Breve introdução em inglês e depois apenas sequências de belíssimas imagens.
Obrigado, Perdão Ajuda-me
domingo, 20 de julho de 2008
JMJ – Uma semana extraordinária
As Jornadas Mundiais da Juventude foram um sucesso, seja qual for o prisma em que as quisermos perspectivar, pessoalmente permito-me dar ênfase à projecção e carinho que foram dispensados ao sucessor de Pedro, o Senhor certamente assim o quis fazendo sobressair o amor e entusiasmo dos participantes ‘in loco’ e de muitos milhões à distância.
A presença do Divino Espírito Santo foi visível, na qualidade das intervenções do Santo Padre, inclusive na sua excepcional capacidade, à semelhança de João Paulo II, de se expressar em várias línguas.
Não falo tanto da imprensa nacional, excepção feita à RR através de Aura Miguel com testemunhos relevantes, mas genericamente falando houve uma excelente cobertura de vários órgãos de comunicação estrangeiros que nos permitiram acompanhar a passo e passo o dia-a-dia das Jornadas.
Obrigado meu Senhor e meu Deus por todas as alegrias que nos concedestes durante a última semana e que as sementes lançadas tenham caído em bom terreno!
Um Bom Domingo do Senhor!
(JPR)
JMJ - Acolher e testemunhar o dom do Espírito Santo - Bento XVI na Missa de encerramento
“Em cada Missa, o Espírito Santo desce novamente, invocado na solene oração da Igreja, não só para transformar os dons do pão e do vinho no Corpo e Sangue do Senhor, mas também para transformar as nossas vidas, para fazer de nós, com a sua força, um só corpo e uma só alma”.
A força, a “potência”, do Espírito Santo, é a potência da vida de Deus: o poder que nos conduz, que conduz o nosso mundo, em direcção ao Reino de Deus que vem. O amor que nos liga ao Senhor e entre nós é a luz que abre os nossos olhos para ver as maravilhas da graça de Deus em todos nós. Uma experiência que se renovou concretamente em Sidney, nesta Jornada Mundial da Juventude:
“Também aqui, nesta grande assembleia de jovens cristãos provenientes de todo o mundo, fizemos uma experiência viva da presença e da força do Espírito na vida da Igreja. Vimos a Igreja como ela é na verdade: Corpo de Cristo, comunidade viva de amor, com gente de todas as raças, nações e línguas, de todos os tempos e lugares, na unidade que nasce da nossa fé no Senhor ressuscitado”
Esta experiência, esta realidade – advertiu Bento XVI – “não é algo que possamos merecer ou conquistar; podemos apenas recebê-la como puro dom”. Para tal, algo nos toca fazer:
“O amor de Deus só pode infundir a sua força quando lhe permitimos que nos transforme por dentro. Temos que deixar que penetre a dura crosta da nossa indiferença, do nosso cansaço espiritual, do nosso cego conformismo ao espírito deste nosso tempo”.
O que há-de corresponder a passos concretos, a começar pela oração, pessoal e comunitária; nos nosso corações; diante do Santíssimo Sacramento; e a oração litúrgica, bem no coração da Igreja.
A propósito do “testemunho” (outro aspecto desenvolvido pelo Papa), Bento XVI deu graças a Deus pelo dom da fé, tesouro transmitido de geração em geração na comunhão da Igreja. Dirigindo o olhar para o futuro, o Santo Padre interpelou os jovens congregados em Sidney, perguntando-lhes: o que vão transmitir à próxima geração; se estão a construir algo que possa durar no futuro; se estão dando lugar ao Espírito Santo nas suas vidas… A força do Espírito impulsiona para o futuro, em direcção do Reino de Deus… “A efusão do Espírito Santo sobre a humanidade é penhor de esperança e de libertação de tudo aquilo que nos empobrece”.
“Uma nova geração de cristãos está chamada a contribuir para a edificação de um mundo em que a vida seja acolhida, respeitada e tratada com amor, não rejeitada nem temida como uma ameaça e portanto destruída.
Uma nova era em que o amor não seja ávido e egoísta, mas puro, fiel e sinceramente livre, aberto aos outros, respeitoso da sua dignidade… Uma nova era em que a esperança nos liberte da superficialidade, da apatia e da miopia que mortificam a nossa alma e envenenam as relações humanas.”
“O mundo tem necessidade desta renovação!” – sublinhou o Papa, que recordou o “deserto espiritual” que se vai alargando, com um “vazio interior”, medos, “sentimento de desespero”… Em todo o caso, observou Bento XVI, dirigindo-se especialmente aos jovens de todo o mundo, também a Igreja carece de renovação: “(A Igreja) tem necessidade da vossa fé, do vosso idealismo, da vossa generosidade… Cada cristão recebeu um dom que há-de ser usado para edificar o Corpo de Cristo. A Igreja tem especial necessidade do dom dos jovens, de todos os jovens…
A versão integral dos discursos pronunciados pelo Santo Padre está disponível no site da Santa Sé www.vatican.va e nas várias edições do jornal L'Osservatore Romano.
(Fonte: site Radio Vaticana)
JMJ - Angelus
Preparamo-nos agora para rezar juntos a oração encantadora do Angelus. Nela reflectiremos sobre Maria, jovem mulher em diálogo com o Anjo que, em nome de Deus, A convida a uma particular doação de Si mesma, da sua vida, do seu próprio futuro de mulher e mãe. Podemos imaginar como deveria sentir-Se Maria naquele momento: cheia de trepidação, totalmente baralhada com a perspectiva que Lhe foi apresentada.
(…) Foi o Espírito que Lhe deu a força e a coragem para responder ao chamamento do Senhor. Foi o Espírito que A ajudou a compreender o grande mistério que estava para se realizar por meio d’Ela. Foi o Espírito que A envolveu com o seu amor, tornando-A capaz de conceber no seu ventre o Filho de Deus.
(…) Foram muitas as dificuldades com que Maria Se debateu ao enfrentar as consequências daquele «sim» dito ao Senhor. Simeão profetizou que uma espada haveria de trespassar-Lhe o coração. Quando Jesus tinha doze anos, Ela experimentou os piores íncubos que um progenitor pode viver: durante três dias, teve de aguentar o extravio do Filho. E, depois da actividade pública de Jesus, Ela sofreu a agonia de presenciar a sua crucifixão e morte. Através das várias provações, manteve-Se sempre fiel à sua promessa, sustentada pelo Espírito de fortaleza. E foi por isso mesmo recompensada com a glória.
Queridos jovens, também nós devemos permanecer fiéis ao «sim» com que acolhemos a oferta de amizade feita pelo Senhor. Sabemos que Ele nunca nos abandonará. (…) E agora, voltemo-nos para Ela e peçamos-Lhe que nos guie no meio das dificuldades para permanecermos fiéis àquele relacionamento vital que Deus estabeleceu com cada um de nós. Maria é o nosso exemplo e a nossa inspiração. Que Ela interceda por nós junto do seu Filho e, com amor materno, nos proteja dos perigos!
Depois do Angelus
Chegou agora o momento de dizermos «Adeus», ou melhor, «Até à próxima». A todos vos agradeço por terdes participado na Jornada Mundial da Juventude 2008, aqui em Sidney, e espero voltar a ver-vos daqui a três anos. A Jornada Mundial da Juventude de 2011 terá lugar em Madrid, Espanha. Até lá, rezemos uns pelos outros, e prestemos a Cristo o nosso jubiloso testemunho diante do mundo. Que Deus vos abençoe a todos!
Bento XVI dirigiu depois saudações aos jovens nas suas linguas: esta a saudação em português.
Amados jovens de língua portuguesa, queridos amigos em Cristo! Sabeis que Jesus não vos quer sozinhos; disse Ele: «Eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Consolador para estar convosco para sempre, o Espírito da verdade (…) que vós conheceis, porque habita convosco e está em vós» (Jo 14, 16-17). É verdade! Sobre vós desceu uma língua de fogo do Pentecostes: é a vossa marca de cristãos. Mas não foi para a guardardes só para vós, porque «a manifestação do Espírito é dada a cada um para proveito comum» (1 Cor 12, 7). Levai este Fogo santo a todos os cantos da terra. Nada e ninguém O poderá apagar, porque desceu do céu. Tal é a vossa força, caros jovens amigos! Por isso, vivei do Espírito e para o Espírito!
A versão integral dos discursos pronunciados pelo Santo Padre está disponível no site da Santa Sé www.vatican.va e nas várias edições do jornal L’Osservatore Romano.
(Fonte: site Radio Vaticana)
A visão de Deus
«Poderás então ver-Me por detrás. Quanto à face, ela não pode ser vista»
(Livro do Êxodo, 33, 23)
«Ninguém jamais viu a Deus. O Filho único que está no seio do Pai é que O deu a conhecer.»
(Jo 1,18)
«Em Jesus, cumpriu-se a promessa do novo profeta. N’Ele realizou-se agora plenamente o que em Moisés se encontrava apenas de modo imperfeito: Ele vive na presença de Deus, não apenas como amigo, mas como Filho; vive em profunda unidade com o Pai».
(“Jesus de Nazaré” – Joseph Ratzinger / Bento XVI)
A nós, enquanto peregrinarmos na Terra, só saber que Ele existe e O podermos amar além dialogar através da oração, é um grande consolo, mas maior é ainda a esperança / certeza de que está ao nosso alcance conhecê-Lo no Seu Reino se de tal formos tidos como merecedores.
Bom Domingo!
(JPR)