Chegou o Verão!
Chegou o calor!
Chegaram as férias!
Durante um ano inteiro as pessoas trabalham, enervam-se com os problemas decorrentes das profissões de cada um, “queimam” tempo demasiado na carreira profissional, que porventura deveria ser tempo para cada um, tempo para a família, tempo para o descanso e lazer.
Muitos, sem dúvida, mesmo durante este tempo de trabalho não deixam de ter tempo para Deus, tempo para as celebrações comunitárias, (mormente a Eucaristia Dominical), de tal modo que o seu trabalho, as suas preocupações constituem também uma oração diária e de entrega a Deus, com Ele colaborando, na sua obra criadora do mundo.
Outros há, também, que se servem do trabalho, da carreira profissional, como desculpa para não ter tempo para Deus, para não perceberem que a vida é dom de Deus e que o trabalho que lhes é dado e sai das suas mãos, pode e é também sinal de Deus para eles e para os outros.
Em ambos os casos as férias chegam e devem ser vividas como tempo de descanso, tempo de família, tempo necessário para cada um, tempo de descontracção e lazer.
Os primeiros viverão, com certeza, essas férias com Deus, para aproveitar um tempo mais próximo com Ele e de maior entrega em oração.
Os segundos, terão agora a desculpa de que, estando em férias, têm que aproveitar todos os momentos para si próprios e por isso continuarão a não ter tempo para Deus, ou então, para Lhe dar apenas as “sobras” do “seu” tempo.
Como posso eu querer ter tempo para mim, para descansar, para estar em família, para me retemperar, e não fazer desse tempo um tempo de Deus e para Deus?
Alguma vez o homem se constrói, se encontra a si próprio, se faz verdadeiramente humano, se não estiver em comunhão com Deus?
E se Deus fizesse férias de nós?
Monte Real, 25 de Julho de 2014
Joaquim Mexia Alves