Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Amar a Cristo...

Mestre, Tu és o nosso Caminho, se o não seguirmos estaremos a desperdiçar o maior tesouro que jamais poderemos ter aqui na terra e seremos pobres espiritualmente. Depois de Te conhecer como poderíamos ser alegres e apaixonados pela vida não Te seguindo?

Ajuda-nos, Senhor Jesus, a saber gozar da Tua amizade que é real e permanente, a ser humildes e sempre gratos por tudo o que nos ofereces, mesmo na doença, pois através dela sentimo-nos espiritualmente mais fortes e mais próximos de Ti.

Louvado seja Jesus Cristo Nosso Senhor e a Sua e nossa Santíssima Mãe por toda a humanidade!

JPR

Imitação de Cristo, 2, 12, 6 - Da estrada real da santa cruz



Pensas tu escapar àquilo de que nenhum mortal pôde eximir-se? Que santo houve no mundo sem tribulação? Nem Jesus Cristo, Senhor Nosso, esteve uma hora, em toda a sua vida, sem dor e sofrimento. Convinha, disse ele, que Cristo sofresse e ressurgisse dos mortos, e assim entrasse na sua glória (Lc 24,26). Como, pois, buscas tu outro caminho que não seja o caminho real da santa cruz?

A castidade é uma virtude

Escreveste-me, médico apóstolo: "Todos sabemos por experiência que podemos ser castos, vivendo vigilantes, frequentando os Sacramentos e apagando as primeiras chispas da paixão, sem deixar que a fogueira ganhe corpo. É precisamente entre os castos que se contam os homens mais íntegros, sob todos os aspectos. E entre os luxuriosos predominam os tímidos, os egoístas, os falsários e os cruéis, que são características de pouca virilidade". (Caminho, 124)

Não deves limitar-te a fugir da queda ou da ocasião, nem o teu comportamento deve reduzir-se, de maneira alguma, a uma negação fria e matemática. Já te convenceste de que a castidade é uma virtude e, como tal, deve desenvolver-se e aperfeiçoar-se? Não basta ser continente, cada um segundo o seu estado. Insisto: temos de viver castamente, com virtude heróica. Este comportamento é um acto positivo, com o qual aceitamos de boa vontade o pedido de Deus: Præbe, fili mi, cor tuum mihi et oculi tui vias meas custodiant, entrega-me, meu filho, o teu coração e espraia os teus olhos pelos meus campos de paz.


Pergunto-te eu, agora: como encaras tu esta batalha? Bem sabes que a luta já está vencida, se a mantivermos desde o princípio. Afasta-te imediatamente do perigo, mal percebas as primeiras chispas de paixão, e até antes. Fala, além disso, com quem dirige a tua alma; se possível antes, porque abrindo o coração de par em par não serás derrotado. Um acto repetido várias vezes cria um hábito, uma inclinação, uma facilidade. É preciso, pois, batalhar para alcançar o hábito da virtude, o hábito da mortificação, para não recusar o Amor dos Amores.

Meditai no conselho de S. Paulo a Timóteo: Te ipsum castum custodi, conserva-te a ti mesmo puro, para estarmos, também, sempre vigilantes, decididos a defender o tesouro que Deus nos entregou. Ao longo da minha vida, quantas e quantas pessoas não ouvi queixarem-se: Ah! Se eu tivesse cortado ao princípio! E diziam-no cheias de aflição e de vergonha. (Amigos de Deus, 182)


São Josemaría Escrivá

Bento XVI durante o período de descanso está a terminar o seu livro sobre Jesus de Nazaré (vídeos em espanhol e inglês)

«Envio-os como ovelhas para o meio dos lobos»

São Francisco Xavier (1506-1552), missionário jesuíta
Carta 131, 22 de Outubro de 1552

No dizer das gentes do país, corremos dois perigos. O primeiro é que o homem que nos conduz, após ter recebido o nosso dinheiro, nos abandone nalguma ilha deserta ou nos lance ao mar, a fim de escapar ao governador de Cantão. O segundo é ele conduzir-nos a Cantão e, ao chegarmos à presença do governador, este infligir-nos maus tratos ou meter-nos na prisão. Porque a nossa diligência é inconcebível. Inúmeros decretos interditam a quem quer que seja o acesso à China e, sem uma autorização do rei, é estritamente proibida a entrada de estrangeiros. Fora estes dois perigos, há muitos outros, e maiores, ignorados pelas gentes do país. Seria bem longo descrevê-los; contudo não deixarei de citar alguns.

O primeiro é perdermos esperança e a confiança na misericórdia de Deus. É por Seu amor e para o Seu serviço que vamos dar a conhecer a Sua lei e Jesus Cristo, Seu Filho, nosso Redentor e Senhor. Ele sabe-o bem, dado que foi Ele que, na Sua santa misericórdia, nos comunicou este desejo. Ora, a falta de confiança na Sua misericórdia e no Seu poder no meio dos perigos em que podemos cair ao Seu serviço é um perigo incomparavelmente maior que os males que podem suscitar-nos todos os inimigos de Deus. Com efeito, se o Seu maior serviço o exigir, Ele guardar-nos-á dos perigos desta vida; e, sem a permissão e autorização de Deus, os demónios e os seus ministros em nada podem prejudicar-nos.

«Quando vos entregarem, não vos preocupeis »

Beato João XXIII (1881-1963), Papa

Reflectindo sobre mim e sobre as muitas vicissitudes da minha humilde vida, devo reconhecer que o Senhor me dispensou até agora dessas tribulações que, a muitas almas, tornam difícil e ingrato o serviço da verdade, da justiça e da caridade. [...] Como agradecerei, meu Deus, o bom tratamento que recebi sempre em todos os lugares aonde cheguei em Teu nome, e sempre em pura obediência, não por minha vontade, mas pela Tua? «Como retribuirei ao Senhor todo o bem que Ele me fez?» (Sl 115, 12). Vejo muito bem que a minha resposta, a mim próprio e ao Senhor, é sempre: «Erguerei o cálice da salvação, invocando o nome do Senhor» (v. 13).

Como já insinuei nestas páginas, quando me assaltar a grande tribulação, devo recebê-la bem: «A nossa tribulação momentânea é leve, em relação com o peso extraordinário da glória eterna que ela nos prepara» (2Cor 4, 17). E, se se fizer esperar algum tempo, terei de continuar a saciar-me com o sangue de Jesus, com o cortejo de pequenas e grandes tribulações de que a bondade do Senhor quiser rodear-me. Sempre me senti, e continuo a sentir-me muito impressionado por estas palavras do pequeno Salmo 130: «Senhor, o meu coração não se orgulha, nem os meus olhos são altivos; não vou atrás de grandezas nem de prodígios que me excedam. Ao contrário, aquieto e sossego a minha alma, como uma criança saciada no colo de sua mãe, assim está a minha alma dentro de mim.» Como amo estas palavras! Mas, se vier a perturbar-me no final da vida, Senhor Jesus, Tu me fortificarás na tribulação. O Teu sangue, o Teu sangue que continuarei a beber do Teu cálice, quer dizer, do Teu coração, será para mim um penhor de salvação e de alegria eterna. «A nossa tribulação momentânea é leve, em relação com o peso extraordinário da glória eterna que ela nos prepara»

«Não sereis vós a falar, mas o Espírito do vosso Pai é que falará por vós»

São Vicente de Paulo (1581-1660), presbítero, fundador de comunidades religiosas 
Conversa de 21/03/1659


Nosso Senhor Jesus Cristo pede-nos a simplicidade duma pomba, que consiste em dizer as coisas com simplesmente, tal como as pensamos, sem reflexões inúteis, e agir com franqueza, sem disfarces nem artifícios, olhando só para Deus; para isso, cada um de nós esforçar-se-á por fazer tudo nesse mesmo espírito de simplicidade, lembrando-se de que Deus gosta de Se comunicar aos simples e de lhes revelar os Seus segredos, que esconde aos sábios e aos entendidos do mundo (Mt 11,25). Mas, ao mesmo tempo que Jesus nos recomenda a simplicidade das pombas, manda-nos ser prudentes como as serpentes, o que é uma virtude que nos faz falar e agir com descrição. [...]


Quando disse aos apóstolos que os enviava como ovelhas para o meio dos lobos, Nosso Senhor disse-lhes que tinham de ser simultaneamente prudentes como as serpentes e simples como as pombas. Depois acrescentou: «Tende cuidado com os homens: hão-de entregar-vos aos tribunais [...]  por Minha causa. [...] Mas, quando vos entregarem, não vos preocupeis com o que haveis de dizer». Fala em primeiro lugar da prudência e depois da simplicidade; a primeira é para irem como ovelhas para o meio dos lobos, onde corriam o risco de ser maltratados. «Sede, pois prudentes» diz-lhes, «estai atentos e, no entanto, sede simples». «Tende cuidado com os homens»: cuidai de vós segundo a prudência; mas, se fordes levados à presença dos juízes, não vos preocupeis com o que haveis de dizer. É isto a simplicidade. Vede como Nosso Senhor une as duas virtudes de forma que as pratiquemos nas mesmas ocasiões; recomenda-nos que as usemos igualmente e faz-nos ver que a prudência e a simplicidade ligam bem uma com a outra, quando são bem entendidas.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 13 de Julho de 2012

«Eis que Eu vos envio como ovelhas entre lobos. Sede, pois, prudentes como serpentes e simples como pombas. Acautelai-vos dos homens, porque vos farão comparecer nos seus tribunais e vos açoitarão nas sinagogas. Sereis levados por Minha causa à presença dos governadores e dos reis, para dar testemunho diante deles e diante dos gentios. Quando vos entregarem, não cuideis como ou o que haveis de falar, porque naquela hora vos será inspirado o que haveis de dizer. Porque não sereis vós que falais, mas o Espírito de vosso Pai é o que falará em vós. O irmão entregará à morte o seu irmão e o pai o seu filho; os filhos se levantarão contra os pais e lhes darão a morte. Vós, por causa do Meu nome, sereis odiados por todos; aquele, porém, que perseverar até ao fim será salvo. Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. Em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel sem que venha o Filho do Homem.


Mt 10, 16-23