Na homilia antes da entrega do anel aos novos cardeais Bento XVI chamou a atenção para o facto de que já a precedente criação de purpurados tinha sido celebrada na vigília da solenidade de Cristo Rei do Universo, que conclui o ano litúrgico. E precisamente à luz desta antiga festa colocou o ministério papal e o cardinalício, que vai buscar o seu significado no enraizamento na Igreja de Roma.
O primeiro serviço do sucessor de Pedro é o da fé. Que contudo não é um sentimento vago ou uma fé qualquer: como Maria e como o bom ladrão, também o Papa e os cardeais devem reconhecer de facto esta singular realeza de Jesus crucificado. E, como eles, estar ao lado da cruz daquele que nela foi elevado para salvar o mundo, em vez de o convidar para descer do patíbulo, não reconhecendo a sua divindade desfigurada porque privada de glória visível: "Zombam dele, mas é também uma forma de se desculpar", explicou com delicadeza subtil Bento XVI.
Portanto, o do Papa e dos cardeais é um ministério difícil "porque não se alinha com o modo de pensar dos homens", ressaltou o Bispo de Roma, voltando a falar pela segunda vez, em vinte e quatro horas, da necessidade de pensar e agir segundo a "lógica da Cruz", que nunca é fácil nem prevista e não deve olhar para ideologias ou atormentar-se atrás de determinados pormenores: "Nisto devemos ser compactos, e somo-lo porque não nos une uma ideia, uma estratégia, mas o amor de Cristo e o seu Espírito Santo" expressos pelo sinal esponsal do anel". Atento como sempre aos símbolos, Bento XVI relacionou a imagem da Crucifixão gravada no anel dos cardeais com o vermelho da púrpura. De facto ambos convergem em significar a necessidade de permanecer com Maria ao lado de Jesus, que morre na cruz e dela reina sobre o universo: stat crux dum volvitur orbis. Com a única finalidade de anunciar o seu senhorio: "A primazia de Pedro e dos seus Sucessores - ressaltou - está totalmente ao serviço desta primazia de Jesus Cristo" para que o seu amor venha e transforme a terra.
E esta é a finalidade do livro com a entrevista ao Pontífice, que sem razão já se procura assimilar à mentalidade do mundo. "Penso - nela afirma ao contrário Bento XVI - que Deus, escolhendo como Papa um professor, tenha querido ressaltar precisamente este elemento da reflexividade e da luta pela unidade entre fé e razão". Com uma lúcida advertência: "O homem contudo não é capaz de dominar a história a partir das próprias forças". Concluindo que precisamente por isto "precisamos de Cristo que nos reúne numa comunidade, que chamamos Igreja". A qual, a exemplo do seu Senhor, quer ser amiga do homem.
GIOVANNI MARIA VIAN - Director
(© L'Osservatore Romano - 27 de Novembro de 2010)
Obrigado, Perdão Ajuda-me
sábado, 27 de novembro de 2010
Boa noite!
Que contente se deve morrer quando se viveram heroicamente todos os minutos da vida! Posso-to garantir, porque presenciei a alegria daqueles que, com serena impaciência, durante muitos anos, se prepararam para esse encontro.
(São Josemaría Escrivá - Sulco, 893)
O Senhor deu-nos a vida, os sentidos, as potências, graças sem conta. E não temos o direito de esquecer que somos, cada um, um operário, entre tantos, nesta fazenda em que ele nos colocou, para colaborar na tarefa de dar alimento aos outros. Este é o nosso sítio: dentro destes limites. Aqui temos nós de nos gastar diariamente com ele, ajudando-o no seu trabalho redentor.
Deixai-me que insista: o teu tempo para ti? O teu tempo para Deus! Pode ser que, pela misericórdia do Senhor, esse egoísmo não tenha entrado de momento na tua alma. Digo-te isto desde já, para estares prevenido no caso de sentires alguma vez que o teu coração vacila na fé de Cristo. Então, peço-te – pede-te Deus – que sejas fiel no teu empenhamento, que domines a soberba, que sujeites a imaginação, que não te deixes ir longe demais por leviandade, que não desertes.
(São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 49)
(São Josemaría Escrivá - Sulco, 893)
O Senhor deu-nos a vida, os sentidos, as potências, graças sem conta. E não temos o direito de esquecer que somos, cada um, um operário, entre tantos, nesta fazenda em que ele nos colocou, para colaborar na tarefa de dar alimento aos outros. Este é o nosso sítio: dentro destes limites. Aqui temos nós de nos gastar diariamente com ele, ajudando-o no seu trabalho redentor.
Deixai-me que insista: o teu tempo para ti? O teu tempo para Deus! Pode ser que, pela misericórdia do Senhor, esse egoísmo não tenha entrado de momento na tua alma. Digo-te isto desde já, para estares prevenido no caso de sentires alguma vez que o teu coração vacila na fé de Cristo. Então, peço-te – pede-te Deus – que sejas fiel no teu empenhamento, que domines a soberba, que sujeites a imaginação, que não te deixes ir longe demais por leviandade, que não desertes.
(São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 49)
Comentário ao Evangelho de Domingo feito por:
Santo Aelredo de Rievaulx (1110-1167), monge cisterciense
Sermão para o Advento do Senhor (PL 195, 363; PL 184, 818)
«Velai, pois, orando continuamente, [...] para aparecerdes firmes diante do Filho do Homem»
Este tempo do Advento representa as duas vindas do Senhor; em primeiro lugar, a dulcíssima vinda do «mais belo dos filhos dos homens» (Sl 45 (44), 3), do «Desejado de todos os povos» (Ag 2, 8 [Vulgata]), do Filho de Deus que manifestou ao mundo, na carne, visivelmente, a Sua presença, de há muito esperada e desejada ardentemente por todos os Patriarcas — a vinda que O trouxe a este mundo para salvar os pecadores. Mas este tempo relembra-nos também a vinda que aguardamos com uma esperança firme e da qual devemos todos os dias relembrar-nos com lágrimas: aquela que terá lugar quando o próprio Senhor Se manifestar na Sua glória, ou seja, no dia do Juízo, quando ele Se manifestar para julgar. A Sua primeira vinda foi conhecida por muito poucos homens; na segunda, manifestar-Se-á aos justos e aos pecadores como o anuncia o profeta: «E toda a gente há-de ver a salvação de Deus» (Is 40, 5; Lc 3, 6). [...]
Assim, irmãos caríssimos, sigamos o exemplo dos Patriarcas, reavivemos o seu desejo e inflamemos as nossas almas com o amor e o anseio de Cristo. Bem sabeis que a celebração deste tempo foi instituída para renovar em nós este desejo que os antigos tinham pela vinda do Senhor e para que, seguindo o seu exemplo, possamos nós também suspirar pelo Seu regresso. Consideremos todo o bem que o Senhor nos alcançou com a Sua primeira vinda — quanto maiores bens nos alcançará Ele quando regressar! Com este pensamento teremos ainda maior estima pela Sua vinda passada e um maior desejo pelo Seu regresso!
Se quisermos a paz quando Ele vier, esforcemo-nos por acolher com fé e amor a Sua vinda passada; demoremo-nos fielmente nas obras que então nos manifestou e nos ensinou; nutramo-nos, do coração, do amor de Cristo e, por ele, do Seu desejo, para que, logo que chegue o Senhor, o Desejado de todos os povos, possamos levantar os olhos para Ele com toda a confiança.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Sermão para o Advento do Senhor (PL 195, 363; PL 184, 818)
«Velai, pois, orando continuamente, [...] para aparecerdes firmes diante do Filho do Homem»
Este tempo do Advento representa as duas vindas do Senhor; em primeiro lugar, a dulcíssima vinda do «mais belo dos filhos dos homens» (Sl 45 (44), 3), do «Desejado de todos os povos» (Ag 2, 8 [Vulgata]), do Filho de Deus que manifestou ao mundo, na carne, visivelmente, a Sua presença, de há muito esperada e desejada ardentemente por todos os Patriarcas — a vinda que O trouxe a este mundo para salvar os pecadores. Mas este tempo relembra-nos também a vinda que aguardamos com uma esperança firme e da qual devemos todos os dias relembrar-nos com lágrimas: aquela que terá lugar quando o próprio Senhor Se manifestar na Sua glória, ou seja, no dia do Juízo, quando ele Se manifestar para julgar. A Sua primeira vinda foi conhecida por muito poucos homens; na segunda, manifestar-Se-á aos justos e aos pecadores como o anuncia o profeta: «E toda a gente há-de ver a salvação de Deus» (Is 40, 5; Lc 3, 6). [...]
Assim, irmãos caríssimos, sigamos o exemplo dos Patriarcas, reavivemos o seu desejo e inflamemos as nossas almas com o amor e o anseio de Cristo. Bem sabeis que a celebração deste tempo foi instituída para renovar em nós este desejo que os antigos tinham pela vinda do Senhor e para que, seguindo o seu exemplo, possamos nós também suspirar pelo Seu regresso. Consideremos todo o bem que o Senhor nos alcançou com a Sua primeira vinda — quanto maiores bens nos alcançará Ele quando regressar! Com este pensamento teremos ainda maior estima pela Sua vinda passada e um maior desejo pelo Seu regresso!
Se quisermos a paz quando Ele vier, esforcemo-nos por acolher com fé e amor a Sua vinda passada; demoremo-nos fielmente nas obras que então nos manifestou e nos ensinou; nutramo-nos, do coração, do amor de Cristo e, por ele, do Seu desejo, para que, logo que chegue o Senhor, o Desejado de todos os povos, possamos levantar os olhos para Ele com toda a confiança.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho de Domingo dia 28 de Novembro de 2010
São Mateus 24,37-44
37 Assim como aconteceu nos dias de Noé, assim será também a segunda vinda do Filho do Homem.38 Nos dias que precederam o dilúvio os homens comiam e bebiam, casavam-se e casavam os seus filhos, até ao dia em que Noé entrou na arca,39 e não souberam nada até que veio o dilúvio e os levou a todos. Assim acontecerá também na vinda do Filho do Homem.40 «Então, de dois que estiverem no campo, um será tomado e o outro será deixado.41 De duas mulheres que estiverem a moer com a mó, uma será tomada e a outra deixada.42 «Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora virá o vosso Senhor.43 Sabei que, se o pai de família soubesse a que hora havia de vir o ladrão, vigiaria, sem dúvida, e não deixaria arrombar a sua casa.44 Por isso estai vós também preparados, porque virá o Filho do Homem na hora em que menos pensais.
37 Assim como aconteceu nos dias de Noé, assim será também a segunda vinda do Filho do Homem.38 Nos dias que precederam o dilúvio os homens comiam e bebiam, casavam-se e casavam os seus filhos, até ao dia em que Noé entrou na arca,39 e não souberam nada até que veio o dilúvio e os levou a todos. Assim acontecerá também na vinda do Filho do Homem.40 «Então, de dois que estiverem no campo, um será tomado e o outro será deixado.41 De duas mulheres que estiverem a moer com a mó, uma será tomada e a outra deixada.42 «Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora virá o vosso Senhor.43 Sabei que, se o pai de família soubesse a que hora havia de vir o ladrão, vigiaria, sem dúvida, e não deixaria arrombar a sua casa.44 Por isso estai vós também preparados, porque virá o Filho do Homem na hora em que menos pensais.
S. Josemaría nesta data em 1924
Morre o seu pai, José Escrivá. “Vi-o sofrer com alegria, sem alardear o seu sofrimento. E vi uma valentia que foi uma escola para mim, porque depois senti tantas vezes que me faltava a terra debaixo dos pés e que o céu me caía em cima, como se fosse ficar esmagado entre duas placas de ferro. Com essas lições e a graça do Senhor, talvez eu tenha perdido em alguma ocasião a serenidade, mas poucas vezes [...]. O meu pai morreu esgotado. Tinha um sorriso nos lábios e uma simpatia especial”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Tema para reflexão - Novíssimos - Juízo (7)
Estar preparado para Juízo Particular que ocorre logo a pós a nossa morte é uma atitude várias vezes recomendada por Jesus Cristo na Sua pregação: «Vigiai e orai; estai preparados porque não sabeis o dia nem a hora...» querendo com isto dizer-nos que é agora, hoje, e não depois, amanhã ou noutro tempo qualquer que temos de nos preparar. Sem temor, sem medo, receio ou inquietação, mas com verdadeiro espírito previdente e avisado.
(AMA, comentário sobre Juízo 7, 2010.10.25)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
(AMA, comentário sobre Juízo 7, 2010.10.25)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
Dizer a verdade
«Por ser animal sociável, o homem deve aos outros quanto for necessário para a conservação da sociedade. Ora bem, não seria possível a convivência entre os homens se não se fiassem uns dos outros convencidos de que se dizem mutuamente a verdade»
(Suma Teológica II-II, q.109, a. 3, ad1 – São Tomás de Aquino)
«O mundo vive da mentira; e há vinte séculos que a Verdade veio aos homens.
É preciso dizer a verdade! E os filhos de Deus têm de fazê-lo. Quando os homens se habituarem a proclamá-la e a ouvi-la, haverá mais compreensão nesta nossa terra»
(Forja 130- S. Josemaría Escrivá de Balaguer)
Infelizmente a mentira, o faz de conta, o parece que é, mas na realidade não é, esmaga-nos constantemente, na vida política, social e económica, na publicidade e na informação, o que nos obriga a estar profundamente atentos e tentar descodificar as não-verdades que nos pretendem impingir.
Ora, sucede que na nossa boa-fé e por formação, não estamos muitas vezes apetrechados para nos defender, pelo que deveremos ser cautelosos e, digo-o com tristeza e mágoa, sempre à defesa sobretudo nas áreas que anteriormente identifiquei.
O ideal seria ter o tempo e a disponibilidade para consultar várias fontes sobre o mesmo tema, na sua impossibilidade, sejamos humildes de coração e não nos deixemos cair na tentação de comentar temas que não dominamos, para assim não contribuirmos, ainda que involuntariamente, à propagação da mentira.
As mensagens de correio electrónico são hoje muito utilizadas para efeitos difamatórios, pelo que jamais as deveremos reenviar a terceiros, sem ver, ouvir e ler os seus conteúdos.
A bem da verdade!
JPR
«… farás um inquérito, averiguarás e informar-te-ás bem. Se for verdade que essa abominação foi cometida no meio de vós»
(Livro do Deuteronómio 13, 15)
(Suma Teológica II-II, q.109, a. 3, ad1 – São Tomás de Aquino)
«O mundo vive da mentira; e há vinte séculos que a Verdade veio aos homens.
É preciso dizer a verdade! E os filhos de Deus têm de fazê-lo. Quando os homens se habituarem a proclamá-la e a ouvi-la, haverá mais compreensão nesta nossa terra»
(Forja 130- S. Josemaría Escrivá de Balaguer)
Infelizmente a mentira, o faz de conta, o parece que é, mas na realidade não é, esmaga-nos constantemente, na vida política, social e económica, na publicidade e na informação, o que nos obriga a estar profundamente atentos e tentar descodificar as não-verdades que nos pretendem impingir.
Ora, sucede que na nossa boa-fé e por formação, não estamos muitas vezes apetrechados para nos defender, pelo que deveremos ser cautelosos e, digo-o com tristeza e mágoa, sempre à defesa sobretudo nas áreas que anteriormente identifiquei.
O ideal seria ter o tempo e a disponibilidade para consultar várias fontes sobre o mesmo tema, na sua impossibilidade, sejamos humildes de coração e não nos deixemos cair na tentação de comentar temas que não dominamos, para assim não contribuirmos, ainda que involuntariamente, à propagação da mentira.
As mensagens de correio electrónico são hoje muito utilizadas para efeitos difamatórios, pelo que jamais as deveremos reenviar a terceiros, sem ver, ouvir e ler os seus conteúdos.
A bem da verdade!
JPR
«… farás um inquérito, averiguarás e informar-te-ás bem. Se for verdade que essa abominação foi cometida no meio de vós»
(Livro do Deuteronómio 13, 15)
A POLÉMICA DOS CRUCIFIXOS
Recentemente em Espanha, (como cá também e por essa Europa fora), veio outra vez “à baila” na comunicação social, a obrigatoriedade que querem impor da retirada dos crucifixos das escolas, e, porque não, de todos os lugares públicos, o que será sem dúvida a próxima imposição.
Verdadeiramente e no fundo, no fundo, não querem retirar os crucifixos de lado nenhum, querem é retirar Jesus Cristo do crucifixo, eu seja, querem é retirar Jesus Cristo … da Cruz!
É que esta imagem da realidade vivida por Jesus Cristo, Nosso Senhor e nosso Deus, feito Homem, é insuportável aos desígnios, aos anseios, aos desejos daqueles que querem afirmar ao homem de hoje, que a vida é para ser vivida no ter e não no ser, é para ser vivida em todos os prazeres momentâneos, é para ser vivida sem grande esforço, no dinheiro e para o dinheiro.
Mas a realidade, o dia-a-dia, desmente-os em cada momento, em cada situação, em cada vida vivida.
Porque o homem que apenas tem, quer ter sempre mais, e por isso mesmo nada o satisfaz, pelo que nunca chega a ser, e não sendo nunca, nunca se encontra a si mesmo, mas apenas a uma imagem distorcida de si, o que o leva à infelicidade.
Aquele que procura apenas os prazeres, os prazeres mundanos, e deles faz a sua vida, acaba sempre por ser confrontado mais tarde ou mais cedo pelas terríveis consequências desses prazeres, desde as doenças transmitidas, às adquiridas por esses hábitos, de tal modo que esses prazeres acabam por se transformar em dor e infelicidade.
Aquele que vive para o dinheiro e pelo dinheiro, fecha-se em si próprio, e julgando que tudo pode, descobre mais tarde ou mais cedo que o dinheiro não lhe compra a paz, o amor, a felicidade, que esse dinheiro é coisa efémera que pode perder de um momento para o outro, e mais ainda, que o dinheiro não lhe compra nada depois da morte.
Lembra-me de alguém que dizia como epitáfio dum “homem rico”: “Era tão pobre, tão pobre, que apenas tinha dinheiro”.
E afinal quem foi o Único que revelou ao homem o seu caminho e lho mostrou com realidade, passando pela Cruz?
Foi Jesus Cristo, sem dúvida, que nunca escondeu ao homem que a vida tinha dificuldades, tinha dores, tinha tristezas, mas que era apenas passageira aqui neste mundo, pois que vivida no amor, levava pela graça de Deus à vida eterna, ao gozo eterno da perfeita felicidade.
Assim, Ele próprio, o Filho de Deus feito Homem, quis-se fazer igual a nós em tudo, excepto no pecado, passando pelas dores e anseios próprios do homem, (comeu e bebeu, teve fome e sede, descansou e também se cansou, alegrou-se, mas também se entristeceu e chorou), tendo sido desprezado e mal tratado pelos seus até um limite insuportável, para nos mostrar a força do amor, a força do perdão, que todos nós devemos viver quando somos ofendidos, desprezados, mal tratados, e quando também assim procedemos para com os outros.
Oh, como Ele seria muito mais bem aceite se naqueles momentos tivesse descido da Cruz e com o Seu poder tivesse destruído os seus algozes tomando conta do poder de então!
Assim seria reconhecido, sem dúvida, como um Deus poderoso, vitorioso, apenas pelo domínio exercido sobre os “pobres” mortais!
Mas se assim procedesse, rapidamente viriam reclamar a liberdade, pois este Deus nada permitiria, e o homem não seria livre de escolher o seu caminho.
Pois, mas assim Ele não seria o Deus de todos, pois aqueles que Ele destruía, também condenava, e sabemos que o nosso Deus é um Deus de comunhão e amor a todos e com todos.
Assim, Ele não seria o Deus de amor e perdão, o Deus que se faz pequeno na sua grandeza, o Deus que veio para servir e não para ser servido!
E isso é insuportável ao mundo!
É insuportável ao mundo que Aquele que criou, não domine sobre as criaturas, e lhes dê a liberdade de acreditarem e seguirem Aquele que as criou, podendo até renegá-Lo!
Isso é inadmissível num mundo que quer viver o individualismo, o egoísmo, o “passar por cima” dos outros para obter o que deseja, um mundo que vive da vingança, e em que o pedir perdão e o perdoar é visto como uma fraqueza.
É, sem dúvida, assim insuportável a figura d’Aquele Deus, pregado na Cruz, um Deus Todo Poderoso, que no momento da Sua Morte apenas diz: «Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem.» Lc, 23, 34
Por isso eu digo e repito, não é o crucifixo que os incomoda, mas sim Jesus Cristo pregado na Cruz, proclamando que o Amor, («aquele que não ama não chegou a conhecer a Deus, pois Deus é amor.»1 Jo 4,8), é que é a vitória do homem sobre si mesmo, para se dar aos outros, encontrando e encontrando-se neles em Cristo, para Cristo e por Cristo, a razão da sua existência, a sua imagem e semelhança ao Deus que o criou.
Verdadeiramente e no fundo, no fundo, não querem retirar os crucifixos de lado nenhum, querem é retirar Jesus Cristo do crucifixo, querem é retirar Jesus Cristo … da Cruz
Monte Real, 25 de Novembro de 2010
Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/2010/11/polemica-dos-crucifixos.html
Verdadeiramente e no fundo, no fundo, não querem retirar os crucifixos de lado nenhum, querem é retirar Jesus Cristo do crucifixo, eu seja, querem é retirar Jesus Cristo … da Cruz!
É que esta imagem da realidade vivida por Jesus Cristo, Nosso Senhor e nosso Deus, feito Homem, é insuportável aos desígnios, aos anseios, aos desejos daqueles que querem afirmar ao homem de hoje, que a vida é para ser vivida no ter e não no ser, é para ser vivida em todos os prazeres momentâneos, é para ser vivida sem grande esforço, no dinheiro e para o dinheiro.
Mas a realidade, o dia-a-dia, desmente-os em cada momento, em cada situação, em cada vida vivida.
Porque o homem que apenas tem, quer ter sempre mais, e por isso mesmo nada o satisfaz, pelo que nunca chega a ser, e não sendo nunca, nunca se encontra a si mesmo, mas apenas a uma imagem distorcida de si, o que o leva à infelicidade.
Aquele que procura apenas os prazeres, os prazeres mundanos, e deles faz a sua vida, acaba sempre por ser confrontado mais tarde ou mais cedo pelas terríveis consequências desses prazeres, desde as doenças transmitidas, às adquiridas por esses hábitos, de tal modo que esses prazeres acabam por se transformar em dor e infelicidade.
Aquele que vive para o dinheiro e pelo dinheiro, fecha-se em si próprio, e julgando que tudo pode, descobre mais tarde ou mais cedo que o dinheiro não lhe compra a paz, o amor, a felicidade, que esse dinheiro é coisa efémera que pode perder de um momento para o outro, e mais ainda, que o dinheiro não lhe compra nada depois da morte.
Lembra-me de alguém que dizia como epitáfio dum “homem rico”: “Era tão pobre, tão pobre, que apenas tinha dinheiro”.
E afinal quem foi o Único que revelou ao homem o seu caminho e lho mostrou com realidade, passando pela Cruz?
Foi Jesus Cristo, sem dúvida, que nunca escondeu ao homem que a vida tinha dificuldades, tinha dores, tinha tristezas, mas que era apenas passageira aqui neste mundo, pois que vivida no amor, levava pela graça de Deus à vida eterna, ao gozo eterno da perfeita felicidade.
Assim, Ele próprio, o Filho de Deus feito Homem, quis-se fazer igual a nós em tudo, excepto no pecado, passando pelas dores e anseios próprios do homem, (comeu e bebeu, teve fome e sede, descansou e também se cansou, alegrou-se, mas também se entristeceu e chorou), tendo sido desprezado e mal tratado pelos seus até um limite insuportável, para nos mostrar a força do amor, a força do perdão, que todos nós devemos viver quando somos ofendidos, desprezados, mal tratados, e quando também assim procedemos para com os outros.
Oh, como Ele seria muito mais bem aceite se naqueles momentos tivesse descido da Cruz e com o Seu poder tivesse destruído os seus algozes tomando conta do poder de então!
Assim seria reconhecido, sem dúvida, como um Deus poderoso, vitorioso, apenas pelo domínio exercido sobre os “pobres” mortais!
Mas se assim procedesse, rapidamente viriam reclamar a liberdade, pois este Deus nada permitiria, e o homem não seria livre de escolher o seu caminho.
Pois, mas assim Ele não seria o Deus de todos, pois aqueles que Ele destruía, também condenava, e sabemos que o nosso Deus é um Deus de comunhão e amor a todos e com todos.
Assim, Ele não seria o Deus de amor e perdão, o Deus que se faz pequeno na sua grandeza, o Deus que veio para servir e não para ser servido!
E isso é insuportável ao mundo!
É insuportável ao mundo que Aquele que criou, não domine sobre as criaturas, e lhes dê a liberdade de acreditarem e seguirem Aquele que as criou, podendo até renegá-Lo!
Isso é inadmissível num mundo que quer viver o individualismo, o egoísmo, o “passar por cima” dos outros para obter o que deseja, um mundo que vive da vingança, e em que o pedir perdão e o perdoar é visto como uma fraqueza.
É, sem dúvida, assim insuportável a figura d’Aquele Deus, pregado na Cruz, um Deus Todo Poderoso, que no momento da Sua Morte apenas diz: «Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem.» Lc, 23, 34
Por isso eu digo e repito, não é o crucifixo que os incomoda, mas sim Jesus Cristo pregado na Cruz, proclamando que o Amor, («aquele que não ama não chegou a conhecer a Deus, pois Deus é amor.»1 Jo 4,8), é que é a vitória do homem sobre si mesmo, para se dar aos outros, encontrando e encontrando-se neles em Cristo, para Cristo e por Cristo, a razão da sua existência, a sua imagem e semelhança ao Deus que o criou.
Verdadeiramente e no fundo, no fundo, não querem retirar os crucifixos de lado nenhum, querem é retirar Jesus Cristo do crucifixo, querem é retirar Jesus Cristo … da Cruz
Monte Real, 25 de Novembro de 2010
Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/2010/11/polemica-dos-crucifixos.html
Nossa Senhora das Graças ou da Medalha Milagrosa
A aparição de Nossa Senhora das Graças ocorreu no dia 27 de Novembro de 1830 a Santa Catarina Labouré, irmã de caridade (religiosa de S. Vicente Paulo). A santa encontrava-se em oração na capela do convento, em Paris (rua du Bac), quando a Virgem Santíssima lhe apareceu. Tratava-se de uma "Senhora de mediana estatura, o seu rosto tão belo e formoso... Estava de pé, com um vestido de seda, cor de branco-aurora. Cobria-lhe a cabeça um véu azul, que descia até os pés... As mãos estenderam-se para a terra, enchendo-se de anéis cobertos de pedras preciosas ..."
A Santíssima Virgem disse: "Eis o símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que mas pedem ...".
Formou-se então em volta de Nossa Senhora um quadro oval, em que se liam em letras de ouro estas palavras: "Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós". Nisto voltou-se o quadro e eu vi no reverso a letra M encimada por uma cruz, com um traço na base. Por baixo, os Sagrados Corações de Jesus e Maria - o de Jesus cercado por uma coroa de espinhos e a arder em chamas, e o de Maria também em chamas e atravessado por uma espada, cercado de doze estrelas. Ao mesmo tempo ouvi distintamente a voz da Senhora a dizer-me: "Manda, manda cunhar uma medalha por este modelo. As pessoas que a trouxeram por devoção hão de receber grandes graças".
O Arcebispo de Paris Dom Jacinto Luís de Quélen (1778-1839) aprovou, dois anos depois, em 1832, a medalha pedida por Nossa Senhora; em 1836 exortou todos os fiéis a usarem a medalha e a repetir a oração gravada em torno da Santíssima Virgem: "Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós".
Esta piedosa medalha - segundo as palavras do Papa Pio XII - "foi, desde o primeiro momento, instrumento de tão numerosos favores, tanto espirituais como temporais, de tantas curas, protecções e sobretudo conversões, que a voz unânime do povo lhe chamou desde logo Medalha Milagrosa".
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
A Santíssima Virgem disse: "Eis o símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que mas pedem ...".
Formou-se então em volta de Nossa Senhora um quadro oval, em que se liam em letras de ouro estas palavras: "Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós". Nisto voltou-se o quadro e eu vi no reverso a letra M encimada por uma cruz, com um traço na base. Por baixo, os Sagrados Corações de Jesus e Maria - o de Jesus cercado por uma coroa de espinhos e a arder em chamas, e o de Maria também em chamas e atravessado por uma espada, cercado de doze estrelas. Ao mesmo tempo ouvi distintamente a voz da Senhora a dizer-me: "Manda, manda cunhar uma medalha por este modelo. As pessoas que a trouxeram por devoção hão de receber grandes graças".
O Arcebispo de Paris Dom Jacinto Luís de Quélen (1778-1839) aprovou, dois anos depois, em 1832, a medalha pedida por Nossa Senhora; em 1836 exortou todos os fiéis a usarem a medalha e a repetir a oração gravada em torno da Santíssima Virgem: "Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós".
Esta piedosa medalha - segundo as palavras do Papa Pio XII - "foi, desde o primeiro momento, instrumento de tão numerosos favores, tanto espirituais como temporais, de tantas curas, protecções e sobretudo conversões, que a voz unânime do povo lhe chamou desde logo Medalha Milagrosa".
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Comentário ao Evangelho do dia:
Catecismo da Igreja Católica
§§ 672 – 677
«Tende cuidado convosco»
O tempo presente é, segundo o Senhor, o tempo do Espírito e do testemunho mas é também um tempo ainda marcado pela «angústia» (1Cor 7, 26) e pela provação do mal, que não poupa a Igreja e inaugura os combates dos últimos dias. É um tempo de espera e de vigília.
A partir da ascensão, a vinda de Cristo na glória está iminente, mesmo que não nos «pertença saber os tempos ou os momentos que o Pai determinou com a Sua autoridade» (Act 1, 7). Este advento escatológico pode realizar-se a qualquer momento. [...]
Antes da vinda de Cristo, a Igreja deverá passar por uma prova final, que abalará a fé de numerosos crentes. A perseguição que acompanha a sua peregrinação na Terra porá a descoberto o «mistério da iniquidade», sob a forma duma impostura religiosa, que trará aos homens uma solução aparente para os seus problemas, à custa da apostasia da verdade. A suprema impostura religiosa é a do Anticristo, isto é, dum pseudo-messianismo em que o homem se glorifica a si mesmo, substituindo-se a Deus e ao Messias Encarnado. [...]
A Igreja não entrará na glória do Reino senão através dessa última Páscoa, em que seguirá o Senhor na Sua morte e ressurreição. O Reino não se consumará, pois, por um triunfo histórico da Igreja segundo um progresso ascendente, mas por uma vitória de Deus sobre o último desencadear do mal, que fará descer do céu o Seu Esposo (Ap 21, 25). O triunfo de Deus sobre a revolta do mal tomará a forma de juízo final, após o último abalo cósmico deste mundo passageiro.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
§§ 672 – 677
«Tende cuidado convosco»
O tempo presente é, segundo o Senhor, o tempo do Espírito e do testemunho mas é também um tempo ainda marcado pela «angústia» (1Cor 7, 26) e pela provação do mal, que não poupa a Igreja e inaugura os combates dos últimos dias. É um tempo de espera e de vigília.
A partir da ascensão, a vinda de Cristo na glória está iminente, mesmo que não nos «pertença saber os tempos ou os momentos que o Pai determinou com a Sua autoridade» (Act 1, 7). Este advento escatológico pode realizar-se a qualquer momento. [...]
Antes da vinda de Cristo, a Igreja deverá passar por uma prova final, que abalará a fé de numerosos crentes. A perseguição que acompanha a sua peregrinação na Terra porá a descoberto o «mistério da iniquidade», sob a forma duma impostura religiosa, que trará aos homens uma solução aparente para os seus problemas, à custa da apostasia da verdade. A suprema impostura religiosa é a do Anticristo, isto é, dum pseudo-messianismo em que o homem se glorifica a si mesmo, substituindo-se a Deus e ao Messias Encarnado. [...]
A Igreja não entrará na glória do Reino senão através dessa última Páscoa, em que seguirá o Senhor na Sua morte e ressurreição. O Reino não se consumará, pois, por um triunfo histórico da Igreja segundo um progresso ascendente, mas por uma vitória de Deus sobre o último desencadear do mal, que fará descer do céu o Seu Esposo (Ap 21, 25). O triunfo de Deus sobre a revolta do mal tomará a forma de juízo final, após o último abalo cósmico deste mundo passageiro.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 27 de Novembro de 2010
São Lucas 21,34-36
34 «Velai, pois, sobre vós, para que não suceda que os vossos corações se tornem pesados com o excesso do comer e do beber e com os cuidados desta vida, e para que aquele dia não vos apanhe de improviso;35 porque ele virá como uma armadilha sobre todos os que habitam a superfície de toda a terra.36 Vigiai, pois, orando sem cessar, a fim de que vos torneis dignos de evitar todos estes males que devem suceder, e de aparecer com confiança diante do Filho do Homem».
34 «Velai, pois, sobre vós, para que não suceda que os vossos corações se tornem pesados com o excesso do comer e do beber e com os cuidados desta vida, e para que aquele dia não vos apanhe de improviso;35 porque ele virá como uma armadilha sobre todos os que habitam a superfície de toda a terra.36 Vigiai, pois, orando sem cessar, a fim de que vos torneis dignos de evitar todos estes males que devem suceder, e de aparecer com confiança diante do Filho do Homem».
Subscrever:
Mensagens (Atom)