Termina o seu ministério na paróquia de Perdiguera, povoação perto de Saragoça. Anos mais tarde recordará: “Hospedei-me na casa de um camponês muito bom. Tinha um filho que todas as manhãs saía com as suas cabras, e eu tinha pena dele ao ver que passava lá todo o dia com o rebanho. Quis dar-lhe um pouco de catecismo para ele poder fazer a Primeira Comunhão. Um dia lembrei-me de lhe perguntar, para ver como é que ia assimilando as aulas: - Se fosses rico, muito rico, o que gostavas de fazer? – O que é ser rico? Perguntou-me. – Ser rico é ter muito dinheiro, ter um banco…- E… o que é um banco? Expliquei-lhe de um modo simples e continuei: - Ser rico é ter muitas quintas e, em lugar de cabras, umas vacas muito grandes. Depois, ir a reuniões, mudar de fato três vezes por dia… O que é que tu farias se fosses rico? Abriu muito os olhos e por fim disse: - Eu havia de comer cada prato de sopas de vinho!... Todas as ambições são apenas isso; nada vale a pena. É curioso, nunca me esqueci daquilo. Fiquei muito sério e pensei: Josemaría está a falar o Espírito Santo. Foi isto que fez a Sabedoria de Deus para me ensinar que tudo na terra era assim: muito pouca coisa”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)