão garante: «”Aquele que Deus enviou diz as palavras de Deus: ele dá o Espírito incomensuravelmente”. O nosso Pai dá-nos o Espírito, sem medidas, para escutar Jesus, ouvir Jesus e ir pela senda de Jesus».
O Papa Francisco concluiu a homilia com o convite a sermos corajosos nas diversas situações da vida: «Peçamos a graça da coragem. Teremos sempre pecados: somos todos pecadores». Mas serve «a coragem de dizer: “Senhor, sou pecador, às vezes obedeço às coisas mundanas mas quero obedecer a ti, quero caminhar pela tua vereda”. Peçamos esta graça, de ir sempre pela estrada de Jesus. E quando não o fizermos, peçamos perdão: O Senhor perdoa-nos, porque Ele é muito bom».
(©L'Osservatore Romano - 11 de abril de 2013)
Entre os concelebrantes o indiano cardeal Telesphore Placidus Toppo, arcebispo de Ranchi, o arcebispo Mario Aurelio Poli, sucessor de Bergoglio no governo da arquidiocese de Buenos Aires, pe. Indunil Janakaratne Kodithuwakku Kankanamalage, subsecretário do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-Religioso, monsenhor Robinson Edward Wijesinghe, chefe de departamento do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, pe. Sergio Pellini, director-geral da Tipografia Vaticana Editrice L'Osservatore Romano, os jesuítas Władisław Gryzło, encarregado da edição mensal em língua polaca do nosso jornal, e Konrad Grech, e o franciscano conventual Giuseppe Samid. Entre os presentes, o presidente e o secretário-geral da Fundação Centesimus Annus – Pro Pontifice, Domingo Sugranyes Bickel e Massimo Gattamelata.
Nas leituras, explicou o Papa na homilia, «aparece três vezes a palavra “obedecer”: fala-se da obediência. A primeira vez, quando Pedro responde “é preciso obedecer a Deus e não aos homens”» diante do Sinédrio como referem os Actos dos apóstolos (5, 27-33).
O que significa – questionou-se o Pontífice – «obedecer a Deus? Significa que devemos ser como escravos, todos amarrados? Não, porque exactamente quem obedece a Deus é livre, não é escravo! E como se faz? Obedeço, não faço a minha vontade e sou livre? Parece uma contradição. Mas não é uma contradição». De facto «obedecer vem do latim e significa escutar, ouvir o outro. Obedecer a Deus é escutá-Lo, ter o coração aberto para ir pela senda que Deus nos indica. A obediência a Deus é escutar Deus. E isto torna-nos livres».
Comentando o trecho dos Actos dos apóstolos, o Pontífice recordou que Pedro «diante destes escribas, sacerdotes e também do sumo sacerdote, dos fariseus» foi chamado a «tomar uma decisão». Pedro «ouvia o que os fariseus e os sacerdotes diziam, e ouvia o que Jesus dizia no seu coração: “o que faço?”. Disse: “Faço o que me diz Jesus, não o que quereis que eu faça”. E assim foi em frente».
«Na nossa vida – disse o Papa Francisco – ouvimos também certas propostas que não vêm de Jesus, nem de Deus. Pode-se entender: as nossas debilidades às vezes levam-nos por este caminho. Ou também por outro que é ainda mais perigoso: estabelecemos um acordo, um pouco de Deus e um pouco de vós. Fazemos um acordo e assim continuamos com uma dupla vida: um pouco a vida daquilo que ouvimos de Jesus e um pouco a vida do que escutamos do mundo, os poderes do mundo e muito mais». Mas não é um «bom» sistema. De facto «no livro do Apocalipse, o Senhor diz: isto não é bom, porque assim não sois maus nem bons: sois tíbios. Condeno-vos».
O Pontífice advertiu exactamente contra esta tentação: «Se Pedro tivesse dito aos sacerdotes: “falemos como amigos e estabeleçamos um status vivendi”, talvez tivesse corrido bem». Mas não teria sido uma escolha própria «do amor que vem quando ouvimos Jesus». Uma escolha que provoca consequências. «O que acontece – prosseguiu o Santo Padre – quando escutamos Jesus? Às vezes os que nos fazem outra proposta enraivecem-se e a estrada acaba na perseguição. Neste momento, disse, temos muitas irmãs e irmãos que para obedecer, ouvir, escutar o que Jesus lhes pede estão sob perseguição. Recordemos sempre estes irmãos e irmãs que puseram a carne no fogo e nos dizem com a própria vida: “Quero obedecer, ir pelo caminho que Jesus me indica”».
Com a liturgia hodierna «a Igreja convida-nos» a «ir pela senda de Jesus» e a «não ouvir as propostas que o mundo nos faz, propostas de pecado ou tíbias, a meias»: trata-se, reafirmou, de um modo de viver que «não é bom» e «não nos fará felizes».
Nesta escolha de obediência a Deus e não ao mundo, sem ceder a acordos, o cristão não está sozinho. «Onde encontramos – perguntou-se o Papa – a ajuda para ir pela estrada do ouvir Jesus? No Espírito Santo. Somos testemunhas desses factos: foi o Espírito Santo que Deus doou aos que o obedecem». Portanto, disse, «é precisamente o Espírito Santo dentro de nós que nos dá força para continuar». O Evangelho de João (3, 31-36), proclamado na celebração, com uma bonita expressão garante: «”Aquele que Deus enviou diz as palavras de Deus: ele dá o Espírito incomensuravelmente”. O nosso Pai dá-nos o Espírito, sem medidas, para escutar Jesus, ouvir Jesus e ir pela senda de Jesus».
O Papa Francisco concluiu a homilia com o convite a sermos corajosos nas diversas situações da vida: «Peçamos a graça da coragem. Teremos sempre pecados: somos todos pecadores». Mas serve «a coragem de dizer: “Senhor, sou pecador, às vezes obedeço às coisas mundanas mas quero obedecer a ti, quero caminhar pela tua vereda”. Peçamos esta graça, de ir sempre pela estrada de Jesus. E quando não o fizermos, peçamos perdão: O Senhor perdoa-nos, porque Ele é muito bom».
(©L'Osservatore Romano - 11 de abril de 2013)
Imitação de Cristo, 4 , 10, 5 - Que não se deve deixar por leve motivo a sagrada comunhão - A Voz do Amado
Ai! Que pouco amor e fraca devoção têm aqueles que tão facilmente deixam a sagrada comunhão! Quão feliz, porém, e quão agradável a Deus é quem vive tão santamente e guarda a sua consciência em tal pureza, que todos os dias estaria preparado e disposto a comungar, se lhe fosse permitido e o pudesse fazer sem causar reparo! Quando alguém, por humildade ou algum legítimo impedimento, se abstém de comungar uma vez ou outra, merece louvor por tanta reverência. Insinuando-se-lhe, porém, a tibieza, deve reanimar-se a si mesmo e fazer o que puder, e Deus auxiliará o seu desejo, atendendo à boa vontade, que especialmente aprecia.
Pontificado do Papa vai ser consagrado a Nossa Senhora de Fátima
Pedido foi feito por Francisco ao Cardeal Patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. José Policarpo
O pontificado do Papa Francisco vai ser consagrado a Nossa Senhora de Fátima já no próximo dia 13 de Maio. A data foi avançada na Renascença por D. Nuno Brás, bispo auxiliar de Lisboa, que explica a ligação de Jorge Mario Bergoglio a Nossa Senhora de Fátima.
"O então padre Bergoglio foi convidado para ser bispo a 13 de Maio, o que o liga, obviamente, a Nossa Senhora de Fátima, e pediu expressamente ao senhor Cardeal Patriarca, por duas vezes, que consagrasse o seu pontificado a Nossa Senhora de Fátima, o que a Conferência Episcopal vai fazer no próximo 13 de Maio", diz D. Nuno Brás.
O bispo auxiliar de Lisboa fez esta revelação no debate de actualidade religiosa que é transmitido na Edição da Noite da Renascença todas as quartas-feiras.
A vaticanista Aura Miguel viu nesta consagração uma confirmação de que o Papa Francisco virá a Portugal em 2017 para o centenário das aparições.
(Fonte: site Rádio Renascença)
A Igreja, a fé e a política…
«A luta pela liberdade da Igreja, a luta por que o Reino de Jesus não seja passível de identificação com determinada formação política é uma luta que tem de ser travada em cada século. Na verdade, o preço da fusão da fé com o poder político consiste sempre, ao fim e ao cabo, em a fé se colocar ao serviço do poder, em ter de se vergar aos critérios desse poder».
(“A Caminho de Jesus Cristo” – Joseph Ratzinger)
Eis, um problema, que nem sempre é de fácil solução, mas se Lhe pedirmos que nos ilumine de forma a equacionarmos todas as vertentes, as opções afunilam-se e talvez consigamos de boa consciência tomar a opção que mais se coaduna com a nossa fé e os nossos princípios não cedendo assim ao relativismo, a luta é difícil e permanente.
JPR
(“A Caminho de Jesus Cristo” – Joseph Ratzinger)
Eis, um problema, que nem sempre é de fácil solução, mas se Lhe pedirmos que nos ilumine de forma a equacionarmos todas as vertentes, as opções afunilam-se e talvez consigamos de boa consciência tomar a opção que mais se coaduna com a nossa fé e os nossos princípios não cedendo assim ao relativismo, a luta é difícil e permanente.
JPR
O amor de Deus
“A fé em Jesus ressuscitado transforma a vida, liberta-a do medo, alimenta-a de esperança, reforça-a com aquilo que dá sentido a toda a existência humana, o amor de Deus”.
(Bento XVI na Audiência Geral de 11.04.2012)
(Bento XVI na Audiência Geral de 11.04.2012)
Um auto-retrato
Poderia
descrever-se a si mesmo?
É impossível
fazer um auto-retrato; é difícil julgar-se a si mesmo. Posso apenas dizer que
venho de uma família muito simples, muito humilde, e por isso, mais do que um cardeal,
sinto-me um homem simples.
Tenho a minha
casa na Alemanha, numa cidade pequena, cujos habitantes trabalham na agricultura,
em ofícios manuais, e ali sinto-me no meu ambiente. Também procuro ser assim no
meu trabalho: não sei se o consigo, não me atrevo a julgar-me.
Recordo sempre
com grande carinho a profunda bondade do meu pai e da minha mãe; naturalmente,
para mim, bondade inclui a capacidade de dizer "não", pois uma
bondade que deixasse o outro fazer qualquer coisa não lhe faria bem. Algumas
vezes, bondade significa ter que dizer "não" e correr assim o risco
de que nos contradigam.
Esses são os
meus critérios, essa é a minha origem; quanto ao resto, deveriam ser os outros
a julgar.
(Cardeal
Joseph Ratzinger em Entrevista à Radio Vaticano, 23.11.2001)
«Cinquenta anos de casamento são cinquenta anos de diálogo» pelo Pe. Rodrigo Lynce de Faria
Era uma vez um casal
profundamente normal. Tal era a sua unidade matrimonial, que os dois utilizavam
a mesma pasta de dentes. Ele era um homem metódico. Gostava de dobrar com
grande cuidado o tubo à medida que ele se gastava. Ela, pelo contrário, era uma
mulher temperamental. Preferia apertar o tubo onde lhe desse mais jeito, sem
excessivas precisões. Esta desarmonia gerava frequentes discussões. Tais
“atritos” quase chegaram a ser uma verdadeira tragédia com um final pouco feliz.
Até que um dia os dois “descobriram”
o caminho da felicidade. Ser marido e mulher não significava compartilhar exactamente
as mesmas opiniões sobre tudo. Por isso, cada um passou a ter o seu tubo de
pasta de dentes e a apertá-lo de acordo com o seu carácter. Aprenderam, com
este modo de actuar, a respeitar esse pequeno âmbito de individualidade.
Superaram, neste diminuto detalhe, as pretensões de imporem-se mutuamente os
seus critérios ou gostos pessoais.
Este caso faz-nos meditar.
Conviver não é uma tarefa fácil. Todos nós tendemos a inculcar aos outros o
nosso modo de ver as coisas. É preciso que nos convençamos de que isso não
acontece somente na casa ao lado. Também está presente na nossa relação com os
outros. Reconhecê-lo é o primeiro passo para que exista da nossa parte uma
atitude de abertura em relação à perspectiva alheia.
Então aprenderemos a ser
flexíveis. Flexibilidade não é frouxidão de carácter, muito pelo contrário. É
capacidade de reconhecer as nossas limitações, sem as disfarçar com a capa de
um “carácter original”. Só partindo desta verificação poderemos superar os
nossos defeitos.
Depois do reconhecimento
vem o esforço. Um esforço sincero. Sem aparentar uma segurança ou uma
auto-suficiência que não possuímos. Geralmente é esta aparência que nos torna
difíceis na convivência. Não somos melhores do que ninguém. Pensar que isso não
é bem assim é o que, habitualmente, nos separa dos outros. Não são as nossas
limitações.
O esforço sincero inclui
uma característica muito importante: ouvir os outros. Ouvir não é somente
escutar. É uma atitude de quem deseja de verdade compreender o outro e aquilo
que ele tem para nos dizer. É prestar atenção. É não limitar a nossa capacidade
de aprender. É não permitir que “ideias fixas” substituam o pensamento aberto e
livre.
São estas “ideias”,
diferentes das nossas convicções profundas, que impedem a atitude de abertura
que é fundamental para o diálogo. E porque a violência é néscia e não resolve
nada. E o desprezo dos outros também não. O diálogo é a única solução verdadeira
para os problemas da convivência. Dizia-me recentemente um amigo ao celebrar as
suas bodas de ouro: «Cinquenta anos de casamento são cinquenta anos de
diálogo».
Rodrigo Lynce de Faria
O Evangelho do dia 11 de abril de 2013
Aquele que vem lá de cima é superior a todos. Aquele que vem da terra, é da terra, e terrestre é a sua linguagem. Aquele que vem do céu, é superior a todos. Ele testifica o que viu e ouviu, mas ninguém recebe o Seu testemunho. Quem recebe o Seu testemunho certifica que Deus é verdadeiro. Aquele a Quem Deus enviou fala palavras de Deus, porque Deus não Lhe dá o Espírito por medida. O Pai ama o Filho e pôs todas as coisas na Sua mão. Quem acredita no Filho tem a vida eterna; quem, porém, não acredita no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele».
Jo 3, 31-36
Jo 3, 31-36
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