Obrigado, Perdão Ajuda-me
domingo, 11 de julho de 2010
Um fim-de-semana em Moscovo
Finalmente voltei a Moscovo numa curta visita de um fim-de-semana maior. Tinha estado na Rússia em plena Perestroika, em 1989, e nunca mais tive coragem de voltar. No ano passado, no Verão, estive muito de passagem em S. Petersburgo e gostei tanto da "nova" cidade que, desde aí, mantive o desejo de voltar a Moscovo, onde tinha estado pela última vez para assistir e escrever sobre as primeiras eleições livres da Rússia (na altura, ainda URSS). O marido ofereceu-me a viagem de prenda de anos.
Chegámos de noite, dormi pouco e numa manhã banhada por um sol acolhedor e uma temperatura magnífica preparei-me para voltar à Praça Vermelha. Partimos do hotel com o amigo de sempre José Milhazes, na disposição de encontrar as mudanças destes anos de Rússia livre. Passei à porta do Museu do Gulag mas comecei a visita, como era obrigatório, pela Praça Vermelha. Ao entrar, deparei com uma igreja nova, de Nossa Senhora de Kazan, pequena e cheia de charme, que lá não existia e onde decorria uma missa de rito ortodoxo, com um lindíssimo coro de "baixos" que só na Rússia se conseguem ouvir. Voltava ao seu local a Igreja de Nossa Senhora de Kazan que Estaline mandou destruir, a do famoso ícone que esteve em Fátima e João Paulo II devolveu aos Ortodoxos. Tinha sido destruída porque incomodava as entradas na Praça Vermelha das paradas militares que assinalavam a Revolução de Outubro.
A seu lado, os Armazéns do Povo, agora transformados num lindíssimo centro comercial cheio de lojas de todas as marcas do Mundo. Os Armazéns do Povo, que tinham um andar reservado à nomenklatura e o resto cheio de coisas horríveis em gosto e em qualidade, podiam agora ser montras da 5.ª Avenida de Nova Iorque.
No centro da Praça, uma espécie de feira de diversões e comida que retirava toda a solenidade ao túmulo de Lenin. Resta pouco da Rússia comunista. É certo que está lá o Mausoléu, mas já não tem a fila das visitas nem os guardas com a pompa e circunstância dos velhos tempos. Mesmo a muralha do Kremlin já não tem a solenidade de encerrar o coração do comunismo mundial, sendo apenas uma sala de visitas onde brilham as cúpulas douradas das igrejas restauradas, guardadas pelo voo de falcões. Na muralha ficaram as estrelas de cinco pontas, velho símbolo do internacionalismo proletário, mas desapareceram as foices e os martelos.
Estão lá os túmulos de Estaline, de Molotov, ou de Suslov (o amigo de sempre de Cunhal), mas agora numa praça onde se pode beber Coca-Cola enquanto se olha um palco com jovens músicos que gritam e dançam ao ritmo de sons iguais aos que se ouvem em qualquer outra praça de capital europeia.
Encontrei Moscovo cheia de esplanadas, de restaurantes, de teatros, de museus onde se pode ver Chagal, ou Kandinsky, ou ícones de Rubluv, uma cidade nova, cheia de cúpulas douradas que tinham sido destruídas. Também as torres dos sinos e os edifícios que serviam de armazéns voltaram a ser abertas ao culto, dando-nos a sensação que Moscovo se encheu subitamente de igrejas. A mais simbólica, a de Cristo Redentor, que assinala a vitória do povo russo sobre Napoleão, foi destruída à bomba por Estaline para lá colocar uma estátua de Lenin, mas acabou numa piscina. Voltou a ser a basílica antiga já não com o mármore inicial (esse serviu para construir estações de metro, com mão-de-obra dos campos de presos políticos) das redondezas, mas numa reconstrução que em muito se aproxima ao que era a basílica-mãe da Igreja Ortodoxa russa.
Não é fácil transitar de mais de 60 anos de completa colectivização dos meios de produção e de ditadura do "proletariado" para a normalidade de um país ocidental. Mas Moscovo é hoje uma cidade com poucas marcas do passado comunista e que vive entre o reencontrar da velha alma russa e a vontade de olhar o futuro assente nos valores da normalidade da liberdade. E no Ballet Bolshoi ainda dançam como mais ninguém no Mundo.
Zita Seabra
(Fonte: JN online)
Chegámos de noite, dormi pouco e numa manhã banhada por um sol acolhedor e uma temperatura magnífica preparei-me para voltar à Praça Vermelha. Partimos do hotel com o amigo de sempre José Milhazes, na disposição de encontrar as mudanças destes anos de Rússia livre. Passei à porta do Museu do Gulag mas comecei a visita, como era obrigatório, pela Praça Vermelha. Ao entrar, deparei com uma igreja nova, de Nossa Senhora de Kazan, pequena e cheia de charme, que lá não existia e onde decorria uma missa de rito ortodoxo, com um lindíssimo coro de "baixos" que só na Rússia se conseguem ouvir. Voltava ao seu local a Igreja de Nossa Senhora de Kazan que Estaline mandou destruir, a do famoso ícone que esteve em Fátima e João Paulo II devolveu aos Ortodoxos. Tinha sido destruída porque incomodava as entradas na Praça Vermelha das paradas militares que assinalavam a Revolução de Outubro.
A seu lado, os Armazéns do Povo, agora transformados num lindíssimo centro comercial cheio de lojas de todas as marcas do Mundo. Os Armazéns do Povo, que tinham um andar reservado à nomenklatura e o resto cheio de coisas horríveis em gosto e em qualidade, podiam agora ser montras da 5.ª Avenida de Nova Iorque.
No centro da Praça, uma espécie de feira de diversões e comida que retirava toda a solenidade ao túmulo de Lenin. Resta pouco da Rússia comunista. É certo que está lá o Mausoléu, mas já não tem a fila das visitas nem os guardas com a pompa e circunstância dos velhos tempos. Mesmo a muralha do Kremlin já não tem a solenidade de encerrar o coração do comunismo mundial, sendo apenas uma sala de visitas onde brilham as cúpulas douradas das igrejas restauradas, guardadas pelo voo de falcões. Na muralha ficaram as estrelas de cinco pontas, velho símbolo do internacionalismo proletário, mas desapareceram as foices e os martelos.
Estão lá os túmulos de Estaline, de Molotov, ou de Suslov (o amigo de sempre de Cunhal), mas agora numa praça onde se pode beber Coca-Cola enquanto se olha um palco com jovens músicos que gritam e dançam ao ritmo de sons iguais aos que se ouvem em qualquer outra praça de capital europeia.
Encontrei Moscovo cheia de esplanadas, de restaurantes, de teatros, de museus onde se pode ver Chagal, ou Kandinsky, ou ícones de Rubluv, uma cidade nova, cheia de cúpulas douradas que tinham sido destruídas. Também as torres dos sinos e os edifícios que serviam de armazéns voltaram a ser abertas ao culto, dando-nos a sensação que Moscovo se encheu subitamente de igrejas. A mais simbólica, a de Cristo Redentor, que assinala a vitória do povo russo sobre Napoleão, foi destruída à bomba por Estaline para lá colocar uma estátua de Lenin, mas acabou numa piscina. Voltou a ser a basílica antiga já não com o mármore inicial (esse serviu para construir estações de metro, com mão-de-obra dos campos de presos políticos) das redondezas, mas numa reconstrução que em muito se aproxima ao que era a basílica-mãe da Igreja Ortodoxa russa.
Não é fácil transitar de mais de 60 anos de completa colectivização dos meios de produção e de ditadura do "proletariado" para a normalidade de um país ocidental. Mas Moscovo é hoje uma cidade com poucas marcas do passado comunista e que vive entre o reencontrar da velha alma russa e a vontade de olhar o futuro assente nos valores da normalidade da liberdade. E no Ballet Bolshoi ainda dançam como mais ninguém no Mundo.
Zita Seabra
(Fonte: JN online)
Ao Angelus, em Castelgandolfo, Bento XVI evoca o bom samaritano, modelo da "lógica de Cristo, a lógica da caridade"
Vídeo em espanhol
Recordado S. Bento, patrono da Europa, que a Igreja celebra a 11 de Julho
O tradicional encontro dos domingos ao meio-dia, com o Papa, teve hoje lugar no pátio interior da residência de Castelgandolfo, onde Bento XVI se encontra desde quarta-feira passada, em período de repouso. O Papa deteve-se a comentar a parábola do “bom samaritano”, que nos convida a tornarmo-nos “próximo” de quem quer que tenha necessidade da nossa ajuda:
“A parábola deve levar-nos a transformar a nossa mentalidade segundo a lógica de Cristo, que é a lógica da caridade: Deus é amor, e prestar-lhe culto significa servir os irmãos com amor sincero e generoso. Este episódio evangélico oferece o critério de medida, isto é, a universalidade do amor que se dirige ao necessitado encontrado por acaso, quem quer que seja. Juntamente com esta regra universal, existe também uma exigência especificamente eclesial: que ‘na própria Igreja, enquanto família, nenhum membro sofra por carecer do que lhe é necessário. O programa do cristão, aprendido no ensinamento de Jesus, é um coração que vê onde há necessidade de amor, e age em consequência.
Muito aplaudido pelos numerosos jovens presentes no pátio interior de Castelgandolfo, Bento XVI recordou também que neste dia 11 de Julho a Igreja faz memória de São Bento de Núrsia, “pai e legislador do monaquismo ocidental”, que – como escreve São Gregório Magno – “foi um homem de vida santa… de nome e por graça”. “Escreveu uma Regra para os monges… espelho de uma magistério incarnado na sua pessoa; de facto, o santo não podia absolutamente ensinar de modo diferente de como vivia. O Papa Paulo VI proclamou S. Bento Padroeiro da Europa, a 24 de Outubro de 1964, reconhecendo a obra maravilhosa que desenvolveu para a formação da civilização europeia”.
Bento XVI concluiu a sua alocução confiando à Virgem Maria “o nosso caminho de fé, especialmente este tempo de férias, para que os nossos corações nunca percam de vista a Palavra de Deus e os irmãos em necessidade”.
(Fonte: site Radio Vaticana)
O Evangelho segundo a 'Playboy'
O verdadeiro problema da última (se calhar literalmente) edição da Playboy caseira é a bizarria de servir Saramago a quem apenas espera encontrar meninas em pelota. Curiosamente, o polémica surgiu de outro lado, isto é, da "homenagem" (sic) que a revista quis fazer ao falecido Nobel: meia dúzia de retratos de um infeliz fantasiado de Cristo junto a uma amostra das referidas meninas. Os responsáveis da publicação explicam que pretenderam transmitir uma "mensagem forte", a exigir "análise profunda".
De análise profunda, embora a cargo de uma junta psiquiátrica, precisam os que vêem no conjunto de fotografias mais do que aquilo evidentemente é: um monumento ao atraso de vida e, talvez, um golpe publicitário. Qualquer que fosse o motivo, o que correu é que a Playboy original tenciona cancelar a licença da versão portuguesa e eu diverti-me a contar os (poucos) minutos que separaram a divulgação da notícia dos primeiros berros de "Censura!".
Naturalmente, os berros surgiram num blogue subsidiário do Bloco de Esquerda. Por acaso, nem o blogue em causa nem o Bloco são conhecidos por patrocinar opiniões que consideram contrárias aos seus princípios, e não me lembro de ler no www.esquerda.net (o site oficial do bando) textos simpáticos para com a globalização, o Vaticano ou as políticas de Israel, por exemplo. Trata-se de critérios editoriais, claro, os quais pelos vistos não se aplicam à Playboy, que deve publicar tudo o que os funcionários do dr. Louçã acham publicável ou sujeitar-se a acusações de fundamentalismo e, se lhes puxarem pela língua, a equivalências com os islâmicos que protestam as ofensas a Maomé.
Na perspectiva dos rapazes da esquerda folclórica, todo o pretexto serve para realçar a intolerância do Ocidente, apontar o puritanismo dos americanos e relativizar a fúria do Islão, incluindo comparar a decisão interna de uma empresa com multidões que babam ódio e estados que emitem sentenças de morte. É lá com eles, mas, de um arrevesado modo, em matéria de censuras e fundamentalismos o fait-divers da Playboy diz mais sobre os que o criticaram do que sobre os que o produziram. Como o acto de censura homenageia melhor do que a pretensa homenagem o censor que Saramago foi.
Alberto Gonçalves
(Fonte: DN online)
De análise profunda, embora a cargo de uma junta psiquiátrica, precisam os que vêem no conjunto de fotografias mais do que aquilo evidentemente é: um monumento ao atraso de vida e, talvez, um golpe publicitário. Qualquer que fosse o motivo, o que correu é que a Playboy original tenciona cancelar a licença da versão portuguesa e eu diverti-me a contar os (poucos) minutos que separaram a divulgação da notícia dos primeiros berros de "Censura!".
Naturalmente, os berros surgiram num blogue subsidiário do Bloco de Esquerda. Por acaso, nem o blogue em causa nem o Bloco são conhecidos por patrocinar opiniões que consideram contrárias aos seus princípios, e não me lembro de ler no www.esquerda.net (o site oficial do bando) textos simpáticos para com a globalização, o Vaticano ou as políticas de Israel, por exemplo. Trata-se de critérios editoriais, claro, os quais pelos vistos não se aplicam à Playboy, que deve publicar tudo o que os funcionários do dr. Louçã acham publicável ou sujeitar-se a acusações de fundamentalismo e, se lhes puxarem pela língua, a equivalências com os islâmicos que protestam as ofensas a Maomé.
Na perspectiva dos rapazes da esquerda folclórica, todo o pretexto serve para realçar a intolerância do Ocidente, apontar o puritanismo dos americanos e relativizar a fúria do Islão, incluindo comparar a decisão interna de uma empresa com multidões que babam ódio e estados que emitem sentenças de morte. É lá com eles, mas, de um arrevesado modo, em matéria de censuras e fundamentalismos o fait-divers da Playboy diz mais sobre os que o criticaram do que sobre os que o produziram. Como o acto de censura homenageia melhor do que a pretensa homenagem o censor que Saramago foi.
Alberto Gonçalves
(Fonte: DN online)
S. Josemaría nesta data em 1974
Em Lima, Peru, comenta hoje: “O homem foi criado, como diz a Sagrada Escritura, ut operaretur: para trabalhar. Se os nossos primeiros pais não tivessem pecado, o trabalho não seria custoso, seria uma maravilha; mas realizado por amor de Deus, ainda que se torne pesado, ainda que pareça de pouca transcendência, é sempre algo de grande, que nos faz felizes: é beber o cálice de Jesus Cristo”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
S. BENTO, ASTRO BRILHANTE DA IGREJA E DA CIVILIZAÇÃO
1. Fulgurante de luz, Bento de Núrcia, glória da Itália e de toda a Igreja, resplandece como astro na escuridão da noite. Quem pacientemente estudar a sua gloriosa vida e entrar, à luz da história, no tempestuoso tempo em que viveu, há-de sentir, indubitavelmente, a realidade da promessa que o Senhor deixou aos Apóstolos e a sociedade que fundara: "Estarei convosco, todos os dias, até a consumação dos tempos" (Mt 27,20). Sentença e promessa que jamais perderá, por certo, a sua actualidade, porque se envolve no curso dos séculos, que a divina Providência governa e encaminha. Com efeito, quando são mais audazes e agressivos os inimigos da religião e mais temerosos os baixios em que se agita a nau Vaticana de Pedro, quando tudo, finalmente, se vai, a desmoronar, e já pereceu de todo a esperança humana, então, precisamente, o amigo que não falta, o divino consolador, dispensador dos tesouros celestiais, Jesus Cristo, aparece para reconstituir as fileiras abaladas, com novos contingentes de atletas, que saiam a defender em campo a república cristã, que a reintegrem como antigamente e que, se puder ser, com o auxílio da graça, a enriqueçam de novas conquistas.
2. Entre esses atletas, refulge com luz particular "Bento, que duplamente o foi: por graça e de nome". Por especialíssimo desígnio da Providência, salientava-se nas trevas do século o santo patriarca, à hora precisa em que a situação da Igreja e dos povos atravessava uma crise profunda. O império romano, que atingira o apogeu da glória, estendendo-se, por efeito duma política justa e moderada, aos povos mais diversos, a ponto de afirmar um dos seus escritores "que melhor que império chamar-se-lhe-ia padroado da terra", como tudo que é humano, tinha declinado para o ocaso. Debilitado e corrompido por dentro, esfacelado, por fora, pelas repetidas incursões dos bárbaros que desciam do setentrião, o Ocidente afundava-se na mais completa ruína. Nesta horrível procela, cheia de perigos e destroços, donde surgiria à humanidade a esperança de auxílio, a garantia de salvar da voragem, intactas ao menos, as relíquias do seu património? Da Igreja católica. Com efeito, todos os empreendimentos e instituições, baseados unicamente no arbítrio dos homens, que reciprocamente se sucedem e engrandecem, no rodar do tempo, vêem, em virtude da própria fragilidade essencial, decair e arruinar-se. A Igreja, porém, possui, derivante do próprio fundador, a propriedade de fruir da vida divina, dum vigor incessante que lhe permite sair da luta com os homens e as coisas sempre vencedora, apta para arrancar, ainda do entulho, uma idade nova e mais feliz e reagregar os povos, com o influxo dos princípios cristãos, numa sociedade rejuvenescida.
3. Por isso, na provável ocorrência do XIV centenário da morte do santo patriarca, em que coroado de méritos e esgotado de trabalhos despendidos em prol de Deus e dos homens, venturosamente passou deste exílio da terra à pátria celeste, houvemos por bem, veneráveis irmãos, salientar, ainda que resumidamente, nesta nossa carta encíclica o momentoso papel que desempenhou na reintegração e reforma das coisas do seu tempo.
Pio XII – excerto Carta Encíclica “Fulgens Radiatur” – 21 de Março de 1947
Nota:
S. Bento foi proclamado Padroeiro da Europa pelo Papa Paulo VI na Carta Apostólica “Pacis nuntius” de 24 de Outubro de 1964
2. Entre esses atletas, refulge com luz particular "Bento, que duplamente o foi: por graça e de nome". Por especialíssimo desígnio da Providência, salientava-se nas trevas do século o santo patriarca, à hora precisa em que a situação da Igreja e dos povos atravessava uma crise profunda. O império romano, que atingira o apogeu da glória, estendendo-se, por efeito duma política justa e moderada, aos povos mais diversos, a ponto de afirmar um dos seus escritores "que melhor que império chamar-se-lhe-ia padroado da terra", como tudo que é humano, tinha declinado para o ocaso. Debilitado e corrompido por dentro, esfacelado, por fora, pelas repetidas incursões dos bárbaros que desciam do setentrião, o Ocidente afundava-se na mais completa ruína. Nesta horrível procela, cheia de perigos e destroços, donde surgiria à humanidade a esperança de auxílio, a garantia de salvar da voragem, intactas ao menos, as relíquias do seu património? Da Igreja católica. Com efeito, todos os empreendimentos e instituições, baseados unicamente no arbítrio dos homens, que reciprocamente se sucedem e engrandecem, no rodar do tempo, vêem, em virtude da própria fragilidade essencial, decair e arruinar-se. A Igreja, porém, possui, derivante do próprio fundador, a propriedade de fruir da vida divina, dum vigor incessante que lhe permite sair da luta com os homens e as coisas sempre vencedora, apta para arrancar, ainda do entulho, uma idade nova e mais feliz e reagregar os povos, com o influxo dos princípios cristãos, numa sociedade rejuvenescida.
3. Por isso, na provável ocorrência do XIV centenário da morte do santo patriarca, em que coroado de méritos e esgotado de trabalhos despendidos em prol de Deus e dos homens, venturosamente passou deste exílio da terra à pátria celeste, houvemos por bem, veneráveis irmãos, salientar, ainda que resumidamente, nesta nossa carta encíclica o momentoso papel que desempenhou na reintegração e reforma das coisas do seu tempo.
Pio XII – excerto Carta Encíclica “Fulgens Radiatur” – 21 de Março de 1947
Nota:
S. Bento foi proclamado Padroeiro da Europa pelo Papa Paulo VI na Carta Apostólica “Pacis nuntius” de 24 de Outubro de 1964
Tema para reflexão - Samaritano
(A parábola do Bom samaritano, indica-nos) qual deve ser a relação de cada um de nós com o próximo que sofre. Não nos está permitido passar ao largo, com indiferença, antes devemos parar junto dele. Bom samaritano é todo o homem que se detém junto do sofrimento de outro homem de qualquer género que ele seja.
(JOÃO PAULO II, Carta apostólica Salvifici doloris, 28, 11.02.1984.02.11)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
(JOÃO PAULO II, Carta apostólica Salvifici doloris, 28, 11.02.1984.02.11)
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Ser feliz
Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver
apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
tornar-se um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus em cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica , mesmo que injusta.
Pedras no caminho ?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo. . .
(Fernando Pessoa)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
mas não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver
apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
tornar-se um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus em cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica , mesmo que injusta.
Pedras no caminho ?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo. . .
(Fernando Pessoa)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
Uma nova Capela para a “Tota Pulchra” de Belém
Voltou a resplandecer em toda a sua originalidade e simples beleza artística a Capela com o altar dedicado a Nossa Senhora e ao Menino de Belém, dentro da Basílica de Santa Catarina. A parte mais antiga da Igreja (a capela que se ergue entre um muro do tempo das cruzadas e um bizantino fora construída pelos franciscanos já no século XVII, antes da reestruturação da Igreja em 1882) e tinha necessidade de uma limpeza radical... Que foi confiada a um projecto de reestruturação a um arquitecto polaco. Em particular, a estátua de madeira da Imaculada (arte catalã do início de 900) foi pacientemente reestruturada por Marek Wesolowski, restaurador de Cracóvia, que fez reviver a delicadíssima decoração do vestido.
No dia 26 de Junho, as vésperas presididas pelo Vigário da Custódia e uma simples bênção constituíram o momento da inauguração da nova capela reestruturada e dedicada à Tota Pulchra de Belém, desde sempre o lugar mais visitado da Basílica de Santa Catarina.
...E ainda mais, se se considera que este é o lugar no qual Maria deu ao mundo Jesus. Uma continua “escola do Evangelho, esses lugares santos” disse padre Artemio Vitores. Lugares de fé e de profunda devoção...
“Foi também mudada a auréola, a coroa de Nossa Senhora. Por isso, seja a estátua que o altar (a parte superior) são totalmente novos. Era feito de cimento, de material colorido, quisemos dar a Nossa Senhora precisamente essa decoração em mármore. A parte inferior onde se encontra a estátua do Menino foi limpa e sobretudo os dourados que tinham desaparecidos...
“É a parte mais visitada da nossa Igreja. Todos os peregrinos e também a gente do local detém-se aqui em oração. Aqui, sobretudo os cristãos de manhã vêm rezar, acender velas, a rezar pelas suas intenções. Todos os matrimónios terminam aqui diante de Nossa Senhora. Creio que este, sobretudo para as pessoas locais e para os peregrinos será um sinal de uma atracção espiritual sobretudo... porque através de Maria sempre se vai a Jesus.”
(Fonte: H2O News com adaptação de JPR)
COMO ENRIQUECER DEPRESSA
Hoje apetece-me uma "pequena provocação".
Então a receita é assim:
Toma-se uma história que envolva a Religião Católica, ou a Bíblia, ou a Igreja Católica, ou os Anjos, ou as vidas dos Santos, ou tudo junto, e à volta disso inventa-se uma história tipo romance, que deve conter os seguintes ingredientes, para além de outros, obviamente:
Algumas citações bíblicas, interpretadas a gosto, dois ou três comentários de teólogos, (dos que não acreditam em Deus), que sirvam os propósitos, partes de documentos da Igreja, retirados de contexto, algumas citações de gente conhecida no mundo das ciências, para dar credibilidade "cientifica", algumas citações de documentos de bibliotecas, etc., para "provar" que se fez um "estudo aprofundado", duas ou três figuras femininas, para que possam haver algumas cenas de sexo erótico, (não explicito, para não ferir a "credibilidade"), de preferência com Ministros da Igreja, não esquecer também os bens materiais que tenham sido "desviados" e, muito importante, nunca esquecer que em tudo isto tem de estar por detrás um segredo importante, uma conspiração de silêncio.
Feito isto, é necessário deixar escapar, nos sítios certos e com as pessoas certas, a "inconfidência" do "grande escândalo" sobre a Igreja que está para "rebentar".
Deixa-se a "cozinhar em lume brando" e no momento certo, escolhido pela editora, faz-se aparecer a "obra".
Sucesso garantido!!!
Compram os que são contra a Religião, contra a Igreja, para depois terem mais argumentos e poderem dizer: "eu não dizia, que estes gajos da religião andavam a enganar a gente"!!!
Compram os que não querem saber de nada, mas têm de ter em casa, porque toda a gente tem.
E depois..., depois compram os cristãos, que podem não ler a Bíblia, os Documentos da Igreja, as vidas dos Santos, os livros que ajudam a crescer na Fé, mas estes livros compram, lêem sofregamente e depois dizem que ficaram com dúvidas na "sua fé".
Dúvidas não, com certeza, porque se livros deste tipo levam a duvidar da Fé que dizemos professar, da Igreja (em) que vivemos, então é porque a Fé ainda não existia.
«Perdoai-nos Senhor, porque não sabemos o que fazemos, o que escrevemos, o que lemos.»
Monte Real, 13 de Outubro de 2006
Joaquim Mexia Alves
Então a receita é assim:
Toma-se uma história que envolva a Religião Católica, ou a Bíblia, ou a Igreja Católica, ou os Anjos, ou as vidas dos Santos, ou tudo junto, e à volta disso inventa-se uma história tipo romance, que deve conter os seguintes ingredientes, para além de outros, obviamente:
Algumas citações bíblicas, interpretadas a gosto, dois ou três comentários de teólogos, (dos que não acreditam em Deus), que sirvam os propósitos, partes de documentos da Igreja, retirados de contexto, algumas citações de gente conhecida no mundo das ciências, para dar credibilidade "cientifica", algumas citações de documentos de bibliotecas, etc., para "provar" que se fez um "estudo aprofundado", duas ou três figuras femininas, para que possam haver algumas cenas de sexo erótico, (não explicito, para não ferir a "credibilidade"), de preferência com Ministros da Igreja, não esquecer também os bens materiais que tenham sido "desviados" e, muito importante, nunca esquecer que em tudo isto tem de estar por detrás um segredo importante, uma conspiração de silêncio.
Feito isto, é necessário deixar escapar, nos sítios certos e com as pessoas certas, a "inconfidência" do "grande escândalo" sobre a Igreja que está para "rebentar".
Deixa-se a "cozinhar em lume brando" e no momento certo, escolhido pela editora, faz-se aparecer a "obra".
Sucesso garantido!!!
Compram os que são contra a Religião, contra a Igreja, para depois terem mais argumentos e poderem dizer: "eu não dizia, que estes gajos da religião andavam a enganar a gente"!!!
Compram os que não querem saber de nada, mas têm de ter em casa, porque toda a gente tem.
E depois..., depois compram os cristãos, que podem não ler a Bíblia, os Documentos da Igreja, as vidas dos Santos, os livros que ajudam a crescer na Fé, mas estes livros compram, lêem sofregamente e depois dizem que ficaram com dúvidas na "sua fé".
Dúvidas não, com certeza, porque se livros deste tipo levam a duvidar da Fé que dizemos professar, da Igreja (em) que vivemos, então é porque a Fé ainda não existia.
«Perdoai-nos Senhor, porque não sabemos o que fazemos, o que escrevemos, o que lemos.»
Monte Real, 13 de Outubro de 2006
Joaquim Mexia Alves
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