Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Amar a Cristo...

Senhor Jesus, hoje rogo-Te que envies o Espírito Santo que procede do Pai e de Ti sobre o Santo Padre e todos os prelados que esta manhã iniciaram os Exercícios Espirituais de Quaresma, para que as reflexões pregadas os ajude a ser todavia melhores pastores imitando-Te com humildade e sirvam de alento espiritual em particular ao Teu Vigário que em breve deixará a Cadeira de Pedro.

Louvada seja a Tua Igreja Una, Católica e Apostólica!

JPR

Estar atento aos nossos sentimentos

«…precisamos todos de purificar os sentimentos, senão, o que começou talvez como um amor altruísta corre o risco de se transformar em fruto do egoísmo, em busca da própria excelência, em desorbitada satisfação do próprio eu.»

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei, na sua carta de Fevereiro 2012)

O que é a Lectio Divina?

Multidão na Praça de São Pedro saúda Bento XVI

Manhã de inverno, fria e enevoada, em Roma, neste primeiro domingo de Quaresma, com um tépido sol que pouco a pouco se foi manifestando. A 10 dias da cessação do ministério petrino de Bento XVI, por sua livre decisão de renúncia, anunciada segunda-feira passada, milhares e milhares de fiéis, sobretudo romanos, se concentraram na Praça de São Pedro, para este penúltimo encontro dominical do Angelus do pontificado do Papa Ratzinger. Presente também o presidente da Câmara da cidade, com vereadores e os estandartes municipais.

Depois da recitação das Ave-Marias, a concluir as saudações em diversas línguas, Bento XVI agradeceu aos numerosos presentes na Praça de São Pedro, mais este “sinal de afeto e de presença espiritual”, “manifestado nestes dias”. “Estou-vos profundamente grato”.

Um especial “muito obrigado” reservou-o o Papa às autoridades municipais de Roma e a “todos os habitantes desta amada Cidade”.

A concluir, para além de desejar a todos bom domingo e boa caminhada quaresmal, Bento XVI recordou os Exercícios Espirituais que iniciará ao fim do dia, juntamente com os responsáveis dos principais organismos da Cúria Romana. "Permaneçamos unidos na fé" - foi o pedido dirigido a toda a multidão, que o aplaudiu longamente.

“A Quaresma é um tempo favorável para redescobrirmos a fé em Deus como base da nossa vida e da vida da Igreja.” – esta a versão portuguesa do tweet enviado hoje por Bento XVI aos seus “seguidores”.

Uma mensagem concisa que bem resume a breve catequese proposta pelo Papa antes da reza do Angelus, comentando como habitualmente o Evangelho do dia, neste caso, as tentações de Jesus, na versão do Evangelho de São Lucas.

No momento de iniciar o seu ministério pública – explicou o Papa – “Jesus teve que desmascarar e rejeitar as falsas imagens do Messias que o tentador lhe propunha”. Aliás – observou – “esta tentações são também falsas imagens do homem, que em todos os tempos insidiam as consciências, disfarçando-se de propostas convenientes e eficazes, e porventura até mesmo boas. Três as tentações propostas pelos evangelistas Mateus e Lucas: “O núcleo central (destas tentações de Jesus) consiste sempre em instrumentalizar Deus para os próprios fins, dando mais importância ao sucesso ou aos bens materiais”.

O tentador é insidioso: não impele diretamente ao mal, mas a um falso bem, fazendo crer que as verdadeiras realidades são o poder e aquilo que satisfaz as necessidades primárias.

“Deus torna-se secundário, fica reduzido a um meio, em última análise torna-se irreal, deixa de contar, dissipa-se. Em última análise, nas tentações está em jogo a fé, porque está em jogo Deus. Nos momentos decisivos da vida – mas, bem vistas as coisas, em cada momento – estamos perante uma encruzilhada: queremos seguir o nosso eu ou Deus – o interesse individual ou o verdadeiro Bem, aquilo que realmente é bem?”

Quase a concluir a sua catequese, antes do Angelus deste domingo, Bento XVI recordou ainda que, para os Padres da Igreja, as tentações fazem parte da “descida” de Jesus na nossa condição humana, no abismo do pecado e das suas consequências. Uma “descida” que Jesus percorre até ao fim, até à morte de cruz e até aos “infernos” do extremo afastamento de Deus. É precisamente assim que Ele é a mão que Deus estende ao homem, à ovelha extraviada, para a trazer a salvo. Não tenhamos medo de enfrentarmos também nós a combate contra o espírito do mal: o importante é que o façamos com Ele, com Cristo, o Vencedor.

Rádio Vaticano

Vídeos em espanhol e inglês

Imitação de Cristo, 3, 53, 1-1/2 - Que a graça de Deus não se comunica aos que gostam das coisas terrenas

Oh! Quanta confiança terá aquele moribundo que não tem afeição a coisa alguma do mundo. Mas desprender assim o coração de tudo, não o compreende o espírito ainda enfermo, bem como o homem carnal não conhece a liberdade do homem interior. Entretanto, se quiser ser verdadeiramente espiritual, cumpre-lhe renunciar aos estranhos como aos parentes e de ninguém mais se guardar do que de si mesmo. Se te venceres perfeitamente a ti mesmo, tudo o mais sujeitarás com facilidade. Pois a perfeita vitória é triunfar de si mesmo. Porque aquele que se domina a tal ponto, que os sentidos obedeçam à razão e a razão lhe obedeça em todas as coisas, este é realmente vencedor de si mesmo e senhor do mundo.
Se aspiras a galgar estas alturas, cumpre-te começar varonilmente e pôr o machado à raiz, para que arranque e cortes o secreto e desordenado apego que tens a ti mesmo, e a todo bem particular e sensível. Deste vício do amor excessivo e desordenado que o homem tem a si mesmo provém quase tudo que radicalmente se há de vencer; vencido este e subjugado, logo haverá grande paz e tranquilidade estável. Mas já que poucos tratam de morrer a si mesmos e desapegar-se de si, por isso ficam presos em si mesmos e não se podem erguer em espírito acima de si. A quem, todavia, deseja livremente seguir-me, cumpre-lhe mortificar todos os seus maus e desordenados afetos, e não se prender, com amor apaixonado, a criatura alguma.

Agradecimento e pedido de perdão


Bento XVI: o falso optimismo e o falso pessimismo (agradecimento ‘É o Carteiro!)

Por sermos cristãos, sabemos que é nosso o futuro e que a árvore da Igreja não é uma árvore que morre, é uma árvore que cresce sempre de novo.

Consequentemente, temos motivos para não nos deixarmos impressionar - como disse o Papa João - pelos profetas da desgraça que dizem: a Igreja é uma árvore nascida do grão de mostarda, cresceu durante dois milénios, agora o seu tempo ficou para trás, agora é o tempo de morrer.

Não: a Igreja renova-se sempre, renasce sempre. O futuro é nosso.

Naturalmente, há um falso optimismo e um falso pessimismo.

Um falso pessimismo que diz: o tempo do cristianismo acabou.
Mas na verdade não: começa de novo!

O falso optimismo foi o optimismo posterior ao Concílio, quando os conventos fechavam, os seminários fechavam, e havia quem dissesse: não acontece nada. está tudo bem.

Não! Não está tudo bem. Também há quedas graves e perigosas; temos de reconhecer com são realismo que assim não está bem, não está bem quando se fazem coisas erradas.

Mas também devemos estar seguros, ao mesmo tempo, que se aqui e além a Igreja morre por causa dos pecados dos homens, por causa da sua não crença, ao mesmo tempo nasce de novo.

O futuro é realmente de Deus: esta é a grande certeza da nossa vida, o grande e verdadeiro optimismo que conhecemos.

A Igreja é a árvore de Deus que vive eternamente e que tem em si a eternidade e a verdadeira herança: a vida eterna.

(Bento XVI aos seminaristas de Roma  - 8 de Fevereiro de 2013)

Fonte: AQUI

Bom Domingo do Senhor!

Lutemos por imitar o Senhor resistindo às constantes tentações do demónio como nos fala o Evangelho de hoje (Lc 4, 1-13), usemos como a arma a nossa fé e os ensinamentos das Sagradas Escrituras para assim estarmos municiados para resistir.

Louvado seja Jesus Cristo Nosso Senhor que tudo nos ensinou!

A renúncia de Bento XVI

O gesto do Papa Bento XVI não apenas surpreendeu o mundo, mas revelou muitas verdades e confirmou tantas outras. Uma delas concerne à importância que a Igreja Católica tem diante da comunidade internacional, no conceito das nações. Todos os segmentos se manifestaram.

Outra é a confirmação do carisma de José Ratzinger. Ele sempre teve luz própria que, nesta ocasião, brilha de um modo intenso, mesmo sem a motivação da morte, momento provocador de comoção.

Mas deixemos a periferia do facto e vamos para o centro da questão.

Bento XVI mostrou liberdade em relação ao cargo e grande amor a Jesus Cristo e sua Igreja, e uma fé inquebrantável na Providência, além de autêntica humildade. O seu exemplo serve para todos nós, principalmente para aqueles que ocupam cargos importantes e, apesar dos grandes limites sentidos e manifestados, não imaginam que Deus pode colocar alguém com tal amor na função no cargo que ocupa.

Na Celebração de Cinzas, na quarta-feira, o Papa aproveitou as leituras próprias do dia para dar sua mensagem quaresmal, a da volta ao centro de nossa vida, ao que é mais importante, Jesus Cristo: “O verdadeiro discípulo não procura servir a si mesmo ou ao «público», mas ao seu Senhor com simplicidade e generosidade: «E teu Pai, que vê o oculto, há-de recompensar-te» (Mt 6, 4.6.18).

Também falou sobre “a importância que tem o testemunho de fé e de vida cristã de cada um de nós e das nossas comunidades para manifestar o rosto da Igreja; rosto este que, às vezes, fica deturpado”. Em seguida disse: “Penso de modo particular nas culpas contra a unidade da Igreja, nas divisões no corpo eclesial. Viver a Quaresma numa comunhão eclesial mais intensa e palpável, superando individualismos e rivalidades, é um sinal humilde e precioso para aqueles que estão longe da fé ou são indiferentes.”

Já na audiência geral, a penúltima de seu Pontificado, Bento XVI, como sempre, foi muito pastor e espiritual ao dizer para todos: “Decidi renunciar em plena liberdade para o bem da Igreja, depois de ter longamente rezado e ter examinado diante de Deus a minha consciência, bem ciente da gravidade.

Finalmente, falando quinta-feira para o clero de Roma, o seu clero, Bento XVI deixou claro seu futuro:” Não obstante a minha retirada, estarei sempre próximo de vocês com a oração e tenho certeza de que também vocês estarão próximos de mim, mesmo que para o mundo eu permaneça escondido”.

Pe. Cesar Augusto dos Santos, S.J.

Rádio Vaticano na sua edição para o Brasil

A Igreja de Cristo, com Ele e para Ele

«Permitam-me que insista repetidamente: as verdades de fé e de moral não se determinam por maioria de votos, porque compõem o depósito –depositum fidei – entregue por Cristo a todos os fiéis e confiado, na sua exposição e ensino autorizado, ao Magistério da Igreja.

Seria um erro pensar que, pelo facto de os homens já terem talvez adquirido mais consciência dos laços de solidariedade que mutuamente os unem, se deva modificar a constituição da Igreja, para a pôr de acordo com os tempos. Os tempos não são dos homens, quer sejam ou não eclesiásticos; os tempos são de Deus, que é o Senhor da história. E a Igreja só poderá proporcionar a salvação às almas, se permanecer fiel a Cristo na sua constituição, nos seus dogmas, na sua moral.»

(Amar a Igreja, 30–31 – São Josemaría Escrivá, título da responsabilidade do blogue)

Alimentar-se da Palavra que sai da boca de Deus

São Máximo de Turim (? - c. 420), bispo
Sermão 16; PL 57, 561, CC Sermão 51, p. 206

O Salvador responde ao diabo: «Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus». O que quer dizer: «Não vive do pão deste mundo, nem do alimento material dos quais te serviste para enganar Adão, o primeiro homem, mas da Palavra de Deus, do Seu Verbo, que contém o alimento da vida celestial». Ora, o Verbo de Deus é Cristo Nosso Senhor, como diz o evangelista: «No princípio existia o Verbo; o Verbo estava em Deus» (Jo 1, 1). Por conseguinte, todo aquele que se alimenta da palavra de Cristo já não necessita de alimento terreno. Porque quem se renova com o pão do Senhor não pode desejar o pão deste mundo. Efectivamente, o Senhor tem o Seu próprio pão, ou melhor, o Salvador é Ele próprio pão, como nos ensina com estas palavras: «Eu sou o pão que desceu do Céu» (Jo 6, 41). É a este pão que o profeta chama «o pão que lhe robustece as forças» (Sl 103, 15).

Que me importa o pão que oferece o diabo, quando tenho o pão em que comungo com Cristo? Que me importa o alimento [...] por causa do qual o primeiro homem perdeu o Paraíso, Esaú o direito de primogenitura [...] (Gn 25, 29ss.), que designou Judas Iscariotes como traidor (Jo 13, 26ss.)? Com efeito, Adão perdeu o Paraíso devido ao alimento, Esaú perdeu o seu direito de primogenitura por um prato de lentilhas, e Judas renunciou à sua condição de apóstolo por um punhado de moedas; porque, no momento em que o tomou, deixou de ser apóstolo para se tornar traidor. [...] O alimento que devemos tomar é aquele que abre o caminho ao Salvador, não ao diabo, o que transforma quem o toma em proclamador da fé e não em traidor.

O Senhor tem razão em dizer, neste tempo de jejum, que é o Verbo de Deus que alimenta, para nos ensinar que não devemos viver os nossos jejuns preocupados com o mundo, mas lendo os textos sagrados. Com efeito, o que se alimenta das Escrituras esquece a fome do corpo; o que se alimenta do Verbo celestial esquece a fome. Eis o alimento que alimenta a alma e alivia o faminto [...], que confere a vida eterna e afasta de nós as armadilhas das tentações do diabo. A leitura dos textos sagrados é vida, como afirma o Senhor: «As palavras que vos disse são espírito e são vida» (Jo 6, 63).