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segunda-feira, 13 de abril de 2009
A Solidão de Bento XVI
É muito bom que este olhar crítico, de bons observadores, seja a constatação de que a Sociedade quer, precisa e exige uma Igreja interveniente como luz, sal e fermento! Tudo isto para que a Igreja possa realizar uma missão de denúncia salutar e de anúncio feliz para um Mundo justo, fraterno e solidário, respeitando e fomentando a dignidade das pessoas e os direitos fundamentais de todas elas, sem excepção de idade, de cor, de condição social, de mundo em que vivam…
Vem isto a propósito de grandes caixas, títulos e reflexões sobre a “solidão de Bento XVI”. Apontam, em “lógica” e em “coerência”, possíveis falhas de unidade em afirmações desenquadradas de contexto, de tempo e de sentido, sobre o que há de mais diferente – e tantas vezes acessório – nas posições, tidas por alguém, mais próximo ou mais distante do Papa Ratzinger…
Felizmente que tudo é notado na Igreja, mesmo o que se diz sobre um tema “menor”. Quero voltar a desejar que seja porque a Igreja é importante, respeitada e escutada: na sua missão, doutrina e posições sobre as pessoas e a sociedade. Porque falta de unidade e de comunhão no essencial… não se divisa. Falta de coordenação “logística” ou jornalística? – a Igreja é também humana e, assim: aprende, cresce, vive, sofre e erra…
Solidão? É normal em todos aqueles que assumem no mundo e, também, na Igreja, obrigações de organizar e coordenar a vida, de estabelecer comunhão, de discernir nas diferenças e opções necessárias, de decidir em situação última (depois de percorridas as instâncias e etapas de diálogo, de procura e de elaboração). A solidão do último responsável é natural face à verdade, face à fidelidade, face à responsabilidade, face à diversidade, face à necessidade, face à caridade… Sobretudo na Igreja, quando é essencial a comunhão com Deus e com os homens.
Todos os Cristãos – Leigos, Religiosos, Sacerdotes, Bispos ou Cardeais – temos a noção do sentido e da importância da missão do Papa na Igreja e do apoio, respeito, atenção, unidade e comunhão que lhe devemos. Temos a certeza, também, da presença e da assistência do Espírito de Deus que acompanha, orienta e guia as pessoas que, de coração aberto, vivem, com amor, o Evangelho como a Boa Nova para os tempos e as pessoas de cada hoje. Nas pessoas, guiadas e assistidas pelo Espírito Santo, a primeira, com um Ministério todo ele especial e único, é o Papa – hoje, Bento XVI. Nunca está só porque, para além desta assistência divina e sobrenatural, tem todos os canais intermédios de corresponsabilidade e de comunhão, criados pelo Concílio Ecuménico do Vaticano II, que o Papa reúne, ouve e respeita. O Vaticano – Sede visível da Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica – tem todo um conjunto de pessoas, nos diversos ministérios eclesiais, com vários representantes em todo o mundo que servem, permanentemente, a Verdade na Caridade, em ordem ao bem comum de toda a Igreja, na sua missão de realizar, hoje e sempre, a vontade de Deus.
Solidão do Papa porque os Cristãos (Leigos, Religiosos, Sacerdotes, Bispos ou Cardeais) não estão com ele? Não. A Unidade Colegial – na Comunhão e na Corresponsabilidade – e a missão do Papa nesta Unidade e em toda a Igreja são 2 dos maiores bens que a Igreja tem e que o Vaticano II aprofundou (ao jeito do Colégio dos 12 Apóstolos e da Igreja nascente) e que não estão a saldo.
12 de Abril – Páscoa 2009
Ilídio Leandro – Bispo de Viseu
(Finte: site Diocese de Viseu em http://www.diocesedeviseu.pt/site/index.php?name=News&file=article&sid=66 destaques da responsabilidade de JPR)
Bento XVI - Regina Coeli de Segunda-feira do Anjo na Oitava de Páscoa
Toda a semana de Páscoa constitui como que um prolongado e festivo domingo de Ressurreição. Em Itália, como também em alguns outros países, esta segunda-feira é feriado. Na residência de Castelgandolfo, onde se encontra para alguns breves dias de repouso, Bento XVI acolheu ao meio-dia os fiéis locais e os peregrinos que ali se deslocaram, para a recitação comum da antífona mariana do tempo pascal “Regina Coeli”. Na costumada alocução prévia, o Santo Padre recordou que “nestes dias pascais ouviremos muitas vezes ressoar as palavras de Jesus: Ressuscitei e estou sempre contigo. Em eco a este anúncio, a Igreja proclama exultante: Sim, temos a certeza! O Senhor ressuscitou verdadeiramente! Alleluia! A Ele glória e poder pelos séculos dos séculos.”
“O Filho do homem, crucificado, pedra rejeitada pelos construtores, tornou-se o sólido alicerce do novo edifício espiritual que é a Igreja, seu Corpo místico. O povo de Deus, que tem Cristo como seu chefe visível, está destinado a crescer no decurso dos séculos, até ao pleno cumprimento do plano da salvação. Então, toda a humanidade n’Ele será incorporada, e toda a realidade existente será compenetrada da sua vitória total”.
“Alegra-se, portanto, a comunidade cristã (prosseguiu o Papa) porque a ressurreição do Senhor nos assegura que o plano divino da salvação se realizará certamente”.
“É por isso que a sua Páscoa é verdadeiramente a nossa esperança. E nós, ressuscitados com Cristo mediante o Baptismo, devemos segui-lo agora fielmente em santidade de vida, caminhando sem descanso em direcção à Páscoa eterna, sustentados pela consciência de que as dificuldades, as lutas, as provações, os sofrimentos da existência humana, incluindo a morte, já nunca mais nos poderão separar d’Ele e do seu amor”.
A concluir, Bento XVI observou que é sobretudo na Eucaristia que se realiza a promessa de Jesus – “ressuscitei e estou sempre contigo”. Em cada celebração eucarística se faz a experiência da sua presença viva:
“No Sacramento da Eucaristia, o Senhor ressuscitado purifica-nos das nossas culpas; alimenta-nos espiritualmente e infunde-nos vigor para sustentarmos as duras provações da existência e para lutarmos contra o pecado e o mal.”
(Fonte: Radio Vaticana)
São Josemaría Escrivá em 13 de Abril de 1973
(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/showevent.php?id=1425 )
2009 – ("muda-lhes os nomes e esta é a tua história" – Karl Marx)
PS: As frases entre aspas, mais inspiradas, são do 1984 de George Orwell. As menos inspiradas são de 2009. Quanto ao mais, como Marx diz no Capital, "muda-lhes os nomes e esta é a tua história".
Mário Crespo
(Fonte: site Jornal de Notícias do Porto)
NOTA: aparentemente não tem nada a ver com espírito deste blogue, só que o “Partido Interno” sempre que pode, envia, além de jornalistas, cristãos e a sua fé para o Ministério da Verdade)
No caminho de Emaús
Disse-lhes Ele:
«Que palavras são essas que trocais entre vós, enquanto caminhais?»
Pararam entristecidos. E um deles, chamado Cléofas, respondeu:
«Tu és o único forasteiro em Jerusalém a ignorar o que lá se passou nestes dias!»
Perguntou-lhes Ele:
«Que foi?» Responderam-lhe:
«O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; como os sumos sacerdotes e os nossos chefes o entregaram, para ser condenado à morte e crucificado. Nós esperávamos que fosse Ele o que viria redimir Israel, mas, com tudo isto, já lá vai o terceiro dia desde que se deram estas coisas. É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deixaram perturbados, porque foram ao sepulcro de madrugada e, não achando o seu corpo, vieram dizer que lhes apareceram uns anjos, que afirmavam que Ele vivia. Então, alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas, a Ele, não o viram.» (Luc 24, 13-24)
(Foto: site do Santuário de Fátima - Via Lucis)
"Gaude et laetare, Virgo Maria, alleluia, quia surrexit Dominus vere, alleluia”
Os apóstolos estavam completamente descrentes desta possibilidade, reveladora de um poder insuspeitado por parte de quem a conseguisse realizar. Cristo, cuidadosamente, repetiu-lhes várias vezes que assim iria suceder. Parecia-lhes uma hipótese de tal modo inviável que não Lhe deram ouvidos, ou melhor, não O entenderam, não pensaram nessa hipótese, passando-lhes ao lado a promessa do Mestre.
Acresce ainda que Jesus, para ressuscitar, teve primeiro de morrer ignominiosamente no Calvário, contado entre malfeitores, desacreditado, quanto à sua fama, ao seu poder e à sua honra. Morrer numa cruz não era uma prova evidente de que o Galileu, que tanta gente atraiu para Si, não passava de um embusteiro? Ou seriam os chefes religiosos dos judeus tão maldosos e incompetentes que pedissem a condenação à morte mais vergonhosa daqueles tempos para Cristo?
Decerto que tudo isto poderia ter passado pela cabeça dos apóstolos. Mas mais os feria ainda outro facto, que não eram capazes de perceber: Jesus, que sempre saíra vitorioso dos embates com os chefes judeus, encontrava-se ali numa cruz, cheio de feridas e de ultrajes. Não reagira a nenhuma destas contrariedades. Pelo contrário, sempre Se manteve em silêncio, não protestando e deixando que os seus condenadores agissem da forma que melhor lhes aprouve.
Não seria que toda a sua força e dinâmica realizadora de tantos milagres espantosos se finara? E o que dizer da sua simples e incisiva capacidade oral de desfazer os argumentos contrários com que O atacavam, a não ser que se sumira no abismo da sua dor e da sua incapacidade.
Na Cruz, Cristo aparecia como um derrotado total, sem possibilidade de reacção. Quando a morte O tocou, o que haveriam de concluir aqueles galileus que O seguiram de tão perto, tudo largando e tudo deixando para andar com Ele? Ao fim e ao cabo, o que observavam era a linguagem do falhanço completo, tal como Ele lhes dissera várias vezes: o Filho do Homem "será entregue aos gentios, será escarnecido, ultrajado, cuspido; e depois de O flagelarem, O matarão… (Lc 18, 32-33).
Por isso, dois discípulos de Jesus, que se encaminhavam, desalentados, para a sua terra de Emaús, estavam cabisbaixos, remoendo o desalento brutal que atacava a alma como uma seta dolorosa. E, pior ainda, um dos doze apóstolos, Tomé, não foi capaz de acreditar numa aparição do Senhor já ressuscitado aos companheiros. A sua opinião sobre a impossibilidade da ressurreição é determinada e seca: "Se não vir nas suas mãos a abertura dos cravos, se não meter a minha mão no seu lado, não acreditarei" (Jo 20, 25).
Toda esta falta de fé nas palavras de Cristo seria mais desculpável se Ele nada tivesse dito sobre a sua ressurreição. Mas afirmou-a de forma clara, tão meridiana como a sua previsão da morte. Voltando ao texto de Lucas citado, ele termina assim: "… e ao terceiro dia, ressuscitará".
A verdade que Jesus ensina é tão perfeita como a perfeição de Deus, que Ele é. Não nos engana nem nos quer enganar. Sempre diz a verdade e tudo o que diz cumpre-se, porque a sua vontade tem a omnipotência de Quem é omnipotente. A Ressurreição é, por esta razão, um facto indesmentível. Compete-nos aceitá-La, porque para Deus nada é impossível. E alegremo-nos com o nosso Deus que tem tal poder e o derrama com serena providência sobre toda a humanidade de todos os tempos.
A devoção a Maria pode transformar-se numa verdadeira escola de aprendizagem da nossa confiança em Deus, porque ela nunca pôs em causa a Ressurreição do seu Filho. Peçamos-lhe a Fé, que sempre precisamos, para ver a realidade com olhos sobrenaturais.
(Pe. Rui Rosas da Silva – Prior da Paróquia de Nossa Senhora da Porta Céu em Lisboa in Boletim Paroquial de Abril, selecção do título da responsabilidade do autor do blogue)
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
«Vai ter com os meus irmãos e diz-lhes que subo para o meu Pai, que é vosso Pai, para o meu Deus, que é vosso Deus» (Jo 20, 17)
Na atmosfera da alegria pascal, a liturgia conduz-nos ao sepulcro onde, como nos conta São Mateus, Maria de Magdala e a outra Maria, conduzidas pelo amor que tinham por Jesus, tinham ido visitar o seu túmulo. O evangelista narra que Ele veio ao encontro delas e que lhes disse: «Não temais, ide anunciar aos meus irmãos que devem ir até à Galileia; lá me verão.» Foi realmente uma alegria indescritível que elas demonstraram ao rever o Senhor e, cheias de entusiasmo, foram a correr participar o acontecimento aos discípulos.
A ressurreição repete-nos a nós também, como a estas mulheres que permaneceram junto de Jesus durante a Sua paixão, que não tenhamos medo de nos tornarmos mensageiros para anunciar a ressurreição. Aquele que encontra Jesus ressuscitado e que se entrega a Ele docilmente não tem nada a temer. Tal é a mensagem que os cristãos são chamados a difundir até aos confins da terra. A fé cristã, como sabemos, nasce, não da aceitação de uma doutrina, mas do encontro com uma pessoa, com Cristo morto e ressuscitado. Na nossa existência quotidiana, temos diversas ocasiões de comunicar a nossa fé aos outros de uma maneira simples e convicta, de tal forma que a fé possa nascer neles devido à nossa atitude.
(Fonte: “Evangelho Quotidiano”)
O Evangelho do dia 13 de Abril de 2009
São Mateus 28, 8-15
Naquele tempo,
Maria Madalena e a outra Maria,
que tinham ido ao túmulo do Senhor,
afastaram-se a toda a pressa,
cheias de temor e de grande alegria,
e correram a levar aos discípulos a notícia da Ressurreição.
Entretanto, Jesus saiu ao seu encontro e saudou-as.
Elas aproximaram-se, abraçaram-Lhe os pés
e prostraram-se diante d’Ele.
Disse-lhes então Jesus:
«Não temais.
Ide avisar os meus irmãos que devem ir para a Galileia.
Lá Me verão».
Enquanto elas iam a caminho,
alguns dos guardas foram à cidade
participar aos príncipes dos sacerdotes
tudo o que tinha acontecido.
Estes reuniram-se com os anciãos
e, depois de terem deliberado,
deram aos soldados uma soma avultada de dinheiro,
com esta recomendação: «Dizei:
‘Os discípulos vieram de noite roubá-l’O,
enquanto nós estávamos a dormir’.
Se isto chegar aos ouvidos do governador,
nós o convenceremos e faremos que vos deixem em paz».
Eles receberam o dinheiro
e fizeram como lhes tinham ensinado.
Foi este o boato que se divulgou entre os judeus,
até ao dia de hoje.