Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Johann Sebastian Bach - Toccata et fugue

O Papa na celebração do Corpo e Sangue de Cristo presidida

Esta tarde, na Basílica de São João de Latrão, o Papa Bento XVI presidiu a celebração da Missa da solenidade Litúrgica do Corpo e Sangue de Cristo, conhecida popularmente como "Corpo de Deus"

Na homilia da Missa propôs aos fiéis uma meditação sobre a relação existente entre Eucaristia e Sacerdócio de Cristo, salientando antes de mais que na Ultima Ceia, Jesus transforma o pão e o vinho no próprio Corpo e Sangue, para que os discípulos possam nutrir-se d’Ele e viver em comunhão intima e real com Ele.

Na Ultima Ceia – disse Bento XVI- Jesus age movido pelo “espírito eterno” com o qual se oferecerá depois na Cruz. Dando graças e abençoando , Jesus transforma o pão e o vinho. É o amor divino – salientou o Papa – que transforma: o amor com o qual Jesus aceita antecipadamente de dar-se inteiramente por nós. Este amor nada mais é senão o Espírito Santo, o Espírito do Pai e do Filho, que consagra o pão e o vinho e muda a sua substancia no Corpo e no Sangue do Senhor, tornando presente no Sacramento o próprio Sacrifício que se realiza depois de maneira cruenta na Cruz. Podemos portanto concluir - acrescentou depois Bento XVI na homilia desta tarde em São João de Latrão - que Cristo foi sacerdote verdadeiro e eficaz porque estava cheio da força do Espírito Santo, cheio da plenitude do amor de Deus, e isto precisamente na noite em que foi atraiçoado, precisamente na hora das trevas. É esta força divina, a mesma que realizou a Incarnação do Verbo, a transformar a extrema violência e a extrema injustiça em acto supremo de amor e de justiça.

Esta – disse o Papa a concluir - é a obra do sacerdócio de Cristo, que a Igreja herdou e prolonga na historia, na dupla forma do sacerdócio comum dos baptizados, e daquele ordenado dos ministros, para transformar o mundo com o amor de Deus.

(Fonte: site Radio Vaticana)

Ser-se forte...

É forte quem persevera no cumprimento do que entende dever fazer, segundo a sua consciência; quem não mede o valor de uma tarefa exclusivamente pelos benefícios que recebe, mas pelo serviço que presta aos outros. O homem forte às vezes sofre, mas resiste; talvez chore, mas traga as lágrimas. Quando a contradição aumenta, não se curva.

(São Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 77)

O Papa em Chipre – entrevista ao Patriarca Latino


Daqui a um dia, Bento XVI estará em Chipre... Passado pouco mais do que um ano, é como se o Papa voltasse para a Terra Santa. E não somente pela proximidade territorial ou pelas preciosas recordações apostólicas que fazem desta Ilha do Mediterrâneo um pedacinho da Terra Santa, mas porque a Igreja Latina de Chipre, que ao lado daquela Maronita constitui a pequena presença católica na ilha, pertence a todos os efeitos à diocese de Jerusalém. Quem tem jurisdição sobre ela, de facto, é o Patriarca Latino da cidade santa, que em Nicósia opera através de um vigário.

Em Chipre o Papa entregará aos pastores das Igrejas de toda a região o Instrumentum laboris do Sínodo para o Médio Oreinte, que se realizará em Outubro em Roma. Mas visitando a pequena minoria católica que vive em Chipre, a viagem de Bento XVI terá um específico carácter pastoral e ecuménico, em especial.

“O Papa regressa aos lugares santos, regressa ao Patriarcado latino de Jerusalém, mas desta vez estará em Chipre, esta ilha que hospedou os Apóstolos São Paulo e Barnabé.

O convite partiu seja da própria Igreja ortodoxa, com a qual temos óptimas relações, seja do governo cipriota ...estou certo de que o Santo Padre entenderá a dor de ver uma ilha dividida. Por sorte (o que não temos aqui na Terra Santa por parte de Israel), por sorte todas as paróquias maronitas do norte poderão vir, virão todos para receber o Santo Padre, sem problemas de fronteira... “

“Na verdade, as relações com o Arcebispo de Chipre são as melhores... Certamente em Chipre a coisa mais bela é justamente esta comunhão entre a Igreja Católica e a Igreja cipriota. Nós, como em todo o Oriente Médio, somos uma minoria de nada, como número porém estamos muito activos seja em Chipre, seja aqui… são escolas, instituições que são nossos trunfos. As escolas católicas têm milhares e milhares de alunos… a maioria absoluta é cipriota, são gregos, porém esses jovens são confiados ao nosso cuidado pastoral... as escolas dão sua contribuição lá em Chipre.”

(Fonte: H2O News)

Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo – de Joaquim Mexia Alves

Fico-me assim, espantado, olhando para aquele “pedaço de Pão”, imaculado, o coração aberto, mais do que a boca escancarada.

És Tu que ali estás Senhor, mas não Te vejo com os olhos do corpo, (impedidos de Te verem), mas com o amor do coração, (que Tu lá colocaste, Senhor).

Quero ver-Te, Senhor, quero acreditar-Te, Senhor, quero adorar-Te, Senhor, mas pobre humanidade minha que me quer negar o que o espírito me diz: Tu estás ali, Senhor, vivo e presente, todo entregue, todo amor!

Deixo-me seduzir por Ti, abrem-se os meus olhos á «fracção do Pão», e o espírito vai-se fazendo, (por Tua graça), um com o corpo, e assim já é toda a minha humanidade que Te vê, que Te acredita, que Te adora.

Digo baixinho, para dentro de mim, «eu não sou digno», mas Tu respondes-me firme no amor, «és digno sim, porque sou Eu quem te dá a dignidade»!

Como posso eu, Senhor, não aceitar essa dignidade que Tu me dás para Te poder receber e seres o meu alimento de vida?

Retorno á minha frase inicial, Senhor, para perceber que para Te receber é muito mais preciso o coração aberto do que a boca escancarada!

E Tu vais guiando e dizendo ao meu pobre coração admirado: «Abre-te coração, mas para Te abrires a Mim, tens de te abrir a todos».

Que Mistério, que loucura, Aquele que é Deus, faz-se «pedaço de Pão», entrega-se como alimento e vai dizendo a cada um: «Não Me podes receber, se não receberes os outros!»

Assim tão simples, tão humilde, a colocares-Te tão igual a cada um, a fazeres-Te tão presença em cada um, porque «queres ser Um em todos, para que todos sejam um em Ti».

Queres assim, Senhor, que cada um seja sacramento para os outros, porque o Sacramento é a Tua presença viva no meio de nós.

Fico-me assim, Senhor, exaltado em adoração, perante o Teu Mistério e peço-Te humildemente: «Fica connosco, pois a noite vai caindo e o dia já está no ocaso.» Lc 24, 29

Marinha Grande, 3 de Junho de 2010

Joaquim Mexia Alves
http://www.queeaverdade.blogspot.com/

Hoje vou à escola

Dou por mim sentada num pequeno anfiteatro onde eles formam uma mancha multicolor, cor das roupas, cor da pele, uma mancha tranquila de onde se escapam, de quando em vez, os murmúrios dos segredos, um ou outro riso solto, o ruído dos corpos a ajeitarem-se nos assentos, de um saco ou livro que resvala e cai. Cheira a escola, há memórias que permanecem intactas. Como o passar do tempo marcado pelo toque das campainhas, uns olhares vagamente nostálgicos lançados através das vidraças, lá fora o calor começa a apertar, lá fora...

O convite é de um aluno, o João, e chega por mail sem qualquer formalidade. Convoca-nos para a sua escola secundária em Lisboa, às 08.45 de uma manhã de segunda-feira, para falarmos sobre a eutanásia.

Não se trata de uma iniciativa dos docentes mas sim dos alunos; não requerem os deputados para reclamarem, ou para os ouvirem falar de alhos e bugalhos; têm um tema tratado, pesquisado, equacionaram ideias e dúvidas, juntaram cabeças e vozes: uma enfermeira, uma psicóloga, dois deputados de dois grupos parlamentares e uma dirigente de outra força partidária comparecem à chamada. Querem-nos reunidos em volta de mistérios de vida e morte.

Na actividade política é cada vez mais raro um momento em que se consente a simplicidade extrema - hoje quase sempre vista como candura - que afasta confrontos, relega a ideia de vencidos e vencedores, desaconselha a demagogia, desmistifica estatutos efémeros. Instala-se então uma intimidade previsível, as professoras espalhadas ao acaso pela sala e nós, os de fora, como se fôssemos de dentro.

João, 17 anos, toma conta da ocorrência, apresenta o power-point e explica a "boa morte" ao longo dos séculos, através de culturas e de religiões, de como se matavam as crianças, os doentes incuráveis, os deficientes, os velhos em nome de benefícios que hoje não explicamos nem conhecemos. Ele próprio é um resistente, uma história dura, uma vida a saltar obstáculos para manter a cabeça fora da água que alaga um quotidiano de pedras presas aos pés, que o puxam para o fundo, de onde emerge, uma e outra vez, vitorioso sobre pobreza e a negligência. Agora mesmo, aqui nesta sala de aulas, é ele o protagonista.

Não levo nada preparado e descubro que, se algum de nós o fez, desistiu de imediato. Falamos da vida e da morte naquela manhã luminosa, numa sala onde a média de idades parecia recomendar outra coisa. Falamos da dignidade humana, falamos do encarniçamento terapêutico, falamos dos cuidados paliativos e da urgência em criar a rede, falamos da liberdade de escolha e de que liberdade será essa, falamos do medo e de vencer o medo e se isso é possível, falamos de culturas que descartam os mais vulneráveis, das tentações dos anjos salvadores, dos riscos de uma compaixão mal projectada.

João dá a palavra à enfermeira e à psicóloga, porque sabe que só elas podem convocar os moribundos, os rostos e os nomes daqueles com quem partilharam os percursos de fim de vida, cada caso um caso, apaziguando os medos próprios dos mistérios que tantas vezes se transformam, se sublimam e se vencem no confronto com a realidade.

É tempo de ouvir a realidade, percebê-la no âmago de histórias curtas de homens e mulheres, de velhos, jovens, crianças todos com a morte anunciada. Como reagem, como superam o medo, a revolta, a surpresa? Quem se propõe para a caminhada final, quantos procuram arrumar a vida, quantos se reconciliam consigo mesmo, quantos aceitam e porquê? Quantos ouvem a voz de Deus? O que é, afinal, a compaixão num tempo em que todos afirmamos que ninguém é descartável? Quais os riscos de usurparmos a consciência do "outro" quando ele está mais vulnerável e indefeso?

Está na hora e saio. João oferece-me uma rosa branca e agradece. Não tem de quê. Se houvesse tempo, entre os pavilhões e as buganvílias explicava-te porque razão sou eu, e não tu, quem deve estar grata.

Maria José Nogueira Pinto
(Fonte: DN online)

S. Josemaría nesta data em 1974

Anima os que convivem com ele em Roma, a viverem as coisas pequenas de cada dia: “… o sorriso constante, que tantas vezes custa, e custa muito, servindo o Senhor com alegria e servindo, também com alegria, os demais, por Ele. É o ramo de flores que apanha o pequenino que corre, vai e volta: enquanto os outros andaram só meio quilómetro o menino percorreu vários quilómetros, e os outros nem sequer se deram conta. Empenhai-vos, ainda que chegueis a ocupar um alto cargo na vida, em fazer-vos muito pequenos diante de Deus e servidores de todas as almas”.

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Interessante exposição sobre as Confissões de Santo Agostinho (vídeos em espanhol e inglês)

Na Festa do Corpo de Deus

Oculto sob as espécies sacramentais
Hoje, festa do Corpo de Deus, meditamos juntos a profundidade do Amor do Senhor, que o levou a ficar oculto sob das espécies sacramentais, e é como se ouvíssemos, fisicamente, aqueles seus ensinamentos à multidão: Eis que o semeador saiu a semear. E, quando semeava, uma parte da semente caiu ao longo do caminho, e vieram as aves do céu e comeram-na. Outra parte caiu em lugar pedregoso, onde havia pouca terra; e logo nasceu porque estava à superfície; mas, saindo o sol, queimou-se e, porque não tinha raiz, secou. Outra parte caiu entre os espinhos, e os espinhos cresceram e sufocaram-na. Outra parte caiu em boa terra e frutificou; uns grãos renderam cem por um, outros sessenta, outros trinta.
Cristo que passa, 150

A nossa missão de cristãos
Agradar-me-ia que, ao considerar tudo isto, tomássemos consciência da nossa missão de cristãos, voltássemos os olhos para a Sagrada Eucaristia, para Jesus que, presente entre nós, nos constituiu seus membros: vos estis corpus Christi et membra de membro (1 Cor 12, 27), vós sois o corpo de Cristo e membros unidos a outros membros. O nosso Deus decidiu ficar no Sacrário para nos alimentar, para nos fortalecer, para nos divinizar, para dar eficácia ao nosso trabalho e ao nosso esforço. Jesus é simultaneamente o semeador, a semente e o fruto da sementeira: o Pão da vida eterna.

Está à nossa espera
Este milagre, continuamente renovado, da Sagrada Eucaristia, encerra todas as características do modo de agir de Jesus. Perfeito Deus e perfeito homem, Senhor dos Céus e da Terra, oferece-Se-nos como sustento, da maneira mais natural e corrente. Assim espera o nosso amor, desde há quase dois mil anos. É muito tempo e não é muito tempo; porque, quando há amor, os dias voam.
Cristo que passa, 151

Não deve ser coisa de um dia
A procissão do Corpo de Deus torna Cristo presente nas aldeias e cidades do mundo. Mas essa presença, repito, não deve ser coisa de um dia, ruído que se ouve e se esquece. Essa passagem de Jesus lembra-nos que temos também de descobri-Lo nos nossos afazeres quotidianos.

A procissão silenciosa e simples da vida corrente
A par da procissão solene desta quinta-feira. deve ir a procissão silenciosa e simples da vida corrente de cada cristão, homem entre os homens, mas com a felicidade de ter recebido a fé e a missão divina de se comportar de tal modo que renove a mensagem do Senhor sobre a Terra. Não nos faltam erros, misérias, pecados. Mas Deus está com os homens, e temos de nos dispor a que se sirva de nós e se torne contínua a sua passagem entre as criaturas.
Cristo que passa, 156

São Josemaría Escrivá

(Fonte: site de São Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/na-festa-do-corpo-de-deus-1)

A alegria do abraço do “Vice-Cristo na terra”

Todos nós sentimos a grande alegria de termos como visita ilustre do nosso país Bento XVI. Foram dias inesquecíveis de júbilo e de oração. E sentimos com certeza a força da presença do sucessor de Pedro, que quis transmitir às suas ovelhas desta terra um voto de confiança e de fé no seu passado, no seu presente e no seu futuro.

Bento XVI é o Pedro actual, esse mesmo apóstolo a quem o Senhor encarregou de pastorear todo o seu rebanho e o obrigou a afirmar por três vezes – antes tinha-O negado outras tantas – que O amava de modo iniludível. Simão sentiu-se constrangido a quando da terceira pergunta do Jesus, mas respondeu-Lhe com humildade e decisão: "Senhor, Tu sabes tudo, tudo sabes que eu Te amo"(Jo 21, 17). Tal como Maria Santíssima nas Bodas de Caná, que deixa ao Filho o cuidado da solução para o problema que Lhe tinha posto: "Não têm vinho"(Jo 2,3), o chefe dos apóstolos, confia à sabedoria exímia do Mestre – e não ao ímpeto emotivo que o caracterizava – o conhecimento da qualidade do seu amor por Cristo: "Tu sabes tudo". Como o saber de Jesus é perfeito, Ele pode ajuizar, melhor do que ninguém, que o amor de Pedro por Si, mau grado as suas fraquezas, é verdadeiro.

Pedro pagou com a sua vida a fidelidade a Jesus e entregou ao seu sucessor, à frente da Igreja de Roma, o poder sobre toda a Igreja que Cristo lhe tinha atribuído pessoalmente. Por isso, o Bispo de Roma, na sequência já milenária da sucessão através dos tempos, é Pedro – a pedra sobre a qual o Senhor fundou a sua Igreja e à qual prometeu que as "portas do inferno não prevalecerão contra ela"(Mt 16,19). Esta garantia faz-nos encarar a pessoa do Papa como aquilo que ele é: o principal responsável por esse instrumento de salvação – a Igreja fundada por Cristo – a quem compete governar, santificar e ensinar todo o rebanho de Jesus, com a autoridade que o Senhor lhe confiou.

Por alguma razão, Santa Catarina de Sena chamava ao Romano Pontífice o "Vice-Cristo na terra". Pedro é o sinal da unidade da Igreja, que Jesus tanto desejou fosse una e compacta, como Ele e o Pai são um só (Jo 17, 21). E é também o garante, através da sucessão ininterrupta desde o início, de que a Palavra de Cristo e os seus ensinamentos são essencialmente os mesmos, não mudando com os tempos nem com as vontades dos homens. Quando Pedro ensina ou governa, sempre o faz com a autoridade que Jesus lhe confiou, pelo que o nosso assentimento deve ser pleno e incondicional, como seria se fosse o próprio Mestre a ensinar-nos pessoalmente.

Penso que todos nós tivemos essa sensação de confiança e de fidelidade quando vimos e ouvimos Bento XVI no Terreiro do Paço, em Fátima ou no Porto. Independentemente de todo o espectáculo maravilhoso de presenciarmos tanta gente junta para acolher o Papa com alegria e coração, como nós, portugueses, sabemos fazer dum modo espontâneo (somos assim, graças a Deus!), pressentíamos que algo de mais extraordinário se estava a passar dentro de nós e à nossa volta. E se perscrutávamos o que nos ia na consciência, concluíamos que não era difícil identificar Bento XVI com o pescador da Galileia, Simão , filho de João, a quem Jesus entregou a chaves da Igreja a que pertencemos, e que nos permitiu, pelo Baptismo, ser filhos de Deus e herdeiros do Reino dos Céus.

Levou com certeza o Papa boas recordações de Portugal. Talvez a melhor e mais reconfortante tenha sido a de que, neste país onde Maria Santíssima deixou, em Fátima, recados de penitência e de oração para todos os homens, continua a haver gente que o ama e o estima , o venera e o respeita, porque sabe que ele é Pedro, a pedra, como atrás se dizia, sobre a qual Jesus edificou a sua Igreja para sempre. Daí a confiança e a fé com que o Santo Padre nos quis revigorar, dizendo, por exemplo, na inesquecível Missa do Terreiro do Paço: "Cristo está sempre connosco e caminha sempre com a sua Igreja, acompanha-a e guarda-a, como Ele nos disse: "Eu estou sempre convosco até aos fins dos tempos (Mt 28, 20).

Quase a terminar o Ano Sacerdotal, rezemos com Maria Santíssima ao seu Filho, pedindo-lhe por Bento XVI e todos os seus colaboradores na hierarquia da Igreja e pelos sacerdotes, para que sejam santos e perseverantes na administração da caridade.

(Pe. Rui Rosas da Silva – Prior da Paróquia de Nossa Senhora da Porta Céu em Lisboa in Boletim Paroquial de Junho, título da responsabilidade do autor do blogue)

A EUCARISTIA

O Senhor caminha constantemente ao encontro do mundo. Que os nossos caminhos sejam caminhos de Jesus! Que as nossas casas sejam para Ele e com Ele! Que a sua presença penetre na nossa vida de cada dia. Deste modo, colocamos sob os seus olhos os sofrimentos dos doentes, as solidões dos jovens e dos idosos, as tentações, os medos - toda a nossa vida.

Bento XVI - Homilia da Missa do Corpo de Deus (26.Mai.05)

Tema para reflexão

A nossa vida em Deus (1)

Sendo Deus eterna comunicação de Amor, é compreensível que esse Amor transborde para fora d’Ele na Sua actuação. Toda a actuação de Deus na história é obra conjunta das três Pessoas, dado que se distinguem apenas no interior de Deus. Não obstante, cada uma imprime nas acções divinas “ad extra” a sua ( ) característica pessoal. Com uma imagem, poder-se-ia dizer que a acção divina é sempre única, como o dom que nós poderíamos receber da parte de uma família amiga, que é fruto de um só acto; mas, para quem conhece as pessoas que formam essa família, é possível reconhecer a mão ou a intervenção de cada uma, pela marca pessoal deixada por elas na prenda única.

Este reconhecimento é possível, porque conhecemos as Pessoas divinas na Sua distinção pessoal mediante as missões, quando Deus Pai enviou juntamente o Filho e o Espírito Santo na história (cf. Jo 3, 16-17 e 14, 26), para que se fizessem presentes entre os homens: «São sobretudo as missões divinas da Encarnação do Filho e do dom do Espírito Santo que manifestam as propriedades das pessoas divinas» (Catecismo, 258). Eles são como que as duas mãos do Pai que abraçam os homens de todos os tempos, para os levar ao seio do Pai. Se Deus está presente em todos os seres enquanto princípio do que existe, com as missões do Filho e do Espírito fazem-se presentes de uma forma nova . A própria Cruz de Cristo manifesta ao homem de todos os tempos o eterno Dom que Deus faz de Si mesmo, revelando na Sua morte a íntima dinâmica do Amor que une as três Pessoas.

(GIULIO MASPERO)

Agradecimento: António Mexia Alves

Meditação de Francisco Fernández Carvajal

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (Norte de África) e Doutor da Igreja
De Trinitate, VIII, 12; PL 42, 958B-959A (a partir da trad. de Orval)

«Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante»

«Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo aquele que ama nasceu de Deus e chega ao conhecimento de Deus. Aquele que não ama não chegou a conhecer a Deus, pois Deus é amor» (1Jo 4, 7-8). Neste texto, o Apóstolo João, com a sua grande autoridade, mostra claramente que, não somente o amor fraterno vem de Deus, como também que esse amor fraterno, que faz com que nos amemos uns aos outros, é o próprio Deus.

Por consequência, ao amarmos o nosso irmão com verdadeiro amor, amamos o nosso irmão segundo Deus, por Deus. E não é possível não amar acima de tudo este mesmo amor graças ao qual amamos o nosso irmão. Donde concluímos que estes dois preceitos não podem existir um sem o outro. Com efeito, visto que «Deus é amor», quem ama o amor certamente ama a Deus; ora, aquele que ama o seu irmão ama necessariamente o amor. Eis por que, um pouco mais adiante, o Apóstolo João diz: «Aquele que não ama o seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a Quem não vê» (1Jo 4, 20); a razão que o impede de ver a Deus é o facto de não amar o seu irmão. Quem não ama o seu irmão não anda em amor; e quem não anda no amor não anda em Deus, porque «Deus é amor».

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 3 de Junho de 2010

São Lucas 9,11-17

11 Sabendo isto, as multidões foram-n'O seguindo. E as recebeu, falou-lhes do reino de Deus e curou os que necessitavam de cura. 12 Ora o dia começava a declinar. Aproximando-se d'Ele os doze, disseram-Lhe: «Despede as multidões, para que, indo pelas aldeias e herdades circunvizinhas, se alberguem e encontrem que comer, porque aqui estamos num lugar deserto».13 Ele respondeu-lhes: «Dai-lhes vós de comer». Eles disseram: «Não temos mais do que cinco pães e dois peixes, a não ser que vamos comprar mantimento para toda esta multidão».14 Pois eram quase cinco mil homens. Então disse aos discípulos: «Mandai-os sentar divididos em grupos de cinquenta».15 Eles assim fizeram, e mandaram-nos sentar a todos.16 Tendo tomado os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos ao céu, pronunciou sobre eles a bênção, partiu-os e distribuiu-os aos Seus discípulos, para que os servissem à multidão.17 Comeram todos e ficaram saciados. E recolheram do que sobrou doze cestos de fragmentos.