Não esqueças: tem mais aquele que precisa de menos. – Não cries necessidades.
(São Josemaría Escrivá - Caminho, 630)
Há muitos anos – mais de vinte e cinco – eu costumava passar por um refeitório de caridade, para mendigos que não comiam em cada dia outro alimento senão o que ali lhes davam. Tratava-se de um local grande, entregue aos cuidados de um grupo de senhoras bondosas. Depois da primeira distribuição, acudiam outros mendigos, para recolher as sobras. Entre os deste segundo grupo houve um que me chamou a atenção: era proprietário de uma colher de lata! Tirava-a cuidadosamente do bolso, com avareza, olhava-a com satisfação e, quando acabava de saborear a sua ração, voltava a olhar para a colher com uns olhos que gritavam: é minha! Dava-lhe duas lambedelas para a limpar e guardava-a de novo, satisfeito, nas pregas dos seus andrajos. Efectiva mente era sua! Um pobre miserável que, entre aquela gente, companheira de desventura, se considerava rico.
Por essa altura, conhecia também uma senhora com título nobiliárquico, Grande de Espanha. Isto não conta nada diante de Deus: somos todos iguais, todos filhos de Adão e Eva, criaturas débeis, com virtudes e com defeitos, capazes dos piores crimes, se o senhor nos abandona. Desde que Cristo nos redimiu, não há diferença de raça, nem de língua, nem de cor, nem de estirpe, nem de riquezas... Somos todos filhos de Deus. Essa pessoa de que vos falo agora residia numa casa solarenga, mas não gastava consigo mesma nem duas pesetas por dia. Por outro lado, pagava muito bem aos seus empregados e o resto destinava-o a ajudar os necessitados, passando ela própria privações de todo o género. A esta mulher não lhe faltavam muitos desses bens que tantos ambicionam, mas ela era pessoalmente pobre, muito mortificada, completamente desprendida de tudo. Compreendestes bem? Aliás, basta escutar as palavras do Senhor: bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus.
Se desejas alcançar esse espírito, aconselho-te a que sejas sóbrio contigo e muito generoso com os outros. Evita os gastos supérfluos por luxo, por capricho, por vaidade, por comodidade...; não cries necessidades. Numa palavra, aprende com S. Paulo a viver na pobreza e a viver na abundância, a ter fartura e a passar fome, a ter de sobra e a padecer necessidade. Tudo posso naquele que me conforta. E, como o Apóstolo, também sairemos vencedores da luta espiritual, se mantivermos o coração desapegado, livre de ataduras.
(São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 123–124)
Obrigado, Perdão Ajuda-me
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Espanha: Mãe de família contrária ao projecto Educação para a Cidadania (EpC) refuta afirmações de ideólogo do PSOE
A presidenta da federação de plataformas Espanha Educa em Liberdade, Marisa Pérez Toribio, criticou ao principal ideólogo da Partida Socialista Operário Espanhol, Gregorio Peces Barba, por continuarr enganando ao país ao dizer que é o Estado que deve escolher a formação moral dos filhos.
Peces Barba é o principal promotor do projecto Educação para a Cidadania (EpC), a disciplina criada para impor a ideologia de género e o laicismo nas escolas espanholas sem considerar a opinião dos pais, que em dezenas de milhares fizeram uma objecção de consciência a esta matéria e levaram o debate ao Tribunal Europeu de Direitos humanos. Pérez Toribio respondeu as declarações que Peces Barba deu à revista Magisnet no dia 21 de Janeiro, nas quais o socialista disse que "os pais jamais se preocuparam da educação das crianças (e que) a certa altura as abandonaram a uns professores ignorantes, e depois a religiosos".
"Se fosse certo que os pais jamais se preocuparam com a educação dos filhos, teriam transigido também com a tentativa deste Governo de suplantá-los em seu papel educador", respondeu a líder e mãe de família em sua carta de 24 de Janeiro.
Pérez Toribio recordou ao ideólogo socialista que a Constituição contempla o direito dos pais a formarem religiosa e moralmente a seus filhos segundo suas convicções, e não o Estado, que é como afirmou Peces Barba.
A líder disse que uma prova são as centenas de recursos de objecção de consciência contra o ‘EpC’ reconhecidos pelos tribunais superiores e os milhares que esperam uma resposta. Acrescentou que isto é parte da batalha iniciada anos atrás pelos pais contra o projecto ideológico do Estado.
Peces Barba "há tempos nos acostumou com seu beligerante laicismo, a sua defesa extrema do ‘EpC’ deste Governo, com o desprezo ao papel educativo dos pais", assinalou Pérez Toribio.
A mãe de família também defendeu o ensino de religião nas escolas. Ela disse que este está previsto pela Constituição e responde ao "acordo entre o Estado e a Santa Sé com categoria de tratado internacional".
"A formação religiosa forma parte da formação integral da pessoa. Privar o homem dessa formação, é negar sua dimensão transcendente", acrescentou.
Finalmente, Marisa Pérez Toribio esclareceu ao ideólogo que as escolas públicas não podem ter um ideário porque seu ensino deve ser neutro. Indicou que o caso dos centros privados é distinto porque respondem "à liberdade de ensino e ao direito à liberdade ideológica e religiosa", e são garantia de respeito a estes direitos fundamentais.
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
Peces Barba é o principal promotor do projecto Educação para a Cidadania (EpC), a disciplina criada para impor a ideologia de género e o laicismo nas escolas espanholas sem considerar a opinião dos pais, que em dezenas de milhares fizeram uma objecção de consciência a esta matéria e levaram o debate ao Tribunal Europeu de Direitos humanos. Pérez Toribio respondeu as declarações que Peces Barba deu à revista Magisnet no dia 21 de Janeiro, nas quais o socialista disse que "os pais jamais se preocuparam da educação das crianças (e que) a certa altura as abandonaram a uns professores ignorantes, e depois a religiosos".
"Se fosse certo que os pais jamais se preocuparam com a educação dos filhos, teriam transigido também com a tentativa deste Governo de suplantá-los em seu papel educador", respondeu a líder e mãe de família em sua carta de 24 de Janeiro.
Pérez Toribio recordou ao ideólogo socialista que a Constituição contempla o direito dos pais a formarem religiosa e moralmente a seus filhos segundo suas convicções, e não o Estado, que é como afirmou Peces Barba.
A líder disse que uma prova são as centenas de recursos de objecção de consciência contra o ‘EpC’ reconhecidos pelos tribunais superiores e os milhares que esperam uma resposta. Acrescentou que isto é parte da batalha iniciada anos atrás pelos pais contra o projecto ideológico do Estado.
Peces Barba "há tempos nos acostumou com seu beligerante laicismo, a sua defesa extrema do ‘EpC’ deste Governo, com o desprezo ao papel educativo dos pais", assinalou Pérez Toribio.
A mãe de família também defendeu o ensino de religião nas escolas. Ela disse que este está previsto pela Constituição e responde ao "acordo entre o Estado e a Santa Sé com categoria de tratado internacional".
"A formação religiosa forma parte da formação integral da pessoa. Privar o homem dessa formação, é negar sua dimensão transcendente", acrescentou.
Finalmente, Marisa Pérez Toribio esclareceu ao ideólogo que as escolas públicas não podem ter um ideário porque seu ensino deve ser neutro. Indicou que o caso dos centros privados é distinto porque respondem "à liberdade de ensino e ao direito à liberdade ideológica e religiosa", e são garantia de respeito a estes direitos fundamentais.
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1940
Realiza uma das suas frequentes viagens de Madrid a Valência. “Pelos primeiros anos da década de quarenta, ia muitas vezes a Valência. Não tinha nessa altura nenhum meio humano e, com os que se reuniam com este pobre sacerdote - como agora convosco –, fazia oração onde podíamos, algumas tardes numa praia solitária. Como os primeiros amigos do Mestre, lembras-te? Escreve São Lucas que, «ao sair de Tiro com Paulo, a caminho de Jerusalém, ‘acompanharam-nos todos com as suas mulheres e filhos até fora da cidade e, ajoelhados na praia, orávamos».”
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
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Bom Dia!
Um olhar sobre a vida humana
Clique em "Bom Dia!" e acederá directamente ao blogue NUNC COEPI e ao texto. Obrigado!
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São João Bosco
"Vinde benditos de meu Pai, recebei por herança o Reino preparado para vós desde a fundação do mundo" Mt 25,34
Fundador e pai da família salesiana, viveu no apostolado a frase de São Dionísio: "Das coisas divinas a mais divina é cooperar com Deus para salvar as almas".
São João Bosco nasceu em 1815 próximo a Turim. Com dois anos de idade perdeu o pai, sendo que a mãe Dona Margarida batalhou contra a pobreza para criar seus filhos. Tamanha era a luta desta mãe, que diante do chamado de João ao sacerdócio, disse-lhe: "Eu nasci na pobreza, vivi sempre pobre e desejo morrer pobre. Se tu desejas tornar-te padre para ficar rico, eu nunca irei te visitar".
Providencialmente, todos os desafios e durezas da vida fizeram do coração do sacerdote, de vinte e seis anos então, um homem sensível aos problemas dos jovens abandonados ou que viviam longe de suas famílias como operários. Desta realidade começou a desabrochar o carisma que concretamente construiu os Oratórios, que eram - como ainda são - lugares de resgate das almas dos jovens. O método de apostolado de D. Bosco era o de partilhar em tudo a vida dos jovens; para isso abriu escolas de alfabetização, de artesanato, casas de hospedagem, campos de diversão para os jovens com catequese e orientação profissional (Oficinas de S.José); foi pioneiro dentro da educação em instituições católicas na educação preventiva com o accompanhamento individualizado de cada jovem, versus a prática até então da educação repressiva. Por esta razão, a Igreja reza: "Deus suscitou São João Bosco para dar à juventude um mestre e um pai".
Fundador e pai da família salesiana, viveu no apostolado a frase de São Dionísio: "Das coisas divinas a mais divina é cooperar com Deus para salvar as almas".
São João Bosco nasceu em 1815 próximo a Turim. Com dois anos de idade perdeu o pai, sendo que a mãe Dona Margarida batalhou contra a pobreza para criar seus filhos. Tamanha era a luta desta mãe, que diante do chamado de João ao sacerdócio, disse-lhe: "Eu nasci na pobreza, vivi sempre pobre e desejo morrer pobre. Se tu desejas tornar-te padre para ficar rico, eu nunca irei te visitar".
Providencialmente, todos os desafios e durezas da vida fizeram do coração do sacerdote, de vinte e seis anos então, um homem sensível aos problemas dos jovens abandonados ou que viviam longe de suas famílias como operários. Desta realidade começou a desabrochar o carisma que concretamente construiu os Oratórios, que eram - como ainda são - lugares de resgate das almas dos jovens. O método de apostolado de D. Bosco era o de partilhar em tudo a vida dos jovens; para isso abriu escolas de alfabetização, de artesanato, casas de hospedagem, campos de diversão para os jovens com catequese e orientação profissional (Oficinas de S.José); foi pioneiro dentro da educação em instituições católicas na educação preventiva com o accompanhamento individualizado de cada jovem, versus a prática até então da educação repressiva. Por esta razão, a Igreja reza: "Deus suscitou São João Bosco para dar à juventude um mestre e um pai".
Mesmo incompreendido por muitos e acusado de louco, conseguiu atrair a tantos jovens, que fundou a Congregação dos Salesianos, cujo nome é em homenagem à protecção de São Francisco de Sales. Também colaborou para o surgimento do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora. De porte atlético, memória incomum, inclinado para a música e arte, D. Bosco tinha uma linguagem fácil, espírito de liderança e era óptimo escritor. Este grande apóstolo da juventude foi elevado para o céu no dia 31 de Janeiro de 1888, na cidade de Turim, e segundo os médicos a causa de sua morte deveu-se a exaustão física, consonante com o que afirmava ser o motivo da sua vida, estar neste mundo para o próximo.
A oração como arma
«A oração é, sem dúvida, a arma poderosíssima pela qual o Senhor nos dá a vitória contra todas as paixões malvadas e tentações infernais; mas esta oração deve fazer-se com espírito, isto é, não só verbalmente mas de coração. Deve, além disso, ser continua e em todas as circunstâncias da vida, porque assim como as batalhas são contínuas, assim há-de sê-lo também a oração (…).».
(Reflexões sobre a Paixão, cap. 9,3 – Santo Afonso Maria de Ligório)
(Reflexões sobre a Paixão, cap. 9,3 – Santo Afonso Maria de Ligório)
Meditação de Francisco Fernández Carvajal
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Comentário ao Evangelho do dia feito por:
Bem-aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
«No Greater Love» (a partir da trad. de «Il n'y a pas de plus grand amour», Lattès 1997, p. 26)
«O homem que fora possesso suplicou-Lhe que o deixasse andar com Ele. [...] Disse-lhe antes: 'Vai para tua casa, para junto dos teus, e conta-lhes tudo o que o Senhor fez por ti'»
«No Greater Love» (a partir da trad. de «Il n'y a pas de plus grand amour», Lattès 1997, p. 26)
«O homem que fora possesso suplicou-Lhe que o deixasse andar com Ele. [...] Disse-lhe antes: 'Vai para tua casa, para junto dos teus, e conta-lhes tudo o que o Senhor fez por ti'»
O Evangelho do dia 31 de Janeiro de 2011
Evangelho segundo S. Marcos 5,1-20
1 Chegaram ao outro lado do mar, ao território dos gerasenos.2 Ao sair Jesus da barca, foi logo ter com Ele, saindo dos sepulcros, um homem possesso de um espírito imundo.3 Tinha o seu domicílio nos sepulcros, e já ninguém conseguia segurá-lo com cadeias.4 Tendo sido preso muitas vezes com grilhões e com cadeias, tinha quebrado as cadeias e despedaçado os grilhões e ninguém o podia dominar.5 E sempre, dia e noite, andava pelos sepulcros e pelos montes, gritando e ferindo-se com pedras.6 Ao ver de longe Jesus, correu e prostrou-se diante d'Ele7 e clamou em alta voz: «Que tens Tu comigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Por Deus eu Te conjuro que não me atormentes».8 Porque Jesus dizia-lhe: «Espírito imundo sai desse homem».9 Depois perguntou-lhe: «Como te chamas?». Ele respondeu: «O meu nome é Legião, porque somos muitos».10 E suplicava-Lhe insistentemente que não o expulsasse daquela região.11 Andava ali, próximo do monte, uma grande vara de porcos a pastar.12 Os espíritos imundos suplicaram-Lhe: «Manda-nos para os porcos, para nos metermos neles».13 Jesus consentiu. Então os espíritos imundos saíram e entraram nos porcos, e a vara, que era de cerca de dois mil, precipitou-se por um despenhadeiro no mar onde se afogaram.14 Os guardadores fugiram e contaram o facto pela cidade e pelos campos. E o povo foi ver o que tinha sucedido.15 Foram ter com Jesus e viram o que tinha estado possesso do demónio sentado, vestido e são do juízo; ele, que tinha estado possesso de uma legião inteira; e tiveram medo.16 Os que tinham visto contaram-lhes o que tinha acontecido ao endemoninhado e aos porcos.17 Então começaram a pedir a Jesus que se retirasse do seu território.18 Quando Jesus subia para a barca, o que fora possesso do demónio começou a pedir-Lhe que lhe permitisse acompanhá-l'O.19 Mas Jesus não o permitiu, antes lhe disse: «Vai para tua casa, para os teus, e conta-lhes tudo o que o Senhor te fez, e como teve piedade de ti».20 Ele retirou-se
1 Chegaram ao outro lado do mar, ao território dos gerasenos.2 Ao sair Jesus da barca, foi logo ter com Ele, saindo dos sepulcros, um homem possesso de um espírito imundo.3 Tinha o seu domicílio nos sepulcros, e já ninguém conseguia segurá-lo com cadeias.4 Tendo sido preso muitas vezes com grilhões e com cadeias, tinha quebrado as cadeias e despedaçado os grilhões e ninguém o podia dominar.5 E sempre, dia e noite, andava pelos sepulcros e pelos montes, gritando e ferindo-se com pedras.6 Ao ver de longe Jesus, correu e prostrou-se diante d'Ele7 e clamou em alta voz: «Que tens Tu comigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Por Deus eu Te conjuro que não me atormentes».8 Porque Jesus dizia-lhe: «Espírito imundo sai desse homem».9 Depois perguntou-lhe: «Como te chamas?». Ele respondeu: «O meu nome é Legião, porque somos muitos».10 E suplicava-Lhe insistentemente que não o expulsasse daquela região.11 Andava ali, próximo do monte, uma grande vara de porcos a pastar.12 Os espíritos imundos suplicaram-Lhe: «Manda-nos para os porcos, para nos metermos neles».13 Jesus consentiu. Então os espíritos imundos saíram e entraram nos porcos, e a vara, que era de cerca de dois mil, precipitou-se por um despenhadeiro no mar onde se afogaram.14 Os guardadores fugiram e contaram o facto pela cidade e pelos campos. E o povo foi ver o que tinha sucedido.15 Foram ter com Jesus e viram o que tinha estado possesso do demónio sentado, vestido e são do juízo; ele, que tinha estado possesso de uma legião inteira; e tiveram medo.16 Os que tinham visto contaram-lhes o que tinha acontecido ao endemoninhado e aos porcos.17 Então começaram a pedir a Jesus que se retirasse do seu território.18 Quando Jesus subia para a barca, o que fora possesso do demónio começou a pedir-Lhe que lhe permitisse acompanhá-l'O.19 Mas Jesus não o permitiu, antes lhe disse: «Vai para tua casa, para os teus, e conta-lhes tudo o que o Senhor te fez, e como teve piedade de ti».20 Ele retirou-se
domingo, 30 de janeiro de 2011
Boa noite!
Não ponhas o coração em nada caduco: imita Cristo, que se fez pobre por nós e não tinha onde reclinar a cabeça. Pede-lhe que te conceda, no meio do mundo, um desprendimento efectivo, sem atenuantes.
(São Josemaría Escrivá - Forja, 523)
Somos homens da rua, cristãos correntes, metidos na corrente circulatória da sociedade e o Senhor quer-nos santos, apostólicos, precisamente no nosso trabalho profissional, isto é, santificando-nos nesse trabalho, santificando esse trabalho e ajudando os outros a santificarem-se com esse trabalho. Convencei-vos de que Deus vos espera nesse ambiente, com solicitude de Pai, de Amigo. Pensai que com a vossa actividade profissional realizada com responsabilidade, além de vos sustentardes economicamente, prestais um serviço directíssimo ao desenvolvimento da sociedade, aliviais as cargas dos outros e ajudais a manter muitas obras assistenciais – a nível local e universal – em prol dos indivíduos e dos povos mais desfavorecidos.
Ao comportarmo-nos com normalidade – como os nossos semelhantes – e com sentido sobrenatural, não fazemos mais que seguir o exemplo de Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. Reparai que toda a sua vida está cheia de naturalidade. Passa trinta anos oculto, sem chamar a atenção, como qualquer outro trabalhador e conhecem-no na sua aldeia como o filho do carpinteiro. Ao longo da sua vida pública, também não se nota nada que destoe, que pareça estranho ou excêntrico. Rodeava-se de amigos, como qualquer dos seus concidadãos, e no seu porte não se diferenciava deles. De tal maneira que Judas, para o denunciar, precisa de combinar um sinal: aquele a quem eu beijar, é esse. Não havia em Jesus nenhum indício extravagante. A mim, emociona-me esta norma de conduta do nosso Mestre, que passa como mais um entre os homens.
(São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 120–121)
(São Josemaría Escrivá - Forja, 523)
Somos homens da rua, cristãos correntes, metidos na corrente circulatória da sociedade e o Senhor quer-nos santos, apostólicos, precisamente no nosso trabalho profissional, isto é, santificando-nos nesse trabalho, santificando esse trabalho e ajudando os outros a santificarem-se com esse trabalho. Convencei-vos de que Deus vos espera nesse ambiente, com solicitude de Pai, de Amigo. Pensai que com a vossa actividade profissional realizada com responsabilidade, além de vos sustentardes economicamente, prestais um serviço directíssimo ao desenvolvimento da sociedade, aliviais as cargas dos outros e ajudais a manter muitas obras assistenciais – a nível local e universal – em prol dos indivíduos e dos povos mais desfavorecidos.
Ao comportarmo-nos com normalidade – como os nossos semelhantes – e com sentido sobrenatural, não fazemos mais que seguir o exemplo de Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. Reparai que toda a sua vida está cheia de naturalidade. Passa trinta anos oculto, sem chamar a atenção, como qualquer outro trabalhador e conhecem-no na sua aldeia como o filho do carpinteiro. Ao longo da sua vida pública, também não se nota nada que destoe, que pareça estranho ou excêntrico. Rodeava-se de amigos, como qualquer dos seus concidadãos, e no seu porte não se diferenciava deles. De tal maneira que Judas, para o denunciar, precisa de combinar um sinal: aquele a quem eu beijar, é esse. Não havia em Jesus nenhum indício extravagante. A mim, emociona-me esta norma de conduta do nosso Mestre, que passa como mais um entre os homens.
(São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 120–121)
As bem-aventuranças, um novo programa de vida; a Igreja não teme a pobreza, desprezo e perseguição: Bento XVI antes de recitação do Angelus
Dirigindo-se aos milhares de pessoas congregadas ao meio dia na Praça de S. Pedro para a recitação do Angelus, Bento XVI comentou o Evangelho deste quarto domingo do Tempo Comum que apresenta o primeiro grande discurso que o Senhor dirige á multidão das suaves colinas á volta do lago da Galileia.
Jesus proclama bem aventurados “os pobres que o são no seu intimo, os aflitos, os misericordiosos, os que têm fome e sede de justiça, os puros de coração, os que sofrem perseguição”….
Não se trata – salientou o Papa – de uma nova ideologia, mas de um ensinamento que vem do alto e toca a condição humana, precisamente aquela que o Senhor incarnando-se quis assumir, para a salvar.
As bem-aventuranças são um novo programa de vida para nos libertarmos dos falsos valores do mundo e nos abrirmos aos bens verdadeiros. Presentes e futuros. De facto quando Deus consola, sacia a fome e sede de justiça, enxuga as lágrimas dos aflitos, significa que, para além de recompensar cada um de maneira sensível abre o Reino dos Céus. As Bem aventuranças são a transposições da cruz e da ressurreição para a existência dos discípulos , disse o Papa citando uma passagem do seu livro “Jesus de Nazaré”.
São espelho da vida do Filho de Deus que se deixa perseguir, desprezar até á condenação á morte, para que seja dada a salvação aos homens.
Bento XVI salientou depois que o Evangelho das bem-aventuranças se comenta com a própria historia da Igreja, a historia da santidade cristã, porque – como escreve São Paulo - “o que é fraco, segundo o mundo, é que Deus escolheu para confundir o que é forte. O que é vil e desprezível no mundo, é que Deus escolheu como também aquelas coisas que nada são, para destruir as que são” ( 1 Cor 1,27-28) .
Por isso a Igreja não teme a pobreza, o desprezo, a perseguição numa sociedade muitas vezes atraída pelo bem estar material e pelo poder mundano - disse Bento XVI a concluir.
Depois da recitação do Angelus o Papa recordou que neste domingo se celebra o dia mundial dos doentes de lepra, promovido nos anos 50 do século passado por Raul Follereau e reconhecido oficialmente pela ONU.
“A lepra, - salientou Bento XVI- embora esteja a regredir, infelizmente atinge ainda muitas pessoas em condições de grave miséria. A todos os doentes asseguro uma oração especial, que estendo a todos aqueles que os assistem e de varias maneiras se empenham a vencer o morbo de Hansen. Saúdo em particular – acrescentou o Santo Padre – a associação italiana dos Amigos de Raul Follereau que completa 50 anos de actividade
Bento XVI recordou ainda que nos próximos dias em vários países do Extremo Oriente se celebra com alegria, especialmente na intimidade das famílias, o novo ano lunar. A todos aqueles grandes povos o Papa desejou de coração serenidade e prosperidade.
Outra efeméride á qual Bento XVI quis referir-se foi a jornada internacional de oração pela Paz na Terra Santa.
Associo-me - disse o Santo Padre - ao Patriarca Latino de Jerusalém e ao Custodio da Terra Santa no convite dirigido a todos, a pedir ao Senhor para que faça convergir as mentes e os corações para projectos concretos de paz.
(Fonte: Rádio Vaticano)
Jesus proclama bem aventurados “os pobres que o são no seu intimo, os aflitos, os misericordiosos, os que têm fome e sede de justiça, os puros de coração, os que sofrem perseguição”….
Não se trata – salientou o Papa – de uma nova ideologia, mas de um ensinamento que vem do alto e toca a condição humana, precisamente aquela que o Senhor incarnando-se quis assumir, para a salvar.
As bem-aventuranças são um novo programa de vida para nos libertarmos dos falsos valores do mundo e nos abrirmos aos bens verdadeiros. Presentes e futuros. De facto quando Deus consola, sacia a fome e sede de justiça, enxuga as lágrimas dos aflitos, significa que, para além de recompensar cada um de maneira sensível abre o Reino dos Céus. As Bem aventuranças são a transposições da cruz e da ressurreição para a existência dos discípulos , disse o Papa citando uma passagem do seu livro “Jesus de Nazaré”.
São espelho da vida do Filho de Deus que se deixa perseguir, desprezar até á condenação á morte, para que seja dada a salvação aos homens.
Bento XVI salientou depois que o Evangelho das bem-aventuranças se comenta com a própria historia da Igreja, a historia da santidade cristã, porque – como escreve São Paulo - “o que é fraco, segundo o mundo, é que Deus escolheu para confundir o que é forte. O que é vil e desprezível no mundo, é que Deus escolheu como também aquelas coisas que nada são, para destruir as que são” ( 1 Cor 1,27-28) .
Por isso a Igreja não teme a pobreza, o desprezo, a perseguição numa sociedade muitas vezes atraída pelo bem estar material e pelo poder mundano - disse Bento XVI a concluir.
Depois da recitação do Angelus o Papa recordou que neste domingo se celebra o dia mundial dos doentes de lepra, promovido nos anos 50 do século passado por Raul Follereau e reconhecido oficialmente pela ONU.
“A lepra, - salientou Bento XVI- embora esteja a regredir, infelizmente atinge ainda muitas pessoas em condições de grave miséria. A todos os doentes asseguro uma oração especial, que estendo a todos aqueles que os assistem e de varias maneiras se empenham a vencer o morbo de Hansen. Saúdo em particular – acrescentou o Santo Padre – a associação italiana dos Amigos de Raul Follereau que completa 50 anos de actividade
Bento XVI recordou ainda que nos próximos dias em vários países do Extremo Oriente se celebra com alegria, especialmente na intimidade das famílias, o novo ano lunar. A todos aqueles grandes povos o Papa desejou de coração serenidade e prosperidade.
Outra efeméride á qual Bento XVI quis referir-se foi a jornada internacional de oração pela Paz na Terra Santa.
Associo-me - disse o Santo Padre - ao Patriarca Latino de Jerusalém e ao Custodio da Terra Santa no convite dirigido a todos, a pedir ao Senhor para que faça convergir as mentes e os corações para projectos concretos de paz.
(Fonte: Rádio Vaticano)
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1938
Escreve nos seus Apontamentos íntimos: “Muita vontade de solidão. Vejo-me como uma bola, lançada à parede uma vez e outra pelo meu Pai-Deus, ora atirado com o pé, ora recebendo uma carícia das suas mãos...”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Bom Dia!
Um olhar sobre a vida humana
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Meditação de Francisco Fernández Carvajal
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As minhas armas
«Também Deus me fabricou uma couraça que não é de metal, mas de justiça: me preparou um escudo não de bronze, mas de fé. Tenho na mão uma espada aguda, a palavra do Espírito (…). É necessário que a tua vitória seja a de um homem que transborda contentamento».
(Catequeses Baptismais, III, 12 – São João Crisóstomo)
(Catequeses Baptismais, III, 12 – São João Crisóstomo)
sábado, 29 de janeiro de 2011
Boa noite!
Tu também tens uma vocação profissional, que te "espicaça". Sim, esse "aguilhão" é o anzol de pescar homens. Rectifica, portanto, a intenção, e não deixes de adquirir todo o prestígio profissional possível, em serviço de Deus e das almas. O Senhor conta também com isso.
(São Josemaría Escrivá - Sulco, 491)
Assim, como lema para o vosso trabalho, posso indicar-vos este: para servir, servir. Porque para fazer as coisas, é necessário, em primeiro lugar, saber concluí-las. Não acredito na rectidão da intenção de quem não se esforça por conseguir a competência necessária para cumprir bem os trabalhos de que está encarregado. Não basta querer fazer o bem; é preciso saber fazê-lo. E, se queremos realmente, esse desejo traduzir-se-á no empenho por utilizar os meios adequados para fazer as coisas bem acabadas, com perfeição humana.
Além disso, esse serviço humano, essa capacidade a que poderíamos chamar técnica, saber realizar o nosso ofício, deve ter uma característica que foi fundamental no trabalho de S. José e que devia ser fundamental em todo o cristão: o espírito de serviço, o desejo de trabalhar para contribuir para o bem dos outros homens. O trabalho de S. José não foi um trabalho que visasse a auto-afirmação, embora a dedicação de uma vida laboriosa tenha forjado nele uma personalidade madura, bem delineada. O Santo Patriarca trabalhava com a consciência de cumprir a vontade de Deus, pensando no bem dos seus, Jesus e Maria, e tendo presente o bem de todos os habitantes da pequena Nazaré.
(São Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 50–51)
(São Josemaría Escrivá - Sulco, 491)
Assim, como lema para o vosso trabalho, posso indicar-vos este: para servir, servir. Porque para fazer as coisas, é necessário, em primeiro lugar, saber concluí-las. Não acredito na rectidão da intenção de quem não se esforça por conseguir a competência necessária para cumprir bem os trabalhos de que está encarregado. Não basta querer fazer o bem; é preciso saber fazê-lo. E, se queremos realmente, esse desejo traduzir-se-á no empenho por utilizar os meios adequados para fazer as coisas bem acabadas, com perfeição humana.
Além disso, esse serviço humano, essa capacidade a que poderíamos chamar técnica, saber realizar o nosso ofício, deve ter uma característica que foi fundamental no trabalho de S. José e que devia ser fundamental em todo o cristão: o espírito de serviço, o desejo de trabalhar para contribuir para o bem dos outros homens. O trabalho de S. José não foi um trabalho que visasse a auto-afirmação, embora a dedicação de uma vida laboriosa tenha forjado nele uma personalidade madura, bem delineada. O Santo Patriarca trabalhava com a consciência de cumprir a vontade de Deus, pensando no bem dos seus, Jesus e Maria, e tendo presente o bem de todos os habitantes da pequena Nazaré.
(São Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 50–51)
Quando o entrevistado é o Papa - De Leão XIII a Bento XVI passando por Paulo VI e João Paulo II (Giovanni Maria Vian)
Publicamos integralmente um artigo do nosso director que saiu no número da revista "Vita e pensiero" de 19 de Janeiro de 2011.
O novo livro de Bento XVI, entrevistado pelo jornalista alemão Peter Seewald, suscitou, como de resto era facilmente previsível, muito interesse nos meios de comunicação internacionais e, sobretudo, é um sucesso editorial na dezena de edições em diversas línguas nas quais foi publicado, enquanto outras tantas estão em fase de preparação. De facto, não é frequente que um Papa conceda entrevistas e, sobretudo, também nesta ocasião Joseph Ratzinger se confirma um comunicador de primeira ordem. Além disso, sem utilizar estratégias improváveis que, com frequência nestes últimos tempos, comentadores normalmente pouco benévolos se preocupam por aconselhar aos órgãos da Santa Sé, ou até ao próprio sucessor de Pedro. Que ao contrário consegue ser muito eficaz unicamente sendo ele mesmo, simples e transparente, nesta longa entrevista, surpreendente só para quem não o conhece, assim como nos discursos e em muitos outros textos, sobretudo nas homilias.
Certamente, não é a primeira vez que um Papa utiliza o género literário da entrevista. No início está o distante precedente de Leão XIII acerca do anti-semitismo, sobre a qual escreveu Giovanni Miccoli nos ensaios em honra de Giuseppe Alberigo, reunidos sob o título Cristianesimo nella storia (1996). Publicado na primeira página em "Le Figaro" de 4 de Agosto de 1892, o clamoroso artigo era de Séverine, pseudónimo de Caroline Rémy. Uma das assinaturas mais conhecidas do jornalismo francês, tinha-se apresentado ao cardeal secretário de Estado, Mariano Rampolla del Tindaro, com uma carta de 9 de Julho, como "uma mulher que tinha sido cristã e disso se recorda, para amar os pequeninos e defender os débeis" e como "uma socialista que, se não se encontra em estado de graça, preservou intacto, no seu coração ferido, o respeito profundo da fé, a veneração das velhices augustas e das soberanias prisioneiras". O pedido foi imediatamente aceite e a entrevista, que durou setenta minutos, teve lugar no domingo, 31 de Julho. Mesmo se revista pelo secretário de Estado, não satisfez a Santa Sé e levantou uma tempestade mediática, mas mais a nível político e diplomático que sobre o objecto da singular conversação entre o Pontífice de oitenta e dois anos e a fervorosa jornalista francesa.
Completamente diferente foi o encontro de Paulo VI, a 24 de Setembro de 1965, com Alberto Cavallari, que publicou o diálogo no "Corriere della Sera" de 3 de Outubro, abrindo uma série de artigos depois reunidos no Livro Il Vaticano che cambia (1966). Com uma atitude que para o jornalista foi como "uma preciosa rejeição do clássico monólogo dos Papas", imediatamente sobressaíram a ironia e a perspicácia típicas de Montini: "Via um homem relaxado, espontâneo, pouco semelhante ao Papa insuficiente, tenso, introverso, nervoso, ou diplomático, que normalmente se descreve. "Sabe, sentimos prazer em falar do Vaticano", disse imediatamente o Papa com afabilidade, com expressão brilhante. "Hoje muitos procuram compreender-nos e estudar-nos. Existem muitos livros sobre a Santa Sé e o Concílio. E veja, alguns até são bem feitos. Mas muitos garantem que a Igreja pensa certas coisas sem nunca ter perguntado à Igreja o que pensa. Mas, no final de contas, também o nosso parecer deveria ter algum peso em tema de religião". Aqui o Papa fez uma pausa, um parênteses divertido. Depois prosseguiu, deixando esmorecer o sorriso: "Mas damo-nos conta de que não é fácil compreender o que é feito e debatido no mundo da Igreja. Sabe, também o Papa certas vezes tem dificuldade de compreender o mundo de hoje". Depois deste preâmbulo sem formalidades, tão francamente humano, Paulo VI abordou os temas mais importantes do seu pontificado".
Mas a verdadeira novidade foram os Dialogues avec Paul VI (1967) de Jean Guitton, que iniciavam com a evocação dos platónicos e a recordação - "na minha memória tudo é contemporâneo", escreve o pensador francês - do primeiro encontro, a 8 de Setembro de 1950, entre o intelectual e o então substituto da secretaria de Estado. Precisamente naquele ano o filósofo católico tinha publicado um livro sobre Nossa Senhora, "dirigido sobretudo aos negadores, aos racionalistas" e "dedicado aos nossos irmãos protestantes", mas que não foi aceite com favor por "certos ambientes romanos" e foi criticado pelo diário do Vaticano. E o comentário de Montini expressa bem também a finalidade dos Dialogues (e em definitivo o deste modo de comunicar, novo e eficaz, dos sucessores de Pedro): "Gostei muito do seu livro sobre a Virgem. Hoje é a Virgem que nos aproxima. Depois das páginas de Newman, na famosa carta ao doutor Pusey, penso que não li páginas tão satisfatórias sobre a Virgem. É preciso saber ser antigo e moderno, falar segundo a tradição mas também em conformidade com a nossa sensibilidade.
Para que serve dizer o que é verdadeiro, se os homens do nosso tempo não nos compreendem?". Nas pegadas de Paulo VI moveu-se o seu segundo sucessor, graças a dois jornalistas e escritores convertidos (um francês e um italiano) e a dois filósofos polacos. Foram então publicados "N'ayez pas peur!" (1982) de André Frossard - que tinha entrevistado João Paulo II poucas semanas depois do atentado de 13 de Maio de 1981 - e Cruzar o limiar da esperança (1994), no qual Vittorio Messori reuniu os textos que o Papa tinha escrito pessoalmente em polaco para responder a uma longa série de perguntas.
Elas tinham sido concebidas para uma entrevista televisiva de uma hora, por ocasião do décimo quinto aniversário do pontificado (16 de Outubro de 1993), confiada à direcção de Pupi Avati, mas que não se pôde realizar. Ainda àquele ano remontam por fim os encontros com Jósef Tischner e Krzysztof Michalski, reunidos depois no volume Memoria e identità. Conversazioni a cavallo dei millenni (2005) publicado em tradução italiana poucas semanas antes da morte do Papa e que se conclui com um encontro, no qual tinha participado também o seu secretário particular, Stanislaw Dziwisz, sobre o atentado: "Penso - disse o Pontífice - que foi uma das últimas convulsões das ideologias da prepotência, que se desencadeou no século XX. A vexação veio quer do fascismo e do nazismo, quer do comunismo. A vexação motivada com semelhantes argumentos desenvolveu-se também aqui na Itália; as Brigadas Vermelhas matavam homens inocentes e honestos".
A escolha do segundo entrevistador de João Paulo II deveu-se provavelmente ao clamoroso sucesso de outro livro seu, Rapporto sulla fede (1985), traduzido em treze línguas e no qual Messori tinha reunido quanto lhe dissera o cardeal Joseph Ratzinger em Agosto de 1984 em Bressanone, que a 25 de Novembro de 1981 o Papa chamara para Roma como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o antigo Santo Ofício. Nem sequer o requintado teólogo - nomeado arcebispo de München und Freising e criado cardeal por Paulo VI com cinquenta anos, em 1977 - era novo aos best-sellers: a sua Einsführung in das Christentum ("Introdução ao cristianismo", 1968), tirada de uma série de lições sobre o Símbolo apostólico, dadas em 1967 na Universidade de Tübing, tinha de facto vendido em poucos meses mais de cinquenta mil exemplares, com traduções em vinte e três línguas.
E precisamente o género literário da entrevista é próprio de Ratzinger, intelectual habituado desde sempre a confrontar-se com o ambiente universitário e teólogo que nas suas obras fala a todos, graças a "uma linguagem límpida e clara, e por conseguinte, compreensível também aqueles que não são peritos na matéria, os quais são atraídos pela leitura porque descobrem respostas a perguntas desde sempre sem resposta, ou que sentiam de modo confuso, sem encontrar a lucidez para as fazer", explicou Lucetta Scaraffia no Invito alla lettura (2010) escrito com Gerhard Müller e Rudolf Voderholzer para ilustrar a edição italiana da opera omnia.
Com mais razão nas entrevistas. Assim, depois daquela a Messori publicada vinte anos depois da conclusão do Concílio Vaticano II, foi a vez das duas concedidas pelo cardeal a Seewald: a primeira, no Inverno em Roma, sobre cristianismo e Igreja católica no século XXI, publicada no volume Salz der Erde ("Sal da terra", 1996), traduzido em dezanove línguas, e a segunda em Gott und die Welt ("Deus e o mundo", 2000), sobre fé e vida no mundo de hoje, realizada entre 7 e 11 de Fevereiro em Montecassino e traduzida em treze línguas.
Eleito a 19 de Abril de 2005 em menos de um dia no conclave mais numeroso jamais realizado, havia quase dois anos Ratzinger tinha iniciado em 2003 a escrever uma obra que lhe é muito querida e na qual continuou a trabalhar em todos os momentos livres: o Jesus de Nazaré, cujo primeiro volume - significativamente assinado com o seu nome e com o nome assumido no momento da eleição - foi publicado em 2007 e agora é seguido do segundo, já terminado e iminente. Texto sem precedentes na história do papado, obviamente o livro está mais próximo aos títulos típicos da bibliografia do teólogo, mas ao mesmo tempo, com coerência, enfrenta plenamente o desafio apresentado pela escolha inovadora de falar a todos.
O último livro de Bento XVI, Licht der Welt ("Luz do mundo"), é portanto a terceira entrevista concedida por Joseph Ratzinger a Seewald, entre 26 e 31 de Julho em Castelgandolfo, onde o Papa se encontrou todos os dias com o jornalista, seu conterrâneo, para responder com franqueza e simplicidade a todas as perguntas que lhe foram feitas, sem excluir nenhuma. E foram pouquíssimas depois as correcções que o entrevistado fez ao texto alemão, para esclarecer aqui e além o seu pensamento sobre os temas tratados, subdivididos em três partes (os sinais dos tempos, o pontificado, as perspectivas que se abrem): a mudança radical e não procurada na última etapa da sua vida, o terrível escândalo dos abusos sexuais contra menores cometidos por eclesiásticos, a crise global económica e ambiental, a ditadura alastradora do relativismo, as assustadoras realidades criadas no mundo pelo difundir-se da droga e do turismo sexual, a irreversibilidade do empenho ecuménico assumido pela Igreja católica, a sua relação única com o judaísmo, a busca do confronto e da amizade com o islão e com as outras religiões, as viagens, a sexualidade, os problemas do governo, as realidades últimas, esquecidas mas que permanecem o destino final de cada ser humano e do mundo.
Inovadora como as de Leão XIII, e sobretudo de Paulo VI, a entrevista a Bento XVI, do mesmo modo como as duas precedentes de Seewald ao cardeal Ratzinger, faz admirar sobretudo pelo tom de confiança e abertura do Papa, pela sua linguagem clara que deseja ser compreendido por todos, não só pelos católicos, e a todos estende a mão: "Eu penso que Deus, escolhendo como Papa um professor, quis ressaltar precisamente este momento do aprofundamento e do esforço pela união entre fé e razão". E apresentar, com suavidade, o que deveras lhe está mais a peito: a questão de Deus. Tratando - como escreveu Cavallari sobre Paulo VI - também os temas mais difíceis e críticos, "como homem do nosso tempo, que nada pretende evitar, abertamente decidido a uma sinceridade que rejeita as relações fáceis". Para servir a verdade.
Giovanni Maria Vian na revista "Vita e pensiero"
(© L'Osservatore Romano - 29 de Janeiro de 2011)
O novo livro de Bento XVI, entrevistado pelo jornalista alemão Peter Seewald, suscitou, como de resto era facilmente previsível, muito interesse nos meios de comunicação internacionais e, sobretudo, é um sucesso editorial na dezena de edições em diversas línguas nas quais foi publicado, enquanto outras tantas estão em fase de preparação. De facto, não é frequente que um Papa conceda entrevistas e, sobretudo, também nesta ocasião Joseph Ratzinger se confirma um comunicador de primeira ordem. Além disso, sem utilizar estratégias improváveis que, com frequência nestes últimos tempos, comentadores normalmente pouco benévolos se preocupam por aconselhar aos órgãos da Santa Sé, ou até ao próprio sucessor de Pedro. Que ao contrário consegue ser muito eficaz unicamente sendo ele mesmo, simples e transparente, nesta longa entrevista, surpreendente só para quem não o conhece, assim como nos discursos e em muitos outros textos, sobretudo nas homilias.
Certamente, não é a primeira vez que um Papa utiliza o género literário da entrevista. No início está o distante precedente de Leão XIII acerca do anti-semitismo, sobre a qual escreveu Giovanni Miccoli nos ensaios em honra de Giuseppe Alberigo, reunidos sob o título Cristianesimo nella storia (1996). Publicado na primeira página em "Le Figaro" de 4 de Agosto de 1892, o clamoroso artigo era de Séverine, pseudónimo de Caroline Rémy. Uma das assinaturas mais conhecidas do jornalismo francês, tinha-se apresentado ao cardeal secretário de Estado, Mariano Rampolla del Tindaro, com uma carta de 9 de Julho, como "uma mulher que tinha sido cristã e disso se recorda, para amar os pequeninos e defender os débeis" e como "uma socialista que, se não se encontra em estado de graça, preservou intacto, no seu coração ferido, o respeito profundo da fé, a veneração das velhices augustas e das soberanias prisioneiras". O pedido foi imediatamente aceite e a entrevista, que durou setenta minutos, teve lugar no domingo, 31 de Julho. Mesmo se revista pelo secretário de Estado, não satisfez a Santa Sé e levantou uma tempestade mediática, mas mais a nível político e diplomático que sobre o objecto da singular conversação entre o Pontífice de oitenta e dois anos e a fervorosa jornalista francesa.
Completamente diferente foi o encontro de Paulo VI, a 24 de Setembro de 1965, com Alberto Cavallari, que publicou o diálogo no "Corriere della Sera" de 3 de Outubro, abrindo uma série de artigos depois reunidos no Livro Il Vaticano che cambia (1966). Com uma atitude que para o jornalista foi como "uma preciosa rejeição do clássico monólogo dos Papas", imediatamente sobressaíram a ironia e a perspicácia típicas de Montini: "Via um homem relaxado, espontâneo, pouco semelhante ao Papa insuficiente, tenso, introverso, nervoso, ou diplomático, que normalmente se descreve. "Sabe, sentimos prazer em falar do Vaticano", disse imediatamente o Papa com afabilidade, com expressão brilhante. "Hoje muitos procuram compreender-nos e estudar-nos. Existem muitos livros sobre a Santa Sé e o Concílio. E veja, alguns até são bem feitos. Mas muitos garantem que a Igreja pensa certas coisas sem nunca ter perguntado à Igreja o que pensa. Mas, no final de contas, também o nosso parecer deveria ter algum peso em tema de religião". Aqui o Papa fez uma pausa, um parênteses divertido. Depois prosseguiu, deixando esmorecer o sorriso: "Mas damo-nos conta de que não é fácil compreender o que é feito e debatido no mundo da Igreja. Sabe, também o Papa certas vezes tem dificuldade de compreender o mundo de hoje". Depois deste preâmbulo sem formalidades, tão francamente humano, Paulo VI abordou os temas mais importantes do seu pontificado".
Mas a verdadeira novidade foram os Dialogues avec Paul VI (1967) de Jean Guitton, que iniciavam com a evocação dos platónicos e a recordação - "na minha memória tudo é contemporâneo", escreve o pensador francês - do primeiro encontro, a 8 de Setembro de 1950, entre o intelectual e o então substituto da secretaria de Estado. Precisamente naquele ano o filósofo católico tinha publicado um livro sobre Nossa Senhora, "dirigido sobretudo aos negadores, aos racionalistas" e "dedicado aos nossos irmãos protestantes", mas que não foi aceite com favor por "certos ambientes romanos" e foi criticado pelo diário do Vaticano. E o comentário de Montini expressa bem também a finalidade dos Dialogues (e em definitivo o deste modo de comunicar, novo e eficaz, dos sucessores de Pedro): "Gostei muito do seu livro sobre a Virgem. Hoje é a Virgem que nos aproxima. Depois das páginas de Newman, na famosa carta ao doutor Pusey, penso que não li páginas tão satisfatórias sobre a Virgem. É preciso saber ser antigo e moderno, falar segundo a tradição mas também em conformidade com a nossa sensibilidade.
Para que serve dizer o que é verdadeiro, se os homens do nosso tempo não nos compreendem?". Nas pegadas de Paulo VI moveu-se o seu segundo sucessor, graças a dois jornalistas e escritores convertidos (um francês e um italiano) e a dois filósofos polacos. Foram então publicados "N'ayez pas peur!" (1982) de André Frossard - que tinha entrevistado João Paulo II poucas semanas depois do atentado de 13 de Maio de 1981 - e Cruzar o limiar da esperança (1994), no qual Vittorio Messori reuniu os textos que o Papa tinha escrito pessoalmente em polaco para responder a uma longa série de perguntas.
Elas tinham sido concebidas para uma entrevista televisiva de uma hora, por ocasião do décimo quinto aniversário do pontificado (16 de Outubro de 1993), confiada à direcção de Pupi Avati, mas que não se pôde realizar. Ainda àquele ano remontam por fim os encontros com Jósef Tischner e Krzysztof Michalski, reunidos depois no volume Memoria e identità. Conversazioni a cavallo dei millenni (2005) publicado em tradução italiana poucas semanas antes da morte do Papa e que se conclui com um encontro, no qual tinha participado também o seu secretário particular, Stanislaw Dziwisz, sobre o atentado: "Penso - disse o Pontífice - que foi uma das últimas convulsões das ideologias da prepotência, que se desencadeou no século XX. A vexação veio quer do fascismo e do nazismo, quer do comunismo. A vexação motivada com semelhantes argumentos desenvolveu-se também aqui na Itália; as Brigadas Vermelhas matavam homens inocentes e honestos".
A escolha do segundo entrevistador de João Paulo II deveu-se provavelmente ao clamoroso sucesso de outro livro seu, Rapporto sulla fede (1985), traduzido em treze línguas e no qual Messori tinha reunido quanto lhe dissera o cardeal Joseph Ratzinger em Agosto de 1984 em Bressanone, que a 25 de Novembro de 1981 o Papa chamara para Roma como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o antigo Santo Ofício. Nem sequer o requintado teólogo - nomeado arcebispo de München und Freising e criado cardeal por Paulo VI com cinquenta anos, em 1977 - era novo aos best-sellers: a sua Einsführung in das Christentum ("Introdução ao cristianismo", 1968), tirada de uma série de lições sobre o Símbolo apostólico, dadas em 1967 na Universidade de Tübing, tinha de facto vendido em poucos meses mais de cinquenta mil exemplares, com traduções em vinte e três línguas.
E precisamente o género literário da entrevista é próprio de Ratzinger, intelectual habituado desde sempre a confrontar-se com o ambiente universitário e teólogo que nas suas obras fala a todos, graças a "uma linguagem límpida e clara, e por conseguinte, compreensível também aqueles que não são peritos na matéria, os quais são atraídos pela leitura porque descobrem respostas a perguntas desde sempre sem resposta, ou que sentiam de modo confuso, sem encontrar a lucidez para as fazer", explicou Lucetta Scaraffia no Invito alla lettura (2010) escrito com Gerhard Müller e Rudolf Voderholzer para ilustrar a edição italiana da opera omnia.
Com mais razão nas entrevistas. Assim, depois daquela a Messori publicada vinte anos depois da conclusão do Concílio Vaticano II, foi a vez das duas concedidas pelo cardeal a Seewald: a primeira, no Inverno em Roma, sobre cristianismo e Igreja católica no século XXI, publicada no volume Salz der Erde ("Sal da terra", 1996), traduzido em dezanove línguas, e a segunda em Gott und die Welt ("Deus e o mundo", 2000), sobre fé e vida no mundo de hoje, realizada entre 7 e 11 de Fevereiro em Montecassino e traduzida em treze línguas.
Eleito a 19 de Abril de 2005 em menos de um dia no conclave mais numeroso jamais realizado, havia quase dois anos Ratzinger tinha iniciado em 2003 a escrever uma obra que lhe é muito querida e na qual continuou a trabalhar em todos os momentos livres: o Jesus de Nazaré, cujo primeiro volume - significativamente assinado com o seu nome e com o nome assumido no momento da eleição - foi publicado em 2007 e agora é seguido do segundo, já terminado e iminente. Texto sem precedentes na história do papado, obviamente o livro está mais próximo aos títulos típicos da bibliografia do teólogo, mas ao mesmo tempo, com coerência, enfrenta plenamente o desafio apresentado pela escolha inovadora de falar a todos.
O último livro de Bento XVI, Licht der Welt ("Luz do mundo"), é portanto a terceira entrevista concedida por Joseph Ratzinger a Seewald, entre 26 e 31 de Julho em Castelgandolfo, onde o Papa se encontrou todos os dias com o jornalista, seu conterrâneo, para responder com franqueza e simplicidade a todas as perguntas que lhe foram feitas, sem excluir nenhuma. E foram pouquíssimas depois as correcções que o entrevistado fez ao texto alemão, para esclarecer aqui e além o seu pensamento sobre os temas tratados, subdivididos em três partes (os sinais dos tempos, o pontificado, as perspectivas que se abrem): a mudança radical e não procurada na última etapa da sua vida, o terrível escândalo dos abusos sexuais contra menores cometidos por eclesiásticos, a crise global económica e ambiental, a ditadura alastradora do relativismo, as assustadoras realidades criadas no mundo pelo difundir-se da droga e do turismo sexual, a irreversibilidade do empenho ecuménico assumido pela Igreja católica, a sua relação única com o judaísmo, a busca do confronto e da amizade com o islão e com as outras religiões, as viagens, a sexualidade, os problemas do governo, as realidades últimas, esquecidas mas que permanecem o destino final de cada ser humano e do mundo.
Inovadora como as de Leão XIII, e sobretudo de Paulo VI, a entrevista a Bento XVI, do mesmo modo como as duas precedentes de Seewald ao cardeal Ratzinger, faz admirar sobretudo pelo tom de confiança e abertura do Papa, pela sua linguagem clara que deseja ser compreendido por todos, não só pelos católicos, e a todos estende a mão: "Eu penso que Deus, escolhendo como Papa um professor, quis ressaltar precisamente este momento do aprofundamento e do esforço pela união entre fé e razão". E apresentar, com suavidade, o que deveras lhe está mais a peito: a questão de Deus. Tratando - como escreveu Cavallari sobre Paulo VI - também os temas mais difíceis e críticos, "como homem do nosso tempo, que nada pretende evitar, abertamente decidido a uma sinceridade que rejeita as relações fáceis". Para servir a verdade.
Giovanni Maria Vian na revista "Vita e pensiero"
(© L'Osservatore Romano - 29 de Janeiro de 2011)
Comentário ao Evangelho de Domingo feito por:
Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano em Estrasburgo
Sermão 71, para a festa de Todos os Santos (a partir da trad. Cerf. 1991, p. 573 rev.)
«Felizes os que choram, porque serão consolados»
Sermão 71, para a festa de Todos os Santos (a partir da trad. Cerf. 1991, p. 573 rev.)
«Felizes os que choram, porque serão consolados»
O Evangelho de Domingo dia 30 de Janeiro de 2011
Evangelho segundo S. Mateus 5,1-12
1 Vendo Jesus aquelas multidões, subiu a um monte e, tendo-Se sentado, aproximaram-se d'Ele os discípulos. 2 E pôs-Se a falar e ensinava-os, dizendo: 3 «Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. 4 «Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. 5 «Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra. 6 «Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. 7 «Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8 «Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. 9 «Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.10 «Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.11 «Bem-aventurados sereis, quando vos insultarem, vos perseguirem, e disserem falsamente toda a espécie de mal contra vós por causa de Mim.12 Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois também assim perseguiram os profetas que viveram antes de vós.
1 Vendo Jesus aquelas multidões, subiu a um monte e, tendo-Se sentado, aproximaram-se d'Ele os discípulos. 2 E pôs-Se a falar e ensinava-os, dizendo: 3 «Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. 4 «Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. 5 «Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra. 6 «Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. 7 «Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8 «Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. 9 «Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.10 «Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.11 «Bem-aventurados sereis, quando vos insultarem, vos perseguirem, e disserem falsamente toda a espécie de mal contra vós por causa de Mim.12 Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois também assim perseguiram os profetas que viveram antes de vós.
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1945
Sai de Madrid e empreende uma viagem que o levará pela primeira vez a Portugal. Na Galiza, antes de entrar em Portugal, visita a Irmã Lúcia, a vidente de Fátima. “Não falámos das aparições de Nossa Senhora; nunca o fiz. É uma mulher de uma humildade maravilhosa. Sempre que estou com ela, recordo-lhe que teve um papel importante nos começos da Obra em Portugal”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Bom Dia!
Um olhar sobre a vida humana
Clique em "Bom Dia!" e acederá directamente ao blogue NUNC COEPI e ao texto. Obrigado!
Clique em "Bom Dia!" e acederá directamente ao blogue NUNC COEPI e ao texto. Obrigado!
Combater o mal
«Uma vez que este inimigo pode mais que nós, devemos aproveitar-nos do ‘escudo da fé’, que é coisa sobrenatural, ouvindo uma palavra de Deus, ou recebendo os Sacramentos, ou meditando a doutrina da Igreja. E crendo firme com o entendimento que Deus pode tudo».
(Audi, filia, cap. 30 – São João de Ávila)
(Audi, filia, cap. 30 – São João de Ávila)
Meditação de Francisco Fernández Carvajal
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Comentário ao Evangelho do dia feito por:
Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja
Discursos sobre os salmos, PS 54,10; CCL 39, 664
«Ele falou imperiosamente ao vento e disse ao mar: 'Cala-te'»
Discursos sobre os salmos, PS 54,10; CCL 39, 664
«Ele falou imperiosamente ao vento e disse ao mar: 'Cala-te'»
O Evangelho do dia 29 de Janeiro de 2011
Evangelho segundo S. Marcos 4,35-41
35 Naquele mesmo dia, ao cair da tarde, disse-lhes: «Passemos à outra margem».36 Eles, deixando a multidão, levaram-n'O consigo, assim como estava, na barca. Outras embarcações O seguiram.37 Então levantou-se uma grande tempestade de vento, e as ondas lançavam-se sobre a barca, de tal modo que a barca se enchia de água.38 Jesus estava na popa a dormir sobre um travesseiro. Acordaram-n'O e disseram-Lhe: «Mestre, não Te importas que pereçamos?».39 Ele levantou-Se, ameaçou o vento e disse para o mar: «Cala-te, emudece». O vento amainou e seguiu-se uma grande bonança.40 Depois disse-lhes: «Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?». Ficaram cheios de grande temor, e diziam uns para os outros:41 «Quem será Este, que até o vento e o mar Lhe obedecem?».
35 Naquele mesmo dia, ao cair da tarde, disse-lhes: «Passemos à outra margem».36 Eles, deixando a multidão, levaram-n'O consigo, assim como estava, na barca. Outras embarcações O seguiram.37 Então levantou-se uma grande tempestade de vento, e as ondas lançavam-se sobre a barca, de tal modo que a barca se enchia de água.38 Jesus estava na popa a dormir sobre um travesseiro. Acordaram-n'O e disseram-Lhe: «Mestre, não Te importas que pereçamos?».39 Ele levantou-Se, ameaçou o vento e disse para o mar: «Cala-te, emudece». O vento amainou e seguiu-se uma grande bonança.40 Depois disse-lhes: «Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?». Ficaram cheios de grande temor, e diziam uns para os outros:41 «Quem será Este, que até o vento e o mar Lhe obedecem?».
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Boa noite!
Qualquer actividade – quer seja ou não humanamente muito importante – tem de converter-se para ti num meio de servir Nosso Senhor e os homens: aí está a verdadeira dimensão da sua importância.
(São Josemaría Escrivá - Forja, 684)
Não me afasto da mais rigorosa verdade se vos digo que Jesus continua agora a buscar pousada no nosso coração. Temos de Lhe pedir perdão pela nossa cegueira pessoal, pela nossa ingratidão. Temos de Lhe pedir a graça de nunca mais Lhe fechar a porta das nossas almas.
O Senhor não nos oculta que a obediência rendida à vontade de Deus exige renúncia e entrega porque o amor não pede direitos: quer servir. Ele percorreu primeiro o caminho. Jesus, como obedecestes Tu? Usque ad mortem, mortem autem crucis, até à morte e morte de Cruz. É preciso sair de nós mesmos, complicar a vida, perdê-la por amor de Deus e das almas... Tu querias viver e que nada te acontecesse; mas Deus quis outra coisa... Existem duas vontades: a tua vontade deve ser corrigida para se identificar com a vontade de Deus, e não torcida a de Deus para se acomodar à tua.
Com alegria, tenho visto muitas almas que jogaram a vida – como Tu, Senhor, "usque ad mortem"! – para cumprir o que a vontade de Deus lhes pedia, dedicando os seus esforços e o seu trabalho profissional ao serviço da Igreja, pelo bem de todos os homens.
Aprendamos a obedecer, aprendamos a servir. Não há maior fidalguia do que entregar-se voluntariamente ao serviço dos outros. Quando sentimos o orgulho que referve dentro de nós, a soberba que nos leva a pensar que somos super-homens, é o momento de dizer que não, de dizer que o nosso único triunfo há-de ser o da humildade. Assim nos identificaremos com Cristo na Cruz, não aborrecidos ou inquietos, nem com mau humor, mas alegres, porque essa alegria, o esquecimento de nós mesmos, é a melhor prova de amor.
(São Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 19)
(São Josemaría Escrivá - Forja, 684)
Não me afasto da mais rigorosa verdade se vos digo que Jesus continua agora a buscar pousada no nosso coração. Temos de Lhe pedir perdão pela nossa cegueira pessoal, pela nossa ingratidão. Temos de Lhe pedir a graça de nunca mais Lhe fechar a porta das nossas almas.
O Senhor não nos oculta que a obediência rendida à vontade de Deus exige renúncia e entrega porque o amor não pede direitos: quer servir. Ele percorreu primeiro o caminho. Jesus, como obedecestes Tu? Usque ad mortem, mortem autem crucis, até à morte e morte de Cruz. É preciso sair de nós mesmos, complicar a vida, perdê-la por amor de Deus e das almas... Tu querias viver e que nada te acontecesse; mas Deus quis outra coisa... Existem duas vontades: a tua vontade deve ser corrigida para se identificar com a vontade de Deus, e não torcida a de Deus para se acomodar à tua.
Com alegria, tenho visto muitas almas que jogaram a vida – como Tu, Senhor, "usque ad mortem"! – para cumprir o que a vontade de Deus lhes pedia, dedicando os seus esforços e o seu trabalho profissional ao serviço da Igreja, pelo bem de todos os homens.
Aprendamos a obedecer, aprendamos a servir. Não há maior fidalguia do que entregar-se voluntariamente ao serviço dos outros. Quando sentimos o orgulho que referve dentro de nós, a soberba que nos leva a pensar que somos super-homens, é o momento de dizer que não, de dizer que o nosso único triunfo há-de ser o da humildade. Assim nos identificaremos com Cristo na Cruz, não aborrecidos ou inquietos, nem com mau humor, mas alegres, porque essa alegria, o esquecimento de nós mesmos, é a melhor prova de amor.
(São Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 19)
Santo e um homem normal – Aura Miguel
“O mundo precisa muito da santidade de João Paulo II”. Terá sido este o comentário de Bento XVI ao anunciar ao actual arcebispo de Cracóvia a beatificação do Papa polaco.
Quem o conheceu garante isso mesmo: Wojtyla era um homem fora de série! Mas era assim, porque era um homem normal!...
Wojtyla foi um brilhante actor de teatro, foi operário fabril, praticou desporto, tinha imenso sentido de humor e, ao mesmo tempo, era profundo, corajoso e grande devoto de Nossa Senhora.
Sabia muito bem aquilo o que queria, arriscou tudo ao enfrentar os regimes totalitários e, sobretudo, ao pedir ao mundo para abrir as portas a Cristo. Mas fê-lo com uma tão grande humanidade que tudo nele parecia normal, evidente… Como se fosse fácil ser assim como ele, santo!
A afluência de multidão que já se prevê para o próximo dia 1 de Maio em Roma é a prova disto mesmo: que todos queremos, afinal, em nós, uma centelha desta humanidade tão atractiva que fez dele um grande Santo.
Aura Miguel
(Fonte: site Rádio Renascença)
Quem o conheceu garante isso mesmo: Wojtyla era um homem fora de série! Mas era assim, porque era um homem normal!...
Wojtyla foi um brilhante actor de teatro, foi operário fabril, praticou desporto, tinha imenso sentido de humor e, ao mesmo tempo, era profundo, corajoso e grande devoto de Nossa Senhora.
Sabia muito bem aquilo o que queria, arriscou tudo ao enfrentar os regimes totalitários e, sobretudo, ao pedir ao mundo para abrir as portas a Cristo. Mas fê-lo com uma tão grande humanidade que tudo nele parecia normal, evidente… Como se fosse fácil ser assim como ele, santo!
A afluência de multidão que já se prevê para o próximo dia 1 de Maio em Roma é a prova disto mesmo: que todos queremos, afinal, em nós, uma centelha desta humanidade tão atractiva que fez dele um grande Santo.
Aura Miguel
(Fonte: site Rádio Renascença)
Cristãos precisam de actuar conjuntamente em mútua aceitação e confiança, em ordem a servir a causa da paz e da justiça
A reflexão teológica conjunta das (antigas) Igrejas Orientais Ortodoxas e da Igreja Católica há-de as levar, “não só a compreenderem-se mais profundamente umas às outras, mas também a prosseguirem resolutamente” em direcção à plena comunhão. Esta a esperança expressa por Bento XVI ao receber, nesta sexta-feira uns trinta membros da Comissão Mista Internacional para o Diálogo Teológico entre a Igreja Católica e as Igrejas Orientais Ortodoxas, na conclusão da reunião de trabalho que teve lugar no Vaticano ao longo desta semana.
O Papa recordou que esta Comissão iniciou a sua actividade em 2003, tendo numa primeira fase (até 2009), produzido um texto comum intitulado “Natureza, Constituição e Missão da Igreja”. Este documento (observou o Papa) “sublinha aspectos dos princípios eclesiais fundamentais que partilhamos e identificou pontos que requerem uma reflexão aprofundada em posteriores fases do dialogo”.
“Não podemos deixar de dar graças pelo facto de, após quinze séculos de separação, encontrarmos um consenso sobre a natureza sacramental da Igreja, sobre a sucessão apostólica no serviço sacerdotal e sobre a urgente necessidade de testemunhar no mundo o Evangelho de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo”.
Numa segunda fase, também recordada pelo Papa, esta Comissão reflectiu, numa perspectiva histórica, sobre os modos como as Igrejas exprimiram a sua comunhão, ao longo dos tempos. E agora, nestes dias de encontro, aprofundou-se “o estudo da comunhão e comunicação que existia entre as Igrejas até meados do século V da história cristã, assim como o papel desempenhado pelo monaquismo na vida da Igreja dos primeiros séculos”.
“Podemos estar confiantes em que a vossa reflexão teológica há-de levar as nossas Igrejas, não só a compreenderem-se umas às outras mais profundamente, mas (também) a prosseguir resolutamente a nossa caminhada em direcção à plena comunhão a que somos chamados por vontade de Cristo.”
A concluir, Bento XVI referiu as dificuldades enfrentadas por muitos dos cristãos e comunidades destas antigas Igrejas Orientais Ortodoxas, causando “profunda preocupação”.
“Todos os cristãos precisão de actuar conjuntamente em mútua aceitação e confiança, em ordem a servir a causa da paz e da justiça. Que a intercessão e o exemplo dos muitos mártires e santos, que deram um corajoso testemunho de Cristo, nas suas Igrejas, vos sustente e fortaleça e às vossas comunidades cristãs”.
(Fonte: site Rádio Vaticano)
O Papa recordou que esta Comissão iniciou a sua actividade em 2003, tendo numa primeira fase (até 2009), produzido um texto comum intitulado “Natureza, Constituição e Missão da Igreja”. Este documento (observou o Papa) “sublinha aspectos dos princípios eclesiais fundamentais que partilhamos e identificou pontos que requerem uma reflexão aprofundada em posteriores fases do dialogo”.
“Não podemos deixar de dar graças pelo facto de, após quinze séculos de separação, encontrarmos um consenso sobre a natureza sacramental da Igreja, sobre a sucessão apostólica no serviço sacerdotal e sobre a urgente necessidade de testemunhar no mundo o Evangelho de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo”.
Numa segunda fase, também recordada pelo Papa, esta Comissão reflectiu, numa perspectiva histórica, sobre os modos como as Igrejas exprimiram a sua comunhão, ao longo dos tempos. E agora, nestes dias de encontro, aprofundou-se “o estudo da comunhão e comunicação que existia entre as Igrejas até meados do século V da história cristã, assim como o papel desempenhado pelo monaquismo na vida da Igreja dos primeiros séculos”.
“Podemos estar confiantes em que a vossa reflexão teológica há-de levar as nossas Igrejas, não só a compreenderem-se umas às outras mais profundamente, mas (também) a prosseguir resolutamente a nossa caminhada em direcção à plena comunhão a que somos chamados por vontade de Cristo.”
A concluir, Bento XVI referiu as dificuldades enfrentadas por muitos dos cristãos e comunidades destas antigas Igrejas Orientais Ortodoxas, causando “profunda preocupação”.
“Todos os cristãos precisão de actuar conjuntamente em mútua aceitação e confiança, em ordem a servir a causa da paz e da justiça. Que a intercessão e o exemplo dos muitos mártires e santos, que deram um corajoso testemunho de Cristo, nas suas Igrejas, vos sustente e fortaleça e às vossas comunidades cristãs”.
(Fonte: site Rádio Vaticano)
ÚLTIMA HORA – Conselho Constitucional Francês valida a proibição do matrimónio homossexual (haja alguém com bom senso…)
El Consejo Constitucional francés consideró hoy que la prohibición del matrimonio homosexual tal y como lo recoge el Código Civil es conforme a la Carta Magna.
El máximo órgano constitucional francés consideró que no existe una discriminación en la ley que establece que el matrimonio es la unión de un hombre y una mujer.
El Consejo señaló además que debe ser el Parlamento quien modifique la norma si considera necesario legalizar ese tipo de uniones, sin que la actual, que prohíbe los matrimonios homosexuales, sea contraria a la Constitución.
(Fonte: ‘El Mundo’ online)
Saisi par un couple de femmes pacsées, le Conseil constitutionnel a déclaré l'interdiction du mariage homosexuel conforme à la Constitution. Dorénavant, seuls les politiques pourront ou non trancher la question.
Le Conseil constitutionnel a tranché. Les neuf Sages ont déclaré vendredi l'interdiction du mariage homosexuel conforme à la Constitution.
(Fonte : ‘Le Figaro’ online)
El máximo órgano constitucional francés consideró que no existe una discriminación en la ley que establece que el matrimonio es la unión de un hombre y una mujer.
El Consejo señaló además que debe ser el Parlamento quien modifique la norma si considera necesario legalizar ese tipo de uniones, sin que la actual, que prohíbe los matrimonios homosexuales, sea contraria a la Constitución.
(Fonte: ‘El Mundo’ online)
Saisi par un couple de femmes pacsées, le Conseil constitutionnel a déclaré l'interdiction du mariage homosexuel conforme à la Constitution. Dorénavant, seuls les politiques pourront ou non trancher la question.
Le Conseil constitutionnel a tranché. Les neuf Sages ont déclaré vendredi l'interdiction du mariage homosexuel conforme à la Constitution.
(Fonte : ‘Le Figaro’ online)
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1972
Diz àqueles que se encontram com ele em Roma: “O apostolado, a preocupação pelas almas, é como o carinho quando é sincero: está-se sempre convencido de que não se quer bastante. Eu quero-vos a vós, quero a todas as pessoas com toda a minha alma e contudo, parece-me sempre que posso querer-vos mais, e que posso servir-vos mais”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Bom Dia!
Um olhar sobre a vida humana
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O Senhor protege os Seus filhos
«Quando a terna mãe ensina o seu filhinho a andar, ajuda-o e sustenta-o quando é necessário, deixando-o dar alguns passos pelos sítios menos perigosos e mais planos, tomando-lhe a mão e segurando-o, ou tomando-o nos seus braços e levando-o neles. Da mesma maneira Nosso Senhor tem cuidado contínuo dos passos dos Seus filhos»
(Tratado do amor de Deus, liv. 3, cap. 4 – São Francisco de Sales)
(Tratado do amor de Deus, liv. 3, cap. 4 – São Francisco de Sales)
São Tomás de Aquino - sacerdote e doutor da Igreja
"Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e arruinar a sua vida? Pois o que daria o homem em troca de sua vida?" Mc 8,36-37
Hoje a Igreja celebra um dos maiores santos da História: São Tomás de Aquino. É o autor da Suma Teológica.
Pertenceu à Ordem dos padres dominicanos.
Costuma ser indicado como o maior teólogo da Idade Média, como também, mestre dos teólogos até aos dias de hoje. Declarado "Doutor da Igreja", em 1567; e Padroeiro das Universidades, Academias e Colégios católicos, em 1880.
Foi de facto um génio, que poderia ter-se perdido, não fora ter-se libertado das atracções mundanas de sua classe, pois era rico, nobre e cerceado em seu desenvolvimento pela própria família. Foi em Paris - o maior centro de estudos teológicos do seu tempo - que ele pôde compor a sua gigantesca obra a Suma Teológica, verdadeira síntese do passado e intuição do futuro. Até hoje, essa obra não encontrou similar, nem em matéria de Filosofia nem em matéria de Teologia.
Por vezes, esquecemos, atrás do sábio, a grandeza do santo. E São Tomás soube desapegar-se das grandezas do mundo, para revelar o amor mais profundo à oração e à contemplação. Tornou-se, assim, o modelo de todos os que buscam a Deus, vivendo segundo o plano divino.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Hoje a Igreja celebra um dos maiores santos da História: São Tomás de Aquino. É o autor da Suma Teológica.
Pertenceu à Ordem dos padres dominicanos.
Costuma ser indicado como o maior teólogo da Idade Média, como também, mestre dos teólogos até aos dias de hoje. Declarado "Doutor da Igreja", em 1567; e Padroeiro das Universidades, Academias e Colégios católicos, em 1880.
Foi de facto um génio, que poderia ter-se perdido, não fora ter-se libertado das atracções mundanas de sua classe, pois era rico, nobre e cerceado em seu desenvolvimento pela própria família. Foi em Paris - o maior centro de estudos teológicos do seu tempo - que ele pôde compor a sua gigantesca obra a Suma Teológica, verdadeira síntese do passado e intuição do futuro. Até hoje, essa obra não encontrou similar, nem em matéria de Filosofia nem em matéria de Teologia.
Por vezes, esquecemos, atrás do sábio, a grandeza do santo. E São Tomás soube desapegar-se das grandezas do mundo, para revelar o amor mais profundo à oração e à contemplação. Tornou-se, assim, o modelo de todos os que buscam a Deus, vivendo segundo o plano divino.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Meditação de Francisco Fernández Carvajal
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Comentário ao Evangelho do dia feito por:
São Cromácio de Aquiléia (? – 407), bispo
Sermão 30, 2 (a partir da trad. SC 164, p.137)
A semente lançada à terra dá muito fruto (Jo 12, 24)
Sermão 30, 2 (a partir da trad. SC 164, p.137)
A semente lançada à terra dá muito fruto (Jo 12, 24)
O Evangelho do dia 28 de Janeiro de 2011
Evangelho segundo S. Marcos 4,26-34
26 Dizia também: «O reino de Deus é como um homem que lança a semente à terra.27 Dorme e se levanta, noite e dia, e a semente germina e cresce sem ele saber como.28 Porque a terra por si mesma produz, primeiramente a haste, depois a espiga, e por último a espiga cheia de grãos.29 E, quando o fruto está maduro, mete logo a foice, porque chegou o tempo da ceifa».30 Dizia mais: «A que coisa compararemos nós o reino de Deus? Com que parábola o representaremos?31 É como um grão de mostarda que, quando se semeia no campo, é a menor de todas as sementes que há na terra;32 mas, depois que é semeado, cresce e torna-se maior que todas as hortaliças, e cria ramos tão grandes que “as aves do céu podem vir abrigar-se à sua sombra”».33 Assim lhes propunha a palavra com muitas parábolas como estas, conforme eram capazes de compreender.34 Não lhes falava sem parábolas; porém, em particular explicava tudo aos Seus discípulos.
26 Dizia também: «O reino de Deus é como um homem que lança a semente à terra.27 Dorme e se levanta, noite e dia, e a semente germina e cresce sem ele saber como.28 Porque a terra por si mesma produz, primeiramente a haste, depois a espiga, e por último a espiga cheia de grãos.29 E, quando o fruto está maduro, mete logo a foice, porque chegou o tempo da ceifa».30 Dizia mais: «A que coisa compararemos nós o reino de Deus? Com que parábola o representaremos?31 É como um grão de mostarda que, quando se semeia no campo, é a menor de todas as sementes que há na terra;32 mas, depois que é semeado, cresce e torna-se maior que todas as hortaliças, e cria ramos tão grandes que “as aves do céu podem vir abrigar-se à sua sombra”».33 Assim lhes propunha a palavra com muitas parábolas como estas, conforme eram capazes de compreender.34 Não lhes falava sem parábolas; porém, em particular explicava tudo aos Seus discípulos.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Boa noite!
Vai perseverantemente ao Sacrário, fisicamente ou com o coração, para te sentires seguro, para te sentires sereno: mas também para te sentires amado... e para amar!
(São Josemaría Escrivá - Forja, 837)
Copio umas palavras de um sacerdote, dirigidas aos que o seguiam no seu empreendimento apostólico: "Quando contemplardes a Sagrada Hóstia exposta na custódia sobre o altar, olhai que amor, que ternura a de Cristo. Explico-o pelo amor que vos tenho; se pudesse estar longe trabalhando e, ao mesmo tempo, junto de cada um de vós, com que gosto o faria!
Mas Cristo, Ele sim, pode fazê-lo! E Ele, que nos ama com um amor infinitamente superior ao que podem albergar todos os corações da Terra, ficou para que possamos unir-nos sempre à sua Humanidade Santíssima e para nos ajudar, para nos consolar, para nos fortalecer, para que sejamos fiéis".
(São Josemaría Escrivá - Forja, 838)
As manifestações externas de amor devem nascer do coração e prolongar-se com o testemunho da conduta cristã. Se fomos renovados com a recepção do Corpo do Senhor, temos de o manifestar com obras. Que os nossos pensamentos sejam sinceros: de paz, de entrega, de serviço. Que as nossas palavras sejam verdadeiras, claras, oportunas; que saibam consolar e ajudar, que saibam sobretudo levar aos outros a luz de Deus. Que as nossas acções sejam coerentes, eficazes, acertadas: que tenham esse bonus odor Christi , o bom odor de Cristo, por recordarem o seu modo de Se comportar e de viver.
(São Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 156)
(São Josemaría Escrivá - Forja, 837)
Copio umas palavras de um sacerdote, dirigidas aos que o seguiam no seu empreendimento apostólico: "Quando contemplardes a Sagrada Hóstia exposta na custódia sobre o altar, olhai que amor, que ternura a de Cristo. Explico-o pelo amor que vos tenho; se pudesse estar longe trabalhando e, ao mesmo tempo, junto de cada um de vós, com que gosto o faria!
Mas Cristo, Ele sim, pode fazê-lo! E Ele, que nos ama com um amor infinitamente superior ao que podem albergar todos os corações da Terra, ficou para que possamos unir-nos sempre à sua Humanidade Santíssima e para nos ajudar, para nos consolar, para nos fortalecer, para que sejamos fiéis".
(São Josemaría Escrivá - Forja, 838)
As manifestações externas de amor devem nascer do coração e prolongar-se com o testemunho da conduta cristã. Se fomos renovados com a recepção do Corpo do Senhor, temos de o manifestar com obras. Que os nossos pensamentos sejam sinceros: de paz, de entrega, de serviço. Que as nossas palavras sejam verdadeiras, claras, oportunas; que saibam consolar e ajudar, que saibam sobretudo levar aos outros a luz de Deus. Que as nossas acções sejam coerentes, eficazes, acertadas: que tenham esse bonus odor Christi , o bom odor de Cristo, por recordarem o seu modo de Se comportar e de viver.
(São Josemaría Escrivá - Cristo que passa, 156)
Conselho da Europa condena atentados contra cristãos e alerta para o risco de desaparecimento do Cristianismo na região que o viu nascer
A Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa adoptou hoje em Estrasburgo, uma resolução que condena a recente vaga de atentados contra cristãos no Médio Oriente.
O documento baseia-se num relatório do italiano Luca Volontè, do grupo do Partido Popular Europeu, tendo recebido 125 votos favoráveis e 22 contra, sete dos quais da delegação turca.
Os parlamentares condenam o ataque que, a 31 de Outubro de 2010, matou mais de 50 pessoas na catedral siro-católica de Bagdad, no Iraque, e o atentado bombista do último dia 1 de Janeiro, em Alexandria, segunda cidade mais populosa do Egipto, que deixou 23 mortos junto a uma igreja ortodoxa copta.
A recomendação fala destas situações como dois acontecimentos “particularmente trágicos” num número crescente de ataques contra comunidades cristãs, em todo o mundo.
O Conselho da Europa assinala que “as comunidades cristãs podem desaparecer no Médio Oriente, onde o Cristianismo teve as suas origens”.
O documento agora assumido aponta como causas desta situação as “baixas taxas de natalidade e a emigração – alimentada, nalguns locais, pela discriminação e a perseguição”.
“A assembleia está convencida de que a perda das comunidades cristãs no Médio Oriente também coloca em perigo o Islão, porque simbolizaria uma vitória do fundamentalismo”, refere a assembleia.
Neste sentido, os parlamentares pedem ao Conselho da Europa que defina uma estratégia para a “liberdade religiosa”, incluindo a liberdade de mudar de religião, enquanto “direito humano”.
A recomendação insiste na necessidade de uma “cláusula democrática” nos acordos com países terceiros, tendo em conta a situação dos cristãos e de outras comunidades religiosas no diálogo político.
A Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa congrega membros das assembleias nacionais de 47 Estados do Velho Continente, tendo como missão princípios comuns e democráticos.
Na última semana, o Parlamento Europeu tinha pedido uma “estratégia” da UE para o respeito da liberdade religiosa, que inclua “uma série de medidas contra os Estados que deliberadamente não protejam as confissões religiosas”.
Na primeira sessão plenária de 2011, que decorreu também em Estrasburgo, os eurodeputados assumiram uma resolução em defesa dos cristãos perseguidos e da liberdade religiosa.
(Fonte: site Rádio Vaticano)
O documento baseia-se num relatório do italiano Luca Volontè, do grupo do Partido Popular Europeu, tendo recebido 125 votos favoráveis e 22 contra, sete dos quais da delegação turca.
Os parlamentares condenam o ataque que, a 31 de Outubro de 2010, matou mais de 50 pessoas na catedral siro-católica de Bagdad, no Iraque, e o atentado bombista do último dia 1 de Janeiro, em Alexandria, segunda cidade mais populosa do Egipto, que deixou 23 mortos junto a uma igreja ortodoxa copta.
A recomendação fala destas situações como dois acontecimentos “particularmente trágicos” num número crescente de ataques contra comunidades cristãs, em todo o mundo.
O Conselho da Europa assinala que “as comunidades cristãs podem desaparecer no Médio Oriente, onde o Cristianismo teve as suas origens”.
O documento agora assumido aponta como causas desta situação as “baixas taxas de natalidade e a emigração – alimentada, nalguns locais, pela discriminação e a perseguição”.
“A assembleia está convencida de que a perda das comunidades cristãs no Médio Oriente também coloca em perigo o Islão, porque simbolizaria uma vitória do fundamentalismo”, refere a assembleia.
Neste sentido, os parlamentares pedem ao Conselho da Europa que defina uma estratégia para a “liberdade religiosa”, incluindo a liberdade de mudar de religião, enquanto “direito humano”.
A recomendação insiste na necessidade de uma “cláusula democrática” nos acordos com países terceiros, tendo em conta a situação dos cristãos e de outras comunidades religiosas no diálogo político.
A Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa congrega membros das assembleias nacionais de 47 Estados do Velho Continente, tendo como missão princípios comuns e democráticos.
Na última semana, o Parlamento Europeu tinha pedido uma “estratégia” da UE para o respeito da liberdade religiosa, que inclua “uma série de medidas contra os Estados que deliberadamente não protejam as confissões religiosas”.
Na primeira sessão plenária de 2011, que decorreu também em Estrasburgo, os eurodeputados assumiram uma resolução em defesa dos cristãos perseguidos e da liberdade religiosa.
(Fonte: site Rádio Vaticano)
Cuidado com redes sociais, oásis de pedófilos (e a minha discordância em relação ao 'timing' e ao exagero de leitura dos números apresentados)
Existem inclusive grupos de cristãos que justificam a pedofilia (quanto a mim a palavra cristão deveria estar entre parêntesis)
ROMA, quarta-feira, 26 de Janeiro de 2011 (ZENIT.org) - Cuidado com as redes sociais, pois são cada vez mais utilizadas por pedófilos: é o grito de alarme lançado ontem por Fortunato Di Noto, o padre fundador da Associazione Meter (www.associazionemeter.org), que desde 1989 luta para promover os direitos e a protecção das crianças, mas também para prevenir e ajudar as vítimas de abusos sexuais.
Por ocasião da publicação da mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2011, dedicada ao fenómeno da internet e suas oportunidades, o sacerdote siciliano recordou novamente o problema da pedofilia no mundo digital.
"O Papa está certo sobre a possibilidade de relacionamentos positivos por meio da internet - disse Di Noto. Porque a Web é um dom de Deus, certamente. Mas o uso que o homem faz dela cria muitos perigos, dos quais devemos nos resguardar."
E explicou: "Dentro de alguns dias, vamos publicar o nosso relatório com todos os sites e as preferências dos pedófilos que observamos e denunciamos em 2010. Posso dizer que, de 1 de Janeiro até hoje, já foram registadas 17 comunidades de pedofilia em redes sociais, com um total de 1386 usuários".
"Isso significa - disse - um total de 1.738 fotos, que correspondem a cerca de mil crianças envolvidas e 15 vídeos. Tudo isso a apenas 17 comunidades!"
Desde o início de 2011, a Associação Meter fez um total de 1.652 denúncias sobre outros muitos sites e referências. "Não faltam - acrescentou Di Noto - também vários suspeitos italianos."
Além disso, explicou à ZENIT o fundador da associação, "um aspecto que temos acompanhado muito é a presença online de indivíduos que promovem a pedofilia como um acto legal, declarando a sua legitimidade e afirmando que os adultos podem fazer o bem às crianças, ‘amando-as e vivendo com elas relações afectivas e sexuais'".
"É um fenómeno amplamente difundido no mundo; não há nenhum país que não tenha representantes deste ‘movimento paralelo' - sublinhou. Existem até mesmo grupos de cristãos, desde 1998 - a quem nossa associação denuncia repetidamente -, que fundaram a ‘Igreja dos cristãos pedófilos - boylovers': uma verdadeira e genuína aberração evangélica e intelectual."
"É uma esquizofrenia social - disse o padre -, que fere o direito mais básico dos pequenos e frágeis. É um aspecto já publicamente denunciado (também através da Rádio Vaticano) e sobre o qual ninguém levanta sua voz para dizer: ‘Onde estamos chegando e o que devemos fazer?'."
"O mais impressionante - relatou também - é a falta uma cooperação internacional eficaz, o que acaba atrasando as acções de comprovação por parte dos governos."
"Nossa associação - concluiu - está cada vez mais comprometida, com a Igreja e com a sociedade, para promover os direitos das crianças; e estamos totalmente disponíveis para todas as dioceses do mundo, para promover uma educação pastoral que saiba educar cada vez mais na beleza da vida e no uso responsável dos meios de comunicação."
Nota de JPR: Discordo profundamente do ‘timing’ escolhido para fazer este alerta, pois até parece que o destinatário é o Papa, bem como o subtítulo da notícia, pois desde quando um defensor da pedofilia pode ser chamado de “cristão”.
Bento XVI já em muitas e variadas ocasiões nos demonstrou ser uma pessoa extremamente bem informada sobre a actualidade social, económica e espiritual no mundo, ele de que na sua mensagem não deixa de clara e inequivocamente definir os limites e os campos de actuação dos católicos (vide s.f.f. http://spedeus.blogspot.com/2011/01/bento-xvi-quer-cristaos-mais-presentes.html).
Não que o tema seja de somenos importância, mas tomando como base o número de utilizadores apresentados dos primeiros 17 dias de 2011 teremos no final do ano 29.758 novos utilizadores o que representa 0,00595% dos 500 milhões de utilizadores do Facebook e se quisermos multiplicar este número por 10, teremos 0,06%, ou seja, quando enviamos um filho ou um neto para a escola nada nos assegura que no elevador ou nas escadas não se encontre um violador ou um pedófilo.
Dê-se uma boa formação moral aos menores, haja diálogo permanente e estas serão as melhores armas para os defender.
(JPR)
ROMA, quarta-feira, 26 de Janeiro de 2011 (ZENIT.org) - Cuidado com as redes sociais, pois são cada vez mais utilizadas por pedófilos: é o grito de alarme lançado ontem por Fortunato Di Noto, o padre fundador da Associazione Meter (www.associazionemeter.org), que desde 1989 luta para promover os direitos e a protecção das crianças, mas também para prevenir e ajudar as vítimas de abusos sexuais.
Por ocasião da publicação da mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2011, dedicada ao fenómeno da internet e suas oportunidades, o sacerdote siciliano recordou novamente o problema da pedofilia no mundo digital.
"O Papa está certo sobre a possibilidade de relacionamentos positivos por meio da internet - disse Di Noto. Porque a Web é um dom de Deus, certamente. Mas o uso que o homem faz dela cria muitos perigos, dos quais devemos nos resguardar."
E explicou: "Dentro de alguns dias, vamos publicar o nosso relatório com todos os sites e as preferências dos pedófilos que observamos e denunciamos em 2010. Posso dizer que, de 1 de Janeiro até hoje, já foram registadas 17 comunidades de pedofilia em redes sociais, com um total de 1386 usuários".
"Isso significa - disse - um total de 1.738 fotos, que correspondem a cerca de mil crianças envolvidas e 15 vídeos. Tudo isso a apenas 17 comunidades!"
Desde o início de 2011, a Associação Meter fez um total de 1.652 denúncias sobre outros muitos sites e referências. "Não faltam - acrescentou Di Noto - também vários suspeitos italianos."
Além disso, explicou à ZENIT o fundador da associação, "um aspecto que temos acompanhado muito é a presença online de indivíduos que promovem a pedofilia como um acto legal, declarando a sua legitimidade e afirmando que os adultos podem fazer o bem às crianças, ‘amando-as e vivendo com elas relações afectivas e sexuais'".
"É um fenómeno amplamente difundido no mundo; não há nenhum país que não tenha representantes deste ‘movimento paralelo' - sublinhou. Existem até mesmo grupos de cristãos, desde 1998 - a quem nossa associação denuncia repetidamente -, que fundaram a ‘Igreja dos cristãos pedófilos - boylovers': uma verdadeira e genuína aberração evangélica e intelectual."
"É uma esquizofrenia social - disse o padre -, que fere o direito mais básico dos pequenos e frágeis. É um aspecto já publicamente denunciado (também através da Rádio Vaticano) e sobre o qual ninguém levanta sua voz para dizer: ‘Onde estamos chegando e o que devemos fazer?'."
"O mais impressionante - relatou também - é a falta uma cooperação internacional eficaz, o que acaba atrasando as acções de comprovação por parte dos governos."
"Nossa associação - concluiu - está cada vez mais comprometida, com a Igreja e com a sociedade, para promover os direitos das crianças; e estamos totalmente disponíveis para todas as dioceses do mundo, para promover uma educação pastoral que saiba educar cada vez mais na beleza da vida e no uso responsável dos meios de comunicação."
Nota de JPR: Discordo profundamente do ‘timing’ escolhido para fazer este alerta, pois até parece que o destinatário é o Papa, bem como o subtítulo da notícia, pois desde quando um defensor da pedofilia pode ser chamado de “cristão”.
Bento XVI já em muitas e variadas ocasiões nos demonstrou ser uma pessoa extremamente bem informada sobre a actualidade social, económica e espiritual no mundo, ele de que na sua mensagem não deixa de clara e inequivocamente definir os limites e os campos de actuação dos católicos (vide s.f.f. http://spedeus.blogspot.com/2011/01/bento-xvi-quer-cristaos-mais-presentes.html).
Não que o tema seja de somenos importância, mas tomando como base o número de utilizadores apresentados dos primeiros 17 dias de 2011 teremos no final do ano 29.758 novos utilizadores o que representa 0,00595% dos 500 milhões de utilizadores do Facebook e se quisermos multiplicar este número por 10, teremos 0,06%, ou seja, quando enviamos um filho ou um neto para a escola nada nos assegura que no elevador ou nas escadas não se encontre um violador ou um pedófilo.
Dê-se uma boa formação moral aos menores, haja diálogo permanente e estas serão as melhores armas para os defender.
(JPR)
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1934
Escreve: “Faz tudo desinteressadamente, por puro amor, como se não houvesse prémio nem castigo. – Mas fomenta no teu coração a gloriosa esperança do Céu”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
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Eutanásia rejeitada no Senado francês. Desta feita os 160 senadores assumidamente maçons não levaram a sua avante
O MEDO DO DEMÓNIO? (3)
É curioso percebermos que o Demónio é sempre retratado como uma figura horrenda, que só de olhar mete medo.
Se tal figura nos aparecesse pela frente, com certeza que a nossa imediata reacção seria fugir, nem sequer olhar, nem ouvir, e só faríamos o que o Demónio quisesse, por medo, por um profundo e terrível medo.
E, claro, na primeira oportunidade tentaríamos fugir dele, e procurar refúgio junto que quem nos pudesse defender de tal criatura horrenda.
E o retrato deste Demónio é o erro em que muitas vezes caímos, por pensarmos que ele assim nos aparece, ou que é assim que ele nos tenta.
A verdade é que se ele assim se apresentasse, poucos de nós nos deixaríamos tentar, e sem dúvida nenhuma procuraríamos Deus, com uma ânsia imensa de nos libertarmos de tal visão e presença assustadora.
Claro que se procurássemos Deus apenas por medo ao Demónio, assim que nos víssemos livres dele, (julgaríamos nós), logo a relação com Deus acabaria, porque acabava o motivo, a razão para tal relação.
Nada mais errado do que imaginarmos o Demónio como essa figura horrenda, assustadora, da qual apenas queremos fugir.
O Demónio apresenta-se-nos sempre cheio de uma beleza sedutora, na figura de um pretenso bem, na representação de uma pretensa consciência individual correcta e pura.
O Demónio não nos contradiz, não “luta” contra nós, pelo contrário, toma aquilo em que acreditamos, (às vezes de forma tão superficial), e tenta-nos a fazer o que ele quer, convencidos, (porque não reflectimos verdadeiramente), de que estamos a fazer o bem.
E por vezes caímos nesse erro tempos infindos, até nos apercebermos, ou melhor, sermos levados, (pelo amor de Deus), a perceber o erro em que nos deixámos viver.
Tantas vezes que procuramos em nós aquilo que consideramos os “grandes pecados” e não os reconhecendo nas nossas vidas, nos convencemos que o caminho é seguro, e que a conversão é real e está “concluída”.
Mas se reflectirmos sobre o que acima se escreve, percebemos que o Demónio não age, (de um modo geral), sobre aquilo que é fácil para nós detectarmos como pecado, como erro, como fraqueza.
Assim seria muito “fácil” para nós resistirmos às tentações.
Não, o “trabalho” do Demónio é um “trabalho” discreto e continuado, servindo-se das coisas mais simples, para depois do hábito criado, partir para as coisas maiores.
Uma mentira pequena não é pecado, ouvimos nós tantas vezes dizer.
Claro que não é um pecado grave, (depende da mentira, claro, e do mal que ela possa causar noutros ou em nós próprios), mas não deixa de ser mentira e portanto uma coisa má, de que nós com certeza não nos orgulhamos.
Nenhum mentiroso começa uma vida de mentira, por grandes mentiras, mas sim por coisas tão pequenas, que parecem não ter importância, mas depois se vão tornando hábito e, claro, para cobrir uma mentira é sempre preciso continuar a mentir.
Rapidamente quem assim vive, torna-se dependente da mentira, e, como tal, vive sempre na insegurança, no medo de ser “apanhado” e envergonhado, portanto muito longe de uma vida serena, tranquila, de uma vida em liberdade, que o Senhor na Verdade quer dar a cada um.
Podemos transportar este exemplo para as nossas vidas e tentarmos perceber em que é que eu me deixo tentar e cedo com facilidade, tentando convencer-me de que afinal não estou a errar, mas em que afinal estou verdadeiramente preso, porque se tornou num vício para mim.
Outro modo de o Demónio nos tentar, é fazer-nos desviar do centro das nossas vidas, que é Deus sem dúvida, para, enganando-nos com um pretenso bem, fazer-nos colocar o nosso acreditar, a nossa esperança, a nossa confiança, naquilo que sendo de Deus, não é o próprio Deus.
Reparemos como tantos de nós usamos expressões tais como: eu tenho muita fé em Santo António, em Santa Rita, neste ou naquele Santo, nesta ou naquela oração ou novena, etc., etc.
Então deixamo-nos levar por “orações infalíveis”, “novenas cem por cento seguras”, e normas e conceitos que nada têm a ver com Deus, ou melhor, que nos retiram o pensamento, a confiança, a esperança no amor misericordioso de Deus, para os colocarmos nessas “orações” e “rituais”.
Assim somos nós que queremos “controlar” aquilo que Deus nos pode dar e nós queremos obter, como por exemplo, a “obrigatoriedade” de Deus nos conceder o que pedimos, se rezarmos uma qualquer oração trinta vezes, se fizermos vinte e cinco fotocópias duma pagela, ou se não quebrarmos uma qualquer “corrente de oração”, e reenviarmos determinada mensagem.
Claro que podemos e devemos orar, fazer novenas, e pedir a intercessão dos Santos, mas a nossa fé, a nossa confiança, a nossa esperança é sempre no Deus que nos criou e ama, porque se assim não for, se assim não vivermos, estamos desde logo a falhar no primeiro e mais importante Mandamento:
«Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente.» Mt 22, 37
E se a nossa fé, a nossa confiança, a nossa esperança não estão em Deus, nunca compreenderemos que aquilo que pedimos não nos seja concedido, porque não conseguimos perceber que a vontade de Deus é sempre o melhor para nós, e assim, afastamo-nos “zangados”, rompendo com a aliança de amor que Deus fez connosco, e cedendo, sem dúvida, à tentação da qual nem sequer nos apercebemos.
E essa tentação leva-nos a procurar em “espiritualidades”, práticas e lugares errados, aquilo que pensamos não ter obtido de Deus, deixando-nos envolver em coisas que nos tiram a liberdade e nos amarram a situações que nos destroem.
Mas também o Demónio se serve da nossa consciência, tentando manipulá-la para seu “proveito”, que é sempre afastar o homem de Deus.
Deus criou-nos livres e deu-nos uma consciência livre, de tal modo que está na nossa vontade aceitar o amor de Deus e retribuí-lo, ou rejeitá-lo e negá-lo.
Mas Jesus Cristo também nos deixou a Igreja e nela e com ela, a Sua Palavra, a Doutrina, a Tradição que devem sempre nortear a nossa vida e serem o guia seguro do Caminho que o Senhor mesmo nos preparou e deu a conhecer.
E aí, na nossa consciência, o Demónio “valoriza” a nossa liberdade como estando acima do próprio Deus.
Claro que não o faz claramente, mas levando-nos a pensar que mais importante do que tudo, é a nossa consciência, e que mesmo que ela não esteja de acordo com o que nos ensina a Igreja, sendo “livre” e “correcta” para nós, é sempre correcta e agrada a Deus.
Assim o “verdadeiro juiz” das nossas acções passamos a ser nós mesmos, o que acaba por nos constituir como deuses de nós próprios, e nós sabemos bem que juiz em causa própria é sempre “justiça” errada.
Assim o Sacramento da Confissão deixa de “fazer sentido”, e lá estaremos nós a dizer ao mundo que apenas nos confessamos a Deus.
Claro que somos livres por vontade de Deus, claro que a nossa consciência é livre por vontade de Deus, mas a nossa vida e a nossa consciência só são verdadeiramente livres quando são iluminadas pela Verdade, quando vivem no amor com e a Deus, e aos outros, porque é em Deus que está a Verdade, porque Deus é a Verdade, e só a Verdade nos libertará.
«Se permanecerdes fiéis à minha mensagem, sereis verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres.» Jo 8, 31-32
Quase que poderíamos dizer que assim é impossível resistir ao Demónio e às suas tentações! Claro que não!
Porque se a nossa vida, a nossa consciência, estiverem em comunhão permanente com Deus, é por Ele, pelo Espírito Santo, que são iluminadas, e em todo o tempo Ele nos mostrará a insidia do Demónio, e nos dará forças para vencermos as tentações.
E mesmo que caiamos, uma e outra vez, sabemos, porque acreditamos, que a misericórdia de Deus é infinitamente maior do que o nosso pecado, e procurando o Sacramento da Confissão, reconciliamo-nos, por Sua graça, com Deus e com os irmãos.
Não é em vão que Jesus Cristo nos diz repetidamente para não nos deixarmos adormecer (Lc 22,46), para não sermos cristãos “mornos” (Ap 3,16), mas sim para vigiarmos e orarmos constantemente (Lc 21,36), porque é Ele mesmo que nos promete o envio do Espírito Santo, que recebemos no Baptismo, porque é Ele mesmo, o Espírito Santo, que nos iluminará, nos guiará, e até por nós falará (Mt 10,20), se a Ele nos entregarmos confiadamente.
«mas o Paráclito, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, esse é que vos ensinará tudo, e há-de recordar-vos tudo o que Eu vos disse.» Jo 14, 26
Monte Real, 26 de Janeiro de 2011
(continua)
Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/2011/01/o-medo-do-demonio-3.html
Se tal figura nos aparecesse pela frente, com certeza que a nossa imediata reacção seria fugir, nem sequer olhar, nem ouvir, e só faríamos o que o Demónio quisesse, por medo, por um profundo e terrível medo.
E, claro, na primeira oportunidade tentaríamos fugir dele, e procurar refúgio junto que quem nos pudesse defender de tal criatura horrenda.
E o retrato deste Demónio é o erro em que muitas vezes caímos, por pensarmos que ele assim nos aparece, ou que é assim que ele nos tenta.
A verdade é que se ele assim se apresentasse, poucos de nós nos deixaríamos tentar, e sem dúvida nenhuma procuraríamos Deus, com uma ânsia imensa de nos libertarmos de tal visão e presença assustadora.
Claro que se procurássemos Deus apenas por medo ao Demónio, assim que nos víssemos livres dele, (julgaríamos nós), logo a relação com Deus acabaria, porque acabava o motivo, a razão para tal relação.
Nada mais errado do que imaginarmos o Demónio como essa figura horrenda, assustadora, da qual apenas queremos fugir.
O Demónio apresenta-se-nos sempre cheio de uma beleza sedutora, na figura de um pretenso bem, na representação de uma pretensa consciência individual correcta e pura.
O Demónio não nos contradiz, não “luta” contra nós, pelo contrário, toma aquilo em que acreditamos, (às vezes de forma tão superficial), e tenta-nos a fazer o que ele quer, convencidos, (porque não reflectimos verdadeiramente), de que estamos a fazer o bem.
E por vezes caímos nesse erro tempos infindos, até nos apercebermos, ou melhor, sermos levados, (pelo amor de Deus), a perceber o erro em que nos deixámos viver.
Tantas vezes que procuramos em nós aquilo que consideramos os “grandes pecados” e não os reconhecendo nas nossas vidas, nos convencemos que o caminho é seguro, e que a conversão é real e está “concluída”.
Mas se reflectirmos sobre o que acima se escreve, percebemos que o Demónio não age, (de um modo geral), sobre aquilo que é fácil para nós detectarmos como pecado, como erro, como fraqueza.
Assim seria muito “fácil” para nós resistirmos às tentações.
Não, o “trabalho” do Demónio é um “trabalho” discreto e continuado, servindo-se das coisas mais simples, para depois do hábito criado, partir para as coisas maiores.
Uma mentira pequena não é pecado, ouvimos nós tantas vezes dizer.
Claro que não é um pecado grave, (depende da mentira, claro, e do mal que ela possa causar noutros ou em nós próprios), mas não deixa de ser mentira e portanto uma coisa má, de que nós com certeza não nos orgulhamos.
Nenhum mentiroso começa uma vida de mentira, por grandes mentiras, mas sim por coisas tão pequenas, que parecem não ter importância, mas depois se vão tornando hábito e, claro, para cobrir uma mentira é sempre preciso continuar a mentir.
Rapidamente quem assim vive, torna-se dependente da mentira, e, como tal, vive sempre na insegurança, no medo de ser “apanhado” e envergonhado, portanto muito longe de uma vida serena, tranquila, de uma vida em liberdade, que o Senhor na Verdade quer dar a cada um.
Podemos transportar este exemplo para as nossas vidas e tentarmos perceber em que é que eu me deixo tentar e cedo com facilidade, tentando convencer-me de que afinal não estou a errar, mas em que afinal estou verdadeiramente preso, porque se tornou num vício para mim.
Outro modo de o Demónio nos tentar, é fazer-nos desviar do centro das nossas vidas, que é Deus sem dúvida, para, enganando-nos com um pretenso bem, fazer-nos colocar o nosso acreditar, a nossa esperança, a nossa confiança, naquilo que sendo de Deus, não é o próprio Deus.
Reparemos como tantos de nós usamos expressões tais como: eu tenho muita fé em Santo António, em Santa Rita, neste ou naquele Santo, nesta ou naquela oração ou novena, etc., etc.
Então deixamo-nos levar por “orações infalíveis”, “novenas cem por cento seguras”, e normas e conceitos que nada têm a ver com Deus, ou melhor, que nos retiram o pensamento, a confiança, a esperança no amor misericordioso de Deus, para os colocarmos nessas “orações” e “rituais”.
Assim somos nós que queremos “controlar” aquilo que Deus nos pode dar e nós queremos obter, como por exemplo, a “obrigatoriedade” de Deus nos conceder o que pedimos, se rezarmos uma qualquer oração trinta vezes, se fizermos vinte e cinco fotocópias duma pagela, ou se não quebrarmos uma qualquer “corrente de oração”, e reenviarmos determinada mensagem.
Claro que podemos e devemos orar, fazer novenas, e pedir a intercessão dos Santos, mas a nossa fé, a nossa confiança, a nossa esperança é sempre no Deus que nos criou e ama, porque se assim não for, se assim não vivermos, estamos desde logo a falhar no primeiro e mais importante Mandamento:
«Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua mente.» Mt 22, 37
E se a nossa fé, a nossa confiança, a nossa esperança não estão em Deus, nunca compreenderemos que aquilo que pedimos não nos seja concedido, porque não conseguimos perceber que a vontade de Deus é sempre o melhor para nós, e assim, afastamo-nos “zangados”, rompendo com a aliança de amor que Deus fez connosco, e cedendo, sem dúvida, à tentação da qual nem sequer nos apercebemos.
E essa tentação leva-nos a procurar em “espiritualidades”, práticas e lugares errados, aquilo que pensamos não ter obtido de Deus, deixando-nos envolver em coisas que nos tiram a liberdade e nos amarram a situações que nos destroem.
Mas também o Demónio se serve da nossa consciência, tentando manipulá-la para seu “proveito”, que é sempre afastar o homem de Deus.
Deus criou-nos livres e deu-nos uma consciência livre, de tal modo que está na nossa vontade aceitar o amor de Deus e retribuí-lo, ou rejeitá-lo e negá-lo.
Mas Jesus Cristo também nos deixou a Igreja e nela e com ela, a Sua Palavra, a Doutrina, a Tradição que devem sempre nortear a nossa vida e serem o guia seguro do Caminho que o Senhor mesmo nos preparou e deu a conhecer.
E aí, na nossa consciência, o Demónio “valoriza” a nossa liberdade como estando acima do próprio Deus.
Claro que não o faz claramente, mas levando-nos a pensar que mais importante do que tudo, é a nossa consciência, e que mesmo que ela não esteja de acordo com o que nos ensina a Igreja, sendo “livre” e “correcta” para nós, é sempre correcta e agrada a Deus.
Assim o “verdadeiro juiz” das nossas acções passamos a ser nós mesmos, o que acaba por nos constituir como deuses de nós próprios, e nós sabemos bem que juiz em causa própria é sempre “justiça” errada.
Assim o Sacramento da Confissão deixa de “fazer sentido”, e lá estaremos nós a dizer ao mundo que apenas nos confessamos a Deus.
Claro que somos livres por vontade de Deus, claro que a nossa consciência é livre por vontade de Deus, mas a nossa vida e a nossa consciência só são verdadeiramente livres quando são iluminadas pela Verdade, quando vivem no amor com e a Deus, e aos outros, porque é em Deus que está a Verdade, porque Deus é a Verdade, e só a Verdade nos libertará.
«Se permanecerdes fiéis à minha mensagem, sereis verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres.» Jo 8, 31-32
Quase que poderíamos dizer que assim é impossível resistir ao Demónio e às suas tentações! Claro que não!
Porque se a nossa vida, a nossa consciência, estiverem em comunhão permanente com Deus, é por Ele, pelo Espírito Santo, que são iluminadas, e em todo o tempo Ele nos mostrará a insidia do Demónio, e nos dará forças para vencermos as tentações.
E mesmo que caiamos, uma e outra vez, sabemos, porque acreditamos, que a misericórdia de Deus é infinitamente maior do que o nosso pecado, e procurando o Sacramento da Confissão, reconciliamo-nos, por Sua graça, com Deus e com os irmãos.
Não é em vão que Jesus Cristo nos diz repetidamente para não nos deixarmos adormecer (Lc 22,46), para não sermos cristãos “mornos” (Ap 3,16), mas sim para vigiarmos e orarmos constantemente (Lc 21,36), porque é Ele mesmo que nos promete o envio do Espírito Santo, que recebemos no Baptismo, porque é Ele mesmo, o Espírito Santo, que nos iluminará, nos guiará, e até por nós falará (Mt 10,20), se a Ele nos entregarmos confiadamente.
«mas o Paráclito, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, esse é que vos ensinará tudo, e há-de recordar-vos tudo o que Eu vos disse.» Jo 14, 26
Monte Real, 26 de Janeiro de 2011
(continua)
Joaquim Mexia Alves
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