Ontem estive na Missa e apresentação do livro sobre o Padre João Seabra, que conheço desde os bancos da escola primária e ao qual me liga uma amizade desde esse tempo, embora seja uma amizade afastada pelo tempo, pela distância, por tantas coisas que se vão colocando de permeio nas nossas vidas.
Mas há amizades que são assim.
Não precisam de se ver constantemente, (mesmo durante anos, como é o nosso caso), para se sentirem, para se viverem, mesmo à distância.
Poderia dizer imensas coisas sobre o fim de tarde extremamente emotivo que ontem vivi, mas fico-me mais por agradecer a Deus pelo João.
Agradecer pela sua inteligência que colocou inteiramente ao serviço de Deus.
Agradecer pela sua frontalidade, por vezes rija e dura, mas sempre cheia de um coração cheio.
Agradecer pela sua fé inquebrantável, que mesmo ao longe para mim, nos anima a querer conhecer mais e melhor Deus, para melhor O amar, amando os outros.
Agradecer pelo dom da sua vida, numa vocação sacerdotal levada à entrega total.
Ah, e sobretudo agradecer a Deus por me ter dado amigos como este, porque com amigos assim, como poderia eu continuar a resistir, como poderia eu continuar a fugir de Deus, que corria atrás de mim de todas as maneiras, com certeza, sem dúvida, também na vida destes amigos que me deu!
Obrigado ao seu sobrinho José Maria Seabra Duque por me ter dado esta alegria imensa de fazer parte deste momento da vida do seu tio João.
Obrigado ao João, por ser o Padre João Seabra!
Obrigado a Deus por tudo, sempre!
Joaquim Mexia Alves