Obrigado, Perdão Ajuda-me
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Obrigado por Ti querido Jesus...
... pois sem Ti Pedro, Madalena, Paulo, Agostinho, Tomás, Catarina, Teresa, Clara, Brígida, Josemaría e todos os Santos e Santas ser-me-iam desconhecidos e o exemplo e amor deles por Deus Nosso Senhor não me seria dado a conhecer e a viver.
Que influência teve São João Baptista em Jesus? - Respondem os especialistas da Universidade de Navarra
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“Bendita perseverança a do burrico”
Se não for para construir uma obra muito grande, muito de Deus – a santidade –, não vale a pena entregar-se. Por isso, a Igreja, ao canonizar os Santos, proclama a heroicidade da sua vida. (Sulco, 611)
Se a vida não tivesse por fim dar glória a Deus, seria desprezível; mais ainda, detestável. (Caminho, 783)
Bendita perseverança a do burrico de nora! – Sempre ao mesmo passo. Sempre as mesmas voltas. – Um dia e outro; todos iguais.
Sem isso, não haveria maturidade nos frutos, nem louçania na horta, nem o jardim teria aromas.
Leva este pensamento à tua vida interior. (Caminho, 998)
Qual é o segredo da perseverança? O Amor. – Enamora-te. e não "O" deixarás. (Caminho, 999)
A entrega é o primeiro passo de uma corrida de sacrifício, de alegria, de amor, de união com Deus. E, assim, toda a vida se enche de uma bendita loucura, que faz encontrar felicidade onde a lógica humana não vê senão negação, padecimento, dor. (Sulco, 2)
– Qual é o fundamento da nossa fidelidade?
– Dir-te-ia, a traços largos, que se baseia no amor de Deus, que faz vencer todos os obstáculos: o egoísmo, a soberba, o cansaço, a impaciência...
Um homem que ama calca-se a si próprio; sabe que, até amando com toda a sua alma, ainda não sabe amar bastante. (Forja, 532)
Bento XVI ao Corpo Diplomático: “O respeito da pessoa deve estar no centro das instituições e das leis, conduzindo ao fim de toda a violência”
Foi um discurso amplo, passando em revista o mundo inteiro, o que Bento XVI dirigiu nesta manhã aos Embaixadores junto da Santa Sé, recebidos no Vaticano, como é tradicional, no princípio de janeiro, para a apresentação de votos de Ano novo.
Especial destaque foi reservado pelo Papa ao continente africano, com os seus diferentes focos de crise e de preocupação, assim como ao Médio Oriente, na sequência do movimento predominantemente juvenil e espontâneo que levou à queda de diversos regimes e à realização de eleições.
Moçambique foi o único país lusófono expressamente citado, a propósito do recente Acordo com a Santa Sé, cuja ratificação Bento XVI fez votos possa ter lugar em breve, como já aconteceu com idêntico Acordo assinado também em 2011 com o Azerbeijão.
Congratulou-se também com a admissão da Santa Sé, como membro de pleno direito na Organização Internacional das Migrações, sinal do empenho da Igreja Católica neste campo:
“Tal testemunha o empenho da Santa Sé e da Igreja Católica ao lado da comunidade internacional na busca de soluções adequadas para este fenómeno que apresenta múltiplos aspetos, desde a proteção da dignidade das pessoas à preocupação pelo bem comum das comunidades que as recebem e daquelas de onde provêm”.
Uma saudação especial, reservou-a o Papa ao Sudão do Sul, constituído em Julho como Estado soberano. Referindo também as “tensões e confrontos infelizmente ali verificados nos últimos meses, Bento XVI fez votos de que “todos unam esforços para que se abra finalmente, para as populações do Sudão e do Sudão do Sul, um período de paz, de liberdade e de desenvolvimento”.
CONTINUE A LER A NOTÍCIA E VEJA O VÍDEO ALUSIVO COM LOCUÇÃO EM INGLÊS CLICANDO ABAIXO. OBRIGADO!
Especial destaque foi reservado pelo Papa ao continente africano, com os seus diferentes focos de crise e de preocupação, assim como ao Médio Oriente, na sequência do movimento predominantemente juvenil e espontâneo que levou à queda de diversos regimes e à realização de eleições.
Moçambique foi o único país lusófono expressamente citado, a propósito do recente Acordo com a Santa Sé, cuja ratificação Bento XVI fez votos possa ter lugar em breve, como já aconteceu com idêntico Acordo assinado também em 2011 com o Azerbeijão.
Congratulou-se também com a admissão da Santa Sé, como membro de pleno direito na Organização Internacional das Migrações, sinal do empenho da Igreja Católica neste campo:
“Tal testemunha o empenho da Santa Sé e da Igreja Católica ao lado da comunidade internacional na busca de soluções adequadas para este fenómeno que apresenta múltiplos aspetos, desde a proteção da dignidade das pessoas à preocupação pelo bem comum das comunidades que as recebem e daquelas de onde provêm”.
Uma saudação especial, reservou-a o Papa ao Sudão do Sul, constituído em Julho como Estado soberano. Referindo também as “tensões e confrontos infelizmente ali verificados nos últimos meses, Bento XVI fez votos de que “todos unam esforços para que se abra finalmente, para as populações do Sudão e do Sudão do Sul, um período de paz, de liberdade e de desenvolvimento”.
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Emoção e fé no Santuário de Fátima - Pescadores de Caxinas ofereceram terço a Nossa Senhora
Na manhã de 7 de Janeiro, os seis pescadores de Caxinas resgatados do mar a 2 de Dezembro de 2011 peregrinaram ao Santuário de Fátima, cumprindo assim a promessa de agradecer as suas vidas a Nossa Senhora.
No final da recitação do rosário, às 12:30 na Capelinha das Aparições, o mestre da embarcação que naufragou ao largo da Figueira da Foz, José Coentrão, subiu ao altar e entregou nas mãos do sacerdote ao serviço do Santuário, o Padre Manuel Santos José, o singelo terço de plástico com o qual os pescadores rezaram o rosário nas cercas de 60 horas em que estiveram perdidos em alto mar. Um ramo de flores acompanhou a caixa de madeira em que o terço foi colocado.
Atrás da capelinha, uma outra oferta, que talvez tenha passado despercebida a muitos, foi deixada no local onde habitualmente são depositadas as flores para Nossa Senhora: uma réplica em pequenas dimensões da embarcação naufragada “Virgem do Sameiro”.
No momento da oferta do terço, o pároco de Caxinas recordou o naufrágio e salvamento dos pescadores de Caxinas.
“Rezavam a Nossa Senhora de Fátima agarrados a um terço que um tripulante levava ao pescoço”, recordou Mons. Domingos de Araújo que acompanhou o numeroso grupo, de mais de 500 pessoas, que peregrinou com os pescadores a Fátima.
“Estamos aqui para mostrar a nossa alegria aos pescadores resgatados e o nosso reconhecimento à Virgem Mãe”, afirmou o pároco.
A alegria sentida naquele momento ouviu-se com uma sonora salva de palmas.
Levastes convosco uma arma poderosa, o terço
Logo após, todo o grupo, que incluía os autarcas de Vila do Conde e da freguesia de Caxinas, e também os dois pilotos do helicóptero da Força Aérea que resgataram os seis homens, participou na eucaristia de ação de graças.
O mestre Coentrão leu a Primeira Leitura.
Na homilia, o padre Manuel Santos José, que presidiu à celebração, sublinhou a força da oração, o sentido de responsabilidade dos pescadores e o seu apego à vida.
Sobre a entrega a Nossa Senhora do terço com que rezaram no tempo em que estiveram no mar, o sacerdote disse: "Mas levastes convosco uma arma poderosa, capaz de vencer todas as batalhas, agarrastes-vos a ela e nela encontrastes força para vos manterdes unidos e para viverdes essas horas amargas em admirável espírito de solidariedade e de fraternidade: um por todos e todos por um".
“Agistes com sentido de responsabilidade. Fizestes tudo o que podíeis fazer, esperastes que Deus fizesse o resto e assim aconteceu. Repito, para os cristãos não há acasos, mas também não há demissões. (…) Louvo a Deus pela vossa fé. A humanidade, no vosso gesto, ficou engrandecida”, disse o sacerdote.
Faça o país o que fizeram estes pescadores e não se afundará
Na sua reflexão, o padre Manuel Santos José comparou o naufrágio à situação atual do país.
“Grande parábola para o nosso país mergulhado em crise económica, financeira e de valores, tomado pelo medo, pânico”, disse, explicando: “Ninguém quer perder nada com os seus direitos adquiridos, ninguém quer dar nada de seu; os outros que deem, os outros que se sacrifiquem”.
“Faça o país o que fizeram estes bravos pescadores e o país não se afundará”, concluiu.
Boletim Informativo do Santuário de Fátima 02/2012
Cavaleiro do Apocalipse
O ensaísta britânico Christopher Hitchens faleceu a 15 de Dezembro. Estranhamente todos os seus obituários na imprensa fizeram questão de sublinhar como o autor morrera bem, rodeado pela família e amigos. Isto não costuma encontrar-se nos elogios fúnebres.
A importância da serenidade do óbito vem de Hitchens ser famoso como líder do "novo ateísmo". Pertencia até aos auto-apelidados "quatro cavaleiros do Apocalipse", com os americanos Daniel Dennett e Sam Harris e o britânico Richard Dawkins (manifestando aliás algum paroquialismo e imperialismo anglófono, ao omitir autores influentes de outras culturas). O traço principal do grupo não é o ateísmo, bastante comum, mas o violento e persistente ataque à religião. O que os marca não é aquilo em que acreditam, mas a insistência em criticar os que discordam. A própria referência aos cavaleiros (no original, como se sabe, peste, guerra, fome e morte) mostra o elemento negativo.
O ateísmo é a doutrina religiosa com o dogma de que Deus não existe. Embora se considere científica é uma crença como as demais, pois relativamente à divindade o ser humano nada conhece. A única coisa que podemos é formular convicções. Eu acredito que Deus existe, Hitchens tinha a certeza que não, mas ninguém realmente sabe. Um dia veremos, mas então será demasiado tarde.
O ser humano vive na sua natureza o drama fundamental de não compreender o sentido do mundo e da vida. De onde vim? Para onde vou? Que estou aqui a fazer? Somos os únicos a colocar estas questões, sofrendo a dor de não saber a resposta, da qual depende crucialmente o nosso quotidiano. Para viver todos os dias seria decisivo entender a finalidade última da realidade, que ignoramos. Por isso, relativamente ao sentido da existência e à identidade de Deus, todos estamos na posição da fé. Formulamos crenças e apostamos nelas a nossa vida.
Naturalmente que só podemos fundar a nossa actividade em algo que tomamos como verdadeiro. As bases da nossa existência, mesmo se nunca conhecidas com certeza, têm de ser os pontos mais firmes da nossa identidade. Por isso se defende com mais afinco aquilo em que se acredita do que o que sabemos com segurança. Há mais calor na proclamação da justiça que do vento. Isso torna sempre difícil lidar com as pessoas que centram a sua existência em referências diferentes. Não é nada fácil conversar com alguém que defende princípios radicalmente opostos aos nossos. Imagine-se o embaraço no convívio com promotores do canibalismo, escravatura ou poluição. Por isso é tão comum perder o respeito pela posição alheia, agredindo-a, retórica ou fisicamente. As seculares dificuldades no diálogo inter-religioso nascem disto.
Mas existe aqui uma assimetria curiosa. Se eu escrever algo contra uma fé alheia ou atacar o ateísmo, sou intolerante e fanático. Mas um ateu que critique abertamente a religião e até faça disso carreira profissional, manifesta liberdade de expressão. Durante muito tempo atacar a Igreja era, não perseguição e chauvinismo, mas suprema prova de democracia e humanismo. Os mais ferozes anticlericais chamavam a si mesmos "livre pensadores".
O "novo ateísmo" caracteriza-se precisamente por esta dureza contra a religião, o que é compreensível por várias razões. Primeiro por ser comum em crenças pequenas e inseguras. Depois porque este novo ateísmo tem de viver na evidência do fiasco do antigo. Até há cem anos todos os pensadores cépticos acreditavam piamente na morte próxima da religião e num futuro ateu, crença que falhou redondamente.
Acima de tudo, o ateísmo é a certeza de que a vida não tem sentido e a morte é o nada. Por isso era tão importante observar o fim de Christopher Hitchens. Este autor, a quem os conhecidos descrevem com uma personalidade encantadora, sabe agora se a sua aposta é certa ou errada. Como pessoa religiosa, rezo sinceramente pela alma que ele achava não ter. Faço-o confiante no sentido de humor do Senhor do universo, que deve esmerar-se em receber com especial delicadeza aqueles que pessoalmente O negam.
JOÃO CÉSAR DAS NEVES in DN online
A importância da serenidade do óbito vem de Hitchens ser famoso como líder do "novo ateísmo". Pertencia até aos auto-apelidados "quatro cavaleiros do Apocalipse", com os americanos Daniel Dennett e Sam Harris e o britânico Richard Dawkins (manifestando aliás algum paroquialismo e imperialismo anglófono, ao omitir autores influentes de outras culturas). O traço principal do grupo não é o ateísmo, bastante comum, mas o violento e persistente ataque à religião. O que os marca não é aquilo em que acreditam, mas a insistência em criticar os que discordam. A própria referência aos cavaleiros (no original, como se sabe, peste, guerra, fome e morte) mostra o elemento negativo.
O ateísmo é a doutrina religiosa com o dogma de que Deus não existe. Embora se considere científica é uma crença como as demais, pois relativamente à divindade o ser humano nada conhece. A única coisa que podemos é formular convicções. Eu acredito que Deus existe, Hitchens tinha a certeza que não, mas ninguém realmente sabe. Um dia veremos, mas então será demasiado tarde.
O ser humano vive na sua natureza o drama fundamental de não compreender o sentido do mundo e da vida. De onde vim? Para onde vou? Que estou aqui a fazer? Somos os únicos a colocar estas questões, sofrendo a dor de não saber a resposta, da qual depende crucialmente o nosso quotidiano. Para viver todos os dias seria decisivo entender a finalidade última da realidade, que ignoramos. Por isso, relativamente ao sentido da existência e à identidade de Deus, todos estamos na posição da fé. Formulamos crenças e apostamos nelas a nossa vida.
Naturalmente que só podemos fundar a nossa actividade em algo que tomamos como verdadeiro. As bases da nossa existência, mesmo se nunca conhecidas com certeza, têm de ser os pontos mais firmes da nossa identidade. Por isso se defende com mais afinco aquilo em que se acredita do que o que sabemos com segurança. Há mais calor na proclamação da justiça que do vento. Isso torna sempre difícil lidar com as pessoas que centram a sua existência em referências diferentes. Não é nada fácil conversar com alguém que defende princípios radicalmente opostos aos nossos. Imagine-se o embaraço no convívio com promotores do canibalismo, escravatura ou poluição. Por isso é tão comum perder o respeito pela posição alheia, agredindo-a, retórica ou fisicamente. As seculares dificuldades no diálogo inter-religioso nascem disto.
Mas existe aqui uma assimetria curiosa. Se eu escrever algo contra uma fé alheia ou atacar o ateísmo, sou intolerante e fanático. Mas um ateu que critique abertamente a religião e até faça disso carreira profissional, manifesta liberdade de expressão. Durante muito tempo atacar a Igreja era, não perseguição e chauvinismo, mas suprema prova de democracia e humanismo. Os mais ferozes anticlericais chamavam a si mesmos "livre pensadores".
O "novo ateísmo" caracteriza-se precisamente por esta dureza contra a religião, o que é compreensível por várias razões. Primeiro por ser comum em crenças pequenas e inseguras. Depois porque este novo ateísmo tem de viver na evidência do fiasco do antigo. Até há cem anos todos os pensadores cépticos acreditavam piamente na morte próxima da religião e num futuro ateu, crença que falhou redondamente.
Acima de tudo, o ateísmo é a certeza de que a vida não tem sentido e a morte é o nada. Por isso era tão importante observar o fim de Christopher Hitchens. Este autor, a quem os conhecidos descrevem com uma personalidade encantadora, sabe agora se a sua aposta é certa ou errada. Como pessoa religiosa, rezo sinceramente pela alma que ele achava não ter. Faço-o confiante no sentido de humor do Senhor do universo, que deve esmerar-se em receber com especial delicadeza aqueles que pessoalmente O negam.
JOÃO CÉSAR DAS NEVES in DN online
Renovação
Pai, obrigado por me permitires todos os anos na Vigília Pascal renovar os meus votos baptismais e assim renegar as trevas com que somos permanentemente assediados. Ámen.
Do Catecismo da Igreja Católica (CIC)
§1213. O santo Baptismo é o fundamento de toda a vida cristã, o pórtico da vida no Espírito («vitae spiritualis ianua – porta da vida espiritual») e a porta que dá acesso aos outros sacramentos. Pelo Baptismo somos libertos do pecado e regenerados como filhos de Deus: tornamo-nos membros de Cristo e somos incorporados na Igreja e tornados participantes na sua missão. «Baptismos est sacramentam regeneratiorais per aquam in Verbo – O Baptismo pode definir-se como o sacramento da regeneração pela água e pela Palavra»
A graça de Deus
«Tendo um Filho único, fê-l’O Filho do homem, para que o filho do homem se fizesse filho de Deus. Procura descobrir onde está o teu mérito, de onde procede, qual é a tua justiça. Procura e verás que não consegues encontrar nada que não seja pura graça»
Novos caminhos...
«No mundo grego, paideia é a palavra que melhor corresponde ao nosso conceito de cultura – educação, em seu sentido mais elevado, pois leva os homens a serem verdadeiramente humanos.
Os latinos exprimiram a mesma coisa com a palavra erudito; o homem é arrancado à ‘rudeza’, para ser formado como verdadeiro ser humano. Neste sentido, o Evangelho é por natureza paideia – cultura, contanto que, nesta educação da pessoa humana o Evangelho se una a todas as forças que se propõem modelar o ser humano como comunitário».
«…, é eloquente a narração de São Cipriano de Cartago (†258) deixou da sua conversão à fé cristã. Conta-nos ele que, antes da sua conversão e baptismo, não era capaz de imaginar como seria possível viver como cristão e suplantar os costumes do seu tempo.
Não deixa, a esse respeito, de fornecer uma descrição drástica de tais costumes, que faz lembrar as Sátiras de Juvenal, ao mesmo tempo que também nos leva a pensar no contexto em que os jovens de hoje têm de viver. Será possível ser cristão? Não será esta uma forma de vida ultrapassada? Quantos se desta maneira! – e, realmente, sob o ponto de vista puramente humano, até têm razão. Porém, conforme refere Cipriano, o impossível tornou-se possível pela graça de Deus e pelo Sacramento do novo nascimento, o qual, naturalmente, está concebido em função da situação concreta em que o mesmo se pode tornar eficaz, designadamente, no comum caminhar dos crentes, os quais, desse modo, aplanam um rumo de vida alternativo e manifestam-no como possível».
(Intervenção numa reunião da Conferência Episcopal Italiana sob o tema “Novos caminhos da evangelização no terceiro milénio” em 10/XI/2002 – Joseph Ratzinger)
Os latinos exprimiram a mesma coisa com a palavra erudito; o homem é arrancado à ‘rudeza’, para ser formado como verdadeiro ser humano. Neste sentido, o Evangelho é por natureza paideia – cultura, contanto que, nesta educação da pessoa humana o Evangelho se una a todas as forças que se propõem modelar o ser humano como comunitário».
«…, é eloquente a narração de São Cipriano de Cartago (†258) deixou da sua conversão à fé cristã. Conta-nos ele que, antes da sua conversão e baptismo, não era capaz de imaginar como seria possível viver como cristão e suplantar os costumes do seu tempo.
Não deixa, a esse respeito, de fornecer uma descrição drástica de tais costumes, que faz lembrar as Sátiras de Juvenal, ao mesmo tempo que também nos leva a pensar no contexto em que os jovens de hoje têm de viver. Será possível ser cristão? Não será esta uma forma de vida ultrapassada? Quantos se desta maneira! – e, realmente, sob o ponto de vista puramente humano, até têm razão. Porém, conforme refere Cipriano, o impossível tornou-se possível pela graça de Deus e pelo Sacramento do novo nascimento, o qual, naturalmente, está concebido em função da situação concreta em que o mesmo se pode tornar eficaz, designadamente, no comum caminhar dos crentes, os quais, desse modo, aplanam um rumo de vida alternativo e manifestam-no como possível».
(Intervenção numa reunião da Conferência Episcopal Italiana sob o tema “Novos caminhos da evangelização no terceiro milénio” em 10/XI/2002 – Joseph Ratzinger)
A importância do Baptismo
“Para tal, é necessário que, depois do Baptismo, (estas crianças) sejam educadas na fé, instruídas segundo a sabedoria da Sagrada Escritura e os ensinamentos da Igreja, para que nelas cresça o gérmen da fé que hoje recebem e possam alcançar a plena maturidade em Cristo”.
(...)
“O Baptismo é o início da vida espiritual, que encontra a sua plenitude por meio da Igreja. Na hora propícia do Sacramento, ao mesmo tempo que a Comunidade eclesial reza e confia a Deus um novo filho, os pais e padrinhos comprometem-se acolher o neo-baptizado apoiando-o na formação e educação cristã. É uma grande responsabilidade, que deriva de um grande dom! Desejo portanto encorajar todos os fiéis a redescobrirem a beleza de serem baptizados e de dar um testemunho feliz da própria fé, para que esta gere frutos de bem e de concórdia”.
(Bento XVI - homilia celebrada na Capela Sistina em 09.I.2011)
Vídeo em espanhol
(...)
“O Baptismo é o início da vida espiritual, que encontra a sua plenitude por meio da Igreja. Na hora propícia do Sacramento, ao mesmo tempo que a Comunidade eclesial reza e confia a Deus um novo filho, os pais e padrinhos comprometem-se acolher o neo-baptizado apoiando-o na formação e educação cristã. É uma grande responsabilidade, que deriva de um grande dom! Desejo portanto encorajar todos os fiéis a redescobrirem a beleza de serem baptizados e de dar um testemunho feliz da própria fé, para que esta gere frutos de bem e de concórdia”.
(Bento XVI - homilia celebrada na Capela Sistina em 09.I.2011)
Vídeo em espanhol
Através do Baptismo fundimo-nos com o Senhor
«Sepultemo-nos com Cristo pelo Baptismo, para com Ele ressuscitarmos; desçamos com Ele, para com Ele sermos elevados; tornemos a subir com Ele, para n'Ele sermos glorificados»
(Oratio 40, 9 - São Gregório Nazianzeno)
(Oratio 40, 9 - São Gregório Nazianzeno)
«Os teus pensamentos não são os de Deus, mas os dos homens.»
Pedro considera os sofrimentos e a morte de Cristo de um ponto de vista puramente natural e humano, e esta morte parece-lhe indigna de Deus, vergonhosa para a Sua glória. Cristo repreende-o e parece dizer-lhe: «Não, o sofrimento e a morte não são indignos de Mim. As ideias mundanas baralham e confundem a tua capacidade de ajuizar. Afasta essas ideias humanas; ouve as Minhas palavras do ponto de vista dos desígnios do meu Pai, e compreenderás que esta morte é a única que convém à Minha glória. Julgas que é uma vergonha para Mim sofrer? Pois quero que saibas que é vontade do diabo que Eu não cumpra assim o plano da salvação.» [...]
Que ninguém core devido aos sinais da nossa salvação, que são tão dignos de veneração e de adoração; a cruz de Cristo é a fonte de todo o bem. E através dela que nós vivemos, que somos regenerados e salvos. Carreguemos a cruz como uma coroa de glória. Ela põe a sua marca em tudo o que nos conduz à salvação: quando somos regenerados pelas águas do baptismo, a cruz lá está; quando nos aproximamos do altar para receber o Corpo e o Sangue do Salvador, lá está; quando impomos as mãos sobre os eleitos do Senhor, lá está. O que quer que façamos, ela aparece, como sinal de vitória para nós. Eis a razão porque a pomos nas nossas casas, nas nossas paredes, nas nossas portas; porque fazemos esse sinal na testa e no peito; porque a trazemos no coração. Pois ela é o símbolo da nossa redenção e da nossa libertação, e da misericórdia infinita de Nosso Senhor.
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia e depois Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho de São Mateus, n° 54
Que ninguém core devido aos sinais da nossa salvação, que são tão dignos de veneração e de adoração; a cruz de Cristo é a fonte de todo o bem. E através dela que nós vivemos, que somos regenerados e salvos. Carreguemos a cruz como uma coroa de glória. Ela põe a sua marca em tudo o que nos conduz à salvação: quando somos regenerados pelas águas do baptismo, a cruz lá está; quando nos aproximamos do altar para receber o Corpo e o Sangue do Salvador, lá está; quando impomos as mãos sobre os eleitos do Senhor, lá está. O que quer que façamos, ela aparece, como sinal de vitória para nós. Eis a razão porque a pomos nas nossas casas, nas nossas paredes, nas nossas portas; porque fazemos esse sinal na testa e no peito; porque a trazemos no coração. Pois ela é o símbolo da nossa redenção e da nossa libertação, e da misericórdia infinita de Nosso Senhor.
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia e depois Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho de São Mateus, n° 54
S. Josemaría Escrivá nesta data há 110 anos (1902)
Josemaría nasce em Barbastro, em 1902, no final de um dia de Inverno, por volta das dez da noite:
“Deus Nosso Senhor quis que eu nascesse num lar cristão, como costumam ser os lares do meu país, de pais exemplares que praticavam e viviam a sua fé, dando-me desde pequeno uma liberdade muito grande, mas sabendo ao mesmo tempo, vigiar-me com atenção. Procuravam dar-me uma formação cristã”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
“Deus Nosso Senhor quis que eu nascesse num lar cristão, como costumam ser os lares do meu país, de pais exemplares que praticavam e viviam a sua fé, dando-me desde pequeno uma liberdade muito grande, mas sabendo ao mesmo tempo, vigiar-me com atenção. Procuravam dar-me uma formação cristã”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
O Dom que nos é concedido
«Na Igreja, como comunidade do Povo de Deus guiada pelo Espírito Santo, cada um tem o seu próprio dom, como ensina São Paulo. Este dom, apesar de ser uma vocação pessoal e uma forma de participação na tarefa salvífica da Igreja, serve ao mesmo tempo os outros, constrói a Igreja e as comunidades fraternas, nas várias esferas da existência humana sobre a terra»
(Redemptor hominis, nº 21 – João Paulo II)
(Redemptor hominis, nº 21 – João Paulo II)
«Então o céu rasgou-se»
Cristo é iluminado pelo baptismo, resplandeçamos com Ele; Ele é mergulhado na água, desçamos com Ele para emergir com Ele. [...] João está a baptizar e Jesus aproxima-Se: talvez para santificar aquele que O vai baptizar; certamente para sepultar o velho Adão no fundo da água. Mas, antes disso e com vista a isso, Ele santifica o Jordão. E, como Ele é espírito e carne, quer poder iniciar pela água e pelo Espírito. [...] Eis Jesus que emerge da água. Com efeito, Ele carrega o mundo; fá-lo subir conSigo. «Ele vê os céus rasgarem-se e abrirem-se» (Mc 1,10), ao passo que Adão os tinha fechado, para si e para a sua descendência, quando foi expulso do paraíso que a espada de fogo defendia.
Então o Espírito revela a Sua divindade, pois dirige-Se para Aquele que tem a mesma natureza. Uma voz desce do céu para dar testemunho Daquele que do céu vinha; e, sob a aparência de uma pomba, honra o corpo, pois Deus, ao mostrar-Se sob uma aparência corpórea, diviniza igualmente o corpo. Foi assim que, muitos séculos antes, uma pomba veio anunciar a boa nova do fim do Dilúvio (Gn 8,11). [...]
Quanto a nós, honremos hoje o baptismo de Cristo e celebremos esta festa de um modo irrepreensível. [...] Sede inteiramente purificados e purificai-vos sempre. Pois nada dá tanta alegria a Deus como a recuperação e a salvação do homem: é para isso que tendem todas estas palavras e todo este mistério. Sede «como fontes de luz no mundo» (Fil 2,15), uma força vital para os outros homens. Como luzes perfeitas secundando a grande Luz, iniciai-vos na vida de luz que está no céu; sede iluminados com mais claridade e brilho pela Santíssima Trindade.
São Gregório de Nazianzo (330-390), bispo e Doutor da Igreja
Homilia 39, para a festa das Luzes
Então o Espírito revela a Sua divindade, pois dirige-Se para Aquele que tem a mesma natureza. Uma voz desce do céu para dar testemunho Daquele que do céu vinha; e, sob a aparência de uma pomba, honra o corpo, pois Deus, ao mostrar-Se sob uma aparência corpórea, diviniza igualmente o corpo. Foi assim que, muitos séculos antes, uma pomba veio anunciar a boa nova do fim do Dilúvio (Gn 8,11). [...]
Quanto a nós, honremos hoje o baptismo de Cristo e celebremos esta festa de um modo irrepreensível. [...] Sede inteiramente purificados e purificai-vos sempre. Pois nada dá tanta alegria a Deus como a recuperação e a salvação do homem: é para isso que tendem todas estas palavras e todo este mistério. Sede «como fontes de luz no mundo» (Fil 2,15), uma força vital para os outros homens. Como luzes perfeitas secundando a grande Luz, iniciai-vos na vida de luz que está no céu; sede iluminados com mais claridade e brilho pela Santíssima Trindade.
São Gregório de Nazianzo (330-390), bispo e Doutor da Igreja
Homilia 39, para a festa das Luzes
Festa do Baptismo do Senhor
A liturgia desta festa tem como cenário de fundo o projecto salvador de Deus. No baptismo de Jesus nas margens do Jordão, revela-se o Filho amado de Deus, que veio ao mundo enviado pelo Pai, com a missão de salvar e libertar os homens. Cumprindo o projecto do Pai, Ele fez-se um de nós, partilhou a nossa fragilidade e humanidade, libertou-nos do egoísmo e do pecado e empenhou-Se em promover-nos, para que pudéssemos chegar à vida em plenitude.
A primeira leitura anuncia um misterioso “Servo”, escolhido por Deus e enviado aos homens para instaurar um mundo de justiça e de paz sem fim… Investido do Espírito de Deus, Ele concretizará essa missão com humildade e simplicidade, sem recorrer ao poder, à imposição, à prepotência, pois esses esquemas não são os de Deus.
No Evangelho, aparece-nos a concretização da promessa profética: Jesus é o Filho/“Servo” enviado pelo Pai, sobre quem repousa o Espírito, e cuja missão é realizar a libertação dos homens. Obedecendo ao Pai, Ele tornou-se pessoa, identificou-se com as fragilidades dos homens, caminhou ao lado deles, a fim de os promover e de os levar à reconciliação com Deus, à vida em plenitude.
A segunda leitura reafirma que Jesus é o Filho amado que o Pai enviou ao mundo para concretizar um projecto de salvação; por isso, Ele “passou pelo mundo fazendo o bem” e libertando todos os que eram oprimidos. É este o testemunho que os discípulos devem dar, para que a salvação que Deus oferece chegue a todos os povos da terra.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
A primeira leitura anuncia um misterioso “Servo”, escolhido por Deus e enviado aos homens para instaurar um mundo de justiça e de paz sem fim… Investido do Espírito de Deus, Ele concretizará essa missão com humildade e simplicidade, sem recorrer ao poder, à imposição, à prepotência, pois esses esquemas não são os de Deus.
No Evangelho, aparece-nos a concretização da promessa profética: Jesus é o Filho/“Servo” enviado pelo Pai, sobre quem repousa o Espírito, e cuja missão é realizar a libertação dos homens. Obedecendo ao Pai, Ele tornou-se pessoa, identificou-se com as fragilidades dos homens, caminhou ao lado deles, a fim de os promover e de os levar à reconciliação com Deus, à vida em plenitude.
A segunda leitura reafirma que Jesus é o Filho amado que o Pai enviou ao mundo para concretizar um projecto de salvação; por isso, Ele “passou pelo mundo fazendo o bem” e libertando todos os que eram oprimidos. É este o testemunho que os discípulos devem dar, para que a salvação que Deus oferece chegue a todos os povos da terra.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
«Tu és o Meu Filho muito amado; em Ti pus todo o Meu agrado»
Junto do Jordão, Jesus manifesta-Se com uma extraordinária humildade, que recorda a pobreza e a simplicidade do Menino colocado na manjedoura e antecipa os sentimentos pelos quais, no final dos Seus dias terrenos, chegará a lavar os pés dos discípulos e sofrerá a humilhação terrível da cruz. O Filho de Deus, Aquele que é sem pecado, coloca-Se entre os pecadores, mostra a proximidade de Deus em relação ao caminho de conversão do homem. Jesus carrega sobre os Seus ombros o peso da culpa da humanidade inteira, inicia a Sua missão pondo-Se no nosso lugar, no lugar dos pecadores, na perspectiva da cruz.
Quando, recolhido em oração depois do baptismo, sai da água, abrem-se os céus. É o momento esperado pela multidão dos profetas: «Se rasgásseis os céus e descêsseis!», tinha invocado Isaías (64, 1). Neste momento, parecia sugerir São Lucas, esse pedido é satisfeito. De facto, «o céu abriu-se e o Espírito Santo desceu»; ouviram-se palavras nunca anteriormente pronunciadas: «Tu és o Meu Filho muito amado; em Ti pus todo o Meu agrado». [...] O Pai, o Filho e o Espírito Santo descem entre os homens e revelam-nos o Seu amor que salva. Se foram os anjos que levaram aos pastores o anúncio do nascimento do Salvador e a estrela que o levou aos Magos vindos do Oriente, presentemente é a própria voz do Pai que indica aos homens a presença do Seu Filho no mundo, e que nos convida a voltarmo-nos para a ressurreição, para a vitória de Cristo sobre o pecado e sobre a morte.
Bento XVI
Homilia de 10/01/2010
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Quando, recolhido em oração depois do baptismo, sai da água, abrem-se os céus. É o momento esperado pela multidão dos profetas: «Se rasgásseis os céus e descêsseis!», tinha invocado Isaías (64, 1). Neste momento, parecia sugerir São Lucas, esse pedido é satisfeito. De facto, «o céu abriu-se e o Espírito Santo desceu»; ouviram-se palavras nunca anteriormente pronunciadas: «Tu és o Meu Filho muito amado; em Ti pus todo o Meu agrado». [...] O Pai, o Filho e o Espírito Santo descem entre os homens e revelam-nos o Seu amor que salva. Se foram os anjos que levaram aos pastores o anúncio do nascimento do Salvador e a estrela que o levou aos Magos vindos do Oriente, presentemente é a própria voz do Pai que indica aos homens a presença do Seu Filho no mundo, e que nos convida a voltarmo-nos para a ressurreição, para a vitória de Cristo sobre o pecado e sobre a morte.
Bento XVI
Homilia de 10/01/2010
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 9 de Janeiro de 2012
E pregava, dizendo: «Depois de mim vem Quem é mais forte do que eu, a Quem eu não sou digno de me inclinar para Lhe desatar as correias das sandálias. Eu tenho-vos baptizado em água, Ele, porém, baptizar-vos-á no Espírito Santo». Ora aconteceu naqueles dias que Jesus veio de Nazaré da Galileia e foi baptizado por João no Jordão. No momento de sair da água, viu os céus abertos e o Espírito Santo que descia sobre Ele em forma de pomba; e ouviu-se dos céus uma voz: «Tu és o Meu Filho amado, em Ti pus as Minhas complacências».
Mc 1, 7-11
Mc 1, 7-11
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