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quinta-feira, 29 de abril de 2010
Cavaco avisou ... há sete anos (pena é que o não tenham ouvido e tenha mesmo sido contestado pelo então Governador do Banco de Portugal)
Cavaco Silva avisou. Há sete anos, um confronto entre o então professor de economia Cavaco Silva e o já governador Vítor Constâncio ficou célebre: Cavaco avisava para o desequilíbrio externo, que o euro escondia. Sete anos depois, o texto parece premonição. Constâncio discordava.
Leia o texto de Cavaco Silva na íntegra AQUI.
Estávamos a 23 de Maio de 2003 e, numa conferência de homenagem a José Silva Lopes, o então professor de economia lançou fortes avisos ao Governo de Durão Barroso, que tinha como ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite.
Dizia, por exemplo, Cavaco: "Um país, mesmo que seja uma região num espaço monetário unificado, não pode endividar-se sem limites. No médio ou longo prazo, um défice continuado das contas externas acaba por manifestar-se sob a forma de aumento do prémio de risco, racionamento do crédito ou transferência de activos das mãos nacionais para as mãos de estrangeiros. O ajustamento torna-se inevitável, i.e., a despesa das famílias, das empresas e do Estado tem de ser contida."
O Negócios recupera hoje o texto, intitulado “Dores de cabeça”. Lidos à distância de sete anos, o texto parece uma premonição do desequilíbrio externo para o qual Portugal caminhava.
Um texto que avisa que o défice das contas externas vai aumentar risco do País; que o euro não nos protegia disso; que o ajustamento seria penoso; que a subida de salários seria um problema; que o PEC tinha de ser respeitado; que o Banco de Portugal já não perdia o sono; que o ministro das Finanças está isolado entre ministros que não estão dispostos a serem impopulares.
“Embate entre titãs”
“Embate entre titãs”. Assim titulava o Negócios no dia seguinte à Conferência de Homenagem a José Silva Lopes, a 23 de Maio de 2003.
Vítor Constâncio alterou então a sua apresentação original para contestar Cavaco Silva, numa detalhada análise que questionava os seus pontos de vista.
Como noticiava nesse dia este jornal, Constâncio afirmou que a referida restrição “não está a ser operativa”, pois o financiamento externo continua a existir, e que o País está tão-só a viver uma “crise conjuntural” de ajustamento no balanço dos agentes económicos internos, agravada pela redução da procura externa.
Silva Lopes, o homenageado, também se intrometeu: “O problema da competitividade é muito mais sério do que o Dr. Vítor Constâncio fez crer”. E se no passado o apoiara, quando o governador do Banco de Portugal propusera que os salários crescessem nos anos seguintes “ao nível da média da União Europeia corrigidos pela produtividade”, Silva Lopes achava agora que isso não chegava: “É preciso menos que a UE, corrigidos pela produtividade”.
Na altura, o discurso de Cavaco Silva foi entendido como uma crítica ao Governo de Durão Barroso, alertando para a falta de coordenação da política económica, que comprometeria a saída da crise.
Foi em Maio de 2003.
(Fonte: Jornal de Negócios online)
Leia o texto de Cavaco Silva na íntegra AQUI.
Estávamos a 23 de Maio de 2003 e, numa conferência de homenagem a José Silva Lopes, o então professor de economia lançou fortes avisos ao Governo de Durão Barroso, que tinha como ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite.
Dizia, por exemplo, Cavaco: "Um país, mesmo que seja uma região num espaço monetário unificado, não pode endividar-se sem limites. No médio ou longo prazo, um défice continuado das contas externas acaba por manifestar-se sob a forma de aumento do prémio de risco, racionamento do crédito ou transferência de activos das mãos nacionais para as mãos de estrangeiros. O ajustamento torna-se inevitável, i.e., a despesa das famílias, das empresas e do Estado tem de ser contida."
O Negócios recupera hoje o texto, intitulado “Dores de cabeça”. Lidos à distância de sete anos, o texto parece uma premonição do desequilíbrio externo para o qual Portugal caminhava.
Um texto que avisa que o défice das contas externas vai aumentar risco do País; que o euro não nos protegia disso; que o ajustamento seria penoso; que a subida de salários seria um problema; que o PEC tinha de ser respeitado; que o Banco de Portugal já não perdia o sono; que o ministro das Finanças está isolado entre ministros que não estão dispostos a serem impopulares.
“Embate entre titãs”
“Embate entre titãs”. Assim titulava o Negócios no dia seguinte à Conferência de Homenagem a José Silva Lopes, a 23 de Maio de 2003.
Vítor Constâncio alterou então a sua apresentação original para contestar Cavaco Silva, numa detalhada análise que questionava os seus pontos de vista.
Como noticiava nesse dia este jornal, Constâncio afirmou que a referida restrição “não está a ser operativa”, pois o financiamento externo continua a existir, e que o País está tão-só a viver uma “crise conjuntural” de ajustamento no balanço dos agentes económicos internos, agravada pela redução da procura externa.
Silva Lopes, o homenageado, também se intrometeu: “O problema da competitividade é muito mais sério do que o Dr. Vítor Constâncio fez crer”. E se no passado o apoiara, quando o governador do Banco de Portugal propusera que os salários crescessem nos anos seguintes “ao nível da média da União Europeia corrigidos pela produtividade”, Silva Lopes achava agora que isso não chegava: “É preciso menos que a UE, corrigidos pela produtividade”.
Na altura, o discurso de Cavaco Silva foi entendido como uma crítica ao Governo de Durão Barroso, alertando para a falta de coordenação da política económica, que comprometeria a saída da crise.
Foi em Maio de 2003.
(Fonte: Jornal de Negócios online)
Comunicação da Igreja, identidade e diálogo, Seminário organizado pela Pontifícia Universidade Santa Cruz de Roma (português e espanhol)
Concluiu-se o Seminário Profissional de Comunicação da Igreja “Identidade e Diálogo” organizado pela Pontifícia Universidade Santa Cruz de Roma, que reuniu quase 300 participantes de diferentes partes do mundo.
“A reflexão me parece que é fundamental, seja a partir do ponto de vista da identidade cristã, ou seja, do modo de viver coerentemente a própria fé, seja a partir do ponto de vista da comunicação de como podemos melhorar enquanto cristãos e enquanto a Igreja Católica na comunicação”.
Criou-se um ambiente em que comunicadores e jornalistas puderam se entender melhor, como ressaltou o presidente do Comité Organizador do Congresso.
“Uma identidade forte, concreta, ajuda o diálogo, para os jornalistas é muito mais fácil falar com um interlocutor do qual sabem o que pensa, um interlocutor que tem uma mensagem concreta, um ponto de partida, do que falar de coisas genéricas”.
O Congresso é um ponto de referência para os porta-vozes da Igreja em todo o mundo e chegou este ano à sua sétima edição. Entre os temas debatidos, a resposta comunicativa à crise dos abusos sexuais, e como a Igreja tem que estar mais presente nas redes sociais. Os relatores destacaram que ter uma identidade definida não é um obstáculo para o diálogo.
“O foro para discutir como a identidade é um ponto de partida para o diálogo, a identidade da Igreja, a mensagem cristã, o aspecto atractivo, estupendo, a beleza que tem a mensagem de Cristo”.
http://www.pusc.it/
(Fonte: H2O News)
Apelo do Papa a favor da Republica Democrática do Congo: reconduzir a paz e a legalidade ao país
Fazer o possível para pôr termo aos conflitos que destruíram o tecido social de um país inteiro. É um dos apelos a favor da Republica Democrática do Congo que Bento XVI confiou ao novo embaixador deste país junto da Santa Sé recebido na manhã desta quinta-feira para a apresentação das Cartas Credenciais. O Papa solicitou também a comunidade internacional a envidar esforços no sentido de reconduzir a paz e a legalidade aquele país.
O símbolo do inferno social através do qual passou nos últimos anos a Republica Democrática do Congo é evidente na descrição que o Papa faz depois de ter lançado, de uma maneira mais formal mas sempre incisiva, apelos ás autoridades nacional e internacionais.
A vossa nação – disse nesta quinta feira ao novo embaixador - deve cancelar um passado onde durante anos as crianças foram privadas da instrução e treinadas a matar. É no quadro de uma situação simbolizada por esta imagem de infância dramaticamente roubada que Bento XVI coloca a sua insistida exortação á paz e ao respeito dos acordos que a deveriam assegurar.
O empenho assinado em Goma em 2008 e a actuação dos acordos internacionais, em particular sobre a segurança, a estabilidade e o desenvolvimento na região dos Grandes Lagos, são certamente necessários, mas mais urgente é o trabalho sobre as condições preliminares para a sua aplicação….Convido as autoridades publicas a fazerem o possível para pôr termo á situação de guerra, que infelizmente ainda existe nalgumas províncias, e a dedicar-se á reconstrução humana e social da nação no respeito dos direitos humanos fundamentais.
O vosso país recordou o Santo Padre, viveu momentos trágicos. A violência abateu-se de maneira cega e sem piedade contra uma parte importante da população, abatida sob o seu jugo brutal e insuportável e semeando ruína e morte. Penso, acrescentou Bento XVI, nas mulheres, nos jovens e nas crianças cuja dignidade foi espezinhada pela violação dos seus direitos. E o longo apelo do Papa ultrapassa as fronteiras do Congo.
Convido a comunidade internacional envolvida de varias maneiras nos sucessivos conflitos que a vossa nação conheceu, a mobilizar-se para contribuir eficazmente para levar á Republica Democrática do Congo a paz e a legalidade. Depois de tantos anos de sofrimento, o vosso país precisa de empreender com determinação o caminho da reconciliação nacional.
Uma das melhores maneira para o fazer, indica o Papa, é promover a educação das jovens gerações, possibilitando-lhes o estudo e ajudando as suas famílias nas despesas da instrução que para muitas são insuportáveis. E formação - acrescenta o Papa - quer dizer não só receber cultura mas também sólidas bases morais e espirituais que ensinem aos jovens a evitar a tentação da violência e o ressentimento para escolher aquilo que é justo e verdadeiro. Uma tarefa para a qual os católicos dão e darão o seu contributo.
(Fonte: site Radio Vaticana)
Programa sobre o Papa na RTP1 - URGENTE
Queridos amigos,
Venho pedir a vossa colaboração para o seguinte:
No sábado, dia 8 de Maio, às 18h, a RTP1 vai gravar um programa no teatro Camões, que vai ser apresentado pela Fátima Campos Ferreira.
A figura central vai ser o Sr. D. Carlos Azevedo e o tema é: “Vamos receber o Papa Bento XVI” (mais ou menos isto).
Pediram-me ajuda para convidar pessoas a estarem presentes (podem levar vossos familiares e amigos) que apoiem a vinda do Papa e estejam unidos à sua pessoa e intenções…
Peço-vos que contactem o máximo possível de pessoas dos vossos conhecimentos (uma a uma!) para irem assistir ao programa. É muito importante numa altura em que dentro da Igreja em Portugal começam a aparecer vozes divergentes …
Podem confirmar as presenças para mim (Maria Campos 917541348),
Ou para:
Ana Maria Moreira Faria Ferreira
Dir. Programas TV
ana.maria@rtp.pt
Av. Marechal Gomes da Costa, 37
1849-030 Lisboa - Portugal
Tel.: (+351) 217 947 340
Muito obrigada!
Maria C. Campos
Venho pedir a vossa colaboração para o seguinte:
No sábado, dia 8 de Maio, às 18h, a RTP1 vai gravar um programa no teatro Camões, que vai ser apresentado pela Fátima Campos Ferreira.
A figura central vai ser o Sr. D. Carlos Azevedo e o tema é: “Vamos receber o Papa Bento XVI” (mais ou menos isto).
Pediram-me ajuda para convidar pessoas a estarem presentes (podem levar vossos familiares e amigos) que apoiem a vinda do Papa e estejam unidos à sua pessoa e intenções…
Peço-vos que contactem o máximo possível de pessoas dos vossos conhecimentos (uma a uma!) para irem assistir ao programa. É muito importante numa altura em que dentro da Igreja em Portugal começam a aparecer vozes divergentes …
Podem confirmar as presenças para mim (Maria Campos 917541348),
Ou para:
Ana Maria Moreira Faria Ferreira
Dir. Programas TV
ana.maria@rtp.pt
Av. Marechal Gomes da Costa, 37
1849-030 Lisboa - Portugal
Tel.: (+351) 217 947 340
Muito obrigada!
Maria C. Campos
S. Josemaría sobre Santa Catarina de Sena
Festa de Santa Catarina de Sena. “Esta Igreja Católica é romana. Eu saboreio esta palavra: romana! Sinto-me romano porque romano quer dizer universal, católico; porque me leva a querer carinhosamente o Papa, “il dolce Cristo in terra”, como gostava de repetir Santa Catarina de Sena, a quem tenho como amiga amadíssima”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Bach - BWV 147 - 7 - Jesus bleibet meine Freude (Jesus permanece a minha alegria)
Jesus bleibet meine Freude,
Meines Herzens Trost und Saft,
Jesus wehret allem Leide,
Er ist meines Lebens Kraft,
Meiner Augen Lust und Sonne,
Meiner Seele Schatz und Wonne;
Darum lass ich Jesum nicht
Aus dem Herzen und Gesicht.
«Quer vivamos quer morramos, somos do Senhor» (Rom 14,8)
«Ao movimento linear da nossa vida para a morte responde o círculo do amor divino, que se torna para nós uma nova linha, um renovamento perene e progressivo da vida em nós quanto mais a vida se torna, simplesmente, relação entre mim e a verdade feita pessoa – Jesus -. A inevitável linearidade do nosso caminho para a morte é transferida pela linha directa do nosso caminho para Jesus».
(“Olhar para Cristo” – Joseph Ratzinger)
(“Olhar para Cristo” – Joseph Ratzinger)
Prece na Páscoa
No horizonte próximo
nuvens cruzadas
cobrem o céu.
Eu
emoções desgarradas
contemplo inquieto.
Assim, tão próximo
como se viesse quase de dentro
do meu intimo
coração
chega um brado crescendo
que é quase um lamento.
Oh meu Deus
eu bem sei que é impossível
ordenares o que for
superior
às minhas forças.
Permites a tentação,
o padecer
mas também dás a graça
para as vencer.
Ah coração
amarfanhado em ilusões
em coisas que queria
e desejo
em tantas deambulações
quiméricas e impossíveis.
Ah coração!...
Em cruz em cruz...
Nos meus olhos há luz
forte de cegueira
que me afasta as penumbras
de uma vida inteira
de catacumbas.
Subterrâneos de desejos
de coisas inúteis e mesquinhas
de peias, elos e gavinhas
que me prendem e sujeitam.
Nos meus ouvidos
ressoa um som estupendo
que atordoa os sentidos
e me confundem.
No meu coração,
Ah! no meu coração...
Há a Cruz!
Há a Cruz!
É bem leve por sinal,
não quero levá-la de rastos
mas bem erguida
em bandeira ou pendão.
Aqui Senhor, aqui onde estou,
é onde quero estar conTigo.
Dá-me o que me ordenares
que faça
pois eu, por mim, não consigo.
Porto, Páscoa 95
António Mexia Alves (AMA)
nuvens cruzadas
cobrem o céu.
Eu
emoções desgarradas
contemplo inquieto.
Assim, tão próximo
como se viesse quase de dentro
do meu intimo
coração
chega um brado crescendo
que é quase um lamento.
Oh meu Deus
eu bem sei que é impossível
ordenares o que for
superior
às minhas forças.
Permites a tentação,
o padecer
mas também dás a graça
para as vencer.
Ah coração
amarfanhado em ilusões
em coisas que queria
e desejo
em tantas deambulações
quiméricas e impossíveis.
Ah coração!...
Em cruz em cruz...
Nos meus olhos há luz
forte de cegueira
que me afasta as penumbras
de uma vida inteira
de catacumbas.
Subterrâneos de desejos
de coisas inúteis e mesquinhas
de peias, elos e gavinhas
que me prendem e sujeitam.
Nos meus ouvidos
ressoa um som estupendo
que atordoa os sentidos
e me confundem.
No meu coração,
Ah! no meu coração...
Há a Cruz!
Há a Cruz!
É bem leve por sinal,
não quero levá-la de rastos
mas bem erguida
em bandeira ou pendão.
Aqui Senhor, aqui onde estou,
é onde quero estar conTigo.
Dá-me o que me ordenares
que faça
pois eu, por mim, não consigo.
Porto, Páscoa 95
António Mexia Alves (AMA)
As relíquias de três santos libaneses em Roma
Nos últimos 40 anos, o Líbano foi abençoado por santos que inspiraram milhões de pessoas: São Charbel Makhlouf, que o Papa Paulo VI canonizou em 9 de Outubro de 1977, Rafqa Rayess, que o Papa João Paulo II canonizou em 10 de Junho de 2001, e Nimatullah al-Hardini, canonizado sempre pelo Papa João Paulo II em 16 de Maio de 2004.
No contexto das celebrações pelos 1600 anos da morte de São Marone, a paróquia maronita em Roma acolheu em sua igreja de São Marone, dentro do Colégio maronita, as relíquias desses santos libaneses. "O coração desta celebração são os santos da nossa terra e do nosso país, a nossa gente, a nossa carne e o nosso sangue", disse o padre Paul Azzi, representante da Ordem Maronita Libanesa junto à Santa Sé, na homilia para a celebração realizada em 18 de Abril.
O Padre Azzi exortou os libaneses a custodiarem a amizade que os une a esses santos e dirigiu uma oração aos três santos para que guiem os padres do Colégio maronita em Roma.
“Nós invocamos a intercessão de Charbel que contemplou Deus, e de Al Hardini o líder, e de Rafqa, que sofreu em silêncio diante da Cruz, pelos nossos estudantes sacerdotes neste Colégio maronita, especialmente neste ano jubilar, o ano de São Marone, que nos ensinou a comunicação, o sacrifício, a unidade e a vida como eremita. Ele é o pai dos santos, e o pai dos maronitas e da comunidade maronita”.
Charbel, Rafqa ed Al Hardini não eram as únicas pessoas que seguiram o seu modelo de santidade. Padre Azzi, que é também o postulador da causa dos santos maronitas em Roma, anunciou outros importantes eventos futuros:
“Hoje fazemos um novo anúncio: a beatificação do venerável Ir. Istephan Nimeh, que viveu segundo as pegadas de Charbel, Rafca ed Al Hardini, presentes hoje com suas relíquias na Igreja de São Marone em Roma”
"E esperamos que um ex-estudante deste Colégio maronita, o Patriarca maronita Istephan Al Dowaihy, que estudou em Roma, doutorando-se em Filosofia e em Teologia, possa ser proclamado em breve beato. O Papa Bento XVI declarou-o venerável em 3 de Julho de 2008. Esperamos de iniciar em breve sua causa de beatificação e esperamos que possa tornar-se o padroeiro desta escola, porque foi um grande patriarca e um grande exemplo para aqueles que, no futuro, se tornarão patriarcas, bispos e padres, e que estão estudando neste instituto maronita".
De todas as Igrejas orientais, a Igreja maronita é a única que não nasceu dentro da tradição ortodoxa. De facto, sempre permaneceu fiel e unida à Sé de Roma. Esta comunidade, fundada sobre o túmulo de São Marone no século V, está ligada à tradição síria de Antioquia, e conta três milhões de fiéis em todo o mundo. Para o ano jubilar, o Papa Bento XVI quis que uma estátua de São Marone fosse colocada no último nicho disponível dentro da Basílica de São Pedro.
(Fonte: H2O News com adaptação de JPR)
No contexto das celebrações pelos 1600 anos da morte de São Marone, a paróquia maronita em Roma acolheu em sua igreja de São Marone, dentro do Colégio maronita, as relíquias desses santos libaneses. "O coração desta celebração são os santos da nossa terra e do nosso país, a nossa gente, a nossa carne e o nosso sangue", disse o padre Paul Azzi, representante da Ordem Maronita Libanesa junto à Santa Sé, na homilia para a celebração realizada em 18 de Abril.
O Padre Azzi exortou os libaneses a custodiarem a amizade que os une a esses santos e dirigiu uma oração aos três santos para que guiem os padres do Colégio maronita em Roma.
“Nós invocamos a intercessão de Charbel que contemplou Deus, e de Al Hardini o líder, e de Rafqa, que sofreu em silêncio diante da Cruz, pelos nossos estudantes sacerdotes neste Colégio maronita, especialmente neste ano jubilar, o ano de São Marone, que nos ensinou a comunicação, o sacrifício, a unidade e a vida como eremita. Ele é o pai dos santos, e o pai dos maronitas e da comunidade maronita”.
Charbel, Rafqa ed Al Hardini não eram as únicas pessoas que seguiram o seu modelo de santidade. Padre Azzi, que é também o postulador da causa dos santos maronitas em Roma, anunciou outros importantes eventos futuros:
“Hoje fazemos um novo anúncio: a beatificação do venerável Ir. Istephan Nimeh, que viveu segundo as pegadas de Charbel, Rafca ed Al Hardini, presentes hoje com suas relíquias na Igreja de São Marone em Roma”
"E esperamos que um ex-estudante deste Colégio maronita, o Patriarca maronita Istephan Al Dowaihy, que estudou em Roma, doutorando-se em Filosofia e em Teologia, possa ser proclamado em breve beato. O Papa Bento XVI declarou-o venerável em 3 de Julho de 2008. Esperamos de iniciar em breve sua causa de beatificação e esperamos que possa tornar-se o padroeiro desta escola, porque foi um grande patriarca e um grande exemplo para aqueles que, no futuro, se tornarão patriarcas, bispos e padres, e que estão estudando neste instituto maronita".
De todas as Igrejas orientais, a Igreja maronita é a única que não nasceu dentro da tradição ortodoxa. De facto, sempre permaneceu fiel e unida à Sé de Roma. Esta comunidade, fundada sobre o túmulo de São Marone no século V, está ligada à tradição síria de Antioquia, e conta três milhões de fiéis em todo o mundo. Para o ano jubilar, o Papa Bento XVI quis que uma estátua de São Marone fosse colocada no último nicho disponível dentro da Basílica de São Pedro.
(Fonte: H2O News com adaptação de JPR)
Santa Catarina de Sena - "Esta é a virgem sábia, uma das virgens prudentes: foi ao encontro de Cristo com a lâmpada acesa"
"Esta é a virgem sábia, uma das virgens prudentes: foi ao encontro de Cristo com a lâmpada acesa". A antífona de ingresso da Missa em honra de Santa Catarina de Sena faz clara referência à parábola das dez virgens, cinco sábias e sensatas e cinco néscias, que São Mateus nos propõe numa página evangélica tão rica de advertências espirituais. O evangelista coloca esta parábola, juntamente com a dos talentos, imediatamente antes da majestosa descrição do juízo universal, quase para nos recordar o que verdadeiramente vale na nossa vida, o que devemos fazer para orientar a nossa existência para o encontro definitivo com o Senhor, meta última e comum dos homens de todos os tempos. O nosso itinerário "cá em baixo" é uma peregrinação para o "alto".
Observava Santo Agostinho: "Nesta vida és um emigrante, a pátria está no alto; aqui és um hóspede, estás de passagem sobre esta terra e, então, canta e caminha". Caminhar cantando significava para Agostinho amar o Senhor reconhecendo o Seu rosto no rosto dos nossos companheiros de viagem. Santa Catarina fez isto e segundo as palavras do Canto ao Evangelho foi a "virgem sábia que o Senhor encontrou diligente: à chegada do Esposo entrou com ele para a sala das núpcias".
Os santos vivem na glória de Deus e são para nós intercessores para invocar e testemunhas para imitar. Com esta profunda convicção aproximamo-nos hoje de Santa Catarina de Sena, no dia da sua festa. Catarina é a "virgem sábia" que voltou para a casa do Pai com a jovem idade de 33 anos, depois de uma existência marcada pela incessante contemplação e pela intensa actividade apostólica. Desde os sete anos, na presença espiritual de Maria Santíssima, deu-se em esposa para sempre a Jesus, plenamente consciente do valor que o voto de virgindade e de amor exclusivo a Cristo comportava, como ela mesma confirmará em seguida ao seu confessor. Tanto é verdade que quando os pais, para a dissuadir do seu propósito, a submeteram a pesados trabalhos domésticos, a pequena Catarina "fabricou na sua alma uma cela interior da qual aprendeu a nunca mais sair". E íntima com Cristo manteve-se até ao último dos seus dias, que foram marcados pelo sofrimento e por provações quer físicas quer morais e místicas. Ao passar deste mundo para o Pai a 29 de Abril de 1380, foi recebida no triunfo das bodas celestes pelo seu Esposo, por Cristo crucificado e ressuscitado, por quem unicamente tinha vivido. Conservar, mesmo no alarido dos eventos humanos, um íntimo e incessante contacto com o seu Esposo divino era o empenho da sua vida.
Empenho que exortou também aos seus discípulos, imersos nas múltiplas actividades terrenas, a assumir, ao recomendar-lhes: "Construí uma cela na mente da qual nunca possais sair". Queridos irmãos e irmãs no Senhor, como seria diferente a nossa vida, quanta paz poderíamos difundir ao nosso redor se nos esforçássemos para nos manter sempre na presença de Deus "na cela interior do nosso coração"!
O segredo da santidade de Catarina de Sena está em ter sido "inflamada de amor divino", como nos recorda a hodierna liturgia, e em ter "unido a contemplação de Cristo crucificado e o serviço à Igreja": uma vida de contemplação e de fervor apostólico. Precisamente porque estava imersa em Deus pôde desenvolver uma enorme quantidade de actividades com iniciativas num amplo raio e intervir com coragem e decisão em situações delicadas; por isso pôde escrever e deixar-nos obras de elevada espiritualidade e mística, que ocupam um lugar significativo na história da literatura com o maravilhoso Diálogo da Divina Providência e, sobretudo, com as 381 Cartas que ela mesma, com impressionante capacidade e velocidade, ditou aos seus secretários. Ela pôde realizar tudo isto somente porque caminhava na luz de Deus, seguindo as pegadas de um grande mestre, São Domingos, do qual se diz como se sabe que falava com Deus ou falava de Deus. "Se caminharmos na luz rezaremos na antífona da comunhão como Deus está na luz, nós estamos em comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, purifica-nos de todo o pecado". Esta é a santidade: dom e obra de Cristo e do seu Espírito, e esforço incessante para não deixar "arrefecer" em nós e ao nosso redor aquele amor pelo Senhor do qual brota a autêntica comunhão e a verdadeira paz entre os homens na Igreja e no mundo. Santa Catarina recorda-nos com o seu testemunho que definitivamente a santidade é Amor.
Catarina de Sena, que viveu num período histórico cheio de controvérsias, foi chama ardente de amor por Cristo crucificado e pela Igreja. De facto, era a Idade Média tardia e tanto no campo civil como eclesiástico a Europa parecia dilacerada pelas lutas internas, por guerras entre Estados e cidades, por carestias e pestilências. Referem-nos os historiadores que Sena, cidade da santa, em 1347 passou de cerca de oitenta mil habitantes para quinze mil devido à peste negra. Na Igreja registavam-se divisões e cismas que punham em risco a própria sobrevivência da civilização católica diante do perigo cada vez mais urgente das invasões dos saracenos. O Papa, ausente de Roma, residia em Avinhão e este drama fez dizer ao sumo poeta Dante que a Igreja "casou com o reino da França". Neste clima de particular angústia para a Igreja, Catarina, tocada por uma graça especial, entreviu a sua vocação. Lê-se na sua biografia que a sua infância foi marcada por uma visão de Cristo, de cujo coração saía um raio luminoso que a alcançou e feriu. Outro episódio que a marcou de modo determinante, aos vinte anos, quando já tinha escolhido viver como as terciárias dominicanas. Numa noite de carnaval de 1367, continuava a pedir incessantemente a Jesus: "Casa comigo na fé!". E eis que lhe aparece o Senhor e lhe diz: "Agora que os outros estão a divertir-se eu estabeleço celebrar contigo a festa da tua alma". Improvisamente, narram os biógrafos, a corte do céu, com os Santos que Catarina mais amava, estava presente ali: Maria, a Virgem Mãe, pega na mão da jovem e une-a à do Filho. Jesus coloca-lhe um anel luminoso no dedo (que Catarina verá, ela somente, por toda a vida) e diz-lhe: "Eu te esposo a Mim na fé, a Mim o teu Criador e Salvador. Conservarás ilibada esta fé enquanto não vieres para o céu celebrar Comigo as bodas eternas". Jesus doa a esta jovem de vinte anos uma das experiências místicas mais intensas que uma criatura possa viver. O Amante divino para Catarina torna-se assim uma presença constante, e por este grande amor ela desafiará o mundo, inclusive quando ele parece surdo e distraído.
Depois dessa experiência, Catarina viverá somente outros treze anos dedicando-se e consumindo-se fisicamente na missão de reforma da Igreja e do mundo, encontrando Papas, Cardeais, Reis e Príncipes. Escreverá cartas pungentes nas quais usa frequentemente a expressão "Eu quero", com a conclusão: "Jesus doçura, Jesus amor" denominado em seguida como o "código de amor da cristandade". O desejo de fazer regressar o Papa a Roma concretiza-se em Gregório XI, mas eclode o grande cisma e Catarina continuará a trabalhar activamente contra o antipapa em favor do legítimo Pontífice Urbano VI. O seu amor pelo Papa por ela chamado "o meigo Cristo na terra" era tão grande que Catarina fez voto, na quaresma de 1380, de ir todas as manhãs a São Pedro para fazer companhia ao Esposo, permanecendo diante do mosaico desenhado por Giotto para o frontão da antiga basílica, no qual está representada a barca da Igreja no meio da tempestade. E a Santa continuava a exortar o Papa: "guiai a barca da santa Igreja" (Carta 357).
Queridos irmãos e irmãs no Senhor! Da vida e dos escritos de Catarina de Sena chega até nós todos um ensinamento muito actual nesta nossa época, isto é, a prioridade de rezar e trabalhar para a salvação das almas. Não foram estas porventura a finalidade e a paixão de toda a sua existência?
Às vezes, influenciados excessivamente pela cultura moderna, temos a sensação de que a nossa pastoral corre o risco de parecer preocupada, dizendo de maneira paradoxal, mais de fazer com que as pessoas estejam bem sobre esta terra do que orientar as almas decididamente para o encontro com Cristo, o único Redentor do homem. No Diálogo da Divina Providência, Catarina escreve que querendo remediar aos muitos males da humanidade Deus Pai misericordioso nos deu "a Ponte" do seu Filho, "para que ao passares pelo rio não afogues, este rio é o mar agitado desta tenebrosa vida". Consequentemente, o que nos deve interessar mais do que qualquer outra coisa é "agradar a Deus" e ficarmos unidos a Ele, como ela fez com o "seu celeste Esposo". Quem habita em Cristo, o Amigo, o Mestre, o Esposo, não conhece esmorecimento nem medo; antes, torna-se sólido na fé, fervoroso no amor e perseverante na esperança. Assim aconteceu para a nossa Santa; primeiramente ocorreu aos Apóstolos, às mulheres que no sepulcro, surpreendidas, viram o Senhor ressuscitado, aos discípulos de Emaús, que desconsolados repetiam: "pensávamos que fosse Ele a salvar-nos". Só o Senhor nos salva e nos redime. Ao longo dos séculos, Ele associa à obra da sua redenção os santos, ou seja, aqueles que aceitam a sua vontade e seguem fielmente o seu Evangelho. Como esta jovem, Catarina de Sena, que sonhava com uma Igreja santa, da qual se sentia "filha" e "mãe", com bispos e sacerdotes cheios de zelo. Queria a Igreja desse modo, não por uma visão triunfalista da cristandade, mas para que pudesse ser "fermento" de renovação social, ao comunicar aos homens "o sangue" de Cristo que gera a paz. Santa Catarina, intrépida reformadora dos frades e das monjas da Ordem de São Domingos, à qual era ligada como terciária, nos conduza a uma contemplação cada vez mais íntima dos mistérios insondáveis da vida divina; nos ajude a amar a Igreja com coração grande e apaixonado; nos apoie no nosso empenho quotidiano ao serviço do Evangelho, sempre atentos aos "sinais dos tempos" e à suprema vontade de Deus na qual se encontra a nossa paz. Assim seja.
Cardeal Tarcisio Bertone
Excerto homilia por ocasião de recorrência Litúrgica de Santa Catarina de Sena na Basílica de Santa Maria “sopra Minerva” no Domingo dia 29 de Abril de 2007
(Fonte: site da Santa Sé AQUI, título da responsabilidade de JPR)
Observava Santo Agostinho: "Nesta vida és um emigrante, a pátria está no alto; aqui és um hóspede, estás de passagem sobre esta terra e, então, canta e caminha". Caminhar cantando significava para Agostinho amar o Senhor reconhecendo o Seu rosto no rosto dos nossos companheiros de viagem. Santa Catarina fez isto e segundo as palavras do Canto ao Evangelho foi a "virgem sábia que o Senhor encontrou diligente: à chegada do Esposo entrou com ele para a sala das núpcias".
Os santos vivem na glória de Deus e são para nós intercessores para invocar e testemunhas para imitar. Com esta profunda convicção aproximamo-nos hoje de Santa Catarina de Sena, no dia da sua festa. Catarina é a "virgem sábia" que voltou para a casa do Pai com a jovem idade de 33 anos, depois de uma existência marcada pela incessante contemplação e pela intensa actividade apostólica. Desde os sete anos, na presença espiritual de Maria Santíssima, deu-se em esposa para sempre a Jesus, plenamente consciente do valor que o voto de virgindade e de amor exclusivo a Cristo comportava, como ela mesma confirmará em seguida ao seu confessor. Tanto é verdade que quando os pais, para a dissuadir do seu propósito, a submeteram a pesados trabalhos domésticos, a pequena Catarina "fabricou na sua alma uma cela interior da qual aprendeu a nunca mais sair". E íntima com Cristo manteve-se até ao último dos seus dias, que foram marcados pelo sofrimento e por provações quer físicas quer morais e místicas. Ao passar deste mundo para o Pai a 29 de Abril de 1380, foi recebida no triunfo das bodas celestes pelo seu Esposo, por Cristo crucificado e ressuscitado, por quem unicamente tinha vivido. Conservar, mesmo no alarido dos eventos humanos, um íntimo e incessante contacto com o seu Esposo divino era o empenho da sua vida.
Empenho que exortou também aos seus discípulos, imersos nas múltiplas actividades terrenas, a assumir, ao recomendar-lhes: "Construí uma cela na mente da qual nunca possais sair". Queridos irmãos e irmãs no Senhor, como seria diferente a nossa vida, quanta paz poderíamos difundir ao nosso redor se nos esforçássemos para nos manter sempre na presença de Deus "na cela interior do nosso coração"!
O segredo da santidade de Catarina de Sena está em ter sido "inflamada de amor divino", como nos recorda a hodierna liturgia, e em ter "unido a contemplação de Cristo crucificado e o serviço à Igreja": uma vida de contemplação e de fervor apostólico. Precisamente porque estava imersa em Deus pôde desenvolver uma enorme quantidade de actividades com iniciativas num amplo raio e intervir com coragem e decisão em situações delicadas; por isso pôde escrever e deixar-nos obras de elevada espiritualidade e mística, que ocupam um lugar significativo na história da literatura com o maravilhoso Diálogo da Divina Providência e, sobretudo, com as 381 Cartas que ela mesma, com impressionante capacidade e velocidade, ditou aos seus secretários. Ela pôde realizar tudo isto somente porque caminhava na luz de Deus, seguindo as pegadas de um grande mestre, São Domingos, do qual se diz como se sabe que falava com Deus ou falava de Deus. "Se caminharmos na luz rezaremos na antífona da comunhão como Deus está na luz, nós estamos em comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, purifica-nos de todo o pecado". Esta é a santidade: dom e obra de Cristo e do seu Espírito, e esforço incessante para não deixar "arrefecer" em nós e ao nosso redor aquele amor pelo Senhor do qual brota a autêntica comunhão e a verdadeira paz entre os homens na Igreja e no mundo. Santa Catarina recorda-nos com o seu testemunho que definitivamente a santidade é Amor.
Catarina de Sena, que viveu num período histórico cheio de controvérsias, foi chama ardente de amor por Cristo crucificado e pela Igreja. De facto, era a Idade Média tardia e tanto no campo civil como eclesiástico a Europa parecia dilacerada pelas lutas internas, por guerras entre Estados e cidades, por carestias e pestilências. Referem-nos os historiadores que Sena, cidade da santa, em 1347 passou de cerca de oitenta mil habitantes para quinze mil devido à peste negra. Na Igreja registavam-se divisões e cismas que punham em risco a própria sobrevivência da civilização católica diante do perigo cada vez mais urgente das invasões dos saracenos. O Papa, ausente de Roma, residia em Avinhão e este drama fez dizer ao sumo poeta Dante que a Igreja "casou com o reino da França". Neste clima de particular angústia para a Igreja, Catarina, tocada por uma graça especial, entreviu a sua vocação. Lê-se na sua biografia que a sua infância foi marcada por uma visão de Cristo, de cujo coração saía um raio luminoso que a alcançou e feriu. Outro episódio que a marcou de modo determinante, aos vinte anos, quando já tinha escolhido viver como as terciárias dominicanas. Numa noite de carnaval de 1367, continuava a pedir incessantemente a Jesus: "Casa comigo na fé!". E eis que lhe aparece o Senhor e lhe diz: "Agora que os outros estão a divertir-se eu estabeleço celebrar contigo a festa da tua alma". Improvisamente, narram os biógrafos, a corte do céu, com os Santos que Catarina mais amava, estava presente ali: Maria, a Virgem Mãe, pega na mão da jovem e une-a à do Filho. Jesus coloca-lhe um anel luminoso no dedo (que Catarina verá, ela somente, por toda a vida) e diz-lhe: "Eu te esposo a Mim na fé, a Mim o teu Criador e Salvador. Conservarás ilibada esta fé enquanto não vieres para o céu celebrar Comigo as bodas eternas". Jesus doa a esta jovem de vinte anos uma das experiências místicas mais intensas que uma criatura possa viver. O Amante divino para Catarina torna-se assim uma presença constante, e por este grande amor ela desafiará o mundo, inclusive quando ele parece surdo e distraído.
Depois dessa experiência, Catarina viverá somente outros treze anos dedicando-se e consumindo-se fisicamente na missão de reforma da Igreja e do mundo, encontrando Papas, Cardeais, Reis e Príncipes. Escreverá cartas pungentes nas quais usa frequentemente a expressão "Eu quero", com a conclusão: "Jesus doçura, Jesus amor" denominado em seguida como o "código de amor da cristandade". O desejo de fazer regressar o Papa a Roma concretiza-se em Gregório XI, mas eclode o grande cisma e Catarina continuará a trabalhar activamente contra o antipapa em favor do legítimo Pontífice Urbano VI. O seu amor pelo Papa por ela chamado "o meigo Cristo na terra" era tão grande que Catarina fez voto, na quaresma de 1380, de ir todas as manhãs a São Pedro para fazer companhia ao Esposo, permanecendo diante do mosaico desenhado por Giotto para o frontão da antiga basílica, no qual está representada a barca da Igreja no meio da tempestade. E a Santa continuava a exortar o Papa: "guiai a barca da santa Igreja" (Carta 357).
Queridos irmãos e irmãs no Senhor! Da vida e dos escritos de Catarina de Sena chega até nós todos um ensinamento muito actual nesta nossa época, isto é, a prioridade de rezar e trabalhar para a salvação das almas. Não foram estas porventura a finalidade e a paixão de toda a sua existência?
Às vezes, influenciados excessivamente pela cultura moderna, temos a sensação de que a nossa pastoral corre o risco de parecer preocupada, dizendo de maneira paradoxal, mais de fazer com que as pessoas estejam bem sobre esta terra do que orientar as almas decididamente para o encontro com Cristo, o único Redentor do homem. No Diálogo da Divina Providência, Catarina escreve que querendo remediar aos muitos males da humanidade Deus Pai misericordioso nos deu "a Ponte" do seu Filho, "para que ao passares pelo rio não afogues, este rio é o mar agitado desta tenebrosa vida". Consequentemente, o que nos deve interessar mais do que qualquer outra coisa é "agradar a Deus" e ficarmos unidos a Ele, como ela fez com o "seu celeste Esposo". Quem habita em Cristo, o Amigo, o Mestre, o Esposo, não conhece esmorecimento nem medo; antes, torna-se sólido na fé, fervoroso no amor e perseverante na esperança. Assim aconteceu para a nossa Santa; primeiramente ocorreu aos Apóstolos, às mulheres que no sepulcro, surpreendidas, viram o Senhor ressuscitado, aos discípulos de Emaús, que desconsolados repetiam: "pensávamos que fosse Ele a salvar-nos". Só o Senhor nos salva e nos redime. Ao longo dos séculos, Ele associa à obra da sua redenção os santos, ou seja, aqueles que aceitam a sua vontade e seguem fielmente o seu Evangelho. Como esta jovem, Catarina de Sena, que sonhava com uma Igreja santa, da qual se sentia "filha" e "mãe", com bispos e sacerdotes cheios de zelo. Queria a Igreja desse modo, não por uma visão triunfalista da cristandade, mas para que pudesse ser "fermento" de renovação social, ao comunicar aos homens "o sangue" de Cristo que gera a paz. Santa Catarina, intrépida reformadora dos frades e das monjas da Ordem de São Domingos, à qual era ligada como terciária, nos conduza a uma contemplação cada vez mais íntima dos mistérios insondáveis da vida divina; nos ajude a amar a Igreja com coração grande e apaixonado; nos apoie no nosso empenho quotidiano ao serviço do Evangelho, sempre atentos aos "sinais dos tempos" e à suprema vontade de Deus na qual se encontra a nossa paz. Assim seja.
Cardeal Tarcisio Bertone
Excerto homilia por ocasião de recorrência Litúrgica de Santa Catarina de Sena na Basílica de Santa Maria “sopra Minerva” no Domingo dia 29 de Abril de 2007
(Fonte: site da Santa Sé AQUI, título da responsabilidade de JPR)
Tema para reflexão
TEMA: Contribuição cristã
A nós, cristãos toca-nos - dentro das muitas possibilidades de actuação - contribuir para criar uma ordem mais justa, mais humana, mais cristã, sem comprometer com a nossa actuação a Igreja como tal.
(PAULO VI, Encíclica Populorum progressio, 26.03.1967, 8)
Doutrina: Evangelium Vitae 40 a
Da sacralidade da vida dimana a sua inviolabilidade, inscrita desde as origens no coração do homem, na sua consciência. A pergunta «que fizeste?», dirigida por Deus a Caim depois de ter assassinado o irmão Abel, traduz a experiência de cada homem: no fundo da sua consciência, ele sente incessantemente o apelo à inviolabilidade da vida — a própria e a alheia —, como realidade que não lhe pertence, pois é propriedade e dom de Deus Criador e Pai.
(JOÃO PAULO II, Evangelium Vitae, 40 a)
Festa: Santa Catarina de Sena, Doutora da Igreja
Nota Histórica
Nasceu em Sena no ano 1347. Movida pelo desejo de perfeição, entrou na Ordem Terceira de S. Domingos quando era ainda adolescente. Inflamada no amor de Deus e do próximo, trabalhou incansavelmente pela paz e concórdia entre as cidades, defendeu com ardor os direitos e a liberdade do Romano Pontífice e promoveu a renovação da vida religiosa. Escreveu importantes obras de espiritualidade, cheias de boa doutrina e de inspiração celeste. Morreu no ano 1380.
(SNL)
Agradecimento: António Mexia Alves
A nós, cristãos toca-nos - dentro das muitas possibilidades de actuação - contribuir para criar uma ordem mais justa, mais humana, mais cristã, sem comprometer com a nossa actuação a Igreja como tal.
(PAULO VI, Encíclica Populorum progressio, 26.03.1967, 8)
Doutrina: Evangelium Vitae 40 a
Da sacralidade da vida dimana a sua inviolabilidade, inscrita desde as origens no coração do homem, na sua consciência. A pergunta «que fizeste?», dirigida por Deus a Caim depois de ter assassinado o irmão Abel, traduz a experiência de cada homem: no fundo da sua consciência, ele sente incessantemente o apelo à inviolabilidade da vida — a própria e a alheia —, como realidade que não lhe pertence, pois é propriedade e dom de Deus Criador e Pai.
(JOÃO PAULO II, Evangelium Vitae, 40 a)
Festa: Santa Catarina de Sena, Doutora da Igreja
Nota Histórica
Nasceu em Sena no ano 1347. Movida pelo desejo de perfeição, entrou na Ordem Terceira de S. Domingos quando era ainda adolescente. Inflamada no amor de Deus e do próximo, trabalhou incansavelmente pela paz e concórdia entre as cidades, defendeu com ardor os direitos e a liberdade do Romano Pontífice e promoveu a renovação da vida religiosa. Escreveu importantes obras de espiritualidade, cheias de boa doutrina e de inspiração celeste. Morreu no ano 1380.
(SNL)
Agradecimento: António Mexia Alves
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
Santa Catarina de Siena (1347-1380), Dominicana da Ordem Terceira, Doutora da Igreja, co-padroeira da Europa
Diálogos, 167 (a partir da trad. do Breviário)
«Bendigo-te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos entendidos e as revelaste aos pequeninos»
Tu, Trindade eterna, és como um oceano profundo: quanto mais em Ti procuro, mais encontro; quanto mais encontro, mais procuro. Tu saciais-nos sem fim a alma pois, nas Tuas profundezas, sacias de tal modo a alma que ela torna-se indigente e faminta, porque continua a aspirar e a desejar ver-Te na Tua luz (Sl 35,10), ó luz, Trindade eterna [...].
Experimentei e vi com a luz da minha inteligência e na Tua luz, Trindade eterna, ao mesmo tempo, a imensidão das Tuas profundezas e a beleza da Tua criatura. Então vi que, ao revestir-me de Ti, tornar-me-ia na Tua imagem (Gn 1, 27), porque Tu dás-me, ó Pai eterno, algo do Teu poder e da Tua sabedoria. Essa sabedoria é o atributo do Teu Filho unigénito. Quanto ao Espírito Santo, que procede de Ti, Pai, e do Teu Filho, concedeu-me a vontade que me faz capaz de amar. Porque Tu, eterna Trindade, Tu és o Criador, e eu a criatura; soube assim, iluminada por Ti, na nova criação que fizeste de mim pelo sangue do Teu Filho unigénito, que foste tomada de amor pela beleza da Tua criatura.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Diálogos, 167 (a partir da trad. do Breviário)
«Bendigo-te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos entendidos e as revelaste aos pequeninos»
Tu, Trindade eterna, és como um oceano profundo: quanto mais em Ti procuro, mais encontro; quanto mais encontro, mais procuro. Tu saciais-nos sem fim a alma pois, nas Tuas profundezas, sacias de tal modo a alma que ela torna-se indigente e faminta, porque continua a aspirar e a desejar ver-Te na Tua luz (Sl 35,10), ó luz, Trindade eterna [...].
Experimentei e vi com a luz da minha inteligência e na Tua luz, Trindade eterna, ao mesmo tempo, a imensidão das Tuas profundezas e a beleza da Tua criatura. Então vi que, ao revestir-me de Ti, tornar-me-ia na Tua imagem (Gn 1, 27), porque Tu dás-me, ó Pai eterno, algo do Teu poder e da Tua sabedoria. Essa sabedoria é o atributo do Teu Filho unigénito. Quanto ao Espírito Santo, que procede de Ti, Pai, e do Teu Filho, concedeu-me a vontade que me faz capaz de amar. Porque Tu, eterna Trindade, Tu és o Criador, e eu a criatura; soube assim, iluminada por Ti, na nova criação que fizeste de mim pelo sangue do Teu Filho unigénito, que foste tomada de amor pela beleza da Tua criatura.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 29 de Abril de 2010
São João 13,16-20
16 Em verdade, em verdade vos digo: o servo não é maior do que o seu senhor, nem o enviado é maior do que aquele que o enviou.17 Já que compreendeis estas coisas, bem-aventurados sereis se as praticardes. 18 «Não falo de todos vós; sei os que escolhi; porém, é necessário que se cumpra o que diz a Escritura: “O que come o pão comigo levantará o seu calcanhar contra mim”.19 Desde agora vo-lo digo, antes que suceda, para que, quando suceder, acrediteis que “Eu sou”.20 Em verdade, em verdade vos digo que, quem recebe aquele que Eu enviar, a Mim recebe, e quem Me recebe, recebe Aquele que Me enviou».
16 Em verdade, em verdade vos digo: o servo não é maior do que o seu senhor, nem o enviado é maior do que aquele que o enviou.17 Já que compreendeis estas coisas, bem-aventurados sereis se as praticardes. 18 «Não falo de todos vós; sei os que escolhi; porém, é necessário que se cumpra o que diz a Escritura: “O que come o pão comigo levantará o seu calcanhar contra mim”.19 Desde agora vo-lo digo, antes que suceda, para que, quando suceder, acrediteis que “Eu sou”.20 Em verdade, em verdade vos digo que, quem recebe aquele que Eu enviar, a Mim recebe, e quem Me recebe, recebe Aquele que Me enviou».
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