Obrigado, Perdão Ajuda-me
segunda-feira, 23 de março de 2015
D. Javier Echevarría reza em Fátima na Capelinha das Aparições – 20 de março de 2015
Vídeo que permite acompanhar a oração do prelado do Opus Dei e, no final, o momento em que oferece 3 velas gravadas com as palavras "obrigado", "perdão", "ajuda-me"
Brevíssimo comentário ao Evangelho do dia
Tenhamos a inteligência de coração para não acusarmos e condenarmos o próximo como fizeram os fariseus de que nos fala o Evangelho de hoje (Jo 8, 1-11).
Com humildade reconheçamos que ao vermos o pecado no próximo também nós somos pecadores ainda que provavelmente em menor gravidade, mas foi o Senhor que ensinou a Pedro a formula que nos tem absolvido ao longo das nossas vidas “setenta vezes sete”.
Louvado seja Deus Nosso Senhor pela sua infinita misericórdia!
«Quem de vós estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra»
São João Paulo II (1920-2005), papa
Encíclica «Dives in misericordia», §2
«Ninguém jamais viu a Deus», escreve São João para dar maior relevo à verdade segundo a qual «o Filho unigénito, que está no seio do Pai, é que O deu a conhecer» (Jo 1,18). [...] A verdade revelada por Cristo a respeito de Deus, «Pai das misericórdias» (2Co 1,3), permite-nos «vê-Lo» particularmente próximo do homem, sobretudo quando este sofre, quando é ameaçado no próprio coração da sua existência e da sua dignidade.
Por este motivo, na atual situação da Igreja e do mundo, muitos homens e muitos ambientes, guiados por vivo sentido de fé, voltam-se quase espontaneamente, por assim dizer, para a misericórdia de Deus. São impelidos a fazê-lo certamente pelo próprio Cristo, o Qual, mediante o Seu Espírito, continua operante no íntimo dos corações humanos. O mistério de Deus «Pai das misericórdias» revelado por Cristo torna-se, no contexto das hodiernas ameaças contra o homem, como que um singular apelo dirigido à Igreja.
Pretendo acolher tal apelo; desejo inspirar-me na linguagem da revelação e da fé, linguagem eterna e ao mesmo tempo incomparável pela sua simplicidade e profundidade, para com ela exprimir, uma vez mais, diante de Deus e dos homens, as grandes preocupações do nosso tempo. A revelação e a fé ensinam-nos, efetivamente, não tanto a meditar de modo abstracto sobre o mistério de Deus, «Pai das misericórdias», quanto a recorrer a esta mesma misericórdia em nome de Cristo e em união com Ele. Cristo não disse, porventura, que o nosso Pai, Aquele que «vê o que é secreto» (Mt 6,4), está continuamente à espera, por assim dizer, de que nós, apelando para Ele em todas as necessidades, perscrutemos cada vez mais o Seu mistério: o mistério do Pai e do Seu amor? É meu desejo, portanto, que estas considerações sirvam para aproximar mais de todos tal mistério e se tornem, ao mesmo tempo, um vibrante apelo da Igreja à misericórdia, de que o homem e o mundo contemporâneo tanto precisam. E precisam dessa misericórdia, mesmo sem muitas vezes o saberem.
O Evangelho do dia 23 de março de 2015
Jesus foi para o monte das Oliveiras. Ao romper da manhã, voltou para o templo e todo o povo foi ter com Ele, e Ele, sentado, os ensinava. Então os escribas e os fariseus trouxeram-Lhe uma mulher apanhada em adultério; puseram-na no meio, e disseram-Lhe: «Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante delito de adultério. Ora Moisés, na Lei, mandou-nos apedrejar tais mulheres. E Tu que dizes?». Diziam isto para Lhe armarem uma cilada, a fim de O poderem acusar. Porém, Jesus, inclinando-Se, pôs-Se a escrever com o dedo na terra. Continuando, porém, eles a interrogá-l'O, levantou-Se e disse-lhes: «Aquele de vós que estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire uma pedra». Depois, tornando a inclinar-Se, escrevia na terra. Mas eles, ouvindo isto, foram-se retirando, um após outro, começando pelos mais velhos; e ficou só Jesus com a mulher diante d'Ele. Então, levantando-Se, disse-lhe: «Mulher, onde estão os que te acusavam? Ninguém te condenou?». Ela respondeu: «Ninguém, Senhor». Então Jesus disse: «Nem Eu te condeno; vai e doravante não peques mais».
Jo 8, 1-11
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