Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

12 Dez. - 18h30 - 'As palavras da Palavra' de Gonçalo Portocarrero de Almada e Zita Seabra


Comissão para a proteção das crianças foi criada pelo Papa

O Papa decidiu instituir uma “comissão para a proteção das crianças”, que vai coordenar o combate e prevenção de abusos sexuais na Igreja Católica, anunciou hoje o Vaticano.

A medida é uma das conclusões da segunda reunião de Francisco com o conselho de oito cardeais dos cinco continentes que se iniciou na terça-feira e se vai concluir esta tarde.

A decisão foi comunicada, em conferência de imprensa, pelo cardeal Seán Patrick O'Malley, arcebispo de Boston (Estados Unidos da América), um dos membros do conselho consultivo, o qual adiantou que esta nova comissão tem como missão aconselhar o Papa "a respeito do compromisso da Santa Sé na proteção das crianças" e na “atenção pastoral às vítimas de abusos”.

Em concreto, a comissão vai analisar o “estado atual” dos programas para a proteção dos menores, formular sugestões para "novas iniciativas" por parte da Cúria Romana e propor "nomes" de especialistas em diversas áreas para uma aplicação “sistemática” da nova iniciativa, em colaboração com as conferências episcopais e institutos religiosos.

“A composição e as competências da comissão serão indicadas proximamente com maior detalhe pelo Santo Padre, com um documento apropriado”, acrescentou o cardeal norte-americano.

D. Seán Patrick O'Malley declarou que esta decisão vem “na linha” da ação iniciada pelo Papa Bento XVI.

Segundo o responsável, a nova comissão vai ajudar em questões como “linhas de orientação para a proteção das crianças, programas de formação, protocolos para um ambiente seguro, cooperação com as autoridades civis, pastoral de apoio às vítimas e familiares, colaboração com peritos”, entre outras.

O arcebispo de Boston frisou que a competência nas investigações a eventuais casos de abusos sexuais continuam a ser dos bispos e superiores religiosos, em ligação com a Congregação para a Doutrina da Fé.

O diretor da sala de imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, adiantou por sua vez que o conselho de cardeais concluirá a sua primeira análise às várias congregações da Cúria Romana.

"Começamos a fazer algumas recomendações, mas o nosso trabalho está apenas no começo", precisou o cardeal O'Malley, a este respeito.

A próxima reunião vai decorrer entre 17 e 18 de fevereiro do próximo ano, precedendo o consistório do Colégio Cardinalício, nos dias 20 e 21 do mesmo mês, e o consistório para a criação de novos cardeais, a 22, festa litúrgica da Cátedra de São Pedro.

Nos dias 24 e 25 de fevereiro de 2014 vai decorrer uma reunião da Secretaria do Sínodo dos Bispos.

O novo Conselho de Cardeais tem como missão auxiliar o Papa no governo da Igreja Católica e “estudar um projeto de revisão da Constituição Apostólica” que regulamenta atualmente a Cúria Romana, organismos centrais (dicastérios) da Santa Sé, a 'Pastor bonus', assinada por João Paulo II a 28 de junho de 1988.


OC / Agência Eclesia

A rocha é o Senhor!

Quem pronuncia palavras cristãs sem colocá-las em prática faz mal a si próprio e aos outros. Esta a principal mensagem do Papa Francisco na missa desta quinta-feira na Capela da Casa de Santa Marta. Escutar a Palavra de Deus e colocá-la em prática é como construir a sobre a rocha. O Santo Padre explicou a parábola evangélica do dia dizendo que Jesus chamava a atenção dos fariseus de conhecerem os mandamentos mas de não os colocarem em prática. Desta forma, boas palavras sem ação não servem e até fazem mal porque não estão bem alicerçadas na rocha:
“Esta figura da rocha refere-se ao Senhor. Isaías, na primeira leitura, di-lo: Confiai sempre no Senhor, porque o Senhor é uma rocha eterna.’ A rocha é Jesus Cristo! A rocha é o Senhor! Uma palavra é forte, dá vida, pode andar para a frente, pode tolerar todos os ataques, se esta palavra tiver as suas raízes em Jesus Cristo. Uma palavra cristã que não tem as suas raízes vitais, na vida de uma pessoa, em Jesus Cristo, é uma palavra cristã sem Cristo! E as palavras cristãs sem Cristo enganam, fazem mal! Um escritor inglês, uma vez, falando das heresias dizia que uma heresia é uma verdade, uma palavra, uma verdade que ficou louca. Quando as palavras cristãs não são de Cristo começam a ir pelo caminho da loucura.”

O Papa Francisco afirmou, então, que as palavras cristãs sem Jesus Cristo geram a a divisão entre os cristãos e levam à vaidade e ao orgulho:
“Uma palavra cristã sem Cristo leva-te à vaidade, à segurança de ti próprio, ao orgulho, ao poder pelo poder. O Senhor abate estas pessoas. Esta é uma constante na história da Salvação. Di-lo Ana, a mãe de Samuel; di-lo Maria no Magnificat: o Senhor abate a vaidade, o orgulho destas pessoas que acreditam de serem rocha. Estas pessoas que apenas vão atrás de uma palavra, mas sem Jesus Cristo: uma palavra cristã mas sem Jesus Cristo, sem a relação com Jesus Cristo, sem a oração com Jesus Cristo, sem o serviço a Jesus Cristo, sem o amor a Jesus Cristo. Isto é aquilo que o Senhor hoje nos diz: de construir a nossa vida sobre esta rocha e a rocha é Ele.” (RS)

(Fonte: 'news.va')

Vídeo da ocasião em italiano

Encerramento do Ano da Fé leva-nos a pedir eficácia na nossa fidelidade a Cristo e à Igreja

O Romano Pontífice encerrou o Ano da Fé. Durante este tempo, com a ajuda de Deus, procurámos aumentar esta virtude teologal, raiz da vida cristã, pedindo com insistência ao Senhor: adáuge nobis fidem! [1], aumenta-nos a fé e, com ela, a esperança o amor e a piedade. Agora, passados estes meses de graça, com o impulso recebido, procuremos esforçar-nos por continuar a caminhar dia a dia nesta direção que nos conduz ao Céu. Recorramos à Santíssima Virgem, Mestra de fé e de intimidade com Deus, para que torne eficazes os nossos desejos de fidelidade ao seu Filho e à Igreja.

Os documentos do Magistério da Igreja – recentemente também a Encíclica Lumen fídei – sublinharam duas caraterísticas essenciais que estão na origem da fé tal como o Novo Testamento no-la apresenta. Se, por um lado, S. Paulo afirma que fides ex audítu [2], que a fé procede da escuta da Palavra de Deus lida e acolhida na Igreja, por outro lado, S. João dá-nos a conhecer que Jesus Cristo, o Filho de Deus encarnado, é a luz verdadeira que ilumina todo o homem que vem a este mundo [3], outorgando-lhe a capacidade de conhecer os mistérios escondidos em Deus. Luz e palavra, palavra e luz definem, pois, aspetos inseparáveis da fé que professamos. Por isso, é urgenterecuperar o caráter luminoso que é próprio da fé, pois quando a sua chama se apaga, todas as outras luzes acabam por perder o seu vigor [4]. Agradeçamos a Deus de todo o coração, filhas e filhos meus, estes esplendores que o Espírito Santo acende constantemente em nós, servindo-se do magistério da Igreja e da vida dos santos: ocupemo-nos em acolhê-los e em nos deixar guiar pelo Paráclito, na nossa existência quotidiana.

[1]. Lc 17, 5.
[2]. Rm 10,17.
[3]. Jo 1, 9.
[4]. PAPA FRANCISCO, Carta enc. Lumen fídei, 29-VI-2013, n. 4.

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de dezembro de 2013)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

"Evangelii Gaudium" (9)

4. A missão que se encarna nas limitações humanas
40. A Igreja, que é discípula missionária, tem necessidade de crescer na sua interpretação da Palavra revelada e na sua compreensão da verdade. A tarefa dos exegetas e teólogos ajuda a «amadurecer o juízo da Igreja». Embora de modo diferente, fazem-no também as outras ciências. Referindo-se às ciências sociais, por exemplo, João Paulo II disse que a Igreja presta atenção às suas contribuições «para obter indicações concretas que a ajudem no cumprimento da sua missão de Magistério». Além disso, dentro da Igreja, há inúmeras questões à volta das quais se indaga e reflecte com grande liberdade. As diversas linhas de pensamento filosófico, teológico e pastoral, se se deixam harmonizar pelo Espírito no respeito e no amor, podem fazer crescer a Igreja, enquanto ajudam a explicitar melhor o tesouro riquíssimo da Palavra. A quantos sonham com uma doutrina monolítica defendida sem nuances por todos, isto poderá parecer uma dispersão imperfeita; mas a realidade é que tal variedade ajuda a manifestar e desenvolver melhor os diversos aspectos da riqueza inesgotável do Evangelho.

41. Ao mesmo tempo, as enormes e rápidas mudanças culturais exigem que prestemos constante atenção ao tentar exprimir as verdades de sempre numa linguagem que permita reconhecer a sua permanente novidade; é que, no depósito da doutrina cristã, «uma coisa é a substância (…) e outra é a formulação que a reveste». Por vezes, mesmo ouvindo uma linguagem totalmente ortodoxa, aquilo que os fiéis recebem, devido à linguagem que eles mesmos utilizam e compreendem, é algo que não corresponde ao verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo. Com a santa intenção de lhes comunicar a verdade sobre Deus e o ser humano, nalgumas ocasiões, damos-lhes um falso deus ou um ideal humano que não é verdadeiramente cristão. Deste modo, somos fiéis a uma formulação, mas não transmitimos a substância. Este é o risco mais grave. Lembremo-nos de que «a expressão da verdade pode ser multiforme. E a renovação das formas de expressão torna-se necessária para transmitir ao homem de hoje a mensagem evangélica no seu significado imutável».

42. Isto possui uma grande relevância no anúncio do Evangelho, se temos verdadeiramente a peito fazer perceber melhor a sua beleza e fazê-la acolher por todos. Em todo o caso, não poderemos jamais tornar os ensinamentos da Igreja uma realidade facilmente compreensível e felizmente apreciada por todos; a fé conserva sempre um aspecto de cruz, certa obscuridade que não tira firmeza à sua adesão. Há coisas que se compreendem e apreciam só a partir desta adesão que é irmã do amor, para além da clareza com que se possam compreender as razões e os argumentos. Por isso, é preciso recordar-se de que cada ensinamento da doutrina deve situar-se na atitude evangelizadora que desperte a adesão do coração com a proximidade, o amor e o testemunho.

43. No seu constante discernimento, a Igreja pode chegar também a reconhecer costumes próprios não directamente ligados ao núcleo do Evangelho, alguns muito radicados no curso da história, que hoje já não são interpretados da mesma maneira e cuja mensagem habitualmente não é percebida de modo adequado. Podem até ser belos, mas agora não prestam o mesmo serviço à transmissão do Evangelho. Não tenhamos medo de os rever! Da mesma forma, há normas ou preceitos eclesiais que podem ter sido muito eficazes noutras épocas, mas já não têm a mesma força educativa como canais de vida. São Tomás de Aquino sublinhava que os preceitos dados por Cristo e pelos Apóstolos ao povo de Deus «são pouquíssimos». E, citando Santo Agostinho, observava que os preceitos adicionados posteriormente pela Igreja se devem exigir com moderação, «para não tornar pesada a vida aos fiéis» nem transformar a nossa religião numa escravidão, quando «a misericórdia de Deus quis que fosse livre». Esta advertência, feita há vários séculos, tem uma actualidade tremenda. Deveria ser um dos critérios a considerar, quando se pensa numa reforma da Igreja e da sua pregação que permita realmente chegar a todos.

44. Aliás, tanto os Pastores como todos os fiéis que acompanham os seus irmãos na fé ou num caminho de abertura a Deus não podem esquecer aquilo que ensina, com muita clareza, o Catecismo da Igreja Católica: «A imputabilidade e responsabilidade dum acto podem ser diminuídas, e até anuladas, pela ignorância, a inadvertência, a violência, o medo, os hábitos, as afeições desordenadas e outros factores psíquicos ou sociais».

Portanto, sem diminuir o valor do ideal evangélico, é preciso acompanhar, com misericórdia e paciência, as possíveis etapas de crescimento das pessoas, que se vão construindo dia após dia. Aos sacerdotes, lembro que o confessionário não deve ser uma câmara de tortura, mas o lugar da misericórdia do Senhor que nos incentiva a praticar o bem possível. Um pequeno passo, no meio de grandes limitações humanas, pode ser mais agradável a Deus do que a vida externamente correcta de quem transcorre os seus dias sem enfrentar sérias dificuldades. A todos deve chegar a consolação e o estímulo do amor salvífico de Deus, que opera misteriosamente em cada pessoa, para além dos seus defeitos e das suas quedas.

45. Vemos assim que o compromisso evangelizador se move por entre as limitações da linguagem e das circunstâncias. Procura comunicar cada vez melhor a verdade do Evangelho num contexto determinado, sem renunciar à verdade, ao bem e à luz que pode dar quando a perfeição não é possível. Um coração missionário está consciente destas limitações, fazendo-se «fraco com os fracos (…) e tudo para todos» (1 Cor 9, 22). Nunca se fecha, nunca se refugia nas próprias seguranças, nunca opta pela rigidez auto-defensiva. Sabe que ele mesmo deve crescer na compreensão do Evangelho e no discernimento das sendas do Espírito, e assim não renuncia ao bem possível, ainda que corra o risco de sujar-se com a lama da estrada.

Como se explica a ressurreição de Jesus? - Respondem os especialistas da Universidade de Navarra

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A rocha da fé, da caridade e da verdade

Papa Francisco 
Encíclica «Lumen fidei / A luz da fé», §34 (trad. © Libreria Editrice Vaticana)


A luz do amor, própria da fé, pode iluminar as perguntas do nosso tempo acerca da verdade. Muitas vezes, hoje, a verdade é reduzida a autenticidade subjectiva do indivíduo, válida apenas para a vida individual. Uma verdade comum mete-nos medo, porque a identificamos […] com a imposição intransigente dos totalitarismos; mas, se ela é a verdade do amor, se é a verdade que se mostra no encontro pessoal com Outro e com os outros, então fica livre da reclusão no indivíduo e pode fazer parte do bem comum. Sendo a verdade de um amor, não é verdade que se impõe pela violência, não é verdade que esmaga o indivíduo; nascendo do amor pode chegar ao coração, ao centro pessoal de cada homem; daqui resulta claramente que a fé não é intransigente, mas cresce na convivência que respeita o outro. O crente não é arrogante; pelo contrário, a verdade torna-o humilde, sabendo que, mais do que possuirmo-la nós, é ela que nos abraça e possui. Longe de nos endurecer, a segurança da fé põe-nos a caminho e torna possível o testemunho e o diálogo com todos.

Por outro lado, enquanto unida à verdade do amor, a luz da fé não é alheia ao mundo material, porque o amor vive-se sempre com corpo e alma; a luz da fé é luz encarnada, que dimana da vida luminosa de Jesus. A fé ilumina também a matéria, confia na sua ordem, sabe que nela se abre um caminho cada vez mais amplo de harmonia e compreensão. Deste modo, o olhar da ciência tira benefício da fé: esta convida o cientista a permanecer aberto à realidade, em toda a sua riqueza inesgotável. A fé desperta o sentido crítico, enquanto impede a pesquisa de se deter, satisfeita, nas suas fórmulas, e ajuda-a a compreender que a natureza sempre as ultrapassa. Convidando a maravilhar-se diante do mistério da criação, a fé alarga os horizontes da razão para iluminar melhor o mundo que se abre aos estudos da ciência.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 5 de dezembro de 2013

«Nem todo o que Me diz: “Senhor, Senhor”, entrará no Reino dos Céus, mas só o que faz a vontade de Meu Pai que está nos céus. «Todo aquele, pois, que ouve estas Minhas palavras e as observa será semelhante ao homem prudente que edificou a sua casa sobre rocha. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram e investiram os ventos contra aquela casa, mas ela não caiu, porque estava fundada sobre rocha. Todo aquele que ouve estas Minhas palavras e não as pratica será semelhante a um homem insensato que edificou a sua casa sobre areia. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram e investiram os ventos contra aquela casa, e ela caiu, e foi grande a sua ruína».

Mt 7, 21.24-27