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segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Voz de Bento XVI fez-se ouvir apesar das polémicas e foram as multidões que ajudaram a mudar as prioridades mediáticas
«People power», o poder das pessoas: foi este o segredo do sucesso da difícil visita de Estado que Bento XVI realizou ao Reino Unido de 16 a 19 de Setembro, a primeira de um Papa.
Apesar de todas as polémicas que envolveram a presença papal, Bento XVI conseguiu fazer ouvir a sua voz, como reconheceu o próprio primeiro-ministro britânico David Cameron, e centrar as atenções na mensagem que queria deixar na sua 17ª viagem ao estrangeiro.
Foram as pessoas e o entusiasmo com que reagiram à presença do seu líder espiritual que ajudaram a mudar a imagem do Papa e o tratamento mediático que lhe foi dado, particularmente a nível televisivo.
O clima de festa, o peso das palavras de Bento XVI e a capacidade de abordar directamente temas previsivelmente delicados, como os abusos sexuais de menores ou a relação entre religião e secularismo foram apostas que deram os seus frutos.
Alguma imprensa escrita insistiu em temas fracturantes, como o aborto ou a contracepção, mas de forma geral os balanços apresentados avaliam com nota muito positiva a passagem do Papa por Edimburgo, Glasgow, Londres e Birmingham.
O antigo Arcebispo da Cantuária (anglicano), George Carey, escreveu no «News of the World» que Bento XVI “chegou, viu e venceu”.
Outros jornais falam num Papa de palavras serenas que “encantou muitos” ou da “grande coragem moral” com que enfrentou temas mais quentes, podendo por isso deixar o país “com um sorriso nos lábios”.
Alguma discussão foi alimentada em torno da expressão utilizada pelo Papa para manifestar o seu desgosto («sorrow») pelos abusos sobre menores cometidos pelo clero, debatendo-se se havia ou não um pedido de desculpas às vítimas, embora se tenha sublinhado o facto destas situações terem sido apresentadas como “crimes” e não apenas como “pecados”.
Manifestações de protesto como a do dia 18 de Setembro, que juntou mais de 10 mil pessoas, foram acolhidas “sem surpresa” como garantiu o Vaticano, até porque o Papa sabia, de antemão, o que iria encontrar.
Isso ficou claro nas várias referências à longa tradição cristã e democrática do Reino Unido, à coragem com que muitos resistiram ao regime nazi, aos desafios levantados por uma sociedade cada vez mais secularizada e multicultural que tende a “marginalizar”, quando não mesmo “ridicularizar”, a religião.
Bento XVI falou à sociedade, no seu conjunto, apresentando-se como defensor de valores fundamentais e apelando a princípios éticos na vida política e económica, com grande destaque para o discurso no Westminster Hall, um dos mais representativos do pensamento deste Papa.
Além das palavras, são os gestos que irão ficar na memória desta viagem: a oração na Abadia anglicana de Westminster, o encontro privado com vítimas de abusos, a visita a uma residência de idosos e a beatificação do Cardeal Newman sintetizam, quase na perfeição, as preocupações que Bento XVI trouxe consigo.
No Reino Unido, o actual Papa mostrou ter aprendido nos últimos anos a dizer as coisas certas na altura certa, mas não há dúvida de que a força de milhares de católicos espalhados pelos locais por onde passava foi essencial para que estas palavras não fossem abafadas por vozes contestatárias e «fait-divers».
Octávio Carmo, Agência ECCLESIA, em Londres
(Fonte: site Radio Vaticana)
Apesar de todas as polémicas que envolveram a presença papal, Bento XVI conseguiu fazer ouvir a sua voz, como reconheceu o próprio primeiro-ministro britânico David Cameron, e centrar as atenções na mensagem que queria deixar na sua 17ª viagem ao estrangeiro.
Foram as pessoas e o entusiasmo com que reagiram à presença do seu líder espiritual que ajudaram a mudar a imagem do Papa e o tratamento mediático que lhe foi dado, particularmente a nível televisivo.
O clima de festa, o peso das palavras de Bento XVI e a capacidade de abordar directamente temas previsivelmente delicados, como os abusos sexuais de menores ou a relação entre religião e secularismo foram apostas que deram os seus frutos.
Alguma imprensa escrita insistiu em temas fracturantes, como o aborto ou a contracepção, mas de forma geral os balanços apresentados avaliam com nota muito positiva a passagem do Papa por Edimburgo, Glasgow, Londres e Birmingham.
O antigo Arcebispo da Cantuária (anglicano), George Carey, escreveu no «News of the World» que Bento XVI “chegou, viu e venceu”.
Outros jornais falam num Papa de palavras serenas que “encantou muitos” ou da “grande coragem moral” com que enfrentou temas mais quentes, podendo por isso deixar o país “com um sorriso nos lábios”.
Alguma discussão foi alimentada em torno da expressão utilizada pelo Papa para manifestar o seu desgosto («sorrow») pelos abusos sobre menores cometidos pelo clero, debatendo-se se havia ou não um pedido de desculpas às vítimas, embora se tenha sublinhado o facto destas situações terem sido apresentadas como “crimes” e não apenas como “pecados”.
Manifestações de protesto como a do dia 18 de Setembro, que juntou mais de 10 mil pessoas, foram acolhidas “sem surpresa” como garantiu o Vaticano, até porque o Papa sabia, de antemão, o que iria encontrar.
Isso ficou claro nas várias referências à longa tradição cristã e democrática do Reino Unido, à coragem com que muitos resistiram ao regime nazi, aos desafios levantados por uma sociedade cada vez mais secularizada e multicultural que tende a “marginalizar”, quando não mesmo “ridicularizar”, a religião.
Bento XVI falou à sociedade, no seu conjunto, apresentando-se como defensor de valores fundamentais e apelando a princípios éticos na vida política e económica, com grande destaque para o discurso no Westminster Hall, um dos mais representativos do pensamento deste Papa.
Além das palavras, são os gestos que irão ficar na memória desta viagem: a oração na Abadia anglicana de Westminster, o encontro privado com vítimas de abusos, a visita a uma residência de idosos e a beatificação do Cardeal Newman sintetizam, quase na perfeição, as preocupações que Bento XVI trouxe consigo.
No Reino Unido, o actual Papa mostrou ter aprendido nos últimos anos a dizer as coisas certas na altura certa, mas não há dúvida de que a força de milhares de católicos espalhados pelos locais por onde passava foi essencial para que estas palavras não fossem abafadas por vozes contestatárias e «fait-divers».
Octávio Carmo, Agência ECCLESIA, em Londres
(Fonte: site Radio Vaticana)
Milagre ou pesadelo?
No próximo sábado atinge 30 anos o mais vasto e longo genocídio da história. A "carta aberta" do comité central do Partido Comunista Chinês publicada a 25 de Setembro de 1980 é considerada o lançamento oficial da "política do filho único", em preparação desde 1978, e que ainda vigora.
A orientação é anterior e segue a linha de toda a revolução chinesa, pois foi antes de 1980 que se deu a dramática queda da fertilidade. Depois da catástrofe do "grande salto em frente", programa económico de 1958 a 1961, que gerou a maior fome artificial da história e reduziu a taxa de fertilidade para 3,4 filhos por mulher, os valores recuperaram e em 1962 estavam em 7,6. Mas a política maoista era implacável. No início da "revolução cultural", em 1966, o valor já descera para 5,5 e quando Mao morreu, em 1976, chegara aos 3 filhos por mulher, sendo de 2,5 em 1980, início da política. Assim, a nova medida apenas pretendia consolidar os "ganhos" obtidos. E conseguiu-o. Os números mais recentes, 1,7 filhos por mulher, são dos menores do mundo (Portugal é dos poucos abaixo).
O que toda esta política, desde a revolução, significou em sofrimento, destruição familiar, aborto e infanticídio forçados, sobretudo de meninas, é impossível estimar, mas aterrador até nos cálculos inferiores. Só pode ser qualificado como uma das maiores e mais longas chacinas de todos os tempos.
Mas a violência contra a China não se ficou por aí. Se juntarmos as experiências económicas, sociais e culturais do maoismo, temos de dizer que nos últimos 60 anos a civilização mais antiga e rica da humanidade sofreu o ataque mais vasto e profundo que a história regista contra uma cultura.
O aspecto mais patético é que o mundo anda maravilhado com o despertar económico da China, que coincide com estes 30 anos. Vendo de longe e sem compreender a realidade, o Ocidente interpreta como sucesso e até ameaça a situação de uma China espancada, brutalizada, destruída, quase moribunda. E, temos de o dizer, o crescimento económico do país, também ele único na história do planeta, faz parte dessa monumental agressão que só o povo chinês, sujeito da cultura mais antiga e rica, poderia suportar e sobreviver.
A China sempre fascinou o Ocidente. Mas se eliminarmos o romantismo mítico e olharmos para a crueza da situação, vemos que o suposto milagre chinês é miséria e desgraça. É verdade que as décadas de crescimento incomparável reduziram imenso a pobreza e melhoraram o bem-estar das populações. Mas, em qualquer área que se considere, os problemas chineses parecem tão gigantescos quanto o seu progresso.
O sistema económico conseguiu juntar os pior de todos os outros. Não só se vive nas suas empresas a mais bárbara exploração capitalista, muito maior que a que Marx denunciou, mas orgulhando-se de ser um regime marxista, suportam-se ainda todos os abusos soviéticos de expropriações e arbitrariedades de burocratas e comissários do povo. No campo ambiental, a poluição, desertificação e envenenamento atingem proporções épicas. Financeiramente os bancos nacionalizados e as grandes empresas públicas têm enormes desequilíbrios escondidos. O desajustamento de gerações, criado pela política do filho único, faz a crise da segurança social ocidental parecer brincadeira. Os estrangulamentos de infra-estruturas, falhas na educação, saúde, justiça, e outros serviços só não explodem por apatia dos utentes. Para não falar nas disparidades regionais, conflitos étnicos, corrupção, etc. Sobretudo, as sistemáticas e gravíssimas violações de direitos humanos.
Olhando com atenção, vislumbramos os escombros da tradição chinesa, os cadáveres dos valores confucionistas, taoistas e budistas, após 60 anos de brutal agressão maoista. Perante este panorama desolador, de uma cultura riquíssima reduzida a ruínas fumegantes, aquilo que o Ocidente tem a dizer é temer a concorrência industrial e o impacto nos preços de matérias-primas. Esta reacção mesquinha é sinal evidente da miséria a que também está reduzida a cultura europeia.
João César das Neves
(Fonte: DN online)
A orientação é anterior e segue a linha de toda a revolução chinesa, pois foi antes de 1980 que se deu a dramática queda da fertilidade. Depois da catástrofe do "grande salto em frente", programa económico de 1958 a 1961, que gerou a maior fome artificial da história e reduziu a taxa de fertilidade para 3,4 filhos por mulher, os valores recuperaram e em 1962 estavam em 7,6. Mas a política maoista era implacável. No início da "revolução cultural", em 1966, o valor já descera para 5,5 e quando Mao morreu, em 1976, chegara aos 3 filhos por mulher, sendo de 2,5 em 1980, início da política. Assim, a nova medida apenas pretendia consolidar os "ganhos" obtidos. E conseguiu-o. Os números mais recentes, 1,7 filhos por mulher, são dos menores do mundo (Portugal é dos poucos abaixo).
O que toda esta política, desde a revolução, significou em sofrimento, destruição familiar, aborto e infanticídio forçados, sobretudo de meninas, é impossível estimar, mas aterrador até nos cálculos inferiores. Só pode ser qualificado como uma das maiores e mais longas chacinas de todos os tempos.
Mas a violência contra a China não se ficou por aí. Se juntarmos as experiências económicas, sociais e culturais do maoismo, temos de dizer que nos últimos 60 anos a civilização mais antiga e rica da humanidade sofreu o ataque mais vasto e profundo que a história regista contra uma cultura.
O aspecto mais patético é que o mundo anda maravilhado com o despertar económico da China, que coincide com estes 30 anos. Vendo de longe e sem compreender a realidade, o Ocidente interpreta como sucesso e até ameaça a situação de uma China espancada, brutalizada, destruída, quase moribunda. E, temos de o dizer, o crescimento económico do país, também ele único na história do planeta, faz parte dessa monumental agressão que só o povo chinês, sujeito da cultura mais antiga e rica, poderia suportar e sobreviver.
A China sempre fascinou o Ocidente. Mas se eliminarmos o romantismo mítico e olharmos para a crueza da situação, vemos que o suposto milagre chinês é miséria e desgraça. É verdade que as décadas de crescimento incomparável reduziram imenso a pobreza e melhoraram o bem-estar das populações. Mas, em qualquer área que se considere, os problemas chineses parecem tão gigantescos quanto o seu progresso.
O sistema económico conseguiu juntar os pior de todos os outros. Não só se vive nas suas empresas a mais bárbara exploração capitalista, muito maior que a que Marx denunciou, mas orgulhando-se de ser um regime marxista, suportam-se ainda todos os abusos soviéticos de expropriações e arbitrariedades de burocratas e comissários do povo. No campo ambiental, a poluição, desertificação e envenenamento atingem proporções épicas. Financeiramente os bancos nacionalizados e as grandes empresas públicas têm enormes desequilíbrios escondidos. O desajustamento de gerações, criado pela política do filho único, faz a crise da segurança social ocidental parecer brincadeira. Os estrangulamentos de infra-estruturas, falhas na educação, saúde, justiça, e outros serviços só não explodem por apatia dos utentes. Para não falar nas disparidades regionais, conflitos étnicos, corrupção, etc. Sobretudo, as sistemáticas e gravíssimas violações de direitos humanos.
Olhando com atenção, vislumbramos os escombros da tradição chinesa, os cadáveres dos valores confucionistas, taoistas e budistas, após 60 anos de brutal agressão maoista. Perante este panorama desolador, de uma cultura riquíssima reduzida a ruínas fumegantes, aquilo que o Ocidente tem a dizer é temer a concorrência industrial e o impacto nos preços de matérias-primas. Esta reacção mesquinha é sinal evidente da miséria a que também está reduzida a cultura europeia.
João César das Neves
(Fonte: DN online)
S. Josemaría nesta data em 1934
Escreve uma carta em que explicou a fundo o Opus Dei à sua mãe e aos irmãos: “Depois de um quarto de hora de chegar a esta povoação (escrevo de Fonz, ainda que deite estas folhas, no correio, amanhã em Barbastro), falei à minha mãe e aos meus irmãos, a traços largos, da Obra. Quanto tinha importunado, para este instante, os nossos amigos do Céu! Jesus fez com que as minhas palavras caíssem bem”.
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
A ressurreição da carne – Pe. Rodrigo Lynce de Faria
Deus é omnipotente – pode tudo. É todo-poderoso. O seu poder não tem limites. Se os tivesse, não seria Deus. Isso significa – entre outras coisas – que, para Deus, é mais fácil ressuscitar um morto do que para nós acordar alguém que está a dormir. Pela fé sabemos que nem Jesus morreu para sempre – a sua ressurreição é a verdade culminante do nosso credo – nem nós morreremos para sempre. Basta para isso acreditar em Cristo com verdadeira fé, ou seja, obedecendo aos seus mandamentos – vivendo de um modo coerente com aquilo em que acreditamos.
Quando os Apóstolos – cumprindo um mandato de Cristo – começaram a pregar o Evangelho a todas as gentes, aquilo que mais custava aos ouvintes aceitarem na mensagem cristã era precisamente o tema da ressurreição da carne. Os primeiros doze não diziam que a alma de Jesus lhes tinha aparecido depois da sua morte. Pelo contrário, afirmavam claramente – e sem lugar para interpretações dúbias – que Jesus tinha realmente ressuscitado. A sua alma tinha voltado a unir-se ao seu corpo. O sepulcro, onde o corpo de Cristo tinha sido piedosamente sepultado, estava vazio. O corpo que tinha estado na Cruz era o mesmo corpo que tinha ressuscitado, com a diferença de que agora era um corpo glorioso. Jesus tinha ressuscitado para nunca mais morrer.
Mas, afinal, que significa exactamente a expressão “ressurreição da carne”? Significa que o nosso estado definitivo não será somente a alma espiritual separada do corpo pela morte, mas que também os nossos corpos mortais um dia retomarão a vida (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica nº 203). Como é que isto é possível se nós vemos que, após a morte, o corpo cai na corrupção? Também o Compêndio nos responde a esta pergunta. Sabemos – pela fé – que o corpo (transformado) ressuscitará no regresso do Senhor. No entanto, compreender “como” acontecerá a ressurreição da carne supera as possibilidades da nossa imaginação e do nosso entendimento (Compêndio nº 205).
Então, que diz a Igreja Católica sobre a cremação dos mortos? A resposta está no ponto 2301 do Catecismo. A cremação está permitida desde que não ponha em causa a fé na ressurreição da carne. No entanto, não podemos esquecer que a Igreja sempre aconselhou e continua a aconselhar vivamente que se conserve o piedoso costume de sepultar o cadáver do defunto (Código de Direito Canónico 1176 § 3). Através das exéquias e da sepultura, ajuda-se mais facilmente as pessoas a rezarem pelo eterno descanso daquele que acaba de partir. E também a afirmarem – nesse momento de grande sofrimento – a sua fé segura de que a morte não tem a última palavra. Aquele cujos restos mortais depositamos na terra será ressuscitado por Deus no último dia. Nós, cristãos, acreditamos firmemente na ressurreição da carne e na vida eterna.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria
Quando os Apóstolos – cumprindo um mandato de Cristo – começaram a pregar o Evangelho a todas as gentes, aquilo que mais custava aos ouvintes aceitarem na mensagem cristã era precisamente o tema da ressurreição da carne. Os primeiros doze não diziam que a alma de Jesus lhes tinha aparecido depois da sua morte. Pelo contrário, afirmavam claramente – e sem lugar para interpretações dúbias – que Jesus tinha realmente ressuscitado. A sua alma tinha voltado a unir-se ao seu corpo. O sepulcro, onde o corpo de Cristo tinha sido piedosamente sepultado, estava vazio. O corpo que tinha estado na Cruz era o mesmo corpo que tinha ressuscitado, com a diferença de que agora era um corpo glorioso. Jesus tinha ressuscitado para nunca mais morrer.
Mas, afinal, que significa exactamente a expressão “ressurreição da carne”? Significa que o nosso estado definitivo não será somente a alma espiritual separada do corpo pela morte, mas que também os nossos corpos mortais um dia retomarão a vida (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica nº 203). Como é que isto é possível se nós vemos que, após a morte, o corpo cai na corrupção? Também o Compêndio nos responde a esta pergunta. Sabemos – pela fé – que o corpo (transformado) ressuscitará no regresso do Senhor. No entanto, compreender “como” acontecerá a ressurreição da carne supera as possibilidades da nossa imaginação e do nosso entendimento (Compêndio nº 205).
Então, que diz a Igreja Católica sobre a cremação dos mortos? A resposta está no ponto 2301 do Catecismo. A cremação está permitida desde que não ponha em causa a fé na ressurreição da carne. No entanto, não podemos esquecer que a Igreja sempre aconselhou e continua a aconselhar vivamente que se conserve o piedoso costume de sepultar o cadáver do defunto (Código de Direito Canónico 1176 § 3). Através das exéquias e da sepultura, ajuda-se mais facilmente as pessoas a rezarem pelo eterno descanso daquele que acaba de partir. E também a afirmarem – nesse momento de grande sofrimento – a sua fé segura de que a morte não tem a última palavra. Aquele cujos restos mortais depositamos na terra será ressuscitado por Deus no último dia. Nós, cristãos, acreditamos firmemente na ressurreição da carne e na vida eterna.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria
Tema para reflexão - Dignidade do serviço
A dignidade no serviço aos outros, expressa-se na disponibilidade para servir, segundo o exemplo de Cristo, que «não veio para ser servido, mas para servir. Se, por conseguinte, à luz desta atitude de Cristo se pode verdadeiramente "reinar" só "servindo", ao mesmo tempo, o "servir" exige tal maturidade Espiritual que é necessário defini-lo como o "reinar". Para poder servir digna e eficazmente os outros, há que saber dominar-se, é necessário possuir as virtudes que tornam possível tal domínio.
(JOÃO PAULO II, Encíclica Redemptor Hominis, nr. 21)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
(JOÃO PAULO II, Encíclica Redemptor Hominis, nr. 21)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
São Josemaría Escrivá de Balaguer (1902-1975), presbítero, fundador
Homilia «Trabalho de Deus», em «Amigos de Deus», §§ 61-62
Pôr a candeia no candelabro
«Cristo», escreve um Padre da Igreja, «escolheu-nos para que fôssemos como lâmpadas; para que nos convertêssemos em mestres dos demais; para que actuássemos como fermento; para que vivêssemos como anjos entre os homens, como adultos entre crianças, como espirituais entre gente somente racional; para que fôssemos semente; para que produzíssemos fruto. Não seria necessário abrir a boca, se a nossa vida resplandecesse desta maneira. Sobrariam as palavras, se mostrássemos as obras. Não haveria um só pagão, se nós fôssemos verdadeiramente cristãos.»
Temos de evitar o erro de considerar que o apostolado se reduz ao testemunho de algumas práticas piedosas. Tu e eu somos cristãos mas, ao mesmo tempo e sem solução de continuidade, cidadãos e trabalhadores, com obrigações bem nítidas que temos de cumprir exemplarmente, se deveras queremos santificar-nos. É Jesus Cristo que nos estimula: «Vós sois a luz do mundo. Não se pode ocultar uma cidade situada sobre um monte. Nem se acende uma candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas sim sobre o candelabro, e assim alumia quantos estão em casa. Brilhe do mesmo modo a vossa luz diante dos homens, a fim de que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem vosso Pai que está nos céus» (Mt 5, 14-16).
Seja qual for, o trabalho profissional converte-se numa luz que ilumina os vossos colegas e amigos. Por isso, costumo repetir [...]: que me importa que me digam que fulano de tal é um bom filho meu - um bom cristão -, se é mau sapateiro?! Se não se esforçar por aprender bem o seu ofício, ou por executar o seu trabalho com esmero, não poderá santificá-lo nem oferecê-lo ao Senhor. Ora, a santificação do trabalho ordinário constitui como que o fundamento da verdadeira espiritualidade para aqueles que, como nós, estão decididos a viver na intimidade de Deus, imersos nas realidades temporais.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Homilia «Trabalho de Deus», em «Amigos de Deus», §§ 61-62
Pôr a candeia no candelabro
«Cristo», escreve um Padre da Igreja, «escolheu-nos para que fôssemos como lâmpadas; para que nos convertêssemos em mestres dos demais; para que actuássemos como fermento; para que vivêssemos como anjos entre os homens, como adultos entre crianças, como espirituais entre gente somente racional; para que fôssemos semente; para que produzíssemos fruto. Não seria necessário abrir a boca, se a nossa vida resplandecesse desta maneira. Sobrariam as palavras, se mostrássemos as obras. Não haveria um só pagão, se nós fôssemos verdadeiramente cristãos.»
Temos de evitar o erro de considerar que o apostolado se reduz ao testemunho de algumas práticas piedosas. Tu e eu somos cristãos mas, ao mesmo tempo e sem solução de continuidade, cidadãos e trabalhadores, com obrigações bem nítidas que temos de cumprir exemplarmente, se deveras queremos santificar-nos. É Jesus Cristo que nos estimula: «Vós sois a luz do mundo. Não se pode ocultar uma cidade situada sobre um monte. Nem se acende uma candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas sim sobre o candelabro, e assim alumia quantos estão em casa. Brilhe do mesmo modo a vossa luz diante dos homens, a fim de que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem vosso Pai que está nos céus» (Mt 5, 14-16).
Seja qual for, o trabalho profissional converte-se numa luz que ilumina os vossos colegas e amigos. Por isso, costumo repetir [...]: que me importa que me digam que fulano de tal é um bom filho meu - um bom cristão -, se é mau sapateiro?! Se não se esforçar por aprender bem o seu ofício, ou por executar o seu trabalho com esmero, não poderá santificá-lo nem oferecê-lo ao Senhor. Ora, a santificação do trabalho ordinário constitui como que o fundamento da verdadeira espiritualidade para aqueles que, como nós, estão decididos a viver na intimidade de Deus, imersos nas realidades temporais.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 20 de Setembro de 2010
São Lucas 8,16-18
16 «Ninguém, pois, acendendo uma lâmpada a cobre com um vaso ou a põe debaixo da cama, mas põe-na sobre um candeeiro, para que os que entram vejam a luz.17 Porque nada há oculto que não acabe por ser manifestado, nem escondido que não deva saber-se e tornar-se público.18 Vede, pois, como ouvis. Porque àquele que tem, lhe será dado; e ao que não tem, ainda aquilo mesmo que julga ter, lhe será tirado».
16 «Ninguém, pois, acendendo uma lâmpada a cobre com um vaso ou a põe debaixo da cama, mas põe-na sobre um candeeiro, para que os que entram vejam a luz.17 Porque nada há oculto que não acabe por ser manifestado, nem escondido que não deva saber-se e tornar-se público.18 Vede, pois, como ouvis. Porque àquele que tem, lhe será dado; e ao que não tem, ainda aquilo mesmo que julga ter, lhe será tirado».
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