Obrigado, Perdão Ajuda-me
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Obrigado por Ti querido Jesus...
“Dar é próprio dos apaixonados”
O teu talento, a tua simpatia, as tuas condições... perdem-se; não te deixam aproveitá-las. – Pensas bem nestas palavras de um autor espiritual: "Não se perde o incenso que se oferece a Deus. – Mais se honra o Senhor com o abatimento dos teus talentos do que com o seu uso vão". (Caminho, 684)
E, abrindo os seus tesouros, ofereceram-lhe presentes de ouro, incenso e mirra. Detenhamo-nos um pouco para entender este passo do Santo Evangelho. Como é possível que nós, que nada somos e nada valemos, ofereçamos alguma coisa a Deus? Diz a Escritura: toda a dádiva e todo o dom perfeito vem do alto. O homem não consegue descobrir plenamente a profundidade e a beleza dos dons do Senhor: se tu conhecesses o dom de Deus... – responde Jesus à mulher samaritana. Jesus Cristo ensinou-nos a esperar tudo do Pai, a procurar antes de mais o Reino de Deus e a sua justiça, porque tudo o resto se nos dará por acréscimo e Ele conhece bem as nossas necessidades.
Na economia da salvação, o nosso Pai cuida de cada alma com amor e delicadeza: cada um recebeu de Deus o seu próprio dom; uns de um modo, outros de outro. Portanto, podia parecer inútil cansarmo-nos, tentando apresentar ao Senhor algo de que Ele precise; dada a nossa situação de devedores que não têm com que saldar as dívidas, as nossas ofertas assemelhar-se-iam às da Antiga Lei, que Deus já não aceita: Tu não quiseste os sacrifícios, as oblações e os holocaustos pelo pecado, nem te são agradáveis as coisas que se oferecem segundo a Lei.
Mas o Senhor sabe que o dar é próprio dos apaixonados e Ele próprio nos diz o que deseja de nós. Não lhe interessam riquezas, nem frutos, nem animais da terra, do mar ou do ar, porque tudo isso lhe pertence. Quer algo de íntimo, que havemos de lhe entregar com liberdade: dá-me, meu filho, o teu coração. Vedes? Se compartilha, não fica satisfeito: quer tudo para si. Repito: não pretende o que é nosso; quer-nos a nós mesmos. Daí – e só daí – advêm todas as outras ofertas que podemos fazer ao Senhor. (Cristo que passa, 35)
São Josemaría Escrivá
‘Os azares de Johm Galliano’ por Gonçalo Portocarrero de Almada
Um dos casos judiciais mais marcantes de 2011 foi a condenação, a uma multa de seis mil euros, por um tribunal de Paris, do estilista John Galliano. Este criador de moda da casa Dior, aparentemente ébrio, declarara o seu monstruoso amor a Hitler, desejando a morte do casal de judeus que estava a seu lado, num bar da antiga judiaria parisiense.
O primeiro azar de John Galliano foi o vinho. Não fosse o néctar dos deuses e o sujeito não teria experimentado o banco dos réus. Para maior infelicidade do etilizado estilista que, à conta disto, poderá ficar ainda mais anti-semita, a Bíblia atribui a Noé, o mesmo da prodigiosa arca, a invenção do vinho. Ainda assim, o balancear de Noé pelo convés seria mesmo coisa da maré, não do vinho … Porém, é verdade que a Sagrada Escritura conta que Noé se embriagou alguma vez, tendo também ele protagonizado tristes figuras.
Os antigos diziam: «in vino veritas», ou seja, o vinho predispõe à verdade. Pois é, mas isso é só quando é bebido com conta, peso e medida. Quando se está grosso, geralmente é grossa a asneira que sai. Foi o caso de Monsieur Galliano que, de facto, não poderia ter sido mais desastrado.
O segundo azar de John Galliano foi Adolf Hitler. Imagine-se que o agora condenado se tinha apresentado no bar envergando uma camisola com a efígie de Estaline, um boné à Mao, ou até que fazia um brinde à saúde, por sinal bastante debilitada, do camarada Lenine. É certo e sabido que ninguém se teria sentido incomodado com tais alusões, muito embora esta troika tristemente famosa tenha sido, até passando por alto a mórbida e mesquinha comparação contabilística das respectivas vítimas, tão prejudicial à humanidade quanto o diabólico líder nazi.
É razoável que se condene, sem hesitações, a tirania nazi, mas não parece justa a relativa complacência, ou cumplicidade, em relação às outras ditaduras. É de facto estranho que, na mentalidade dominante, haja, ao que parece, tiranos bons e tiranos maus: os primeiros podem desfilar em peças de roupa, ser elogiados e festejados em canções; mas, dos segundos, nem os nomes malditos podem ser tolerados. A foice e o martelo são adereços inócuos, mas a cruz suástica é uma provocação inadmissível. Amar Lenine, Estaline, Mao ou Che Guevara é politicamente aceitável, mas gostar de Hitler não.
O terceiro azar de John Galliano foi o facto de ter insultado um casal de judeus. Tivesse tido a sorte de ofender um par saloio cá da terra e, na pior das hipóteses, levava apenas um sopapo, à antiga portuguesa, e não se falava mais do caso. Mas tocar num casal judeu, o que é obviamente inadmissível, em especial quando a raça é o motivo, é muito mais grave do que incomodar um par de qualquer outra etnia ou religião. É óptimo que o sofrido povo hebraico goze dessa merecida protecção, mas seria desejável que, na comunidade internacional, não houvesse nacionalidades, ou credos, de primeira e de segunda classe.
O quarto azar de John Galliano foi a sua falta de pontaria quanto às vítimas da sua ofensa verbal. Teve azar, como já se disse, pelo facto de serem judeus ou, mais concretamente, por serem aqueles judeus. Com efeito, há judeus que podem ser ofendidos impunemente e, por isso, é fundamental a pontaria.
Se o estilista tivesse tido a sorte de, por hipótese, injuriar os judeus Jesus e Maria de Nazaré, o seu gesto não só não seria susceptível de procedimento criminal, como até seria previsivelmente louvado. Não faltaria quem defendesse a genialidade criativa do provocador e os eventuais protestos seriam silenciados, por contrários à laicidade das instituições e às sacrossantas liberdades artísticas. Cristo e sua Mãe são, com efeito, os dois únicos judeus que se podem insultar, à vontade, no mundo inteiro e, principalmente, no ocidente.
Quatro azares são demais para um homem só. Não parece fácil que o etilizado John Galliano se consiga reabilitar depois de tão monumental sarilho. Para que não seja em vão o azar do infeliz estilista, aprenda-se pois a lição.
Primeiro: não se embebede, se quiser insultar ou, pelo menos, não insulte, se estiver embriagado, ou ainda, em termos de prevenção rodoviária: se bebeu, não ofenda! Mas o melhor mesmo é que não insulte nunca ninguém. Segundo: declare o seu amor eterno a um tirano politicamente correcto, ou seja, qualquer um que não seja o execrável Hitler.
Terceiro: ofenda um par, de preferência casado em regime de comunhão de agravos, de qualquer religião ou nacionalidade que não a judaica. E, quarto: se, apesar de tudo, optar por judeus, não se esqueça que só há duas pessoas dessa nacionalidade que podem ser impunemente ultrajadas em público.
E, já agora, tenha também o que faltou ao desgraçado John Galliano: sorte!
Gonçalo Portocarrero de Almada
P.S. Aviso à navegação: este artigo não é contra Noé, nem as arcas, nem o vinho, nem as camisolas, nem os estilistas, nem os comunistas, nem os judeus, nem os saloios, nem a prevenção rodoviária. Também não é a favor de Galliano, nem de Hitler, nem dos grupos nazis, nem do anti-semitismo, nem do comunismo, nem do fundamentalismo islâmico ou outro. Mas é, seguramente, contra a hipocrisia e a favor da verdade na caridade e da igualdade e liberdade de todos os homens, povos e religiões.
O arcebispo português D. Manuel Monteiro de Castro, nomeado pelo Papa penitenciário-mor
Bento XVI nomeou hoje o arcebispo português D. Manuel Monteiro de Castro, de 73 anos, como penitenciário-mor, passando assim a chefiar um dos três tribunais da Cúria Romana.
O prelado substitui no cargo o cardeal Fortunato Baldelli, de 76 anos, que apresentou a sua renúncia por ter atingido o limite de idade determinado pelo Direito Canónico, refere um comunicado publicado na sala de imprensa da Santa Sé.
A Penitenciaria Apostólica tem como competência as matérias que concernem “ao foro interno e às indulgências”.
D. Manuel Monteiro de Castro está na Cúria Romana desde julho de 2009, quando assumiu o cargo de secretário da Congregação para os Bispos, que agora deixa de ocupar, tendo sido posteriormente nomeado por Bento XVI como consultor da Congregação para a Doutrina da Fé e secretário do Colégio Cardinalício.
Natural de Santa Eufémia de Prazins, Guimarães, o arcebispo português é licenciado em Direito Canónico e tem uma longa experiência diplomática ao serviço da Santa Sé, que o fez passar pelo Panamá, Guatemala, Vietname, Austrália, México, Bélgica, Trindade e Tobago, África do Sul e Espanha, onde permaneceu entre 2000 e 2009.
Foi também observador permanente do Vaticano na Organização Mundial do Turismo.
Rádio Vaticano
O prelado substitui no cargo o cardeal Fortunato Baldelli, de 76 anos, que apresentou a sua renúncia por ter atingido o limite de idade determinado pelo Direito Canónico, refere um comunicado publicado na sala de imprensa da Santa Sé.
A Penitenciaria Apostólica tem como competência as matérias que concernem “ao foro interno e às indulgências”.
D. Manuel Monteiro de Castro está na Cúria Romana desde julho de 2009, quando assumiu o cargo de secretário da Congregação para os Bispos, que agora deixa de ocupar, tendo sido posteriormente nomeado por Bento XVI como consultor da Congregação para a Doutrina da Fé e secretário do Colégio Cardinalício.
Natural de Santa Eufémia de Prazins, Guimarães, o arcebispo português é licenciado em Direito Canónico e tem uma longa experiência diplomática ao serviço da Santa Sé, que o fez passar pelo Panamá, Guatemala, Vietname, Austrália, México, Bélgica, Trindade e Tobago, África do Sul e Espanha, onde permaneceu entre 2000 e 2009.
Foi também observador permanente do Vaticano na Organização Mundial do Turismo.
Rádio Vaticano
Congregação para a Doutrina da Fé anuncia Nota com indicações pastorais para Ano da Fé
A Congregação para a Doutrina da Fé publicará no próximo sábado uma Nota com indicações pastorais para a celebração do Ano da Fé, que decorrerá a partir de 11 de Outubro de 2012 (quinquagésimo aniversário da abertura do Concílio Vaticano II) concluindo-se a 24 de Novembro de 2013, domingo de Cristo Rei.
Num comunicado hoje divulgado, a Congregação para a Doutrina da Fé antecipa as linhas fundamentais da Nota a publicar, que propõe, como dizíamos, indicações pastorais para a celebração deste Ano da Fé, a quatro níveis: - Igreja universal; - Conferências Episcopais; - Dioceses; e – Paróquias, comunidades, Associações, Movimentos.
A nível da Igreja universal, para além da solene celebração da abertura e outros acontecimentos em que participará o Santo Padre (Assembleia do Sínodo dos Bispos em Outubro próximo, JMJ de 2013 no Rio de Janeiro), sugere-se que se promovam iniciativas ecuménicas para invocar e favorecer o restabelecimento da unidade entre todos os cristãos e celebrações ecuménicas em que se reafirme conjuntamente a fé em Cristo de todos os batizados.
As Conferências Episcopais pede-se que cuidem da qualidade da formação catequística eclesial e promovem uma verificação dos catecismos locais para que se conformem plenamente ao Catecismo da Igreja Católica. Fazem-se também votos que se faça um amplo uso das linguagens da comunicação e da arte – transmissões radiofónicas, filmes, publicações – sobre o tema da fé e seus conteúdos.
A nível diocesano, observa-se que há que considerar o Ano da Fé como ocasião de diálogo criativo entre a fé e a razão, através de Simpósios, Encontros e jornadas de estudo, nomeadamente nas Universidades Católicas. Será também um tempo propício para celebrações penitências, em que se tome em especial consideração os pecados contra a fé.
Quanto às paróquias, comunidades, associações e movimentos, a proposta fundamental é a celebração da fé na liturgia, em especial na Eucaristia
O Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização constituirá uma Secretaria para o Ano da Fé, visando coordenar as várias iniciativas promovidas pelos diferentes Dicastérios Santa Sé e todo o tipo de acontecimentos de relevo nível da Igreja universal.
Rádio Vaticano
Num comunicado hoje divulgado, a Congregação para a Doutrina da Fé antecipa as linhas fundamentais da Nota a publicar, que propõe, como dizíamos, indicações pastorais para a celebração deste Ano da Fé, a quatro níveis: - Igreja universal; - Conferências Episcopais; - Dioceses; e – Paróquias, comunidades, Associações, Movimentos.
A nível da Igreja universal, para além da solene celebração da abertura e outros acontecimentos em que participará o Santo Padre (Assembleia do Sínodo dos Bispos em Outubro próximo, JMJ de 2013 no Rio de Janeiro), sugere-se que se promovam iniciativas ecuménicas para invocar e favorecer o restabelecimento da unidade entre todos os cristãos e celebrações ecuménicas em que se reafirme conjuntamente a fé em Cristo de todos os batizados.
As Conferências Episcopais pede-se que cuidem da qualidade da formação catequística eclesial e promovem uma verificação dos catecismos locais para que se conformem plenamente ao Catecismo da Igreja Católica. Fazem-se também votos que se faça um amplo uso das linguagens da comunicação e da arte – transmissões radiofónicas, filmes, publicações – sobre o tema da fé e seus conteúdos.
A nível diocesano, observa-se que há que considerar o Ano da Fé como ocasião de diálogo criativo entre a fé e a razão, através de Simpósios, Encontros e jornadas de estudo, nomeadamente nas Universidades Católicas. Será também um tempo propício para celebrações penitências, em que se tome em especial consideração os pecados contra a fé.
Quanto às paróquias, comunidades, associações e movimentos, a proposta fundamental é a celebração da fé na liturgia, em especial na Eucaristia
O Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização constituirá uma Secretaria para o Ano da Fé, visando coordenar as várias iniciativas promovidas pelos diferentes Dicastérios Santa Sé e todo o tipo de acontecimentos de relevo nível da Igreja universal.
Rádio Vaticano
Fé, esperança e amor
«Jesus trouxe Deus e, com Ele, a verdade sobre o nosso destino e a nossa origem; a fé, a esperança e o amor. Só a dureza do nosso coração nos leva a pensar que isto seja pouco».
(“Jesus de Nazaré” – Joseph Ratzinger / Bento XVI)
(“Jesus de Nazaré” – Joseph Ratzinger / Bento XVI)
A misericórdia e a clemência de Deus
«Nosso Senhor tem cuidado contínuo dos passos dos Seus filhos, isto é, daqueles que possuem a caridade, fazendo-os caminhar diante d’Ele, estendendo-lhe a Sua mão nas dificuldades. Assim o declarou por Isaías: ‘Sou o teu Deus que te toma pela mão e te diz: Não temas, Eu te ajudarei’ (Is 41,13). De modo que, além de muito ânimo, devemos ter suma confiança em Deus e no Seu auxílio, pois se não faltamos à graça, Ele concluirá em nós a boa obra da nossa salvação, que começou»
(Tratado do amor de Deus, liv. 3, cap. 4 – São Francisco de Sales)
(Tratado do amor de Deus, liv. 3, cap. 4 – São Francisco de Sales)
Sofrimento
«Se um homem, se torna participante dos sofrimentos de Cristo, isso acontece porque Cristo abriu o seu sofrimento ao homem, porque Ele próprio, no seu sofrimento redentor, se tornou, num certo sentido, participante de todos os sofrimentos humanos. Ao descobrir, pela fé, o sofrimento redentor de Cristo, o homem descobre nele, ao mesmo tempo, os próprios sofrimentos, reencontra-os, mediante a fé, enriquecidos de um novo conteúdo e com um novo significado».
(Salvifici doloris, nº 20 – João Paulo II)
«Com Cristo estou cravado na Cruz; e já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim. E, enquanto eu vivo a vida mortal, vivo na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim»
(Gálatas 2,20 – S. Paulo)
(Salvifici doloris, nº 20 – João Paulo II)
«Com Cristo estou cravado na Cruz; e já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim. E, enquanto eu vivo a vida mortal, vivo na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim»
(Gálatas 2,20 – S. Paulo)
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1934
Escreve: “Sofres... e não quererias queixar-te. – Não faz mal que te queixes (é a reacção natural da nossa pobre carne), enquanto a tua vontade quiser em ti, agora e sempre, o que Deus quiser”.
(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/5-1-5)
(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/5-1-5)
Maria a Bem-aventurada ao serviço do Senhor
Retábulo Santuário Torreciudad |
(…)
Mas será difícil encontrar nela os traços de mulher lutadora: ela vive inteiramente para o serviço de seu Filho e deve deixá-lo dispor dela, como ele quer e é necessário. Um tal serviço é, contudo, coisa de todas as épocas cristãs, como quer que nelas a imagem da mulher se vá transformando.»
(Hans Urs von Balthasar in ‘Maria primeira Igreja’ – Joseph Ratzinger e Hans Urs von Balthasar)
Permitam-me que compartilhe, convosco uma outra visão a que associo Nossa Senhora, vejo-a como uma mulher culta, diria mesmo de grande cultura, não só pelo conhecimento da lei moisaica, mas sobretudo por ter contextualizado o seu SIM na Anunciação colocando-se imediatamente ao dispor do Senhor, por ter tido a percepção, e nisso realmente o elemento feminino é extraordinário, durante as Bodas de Caná que havia chegado o momento de Jesus Cristo se manifestar publicamente e por ter sido o elemento aglutinador de todos os discípulos do Senhor após a Sua morte e Ressurreição mantendo-os unidos até ao Pentecostes.
Além do dogma da Assunção, que vivemos com intenso amor filial, dela mais nada sabemos após o Pentecostes (Act 1,14 – 2,1), a não ser que dos seus exemplos retirámos extraordinárias lições, nomeadamente que através dela temos um acesso garantido e sólido a seu Filho, saibamos pois “usar e abusar” da sua maternal disponibilidade.
JPR
«Tomou, então, o pão e, depois de dar graças, partiu-o e distribuiu-o por eles, dizendo: 'Isto é o Meu corpo, que vai ser entregue por vós'» (Lc 22, 19)
Para nos levar a amá-l'O mais ainda, Cristo deu-nos a Sua carne como alimento. Aproximemo-nos então d'Ele com muito amor e fervor. [...] Os magos adoraram-n'O, esse pequeno corpo deitado na manjedoura. [...] Ao verem o Menino, Cristo, numa manjedoura, debaixo de um pobre tecto, e não vendo nada do que vós vedes, aproximaram-se d'Ele com grande respeito.
Já não O vereis numa manjedoura, mas no altar. Já não vereis uma mulher que em seus braços O segura, mas o padre que O oferece; e o Espírito de Deus, em toda a Sua generosidade, plana sobre as oferendas. Porém, não só é o mesmo corpo que os magos viram que agora vedes, como para além disso conheceis a Sua força e sabedoria, e nada ignorais do que Ele cumpriu. [...] Despertemos então, e despertemos em nós o temor a Deus. Tenhamos pois muito mais piedade do que esses estrangeiros, para podermos ser dignos de nos aproximarmos do altar [...].
Essa mesa fortifica-nos a alma, unifica-nos o pensamento, sustenta-nos a certeza, a segurança; é a nossa esperança, a salvação, a vida. Se deixarmos a terra depois deste sacrifício, entraremos com perfeita segurança nos átrios celestes, como se estivéssemos protegidos, por todos os lados, por uma armadura de ouro. Mas porquê falar do futuro ? Já aqui neste mundo, o sacramento transforma a terra em céu. Abri pois as portas do céu, e vede o que acabo de dizer. O que há de mais precioso no céu, mostrar-vo-lo-ei na terra. O que vos mostro, não são nem os anjos, nem os arcanjos, nem os céus dos céus, mas Aquele que é o seu Mestre. Vós vedes então de uma certa maneira, na terra, o que há de mais precioso. E não somente O vedes, como O tocais, O comeis. Purificai pois a alma, preparai o espírito para receber estes mistérios.
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia e posteriormente Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
Homilias sobre a 1.ª Carta aos Coríntios, n.° 24, 4
Já não O vereis numa manjedoura, mas no altar. Já não vereis uma mulher que em seus braços O segura, mas o padre que O oferece; e o Espírito de Deus, em toda a Sua generosidade, plana sobre as oferendas. Porém, não só é o mesmo corpo que os magos viram que agora vedes, como para além disso conheceis a Sua força e sabedoria, e nada ignorais do que Ele cumpriu. [...] Despertemos então, e despertemos em nós o temor a Deus. Tenhamos pois muito mais piedade do que esses estrangeiros, para podermos ser dignos de nos aproximarmos do altar [...].
Essa mesa fortifica-nos a alma, unifica-nos o pensamento, sustenta-nos a certeza, a segurança; é a nossa esperança, a salvação, a vida. Se deixarmos a terra depois deste sacrifício, entraremos com perfeita segurança nos átrios celestes, como se estivéssemos protegidos, por todos os lados, por uma armadura de ouro. Mas porquê falar do futuro ? Já aqui neste mundo, o sacramento transforma a terra em céu. Abri pois as portas do céu, e vede o que acabo de dizer. O que há de mais precioso no céu, mostrar-vo-lo-ei na terra. O que vos mostro, não são nem os anjos, nem os arcanjos, nem os céus dos céus, mas Aquele que é o seu Mestre. Vós vedes então de uma certa maneira, na terra, o que há de mais precioso. E não somente O vedes, como O tocais, O comeis. Purificai pois a alma, preparai o espírito para receber estes mistérios.
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia e posteriormente Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
Homilias sobre a 1.ª Carta aos Coríntios, n.° 24, 4
«Vereis o Céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo»
Tu chamaste bem-amado a Jacob, o filho mais novo de Isaac e de Rebeca, Senhor; Tu lhe mudaste o nome para Israel (Gn 32,29). Tu lhe revelaste o futuro, mostrando-lhe a escada que une a terra ao céu: no topo estava Deus, com os olhos fixos no mundo, e pela escada subiam e desciam os anjos. [...] Era o símbolo do grande mistério, como diziam os homens que o Espírito iluminava. [...]
Também eu, para o bem, sou o filho mais novo. Para o mal, seguramente sou um homem maduro, como o filho mais velho, Esaú [...]: vendi o meu tesouro para satisfazer a minha cobiça (Gn 25,33) e apaguei o meu nome do Livro da Vida onde estão inscritos nos céus os primeiros abençoados (Sl 68,29).
Suplico-Te, ó Luz do alto, Príncipe dos corações de fogo. Que também para mim estejam abertas as portas do céu, como o estiveram outrora para Israel. Pela Tua graça, faz subir a minha alma caída pela escada de luz, sinal misterioso dado aos homens do seu regresso da terra ao céu. Pelo engano do Maligno, perdi a unção perfumada do Teu espírito; digna-Te ungir de novo a minha cabeça com a Tua direita protectora. Eu não Te resisto, ó poderoso, num corpo a corpo como Jacob (Gn 32,25), porque não sou senão fraqueza.
São Nersès Snorhali (1102-1173), patriarca arménio
Jesus, Filho único do Pai, 85-95
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Também eu, para o bem, sou o filho mais novo. Para o mal, seguramente sou um homem maduro, como o filho mais velho, Esaú [...]: vendi o meu tesouro para satisfazer a minha cobiça (Gn 25,33) e apaguei o meu nome do Livro da Vida onde estão inscritos nos céus os primeiros abençoados (Sl 68,29).
Suplico-Te, ó Luz do alto, Príncipe dos corações de fogo. Que também para mim estejam abertas as portas do céu, como o estiveram outrora para Israel. Pela Tua graça, faz subir a minha alma caída pela escada de luz, sinal misterioso dado aos homens do seu regresso da terra ao céu. Pelo engano do Maligno, perdi a unção perfumada do Teu espírito; digna-Te ungir de novo a minha cabeça com a Tua direita protectora. Eu não Te resisto, ó poderoso, num corpo a corpo como Jacob (Gn 32,25), porque não sou senão fraqueza.
São Nersès Snorhali (1102-1173), patriarca arménio
Jesus, Filho único do Pai, 85-95
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 5 de Janeiro de 2012
No dia seguinte, Jesus resolveu ir à Galileia. Encontrou Filipe e disse-lhe: «Segue-Me». Filipe era de Betsaida, pátria de André e de Pedro. Filipe encontrou Natanael e disse-lhe: «Encontrámos Aquele de Quem escreveu Moisés na Lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José». Natanael disse-lhe: «De Nazaré pode porventura sair coisa que seja boa?». Filipe disse-lhe: «Vem ver». Jesus viu Natanael, que vinha ter com Ele, e disse dele: «Eis um verdadeiro israelita em quem não há fingimento». Natanael disse-lhe: «Donde me conheces?». Jesus respondeu-lhe: «Antes que Filipe te chamasse, Eu te vi, quando estavas debaixo da figueira». Natanael respondeu: «Mestre, Tu és o Filho de Deus, Tu és o Rei de Israel». Jesus respondeu-lhe: «Porque te disse que te vi debaixo da figueira, acreditas?; verás coisas maiores que esta». E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo, vereis o céu aberto e os anjos de Deus subir e descer sobre o Filho do Homem».
Jo 1, 43-51
Jo 1, 43-51
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