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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
Noite escura no Porto
Ontem, dia 28 tive uma experiência pessoal que me deixou, confesso, um pouco fragilizado na minha “importância” de homem pertencente a uma sociedade de seres humanos.
Por volta das dez horas da noite passei por uma rua central da cidade do Porto. O que vi deixou-me atónito e curioso. Parei o automóvel e comecei a andar a pé.
Por volta das dez horas da noite passei por uma rua central da cidade do Porto. O que vi deixou-me atónito e curioso. Parei o automóvel e comecei a andar a pé.
Nos vãos dos estabelecimentos de boa aparência estavam numerosos grupos de dez ou vinte pessoas, sentados, deitados, de cócoras embrulhados em cobertores, conversando animadamente.
Gente muito jovem, rapazes e raparigas e alguns mais velhos que eram quem falava mais alto.
O que fazia ali aquela gente?
Nada… absolutamente nada. O vestuário indefinido, o aspecto igualmente e, todos, com um ar de resignação estampado nos rostos não muito limpos.
Seriam, estes, os tristemente famosos sem-abrigo de que tanto se fala mas que, talvez, muitos nunca tenham contactado directamente.
Fiquei por ali, andando para trás e para a frente fazendo um esforço para não me fazer notado como um curioso movido por qualquer impulso. Não sou um perito mas não me pareceu que houvesse sintomas de drogas ou outra adição do género. Aliás, não se via um unico agente policial.
Estavam ali e… era tudo!
Passados uns quinze minutos chegaram dois automóveis que transportavam gente jovem, alguns muito jovens. Dos porta-bagagens tiraram grandes caixas térmicas, e sacos de variado tamanho.
Continham comida! Sopa, sandes, alguns bolos.
Ordenadamente toda aquela gente foi-se colocando em fila para receber o seu quinhão da, possivelmente, única refeição do dia.
A cena, por si só, deixou-me inquieto e, ao mesmo tempo, estranhamente feliz:
Inquieto pela juventude carenciada de uma simples refeição necessariamente frugal;
Feliz por constatar que existe muita gente jovem que, a desoras, procura outros a quem prestar assistência a sério, com coisas práticas, em espécie e também em palavras que revelavam um à-vontade muito grande de quem faz algo com um simples e natural gesto solidário.
Não interessa muito considerar se era uma noite de Janeiro, fria, gelada, chovendo a cântaros; podia ser uma noite cálida de Agosto porque a única diferença seria, talvez, menos desconforto, o que, sim, me importa, é a falta de consideração, de um breve pensamento, uma simples oração, de tantos e tantas – nos quais infelizmente tenho de incluir-me – nem lhe ocorre ou preocupa.
Por mim, fiz um propósito que desejo veemente cumprir:
Não adormecer um único dia, no sossego e conforto do meu lar ou onde estiver, sem pedir à Mãe comum e Rainha de todos os portugueses, que lance um olhar carinhoso por estes filhos e súbditos seus.
Querem, os que me leem, acompanhar-me neste propósito?
ama
Sacramento da Confirmação
Não obstante a temperatura glacial, largos milhares de peregrinos se concentraram na praça de São Pedro, para a audiência geral desta quarta-feira, dedicada ao sacramento do Crisma.
Eis o resumo da catequese proposto em português:
"O sacramento da Crisma ou Confirmação forma, juntamente com o Batismo e a Eucaristia, a chamada “iniciação cristã”, um único evento de salvação no qual somos inseridos em Jesus morto e ressuscitado e nos tornamos novas criaturas e membros da Igreja. Habitualmente chamamos a este sacramento Crisma, palavra que significa unção; nele usa-se o óleo do Santo Crisma, com o qual somos ungidos pela força do Espírito Santo que nos plasma à imagem de Cristo. Por sua vez o termo Confirmação nos lembra que este sacramento produz um crescimento na graça do Batismo e nos dá uma força especial para propagar e defender a fé, através dos sete dons do Espírito Santo. E, quando acolhemos em nós o Espírito Santo, o próprio Cristo se faz presente e toma forma na nossa vida; será Ele que através de nós rezará, infundirá consolação, far-se-á próximo aos necessitados, criará união e semeará a paz."
Eis também a saudação dirigida aos peregrinos lusófonos:
"Queridos peregrinos de língua portuguesa: uma cordial saudação para todos! Lembrai-vos de agradecer o Senhor pelo dom do sacramento da Crisma, pedindo-Lhe que vos ajude a viverdes sempre come verdadeiros cristãos, para confessar por todo o lado o nome de Cristo! Desça sobre vós a Bênção do Senhor!"
(Fonte: 'news.va')
Vídeo da ocasião em italiano
‘Rolling Stone’ dedica capa e doze páginas ao Papa, mas cuidado porque aproveita para denegrir os Pontificados de João Paulo II e Bento XVI
POR FAVOR LEIA ESTE COMENTÁRIO. OBRIGADO!
O Pe. Federico Lombardi, porta-voz da Santa Sé instado a comentar a capa da revista ‘Rolling Stones’ afirmou: "O artigo da ‘Rolling Stone’ é um sinal da atenção que a novidade representada pelo Papa Francisco atrai em diversos ambientes. Infelizmente, o artigo em si cai no erro comum de um jornalismo superficial, que para destacar os aspectos positivos do Papa Francisco sente a necessidade de descrever de forma negativa o pontificado do Papa Bento, e fá-lo de uma forma espantosamente grosseira. É pena, não é desta maneira que se presta um bom serviço nem mesmo para o Papa Francisco, que sabe perfeitamente quanto a Igreja deve ao seu antecessor ".
(Fonte: ‘Il sirmografo’ com tradução de JPR)
"Evangelii Gaudium" (64)
A nossa tristeza infinita só se cura com um amor infinito.
266. Esta convicção, porém, é sustentada com a experiência pessoal, constantemente renovada, de saborear a sua amizade e a sua mensagem. Não se pode perseverar numa evangelização cheia de ardor, se não se está convencido, por experiência própria, que não é a mesma coisa ter conhecido Jesus ou não O conhecer, não é a mesma coisa caminhar com Ele ou caminhar tacteando, não é a mesma coisa poder escutá-Lo ou ignorar a sua Palavra, não é a mesma coisa poder contemplá-Lo, adorá-Lo, descansar n’Ele ou não o poder fazer. Não é a mesma coisa procurar construir o mundo com o seu Evangelho em vez de o fazer unicamente com a própria razão. Sabemos bem que a vida com Jesus se torna muito mais plena e, com Ele, é mais fácil encontrar o sentido para cada coisa. É por isso que evangelizamos. O verdadeiro missionário, que não deixa jamais de ser discípulo, sabe que Jesus caminha com ele, fala com ele, respira com ele, trabalha com ele. Sente Jesus vivo com ele, no meio da tarefa missionária. Se uma pessoa não O descobre presente no coração mesmo da entrega missionária, depressa perde o entusiasmo e deixa de estar seguro do que transmite, faltam-lhe força e paixão. E uma pessoa que não está convencida, entusiasmada, segura, enamorada, não convence ninguém.
267. Unidos a Jesus, procuramos o que Ele procura, amamos o que Ele ama. Em última instância, o que procuramos é a glória do Pai, vivemos e agimos «para que seja prestado louvor à glória da sua graça» (Ef 1, 6). Se queremos entregar-nos a sério e com perseverança, esta motivação deve superar toda e qualquer outra. O movente definitivo, o mais profundo, o maior, a razão e o sentido último de tudo o resto é este: a glória do Pai que Jesus procurou durante toda a sua existência. Ele é o Filho eternamente feliz, com todo o seu ser «no seio do Pai» (Jo 1, 18). Se somos missionários, antes de tudo é porque Jesus nos disse: «A glória do meu Pai [consiste] em que deis muito fruto» (Jo 15, 8). Independentemente de que nos convenha, interesse, aproveite ou não, para além dos estreitos limites dos nossos desejos, da nossa compreensão e das nossas motivações, evangelizamos para a maior glória do Pai que nos ama.
«Produziu a trinta, a sessenta e a cem por um»
Sermões ao povo, n°6 passim; SC 175
Irmãos bem amados, quando vos apresentamos uma coisa útil para a vossa alma, que ninguém tente desculpar-se dizendo: «Não tenho tempo para ler, e é por isso que não posso conhecer os mandamentos de Deus nem observá-los.» […] Evitemos as vãs tagarelices e as brincadeiras corrosivas […], e veremos se não temos tempo para consagrar à leitura da Sagrada Escritura. […] Quando as noites são mais longas, haverá alguém capaz de tanto de dormir, que não possa ler ou ouvir ler as Escrituras? […] Pois a luz da alma e seu alimento eterno não é senão a Palavra de Deus, sem a qual o coração não pode nem viver nem ver. […]
O cuidado da nossa alma é semelhante ao cultivo da terra. Assim como para cultivar a terra se arranca de um lado e se extirpa do outro até à raiz para semear o bom grão, o mesmo se deve fazer à nossa alma: arrancar o que é mau e plantar o que é bom; extirpar o que é prejudicial, transplantar o que é útil; desenraizar o orgulho e plantar a humildade; deitar fora a avareza e guardar a misericórdia; desprezar a imoralidade e amar a castidade. […]
Efectivamente, vós sabeis como se cultiva a terra. Em primeiro lugar, arrancam-se as silvas e atiram-se as pedras para longe, seguidamente lavra-se a própria terra, recomeça-se uma segunda vez, uma terceira, e finalmente […] semeia-se. Que seja assim na nossa alma: em primeiro lugar, arranquemos as silvas, ou seja os maus pensamentos; seguidamente retiremos as pedras, isto é, a malícia e a dureza. Por último, lavremos o nosso coração com o arado do Evangelho e a relha da cruz e, quebrado pela penitência, amolecido pela esmola e pela caridade, preparemo-lo para a semente do Senhor […], para que possa receber com alegria a semente da palavra divina e não dar apenas trinta, mas sessenta e cem vezes o seu fruto.
O cuidado da nossa alma é semelhante ao cultivo da terra. Assim como para cultivar a terra se arranca de um lado e se extirpa do outro até à raiz para semear o bom grão, o mesmo se deve fazer à nossa alma: arrancar o que é mau e plantar o que é bom; extirpar o que é prejudicial, transplantar o que é útil; desenraizar o orgulho e plantar a humildade; deitar fora a avareza e guardar a misericórdia; desprezar a imoralidade e amar a castidade. […]
Efectivamente, vós sabeis como se cultiva a terra. Em primeiro lugar, arrancam-se as silvas e atiram-se as pedras para longe, seguidamente lavra-se a própria terra, recomeça-se uma segunda vez, uma terceira, e finalmente […] semeia-se. Que seja assim na nossa alma: em primeiro lugar, arranquemos as silvas, ou seja os maus pensamentos; seguidamente retiremos as pedras, isto é, a malícia e a dureza. Por último, lavremos o nosso coração com o arado do Evangelho e a relha da cruz e, quebrado pela penitência, amolecido pela esmola e pela caridade, preparemo-lo para a semente do Senhor […], para que possa receber com alegria a semente da palavra divina e não dar apenas trinta, mas sessenta e cem vezes o seu fruto.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho de dia 29 de janeiro de 2014
Começou de novo a ensinar à beira-mar; e juntou-se à Sua volta tão grande multidão que teve de subir para uma barca e sentar-Se dentro dela, no mar, enquanto toda a multidão estava em terra na margem. E ensinava-lhes muitas coisas por meio de parábolas. Dizia-lhes segundo o Seu modo de ensinar: «Ouvi: Eis que o semeador saiu a semear. E ao semear, uma parte da semente caiu ao longo do caminho, e vieram as aves do céu e comeram-na. Outra parte caiu entre pedregulhos, onde tinha pouca terra, e logo nasceu, por não ter profundidade a terra; mas, quando saiu o sol, foi queimada pelo calor e, como não tinha raíz, secou. Outra parte caiu entre espinhos; e os espinhos cresceram e sufocaram-na e não deu fruto. Outra caiu em terra boa; e deu fruto que vingou e cresceu, e um grão deu trinta, outro sessenta e outro cem». E acrescentava: «Quem tem ouvidos para ouvir, oiça». Quando Se encontrou só, os doze, que estavam com Ele, interrogaram-n'O sobre a parábola. Disse-lhes: «A vós é concedido conhecer o mistério do reino de Deus; porém, aos que são de fora, tudo se lhes propõe em parábolas, para que, olhando não vejam, e ouvindo não entendam; não aconteça que se convertam, e lhes sejam perdoados os pecados». E acrescentou: «Não entendeis esta parábola? Então como entendereis todas as outras? O que o semeador semeia é a palavra. Uns encontram-se ao longo do caminho onde ela é semeada; mas logo que a ouvem vem Satanás tirar a palavra semeada neles. Outros recebem a semente em terreno pedregoso; ouvem a palavra, logo a recebem com alegria, mas não têm raízes em si mesmos, são inconstantes; depois, levantando-se a tribulação ou a perseguição por causa da palavra, sucumbem imediatamente. Outros recebem a semente entre espinhos; ouvem a palavra, mas os cuidados mundanos, a sedução das riquezas e as outras paixões, entrando, afogam a palavra, e ela fica infrutuosa. Aqueles que recebem a semente em terra boa, são os que ouvem a palavra, recebem-na, e dão fruto, um a trinta, outro a sessenta, e outro a cem por um».
Mc 4, 1-20
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