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Brasão de Armas dos
Cavaleiros, na fachada da igreja de San Giovannino dei Cavalieri,
Florença.
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A Ordem
de Maltanota ou Cavaleiros Hospitalários (oficialmente Ordem Soberana e Militar
Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta) é uma organização
internacional católica que começou como uma ordem beneditina fundada no século
XI na Palestina, durante as Cruzadas, mas que rapidamente se tornaria numa
ordem militar cristã, numa congregação de regra própria, encarregada de
assistir e proteger os peregrinos àquela terra4 e de exercer a Caridade.
Tinha
como padroeiro São João Esmoler (550-619), patriarca de Alexandria.
Face às
derrotas e consequente perda pelos cruzados dos territórios na Palestina, a
ordem passou a operar a partir da ilha de Rodes, onde era soberana, e mais
tarde desde Malta, como Estado vassalo do Reino da Sicília.
Actualmente,
a Ordem de Malta é uma organização humanitária soberana internacional,
reconhecida como entidade de direito internacional. A ordem dirige hospitais e
centros de reabilitação. Possui 12.500 membros, 80.000 voluntários permanentes
e 20.000 profissionais da saúde associados, incluindo médicos, enfermeiros,
auxiliares e paramédicos. O seu obje
c
tivo é
auxiliar os idosos, os deficientes, os refugiados, as crianças, os sem-abrigo e
aqueles com doença terminal e hanseníase (esta a par com a Ordem de São
Lázaro), actuando em cinco continentes do mundo, sem distinção de raça ou
religião.
O nome
completo oficial é Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de
Jerusalém, de Rodes e de Malta, ou, em italiano, Sovrano Militare Ordine
Ospedaliero di San Giovanni di Gerusalemme di Rodi e di Malta.
Convencionalmente é também conhecida como Cavaleiros Hospitalários ou Ordem de
Malta. A ordem tem um grande número de conventos e associações locais ao redor
do mundo, mas também existe um certo número de organizações com semelhantes
nomes sonantes que não estão relacionados, incluindo diversas ordens que
procuram capitalizar sobre o nome.
Na
heráldica eclesiástica da Igreja Católica Romana, a Ordem de Malta é uma das
duas únicas (sendo a outra a Ordem do Santo Sepulcro), cuja insígnia pode ser
exibida num brasão de armas clerical (Leigos não têm nenhuma restrição).
Por
volta de 1099, alguns mercadores de Amalfi fundaram em Jerusalém, sob a regra
de S. Bento e com a indicação de Santa Maria Latina, uma casa religiosa para
recolha de peregrinos. Anos mais tarde construíram junto dela um hospital que
recebeu, de Godofredo de Bulhão, doações que lhe asseguraram a existência,
desligou-se da igreja de Santa Maria e passou-se a formar congregação especial,
sob o nome de São João Baptista.
Em
1113, o Papa nomeou-a congregação, sob o título de São João, e deu-lhe regra
própria. Em 1120, o francês Raimundo de Puy, nomeado grão-mestre, acrescentou
ao cuidado com os doentes o serviço militar.
Assim é
a origem da Ordem dos Hospitalários ou de São João de Jerusalém, designada por
Ordem de Malta a partir de 1530, quando se estabeleceu na ilha do mesmo nome,
doada por Carlos V do Sacro Império Romano-Germânico.
Ordem
de aristocratas, nunca teve entre os seus cavaleiros pessoas que não
pertencessem à fidalguia. Actualmente, aceita também todos aqueles que tenham
meramente Nobreza Civil. O hábito regular consistia numa túnica e num grande
manto negro, no qual traziam, pregada no lado esquerdo, uma cruz de ouro, com
esmalte branco.
Os
hospitalários tomaram parte nas Cruzadas e tinham seu hospital em Jerusalém.
Mesmo depois do fim das Cruzadas, a ordem continuou. A ordem enfrentou o
Império Otomano em diversas batalhas, como a Batalha de Lepanto e o Cerco de
Rodes.
A ordem
na península Ibérica
Inicialmente,
na península Ibérica havia só uma sede (língua), a de Aragão, que englobava os
reinos de Portugal, Leão, Navarra, Aragão e Castela. Em Portugal, entre os bens
da ordem, tinha especial importância o priorado do Crato. Os reis viram,
receosos, crescer o poder dos senhores do Crato, que se acentuou com a rebelião
de Nuno Gonçalves contra a regência do infante D. Pedro (1392-1449).
João
III de Portugal, por morte do conde de Arouca, doou o priorado a um membro da
família real, o infante D. Luís, em 1528, que se intitulou grão-prior. Então o
rei, com vista a futuros protestos, consegue do papa Júlio III a bula
pontifícia de 1551, que Dom António, filho natural do infante, fosse nomeado
sucessor do pai. Maria I consegue do Papa a independência do grão-mestrado de
Malta e, poucos anos depois, o mesmo Papa decretou por bula em 1793 que, assim
como pelo lado temporal o grão-priorado de Portugal ficaria isento de qualquer
interferência de Malta, também pelo lado espiritual dependeria apenas da Santa
Sé. Assim, Pedro IV de Portugal e Miguel I foram grãos-priores do Crato. A
ordem foi extinta em 1834 e os bens incorporados à Fazenda Pública.
O braço
protestante da ordem
A Ordem
de São João chegou à Alemanha durante os séculos XII e XIII, onde fundou um
grão-priorado. Em 1530, uma secção do grão-priorado, a Bailia de Brandenburgo,
aderiu à Reforma Protestante, sob a protecção dos marqueses de Brandemburgo,
que se tornariam reis da Prússia. A bailia manteve relações amigáveis com a
Ordem Soberana de Malta. Em 1811, a Bailia de Brandenburgo foi suprimida pelo
príncipe da Prússia, que posteriormente fundou a Ordem Real Prussiana de São
João como uma Ordem de Mérito. Em 1852, a ordem recuperou o nome de Bailia de
Brandenburgo e tornou-se uma nobre ordem da Prússia.
Em
1918, após a queda da monarquia, foi separada do Estado e recuperou a sua
independência. A Johanitter Orden está presente em diversos países europeus,
além da América (Canadá, Estados Unidos, Colômbia, e Venezuela) e África do Sul
trabalhando em especial na Alemanha mantendo hospitais e asilos, e é
responsável por um importante serviço de ambulância - o Johanniter Unfallhilfe.
Tem afiliações independentes nos Países Baixos, Suécia, Finlândia, França,
Hungria, e Suíça.
Queda
de Malta
A
possessão mediterrânica de Malta foi capturada por Napoleão em 1798 durante a
sua expedição para o Egipto. Este teria pedido aos cavaleiros um porto-salvo
para reabastecer os seus navios e, uma vez em segurança em Valetta, virou-se
contra os anfitriões. O grão-mestre Ferdinand von Hompesch, apanhado de
surpresa, não soube antecipar ou precaver-se deste ataque, rapidamente
capitulando para Napoleão. Este sucedido representou uma afronta para os
restantes cavaleiros que se predispunham a defender a sua possessão e
soberania.
A ordem
continuou a existir, compactuando com os governos por uma retoma de poder. O
imperador da Rússia doou-lhes o maior abrigo de Cavaleiros Hospitalários em São
Petersburgo, o que marcou o início da tradição russa dos Cavaleiros do Hospital
e posterior reconhecimento pelas Ordens Imperiais Russas. Em agradecimento, os
cavaleiros depuseram Ferdinand von Hompesch e elegeram o imperador Paulo I como
grão-mestre que, após o seu assassinato em 1801, seria sucedido por Giovanni
Battista Tommasi em Roma, restaurando o Catolicismo Romano na ordem.
No
início da década de 1800, a ordem encontrava-se severamente enfraquecida pela
perda de priores em toda a Europa. Apenas 10% dos lucros chegavam das fontes
tradicionais na Europa, sendo os restantes 90% provindos do Priorado Russo até
1810, facto cuja responsabilidade é parcialmente atribuída pelo governo da
ordem, que era composta por tenentes, e não por grão-mestres entre 1805 e 1879,
até o Papa Leão XIII restaurar um grão-mestre na ordem, Giovanni a Santa Croce.
Esta medida representou uma reviravolta no destino da ordem, que se tornaria
uma organização humanitária e cerimonial. Em 1834, a ordem, reactivada,
estabeleceu nova sede em Roma e foi, a partir daí, designada como Ordem Militar
Soberana de Malta.
A
antiga organização e as línguas da ordem
Superiormente
a ordem era chefiada pelo grão-mestre, com o título eclesiástico de cardeal e
secular de príncipe. O grão-mestre era coadjuvado por sete "bailios
conventuais". Cada bailio conventual, além de exercer uma função
específica na administração central da ordem (comendador, marechal, almirante,
etc.), era o presidente ou governador de cada uma das grandes divisões
territoriais em que ela se encontrava dividida (cada uma dessas divisões era
chamada língua ou nação). As línguas e os seus respectivos bailios conventuais
eram as seguintes:
I -
Língua da Provença - presidida pelo grão-comendador, responsável pela
superintendência dos celeiros. Subdividia-se em:
Grão-priorado
de Santo Egídio; Grão-priorado de Toulouse; Baliagem capitular de Manoasca;
II -
Língua de Alvernia - presidida pelo marechal, responsável pelo comando das
forças militares da Ordem. Subdividia-se em:
Grão-priorado
de Alvernia; Baliagem de Daveset;
III -
Língua da França - presidida pelo hospitalário, responsável pela administração
do hospital da ordem. O bailio conventual desta língua também tinha o cargo de
tesoureiro geral. Subdividia-se em:
Grão-priorado
da França; Grão-priorado da Aquitânia; Grão-priorado de Champanhe; Baliagem
capitular da Morea;
IV -
Língua de Itália - presidida pelo almirante, responsável pelo comando das
forças navais da Ordem. Subdividia-se em:
Grão-priorado
de Roma; Grão-priorado da Lombardia; Grão-priorado de Veneza; Grão-priorado de
Pisa; Grão-priorado de Barleta; Grão-priorado de Messina; Grão-priorado de
Cápua; Baliagem capitular de Santa Eufémia; Baliagem capitular de Santo
Estevão; Baliagem capitular da Trindade de Veneza; Baliagem capitular de São
João de Nápoles;
V -
Língua de Aragão, Catalunha e Navarra - presidida pelo grão-conservador,
responsável pela superintendência do fardamento dos soldados. Subdividia-se em:
Grão-priorado
da Castelânia de Amposta; Grão-priorado da Catalunha; Grão-priorado de Navarra;
Baliagem capitular de Maiorca; Baliagem capitular de Caspe;
VI -
Língua da Alemanha - presidida pelo grão-balio, responsável pela cidade antiga
de Malta e pelo castelo de Gozo. Subdividia-se em:
Grão-priorado
da Alemanha; Grão-priorado da Boémia; Grão-priorado da Hungria; Grão-priorado
da Dácia; Baliagem capitular de Brandeburgo;
VII -
Língua de Portugal, Castela e Leão - presidida pelo grão-cancelário, servindo
de Secretário de Estado e coadjuvado por um vice-cancelário. Subdividia-se em:
Grão-priorado
do Crato; Grão-priorado de Leão e Castela;
Baliagem
de Leça; Baliagem do Acre; Baliagem de Lango; Baliagem de Negroponte.
A Ordem
de Malta em Portugal
Vários
autores remontam a sua existência em terra portuguesa ao período final do
governo de D. Teresa. Segundo Rui de Azevedo, entre 1122 e 1128 a rainha D.
Teresa teria concedido aos freires desta Ordem o mosteiro de Leça do Balio, sua
primeira casa capitular. A carta de couto e privilégios outorgados à Ordem do
Hospital em 1140 por Dom Afonso Henriques atesta a importância que já então
teria. Em 1194, D. Sancho I doou aos cavaleiros de S. João do Hospital a terra
de Guidintesta, junto ao Tejo, para aí construirem um castelo, o qual o
monarca, no acto de doação denominou de Castelo de Belver.
D.
Sancho II em 1232 doou-lhe os largos domínios da terra que, por essa altura,
recebeu o nome de Crato, onde os freires fundaram uma casa que se tornou
célebre.
O
superior português da Ordem dos Hospitalários era designado pelo nome de prior
do Hospital, e a partir de D. Afonso IV por prior do Crato.
Não
consta que por esse tempo tivessem os Cavaleiros do Hospital mosteiro de
freiras, embora tivessem fratisas que usavam hábito e viviam em suas casas. O
primeiro mosteiro de freiras hospitalário foi fundado em Évora, em 1519, por
Isabel Fernandes, e mais tarde transferido para Estremoz pelo infante D. Luís,
quando este filho de D. Manuel I foi prior do Crato.
Por
alvará de 1778, foram-lhes confirmadas todas as aquisições de bens de raiz
feitas no Reino e permitiu-se que os cavaleiros sucedessem a seus parentes por
testamento, no usufruto de quaisquer bens que não fossem da coroa ou vinculados
em morgado, revertendo por morte destes para as casas de onde tinham sido
saído. A ordem foi extinta pelo diploma de 1834 que extinguiu todos os
conventos de religiosos.
A ordem
atualmente
A Ordem
Soberana e Militar de Malta não tem a sua sede no país do mesmo nome, mas sim
no minúsculo território de apenas 6 km² que consiste em um prédio em Roma e seu
jardim.
A
ordem, que possuía cavaleiros de diferentes nacionalidades, principalmente
italiana, francesa, alemã, espanhola e portuguesa, fez de Malta sua base e
quartel-general, mudando seu nome efectivamente para Ordem Soberana, Militar e
Hospitalar de São João de Jerusalém, Rodes e Malta. A ordem ficou ali até 1800,
quando a Grã-Bretanha invadiu Malta, expulsando os cavaleiros. Estes então
refugiaram-se na Itália, onde estão até hoje.
A
soberania da Ordem de Malta só foi reconhecida em 1966, mas não é reconhecida
como um Estado, tendo status de uma organização internacional, como a ONU ou a
Cruz Vermelha. A sua população permanente é de apenas três pessoas, o
"príncipe", o "grão-mestre" e o "chanceler".
Todos os demais "habitantes" da Ordem de Malta possuem nacionalidade
maltesa, mas também a nacionalidade do país onde nasceram (normalmente
italiana). A soberania da ordem permite que ela imprima seus próprios selos e
emita os seus próprios passaportes, concedendo, efectivamente, nacionalidade
maltesa aos seus membros.
Países
que mantêm relações diplomáticas com a Ordem de Malta.
Atualmente,
a Ordem de Malta mantém relações diplomáticas com o Vaticano e com 104 Estados,
onde possui, inclusive, embaixadas. Os representantes diplomáticos da Ordem são
todos cidadãos malteses. A ordem ainda possui representação na ONU (tendo até
um Observador Internacional), e é filiada na Cruz Vermelha e a outras
organizações internacionais. A Ordem de Malta actua como uma organização
humanitária internacional, fundando hospitais e centros de reabilitação em
diversos países, principalmente na África.
A Ordem
de Malta tem algumas características de um Estado soberano, incluindo um hino,
relações diplomáticas com diversos países e Observador nas Nações Unidas, e
ostenta a personalidade jurídica do Direito das Gentes. Alguns doutrinadores
questionam a personalidade jurídica internacional da Ordem de Malta, no entanto
a Ordem é um dos primeiros entes de Direito Internacional que estão em
actividade até aos nossos dias. A sua presença em certas conferências
internacionais se, em geral, dá sob o estatuto de entidade observadora. A ordem
não costuma ser parte em tratados multilaterais, e o Estado que porventura haja
com ela pactuado, fê-lo bilateralmente dentro das suas atribuições soberanas,
reconhecendo por sua vez a soberania da Ordem.
O
Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Ordem
Soberana e Militar de Malta
Lista
dos Grão-mestres
The
Blessed Gerard (1099-1120)
Raymond
du Puy de Provence (1120-1160)
Auger
de Balben (1160-1163)
Arnaud
de Comps (1162-1163)
Gilbert
d'Aissailly (1163-1170)
Gastone
de Murols (c. 1170-1172)
Gilbert
of Syria (1172-1177)
Roger
de Moulins (1177-1187)
Hermangard
d'Asp (1187-1190)
Garnier
de Naplous (1190-1192)
Geoffroy
de Donjon (1193-1202)
D.
Afonso (1203-1206) (português)
Geoffrey
le Rat (1206-1207)
Guerin
de Montaigu (1207-1228)
Bertrand
de Thessy (1228-1231)
Guerin
de Montaigu (1231-1236)
Bertrand
de Comps (1236-1240)
Pierre
de Vielle-Bride (1240-1242)
Guillaume
de Chateauneuf (1242-1258)
Hugues
de Revel (1258-1277)
Nicolas
Lorgne (1277-1284)
Jean de
Villiers (1284-1294)
Odon de
Pins (1294-1296)
Guillaume
de Villaret (1296-1305)
Foulques
de Villaret (1305-1319)
Helion
de Villeneuve (1319-1346)
Dieudonné
de Gozon (1346-1353)
Pierre
de Corneillan (1353-1355)
Roger
de Pins (1355-1365)
Raymond
Berenger (1365-1374)
Robert
de Juliac (1374-1376)
Jean
Fernandez de Heredia (1376-1396)
Riccardo
Caracciolo (1383-1395) Grão-Mestre rival
Philibert
de Naillac (1396-1421)
Antonio
Fluvian de Riviere (1421-1437)
Jean de
Lastic (1437-1454)
Jacques
de Milly (1454-1461)
Piero
Raimondo Zacosta (1461-1467)
Giovanni
Battista Orsini (1467-1476)
Pierre
d'Aubusson (1476-1503)
Emery
d'Amboise (1503-1512)
Guy de
Blanchefort (1512-1513)
Fabrizio
del Carretto (1513-1521)
D.Filippo
Cavalcanti, cavaleiro florentino (1525)-nascimento
Philippe
Villiers de L'Isle-Adam (1521-1534)
Piero
de Ponte (1534-1535)
Didier
de Saint-Jaille (1535-1536)
Jean de
Homedes (1536-1553)
Claude
de la Sengle (1553-1557)
Jean
Parisot de la Valette (1557-1568)
Pierre
de Monte (1568-1572)
Jean de
la Cassiere (1572-1581)
Hugues
Loubenx de Verdalle (1581-1595)
Martin
Garzez (1595-1601)
Alof de
Wignacourt (1601-1622)
Luís
Mendes de Vasconcelos (1622-1623) (português)
Antoine
de Paule (1623-1636)
Juan de
Lascaris-Castellar (1636-1657)
Antoine
de Redin (1657-1660)
Annet
de Clermont-Gessant (1660)
Raphael
Cotoner (1660-1663)
Nicolas
Cotoner (1663-1680)
Gregorio
Carafa (1680-1690)
Adrien
de Wignacourt (1690-1697)
Ramon
Perellos y Roccaful (1697-1720)
Marc'Antonio
Zondadari (1720-1722)
António
Manoel de Vilhena (1722-1736) (português)
Raymond
Despuig (1736-1741)
Manuel
Pinto de Fonseca (1741-1773) (português)
Francisco
Ximenes de Texada (1773-1775)
Emmanuel
de Rohan-Polduc (1775-1797)
Ferdinand
von Hompesch zu Bolheim (1797-1799)
Paulo I
da Rússia (1798-1801) de facto
Giovanni
Battista Tommasi (1803-1805)
Innico
Maria Guevara-Suardo (1805-1814) Tenente
André
Di Giovanni (1814-1821) Tenente
Antoine
Busca (1821-1834) Tenente
Carlo
Candida (1834-1845) Tenente
Philippe
di Colloredo-Mels (1845-1864) Tenente
Alessandro
Borgia (1865-1871) Tenente
Giovanni
Battista Ceschi a Santa Croce (1871-1879) Tenente
Giovanni
Battista Ceschi a Santa Croce (1879-1905)
Caleazzo
von Thun und Hohenstein (1905-1931)
Ludovico
Chigi Albani della Rovere (1931-1951)
Antonio
Hercolani-Fava-Simonetti (1951-1955) Tenente
Ernesto
Paternó Castello di Carcaci (1955-1962) Tenente
Angelo
de Mojana di Cologna (1962-1988)
Jean
Charles Pallavicini (1988) Tenente
Andrew
Willoughby Ninian Bertie (1988-2008)
Giacomo
dalla Torre del Tempio di Sanguinetto (2008) Tenente ad interim
Matthew
Festing (2008 - presente)
António Mexia Alves