Deus concede a santa pureza aos que Lha pedem com humildade.
(S. Josemaría Escrivá – Caminho, 118)
Causou-me sempre muita pena o costume de algumas pessoas - tantas! - que escolhem como nota constante dos seus ensinamentos a impureza. Com isso, conseguem - comprovei-o em bastantes almas - exactamente o contrário do que pretendem, porque a impureza é matéria mais pegajosa que o pez e deforma as consciências com complexos ou medos, como se a pureza da alma fosse um obstáculo quase insuperável. Nós não faremos assim! Temos de tratar da santa pureza com pensamentos positivos e limpos, com palavras modestas e claras.
(S. Josemaría Escrivá – Amigos de Deus, 178)
Obrigado, Perdão Ajuda-me
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
“Até Deus Professor”
Portugal perdeu um dos seus maiores e melhores, a Igreja portuguesa perdeu um dos seus mais fiéis membros - exemplo público de coragem, de esperança e de profundíssima fé na concretização do que pode ser a verdadeira santificação do trabalho. Homem, professor, economista e empresário de uma ética sem desvios e de um espírito de permanente serviço público e de exigência cívica.
Eu perdi um dos meus mais queridos professores e a “fonte” que mais me marcou em 30 anos de jornalismo. Pela excelência pessoal e profissional e pela enorme capacidade de antecipar as grandes linhas de evolução do país e do mundo. De aposta serena e empenhada em procurar soluções que, nunca sendo as mais fáceis nem as mais óbvias, lhe pareciam contudo as mais adequadas e em que tantas vezes estivemos em desacordo.
Admirava-lhe sobretudo a capacidade de focar no essencial e de procurar vacinas e remédios eficazes para atacar as doenças que lhe pareciam inevitáveis, muito antes dos outros darem conta da existência do vírus e da manifestação dos primeiros sintomas. A capacidade de propor caminhos de solução e suscitar reacção numa sociedade civil de preocupante anomia.
Lembro-me bem de um dos jantares anuais da Saer (com um grupo de jornalistas que seguiam os seus diagnósticos desde os tempos de ministro das Finanças…) em que, com mais de dez anos de antecedência, chamou a atenção para a mudança de paradigma dos equilíbrios mundiais que resultariam do crescente poder e influência da China.
Assustou-nos a todos, na altura, ao traçar em linhas gerais muitos dos problemas com que estamos confrontados na actualidade. Desde aí, ano após anos, na repetição do encontro foi-se divertindo a ver como, um a um, todos os presentes eram forçados a reconhecer a justeza da sua análise visionária.
Levou anos a fio a recordar a importância do mar para a nossa economia, até que conseguiu fundos para provar “com números”, num magnífico estudo da SAER, o que ele há muito sabia. Há uns meses mostrava-se feliz por ver finalmente a sua preocupação partilhada com alguns dos seus pares. “Agora já somos muitos a falar da importância do mar…”. Ainda bem! Vai dar frutos.
Foi o meu segundo ministro das Finanças enquanto jornalista. Viviam-se tempos igualmente difíceis (negociava-se o acordo com o FMI), mas muito diferentes quanto ao espírito de serviço e empenhamento cívico dos que exerciam o poder. Os seus agentes sabiam que o recebiam do povo e deviam tratá-lo com respeito e parcimónia. Ernâni Lopes fazia parte desse grupo, daqueles que viam nos “media” agentes importantes na mobilização para a mudança e na preservação da mais preciosa liberdade (a de expressão) e nunca poupou esforços para explicar as suas políticas, levasse o tempo que levasse. Às perguntas dos “estagiários” como eu, o ministro respondia com a paciência e pedagogia dos professores, sem sobrancerias, numa abertura, transparência e respeito que raramente se repetiram depois e que hoje tanto escasseiam.
Sabia ouvir os que dele divergiam sem os tomar por “inimigos”, gostava da franqueza da crítica e, apesar da aparência de arrogância que às vezes marcava os seus discursos assertivos, era capaz de praticar a mais humilde auto-crítica.
Certo no conteúdo, dava de barato que aqui e ali se enganava na forma ou pecava por exagero quando apenas pretendia desinstalar a assistência com um ou outro exemplo mais caricatural.
A sua partida deixa um lugar vago no já escasso panorama de elite nacional. É mais uma baixa na frágil sociedade civil e uma voz a menos no apelo ao bom senso.
Há poucas semanas, ao despedir-me do professor no Grémio Literário onde assistia ao lançamento do livro sobre o seu amigo Adelino Amaro da Costa, senti no frio do seu rosto a última despedida. Antecipei que naquele “adeus menina” estava o “até Deus!” com quem o professor foi hoje encontrar-se. Até lá, professor!
Graça Franco
(Fonte: site Rádio Renascença)
Nota de JPR: Bem-haja Graça por este visivelmente sentido e emocionado texto. Bem-haja Professor pelo seu exemplo de vida, até breve.
Eu perdi um dos meus mais queridos professores e a “fonte” que mais me marcou em 30 anos de jornalismo. Pela excelência pessoal e profissional e pela enorme capacidade de antecipar as grandes linhas de evolução do país e do mundo. De aposta serena e empenhada em procurar soluções que, nunca sendo as mais fáceis nem as mais óbvias, lhe pareciam contudo as mais adequadas e em que tantas vezes estivemos em desacordo.
Admirava-lhe sobretudo a capacidade de focar no essencial e de procurar vacinas e remédios eficazes para atacar as doenças que lhe pareciam inevitáveis, muito antes dos outros darem conta da existência do vírus e da manifestação dos primeiros sintomas. A capacidade de propor caminhos de solução e suscitar reacção numa sociedade civil de preocupante anomia.
Lembro-me bem de um dos jantares anuais da Saer (com um grupo de jornalistas que seguiam os seus diagnósticos desde os tempos de ministro das Finanças…) em que, com mais de dez anos de antecedência, chamou a atenção para a mudança de paradigma dos equilíbrios mundiais que resultariam do crescente poder e influência da China.
Assustou-nos a todos, na altura, ao traçar em linhas gerais muitos dos problemas com que estamos confrontados na actualidade. Desde aí, ano após anos, na repetição do encontro foi-se divertindo a ver como, um a um, todos os presentes eram forçados a reconhecer a justeza da sua análise visionária.
Levou anos a fio a recordar a importância do mar para a nossa economia, até que conseguiu fundos para provar “com números”, num magnífico estudo da SAER, o que ele há muito sabia. Há uns meses mostrava-se feliz por ver finalmente a sua preocupação partilhada com alguns dos seus pares. “Agora já somos muitos a falar da importância do mar…”. Ainda bem! Vai dar frutos.
Foi o meu segundo ministro das Finanças enquanto jornalista. Viviam-se tempos igualmente difíceis (negociava-se o acordo com o FMI), mas muito diferentes quanto ao espírito de serviço e empenhamento cívico dos que exerciam o poder. Os seus agentes sabiam que o recebiam do povo e deviam tratá-lo com respeito e parcimónia. Ernâni Lopes fazia parte desse grupo, daqueles que viam nos “media” agentes importantes na mobilização para a mudança e na preservação da mais preciosa liberdade (a de expressão) e nunca poupou esforços para explicar as suas políticas, levasse o tempo que levasse. Às perguntas dos “estagiários” como eu, o ministro respondia com a paciência e pedagogia dos professores, sem sobrancerias, numa abertura, transparência e respeito que raramente se repetiram depois e que hoje tanto escasseiam.
Sabia ouvir os que dele divergiam sem os tomar por “inimigos”, gostava da franqueza da crítica e, apesar da aparência de arrogância que às vezes marcava os seus discursos assertivos, era capaz de praticar a mais humilde auto-crítica.
Certo no conteúdo, dava de barato que aqui e ali se enganava na forma ou pecava por exagero quando apenas pretendia desinstalar a assistência com um ou outro exemplo mais caricatural.
A sua partida deixa um lugar vago no já escasso panorama de elite nacional. É mais uma baixa na frágil sociedade civil e uma voz a menos no apelo ao bom senso.
Há poucas semanas, ao despedir-me do professor no Grémio Literário onde assistia ao lançamento do livro sobre o seu amigo Adelino Amaro da Costa, senti no frio do seu rosto a última despedida. Antecipei que naquele “adeus menina” estava o “até Deus!” com quem o professor foi hoje encontrar-se. Até lá, professor!
Graça Franco
(Fonte: site Rádio Renascença)
Nota de JPR: Bem-haja Graça por este visivelmente sentido e emocionado texto. Bem-haja Professor pelo seu exemplo de vida, até breve.
Boa Tarde!
Da Melhoria Pessoal e da Vida Interior
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A Santa Sé pede que a Comunidade internacional combata a discriminação contra cristãos
O Cardeal Secretário de Estado Tarcísio Bertone, destacou a importância da liberdade religiosa, falando na Cimeira de Chefes de Estado e de Governo dos 56 países-membros da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) que decorreu em Astana, Cazaquistão, nos dias 1 e 2 de Dezembro
“A Santa Sé não deixa de reiterar que o objectivo comum dos Estados deveria ser a protecção do respeito à dignidade humana que une toda a família humana, uma unidade radical nos quatro principais fundamentos da centralidade da pessoa humana, da solidariedade, da subsidiariedade, e do bem comum”, salientou o cardeal Bertone.
Para o Secretário de Estado do Vaticano, entre os direitos fundamentais do ser humano está a “liberdade religiosa”.
“Os desenvolvimentos destes últimos anos e os progressos feitos na elaboração de diversos textos emanados pela OSCE demonstram, cada vez mais claramente, que a liberdade religiosa pode existir em diferentes sistemas sociais”, afirmou.
Segundo o cardeal Bertone, a liberdade religiosa tem sido negada, em países onde impera a intolerância e a discriminação, causada por motivos religiosos, em especial contra os cristãos.
"Está amplamente documentado que os cristãos são o grupo mais perseguido e discriminado. Mais de 200 milhões, pertencentes a convicções diversas, encontram-se em situações de dificuldade por causa de instrumentos legais e culturais", indicou.
Outro tema abordado pelo representante da Santa Sé foi o tráfico de seres humanos, que apresentou como um forma moderna de escravidão.
“Para prevenir o tráfico de seres humanos, todos os dias se recorda que é preciso uma política de imigração mais severa, para maior controlo nas fronteiras e para a luta contra o crime organizado”, enfatizou.
O Secretário de Estado do Vaticano destacou ainda que as iniciativas de combate ao tráfico humano devem oferecer meios concretos para acabar com o ciclo “pobreza – abuso - exploração”.
(Fonte: site Rádio Vaticano)
“A Santa Sé não deixa de reiterar que o objectivo comum dos Estados deveria ser a protecção do respeito à dignidade humana que une toda a família humana, uma unidade radical nos quatro principais fundamentos da centralidade da pessoa humana, da solidariedade, da subsidiariedade, e do bem comum”, salientou o cardeal Bertone.
Para o Secretário de Estado do Vaticano, entre os direitos fundamentais do ser humano está a “liberdade religiosa”.
“Os desenvolvimentos destes últimos anos e os progressos feitos na elaboração de diversos textos emanados pela OSCE demonstram, cada vez mais claramente, que a liberdade religiosa pode existir em diferentes sistemas sociais”, afirmou.
Segundo o cardeal Bertone, a liberdade religiosa tem sido negada, em países onde impera a intolerância e a discriminação, causada por motivos religiosos, em especial contra os cristãos.
"Está amplamente documentado que os cristãos são o grupo mais perseguido e discriminado. Mais de 200 milhões, pertencentes a convicções diversas, encontram-se em situações de dificuldade por causa de instrumentos legais e culturais", indicou.
Outro tema abordado pelo representante da Santa Sé foi o tráfico de seres humanos, que apresentou como um forma moderna de escravidão.
“Para prevenir o tráfico de seres humanos, todos os dias se recorda que é preciso uma política de imigração mais severa, para maior controlo nas fronteiras e para a luta contra o crime organizado”, enfatizou.
O Secretário de Estado do Vaticano destacou ainda que as iniciativas de combate ao tráfico humano devem oferecer meios concretos para acabar com o ciclo “pobreza – abuso - exploração”.
(Fonte: site Rádio Vaticano)
Defender a fé
Aumentam as perseguições por causa da fé, sobretudo contra os cristãos. A denúncia foi feita, esta semana, pelo Secretário de Estado do Vaticano, na cimeira da OSCE – a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa.
E os números são impressionantes: são mais de 200 milhões os cristãos perseguidos em todo o mundo.
Sofrem por falta de liberdade religiosa, são vítimas de intolerância, discriminação, são motivo de chacota, marginalização, encontram entraves no acesso a cargos administrativos, desrespeito no campo da educação, da cultura, da política e dos media.
Nalguns países, os cristãos morrem, vítimas do ódio e da violência, chegam a ser vistos como um alvo a abater. Noutros casos, a perseguição é muito mais subtil, como, por exemplo, na Europa, em que a vida religiosa não é só ameaçada por restrições humilhantes, mas é também excluída da vida pública por influência do relativismo e de um falso conceito de tolerância.
Ora, a comunidade internacional, que é tão zelosa, sempre, a combater discriminações e ódios de outras comunidades religiosas, porque é que não o faz em defesa dos cristãos? O cardeal Bertone, ao colocar esta questão, também deixa um apelo aos cristãos para que participem no debate público em defesa dos seus direitos.
A pergunta é, pois, inevitável, para cada católico em Portugal: eu, concretamente, o que é que faço em defesa da minha fé?
Aura Miguel
(Fonte: site Rádio Renascença)
E os números são impressionantes: são mais de 200 milhões os cristãos perseguidos em todo o mundo.
Sofrem por falta de liberdade religiosa, são vítimas de intolerância, discriminação, são motivo de chacota, marginalização, encontram entraves no acesso a cargos administrativos, desrespeito no campo da educação, da cultura, da política e dos media.
Nalguns países, os cristãos morrem, vítimas do ódio e da violência, chegam a ser vistos como um alvo a abater. Noutros casos, a perseguição é muito mais subtil, como, por exemplo, na Europa, em que a vida religiosa não é só ameaçada por restrições humilhantes, mas é também excluída da vida pública por influência do relativismo e de um falso conceito de tolerância.
Ora, a comunidade internacional, que é tão zelosa, sempre, a combater discriminações e ódios de outras comunidades religiosas, porque é que não o faz em defesa dos cristãos? O cardeal Bertone, ao colocar esta questão, também deixa um apelo aos cristãos para que participem no debate público em defesa dos seus direitos.
A pergunta é, pois, inevitável, para cada católico em Portugal: eu, concretamente, o que é que faço em defesa da minha fé?
Aura Miguel
(Fonte: site Rádio Renascença)
Bom Dia!
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S. Josemaría nesta data em 1937
Depois da longa e difícil fuga através dos Pirinéus, tinham chegado no dia anterior a Andorra. Num dia como o de hoje tiraram esta fotografia. A primeira coisa que fez o Fundador do Opus Dei foi celebrar a Santa Missa numa igreja: não tinha podido fazê-lo desde há 17 meses. Logo a seguir enviou um postal ao Consul Geral das Honduras.
Na fotografia da esquerda para a direita e de cima para baixo: Tomás Alvira, Manolo Sainz de los Terreros, o Padre Josemaria, Pedro Casciaro, Paco Botella, Juan Jiménez Vargas, Miguel Fisac e José Maria Albareda.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Na fotografia da esquerda para a direita e de cima para baixo: Tomás Alvira, Manolo Sainz de los Terreros, o Padre Josemaria, Pedro Casciaro, Paco Botella, Juan Jiménez Vargas, Miguel Fisac e José Maria Albareda.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Bento XVI é artífice de reforma penal na Igreja contra abusos sexuais
O Secretário do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos, D. Juan Ignacio Arrieta, detalha em um extenso artigo como o então Cardeal Ratzinger e agora Papa Bento XVI foi e é a alma e artífice da reforma penal na Igreja Católica para enfrentar uma série de delitos graves, incluindo os abusos sexuais cometidos por alguns membros do clero.
O artigo de D. Arrieta se intitula "A influência do Cardeal Ratzinger na revisão do sistema penal canónico", foi adiantado de modo resumido no L’Osservatore Romano e será publicado este sábado 4 de Dezembro na revista italiana Civiltà Cattolica.
Neste texto este membro do Vaticano ressalta o "papel determinante que, neste processo de mais de vinte anos de renovação da disciplina penal, desempenhou a decidida acção do actual Pontífice, até o ponto de representar sem dúvida alguma, junto a tantas outras iniciativas concretas, uma das constantes que caracterizaram a acção de Joseph Ratzinger".
D. Arrieta faz um balanço da aplicação do Código de Direito Canónico aprovado em 1983 e os principais problemas em sua execução, que levou a Papa Bento XVI a pedir a adequação do Livro VI sobre as sanções na Igreja.
Como primeiro resultado concreto desta tarefa, explica D. Arrieta, está o rascunho que "nas próximas semanas, o Pontifício Conselho para os Textos Legislativos enviará a seus membros e consultores" para a adequação do mencionado Livro VI.
O pedido de 1988 do Cardeal Ratzinger
Em Fevereiro de 1988, o então Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal Joseph Ratzinger, solicitou à Pontifícia Comissão para a Interpretação Autêntica do Código de Direito Canónico, presidida pelo Cardeal Rosalío Castelo Lara, que os procedimentos ante determinados casos graves sejam mais rápidos e simplificados.
Este texto, comenta D. Arrieta, "foi retomado durante os trabalhos que está realizando nestes momentos o Pontifício Conselho para os Textos Legislativos para revisar o Livro VI do Código".
Para o Secretário deste dicastério, a carta do Cardeal Ratzinger, "reflecte, acima de tudo, a repugnância natural do sistema da Justiça para conceder como ‘ato de graça’ (dispensa das obrigações sacerdotais) algo que, em troca, é necessário impor como castigo (demissão do estado clerical)".
"Com efeito, em ocasiões, querendo evitar as ‘complicações técnicas’ dos procedimentos estabelecidos no Código para castigar condutas que configuram delitos, recorria-se a que o culpado pedisse ‘voluntariamente’ abandonar o ministério sacerdotal".
D. Arrieta assinala que "actuando deste modo, renunciava-se também à Justiça e, como assinalou o Cardeal Ratzinger, deixava-se injustamente de lado ‘o bem dos fiéis’. Esse era o motivo central da petição, e também a razão pela qual se fazia necessário dar prioridade, nestes casos, à imposição de justas sanções penais mediante procedimentos mais rápidos e singelos que os previstos no Código de Direito Canónico".
Pastor Bonus
Em Junho de 1988, a constituição apostólica Pastor Bonus que modificou a organização da cúria Romana estabelecia em seu artigo 52 a jurisdição penal exclusiva da Congregação para a Doutrina da Fé, não só em relação aos delitos contra a fé ou na celebração dos sacramentos, mas também em relação aos "delitos mais graves encargos contra a moral".
Este texto, explica o Bispo Arrieta, foi proposto pela Congregação presidida pelo Cardeal Ratzinger em função da própria experiência.
"Assim, e com respeito à situação anterior, a mudança da Constituição apostólica Pastor Bonus é evidentemente relevante, sobre tudo se for levado em consideração que esta vez se levava adiante no contexto normativo do Código de 1983 e, com referência aos delitos nele definidos, além do "direito próprio" desta Congregação. Toda uma categoria de delitos, que o Supremo Pontífice confiava à jurisdição exclusiva da Congregação para a Doutrina da Fé", explica o Bispo.
Outras duas intervenções importantes
O Secretário do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos explica que a primeira foi a preparação das Normas sobre os denominados "delicta graviora" nos anos 90, cujas últimas modificações foram publicadas pela Congregação para a Doutrina da fé em Julho deste ano.
"Essas Normas deram efectividade ao art. 52 da Constituição apostólica Pastor Bonus ao indicar em concreto quais eram os delitos contra a moral e os encargos na celebração dos sacramentos que terei que considerar como ‘particularmente graves’ e, portanto, da exclusiva competência da Congregação para a Doutrina da Fé", assinala.
Outra intervenção do Papa, que é pouco conhecida, explica D. Arrieta, é uma relacionada com a aplicação do sistema penal do Código de Direito Canónico nos lugares de missão, aonde é mais complicado aplicá-lo.
As faculdades especiais, para actuar em situações penais graves, para a Congregação para a Evangelização dos Povos foram solicitadas em 1997 em uma assembleia plenária na participou como relator o então Cardeal Ratzinger.
Estas disposições foram ampliadas no ano 2008 já sob o pontificado do Bento XVI, que também foram concedidas à Congregação para o Clero.
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
O artigo de D. Arrieta se intitula "A influência do Cardeal Ratzinger na revisão do sistema penal canónico", foi adiantado de modo resumido no L’Osservatore Romano e será publicado este sábado 4 de Dezembro na revista italiana Civiltà Cattolica.
Neste texto este membro do Vaticano ressalta o "papel determinante que, neste processo de mais de vinte anos de renovação da disciplina penal, desempenhou a decidida acção do actual Pontífice, até o ponto de representar sem dúvida alguma, junto a tantas outras iniciativas concretas, uma das constantes que caracterizaram a acção de Joseph Ratzinger".
D. Arrieta faz um balanço da aplicação do Código de Direito Canónico aprovado em 1983 e os principais problemas em sua execução, que levou a Papa Bento XVI a pedir a adequação do Livro VI sobre as sanções na Igreja.
Como primeiro resultado concreto desta tarefa, explica D. Arrieta, está o rascunho que "nas próximas semanas, o Pontifício Conselho para os Textos Legislativos enviará a seus membros e consultores" para a adequação do mencionado Livro VI.
O pedido de 1988 do Cardeal Ratzinger
Em Fevereiro de 1988, o então Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal Joseph Ratzinger, solicitou à Pontifícia Comissão para a Interpretação Autêntica do Código de Direito Canónico, presidida pelo Cardeal Rosalío Castelo Lara, que os procedimentos ante determinados casos graves sejam mais rápidos e simplificados.
Este texto, comenta D. Arrieta, "foi retomado durante os trabalhos que está realizando nestes momentos o Pontifício Conselho para os Textos Legislativos para revisar o Livro VI do Código".
Para o Secretário deste dicastério, a carta do Cardeal Ratzinger, "reflecte, acima de tudo, a repugnância natural do sistema da Justiça para conceder como ‘ato de graça’ (dispensa das obrigações sacerdotais) algo que, em troca, é necessário impor como castigo (demissão do estado clerical)".
"Com efeito, em ocasiões, querendo evitar as ‘complicações técnicas’ dos procedimentos estabelecidos no Código para castigar condutas que configuram delitos, recorria-se a que o culpado pedisse ‘voluntariamente’ abandonar o ministério sacerdotal".
D. Arrieta assinala que "actuando deste modo, renunciava-se também à Justiça e, como assinalou o Cardeal Ratzinger, deixava-se injustamente de lado ‘o bem dos fiéis’. Esse era o motivo central da petição, e também a razão pela qual se fazia necessário dar prioridade, nestes casos, à imposição de justas sanções penais mediante procedimentos mais rápidos e singelos que os previstos no Código de Direito Canónico".
Pastor Bonus
Em Junho de 1988, a constituição apostólica Pastor Bonus que modificou a organização da cúria Romana estabelecia em seu artigo 52 a jurisdição penal exclusiva da Congregação para a Doutrina da Fé, não só em relação aos delitos contra a fé ou na celebração dos sacramentos, mas também em relação aos "delitos mais graves encargos contra a moral".
Este texto, explica o Bispo Arrieta, foi proposto pela Congregação presidida pelo Cardeal Ratzinger em função da própria experiência.
"Assim, e com respeito à situação anterior, a mudança da Constituição apostólica Pastor Bonus é evidentemente relevante, sobre tudo se for levado em consideração que esta vez se levava adiante no contexto normativo do Código de 1983 e, com referência aos delitos nele definidos, além do "direito próprio" desta Congregação. Toda uma categoria de delitos, que o Supremo Pontífice confiava à jurisdição exclusiva da Congregação para a Doutrina da Fé", explica o Bispo.
Outras duas intervenções importantes
O Secretário do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos explica que a primeira foi a preparação das Normas sobre os denominados "delicta graviora" nos anos 90, cujas últimas modificações foram publicadas pela Congregação para a Doutrina da fé em Julho deste ano.
"Essas Normas deram efectividade ao art. 52 da Constituição apostólica Pastor Bonus ao indicar em concreto quais eram os delitos contra a moral e os encargos na celebração dos sacramentos que terei que considerar como ‘particularmente graves’ e, portanto, da exclusiva competência da Congregação para a Doutrina da Fé", assinala.
Outra intervenção do Papa, que é pouco conhecida, explica D. Arrieta, é uma relacionada com a aplicação do sistema penal do Código de Direito Canónico nos lugares de missão, aonde é mais complicado aplicá-lo.
As faculdades especiais, para actuar em situações penais graves, para a Congregação para a Evangelização dos Povos foram solicitadas em 1997 em uma assembleia plenária na participou como relator o então Cardeal Ratzinger.
Estas disposições foram ampliadas no ano 2008 já sob o pontificado do Bento XVI, que também foram concedidas à Congregação para o Clero.
(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)
Litaniae Beatae Virginis Mariae
Kyrie, eleison.
Christe, eleison.
Kyrie, eleison.
Christe, audi nos.
Christe, exaudi nos.
Pater de caelis, Deus, Miserere nobis.
Fili, Redemptor mundi, Deus, Miserere nobis.
Spiritus Sancte, Deus, Miserere nobis.
Sancta Trinitas, unus Deus, Miserere nobis.
Sancta Maria, Ora Pro Nobis.
Sancta Dei Genetrix, Ora Pro Nobis.
Sancta Virgo virginum, Ora Pro Nobis.
Mater Christi, Ora Pro Nobis.
Mater Ecclesiae, Ora Pro Nobis.
Mater divinae gratiae, Ora Pro Nobis.
Mater purissima, Ora Pro Nobis.
Mater castissima, Ora Pro Nobis.
Mater inviolata, Ora Pro Nobis.
Mater intemerata, Ora Pro Nobis.
Mater amabilis, Ora Pro Nobis.
Mater admirabilis, Ora Pro Nobis.
Mater boni consilii, Ora Pro Nobis.
Mater Creatoris, Ora Pro Nobis.
Mater Salvatoris, Ora Pro Nobis.
Mater misericordiae, Ora Pro Nobis.
Virgo prudentissima, Ora Pro Nobis.
Virgo veneranda, Ora Pro Nobis.
Virgo praedicanda, Ora Pro Nobis.
Virgo potens, Ora Pro Nobis.
Virgo clemens, Ora Pro Nobis.
Virgo fidelis, Ora Pro Nobis.
Speculum iustitiae, Ora Pro Nobis.
Sedes sapientiae, Ora Pro Nobis.
Causa nostrae laetitiae, Ora Pro Nobis.
Vas spirituale, Ora Pro Nobis.
Vas honorabile, Ora Pro Nobis.
Vas insigne devotionis, Ora Pro Nobis.
Rosa mystica, Ora Pro Nobis.
Turris Davidica, Ora Pro Nobis.
Turris eburnea, Ora Pro Nobis.
Domus aurea, Ora Pro Nobis.
Foederis arca, Ora Pro Nobis.
Ianua caeli, Ora Pro Nobis.
Stella matutina, Ora Pro Nobis.
Salus infirmorum, Ora Pro Nobis.
Refugium peccatorum, Ora Pro Nobis.
Consolatrix afflictorum, Ora Pro Nobis.
Auxilium Christianorum, Ora Pro Nobis.
Regina Angelorum, Ora Pro Nobis.
Regina Patriarcharum, Ora Pro Nobis.
Regina Prophetarum, Ora Pro Nobis.
Regina Apostolorum, Ora Pro Nobis.
Regina Martyrum, Ora Pro Nobis.
Regina Confessorum, Ora Pro Nobis.
Regina Virginum, Ora Pro Nobis.
Regina Sanctorum omnium, Ora Pro Nobis.
Regina sine labe originali concepta, Ora Pro Nobis.
Regina in caelum assumpta, Ora Pro Nobis.
Regina sacratissimi Rosarii, Ora Pro Nobis.
Regina familiae, Ora Pro Nobis.
Regina pacis, Ora Pro Nobis.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, parce nobis, Domine.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, exaudi nos, Domine.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, miserere nobis.
R. Ora pro nobis, sancta Dei Genitrix,
V. Ut digni efficiamur promissionibus Christi.
Concede nos famulos tuos, quaesumus,
Domine Deus, perpetua mentis et corporis sanitate gaudere: et,
gloriosa beatae Mariae semper Virginis intercessione,
a praesenti liberari tristitia,
et aeterna perfrui laetitia.
Per Christum Dominum nostrum.
Amen.
Testemunho
A fé não se reduz a um sentimento privado, porventura a esconder quando se torna incómodo, mas implica a coerência e o testemunho público a favor do Homem, da justiça e da verdade.
(Angelus – 09/X/2005 - Bento XVI)
É premente através do nosso exemplo dar testemunho da nossa fé, para tal basta agirmos com alegria, correcção, e, nos momentos certos, com as palavras apropriadas, deixarmos bem claro a quem connosco contacta, que a temos e nos sentimos abençoados e privilegiados por tal.
(JPR)
(Angelus – 09/X/2005 - Bento XVI)
É premente através do nosso exemplo dar testemunho da nossa fé, para tal basta agirmos com alegria, correcção, e, nos momentos certos, com as palavras apropriadas, deixarmos bem claro a quem connosco contacta, que a temos e nos sentimos abençoados e privilegiados por tal.
(JPR)
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
Frei Josep Mª MASSANA i Mola OFM (Barcelona, Espanha)
Jesus perguntou-lhes: Acreditais que eu posso fazer isso? Eles responderam: Sim, Senhor
Hoje, nesta primeira sexta-feira do Advento, o Evangelho apresenta-nos três personagens: Jesus no centro da cena, e dois cegos que se aproximam cheios de fé e com o coração esperançado. Haviam ouvido falar de Ele, da sua ternura para com os doentes e do seu poder. Esses traços identificam a Jesus como O Messias. Quem melhor que Ele poderia fazer-se cargo da sua desgraça?
Os dois cegos fazem união e em comunidade, dirigem-se juntos a Jesus. Em uníssono realizam uma oração de petição ao Enviado de Deus, ao Messias, a quem denominam com o título de “Filho de David”. Querem, com a sua oração, provocar a compaixão de Jesus:«Tem compaixão de nós, filho de David!» (Mt 9,27).
Jesus interpela sua fé: «Acreditais que eu posso fazer isso?» (Mt 9,28). Se eles se aproximarem ao Enviado de Deus é precisamente porque acreditam Nele. A uma só voz fazem uma bela profissão de fé, respondendo: «Sim, Senhor» (idem). E Jesus concede a vista a aqueles que já viam pela fé. De facto, crer é ver com os olhos do nosso interior.
Este tempo do Advento é adequado, também para nós, para buscar a Jesus com um grande desejo, como os dois cegos, construindo comunidade, construindo Igreja. Com a Igreja proclamamos no Espírito Santo: «Vem, senhor Jesus!» (cf. Ap 22,17-20). Jesus vem com o seu poder de abrir completamente os olhos do nosso coração, fazer que vejamos e que acreditemos. O Advento é um tempo forte de oração: tempo para praticar a oração de petição, sobretudo, oração de profissão de fé. Tempo de ver e de crer.
Recordemos as palavras do Pequeno Príncipe: «O essencial é invisível aos olhos».
(Fonte: Evangeli.net)
Jesus perguntou-lhes: Acreditais que eu posso fazer isso? Eles responderam: Sim, Senhor
Hoje, nesta primeira sexta-feira do Advento, o Evangelho apresenta-nos três personagens: Jesus no centro da cena, e dois cegos que se aproximam cheios de fé e com o coração esperançado. Haviam ouvido falar de Ele, da sua ternura para com os doentes e do seu poder. Esses traços identificam a Jesus como O Messias. Quem melhor que Ele poderia fazer-se cargo da sua desgraça?
Os dois cegos fazem união e em comunidade, dirigem-se juntos a Jesus. Em uníssono realizam uma oração de petição ao Enviado de Deus, ao Messias, a quem denominam com o título de “Filho de David”. Querem, com a sua oração, provocar a compaixão de Jesus:«Tem compaixão de nós, filho de David!» (Mt 9,27).
Jesus interpela sua fé: «Acreditais que eu posso fazer isso?» (Mt 9,28). Se eles se aproximarem ao Enviado de Deus é precisamente porque acreditam Nele. A uma só voz fazem uma bela profissão de fé, respondendo: «Sim, Senhor» (idem). E Jesus concede a vista a aqueles que já viam pela fé. De facto, crer é ver com os olhos do nosso interior.
Este tempo do Advento é adequado, também para nós, para buscar a Jesus com um grande desejo, como os dois cegos, construindo comunidade, construindo Igreja. Com a Igreja proclamamos no Espírito Santo: «Vem, senhor Jesus!» (cf. Ap 22,17-20). Jesus vem com o seu poder de abrir completamente os olhos do nosso coração, fazer que vejamos e que acreditemos. O Advento é um tempo forte de oração: tempo para praticar a oração de petição, sobretudo, oração de profissão de fé. Tempo de ver e de crer.
Recordemos as palavras do Pequeno Príncipe: «O essencial é invisível aos olhos».
(Fonte: Evangeli.net)
O Evangelho do dia 3 de Dezembro de 2010
São Mateus 9,27-31
27 Partindo dali Jesus, seguiram-n'O dois cegos, gritando e dizendo: «Tem piedade de nós, Filho de David!».28 Tendo chegado a casa, aproximaram-se d'Ele os cegos. E Jesus disse-lhes: «Credes que posso fazer isto?». Eles responderam: «Sim, Senhor».29 Então tocou-lhes os olhos, dizendo: «Seja-vos feito segundo a vossa fé».30 E abriram-se os seus olhos. Jesus deu-lhes ordens terminantes, dizendo: «Cuidado, que ninguém o saiba».31 Mas eles, retirando-se, divulgaram por toda aquela terra a Sua fama.
27 Partindo dali Jesus, seguiram-n'O dois cegos, gritando e dizendo: «Tem piedade de nós, Filho de David!».28 Tendo chegado a casa, aproximaram-se d'Ele os cegos. E Jesus disse-lhes: «Credes que posso fazer isto?». Eles responderam: «Sim, Senhor».29 Então tocou-lhes os olhos, dizendo: «Seja-vos feito segundo a vossa fé».30 E abriram-se os seus olhos. Jesus deu-lhes ordens terminantes, dizendo: «Cuidado, que ninguém o saiba».31 Mas eles, retirando-se, divulgaram por toda aquela terra a Sua fama.
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