Obrigado, Perdão Ajuda-me
domingo, 6 de janeiro de 2013
A docilidade leva-nos a Belém
… além de imitarmos os pastores que foram com prontidão à gruta, podemos reparar no exemplo dos Reis Magos, a quem vamos recordar na próxima solenidade da Epifania. Graças à sua fé humilde, aqueles homens superaram as dificuldades que encontraram na sua longa viagem. Deus iluminou os seus corações para que, na luz de uma estrela, descobrissem o anúncio do nascimento do Messias. Foram dóceis, e essa docilidade conduziu-os a Belém. Ali, entrando no lugar onde a Sagrada Família estava alojada, viram o Menino com Maria, Sua Mãe, e prostrando-se O adoraram. Depois, abriram os seus cofres e ofereceram-Lhe presentes: ouro, incenso e mirra [4].
Sejamos também nós dóceis às moções da graça, que nos chega por meio dos Sacramentos. Também na oração pessoal, ao meditarmos as cenas do Evangelho, e ao aceitarmos de bom grado os conselhos da direção espiritual, procurando pô-los em prática. A exortação de S. Tomás de Aquino parece-nos inteiramente lógica: «Devido à debilidade da mente humana, e assim como ela precisa de ser conduzida ao conhecimento das coisas divinas, assim precisa também de ser conduzida ao amor como que pela mão, por intermédio de algumas coisas sensíveis que facilmente conhecemos. E, entre estas, a principal é a Humanidade de Jesus Cristo, segundo o que dizemos no Prefácio do Natal: “Para que, conhecendo a Deus de forma visível, sejamos por Ele arrebatados ao amor das coisas invisíveis”» [5].
[4]. Mt 2, 11.
[5]. S. Tomás de Aquino, Suma teológica, II-II. q. 82, a. 3 ad 2.
[5]. S. Tomás de Aquino, Suma teológica, II-II. q. 82, a. 3 ad 2.
(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de janeiro de 2013)
Terra Santa - 17 a 24 junho - Paróquia Portas do Céu - Telheiras
Informações e inscrições
Engº Carlos Albuquerque – Tlf. 217 596 099
Dr. Joel Moedas Miguel – Tlm 939 606 084 joelmm@verdepino.com Angelus: Papa felicita Igreja Orientais, que celebram o Natal
Pouco depois do meio-dia deste domingo, o Santo Padre, após a missa que presidiu pela manhã na Basílica de São Pedro, conduziu – da janela de seus aposentos – a oração mariana do Angelus.
Na realidade, o tradicional encontro dominical teve início com quase quinze minutos de atraso, uma vez que a missa da Solenidade da Epifania do Senhor conclui-se pouco antes do meio-dia. Justificando o inabitual atraso, o Santo Padre pediu desculpas aos milhares de fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.
O Pontífice dirigiu seus cordiais votos de paz, com uma recordação especial na oração às numerosas Igrejas Orientais que, segundo o calendário Juliano, celebram o Natal, enquanto outros celebram a Epifania:
"Esta pequena diferença, que faz sobrepor os dois momentos, ressalta que aquele Menino, nascido na humildade da gruta de Belém, é a luz do mundo, que orienta o caminho de todos os povos."
É uma luz que "se revela aos humildes", observou o Papa:
"E a luz de Cristo é tão límpida e forte que torna inteligível tanto a linguagem do cosmo, quanto das Escrituras, de modo que todos aqueles que, como os Magos, são abertos à verdade, podem reconhecê-la e chegar a contemplar o Salvador do mundo."
Por fim, Bento XVI dirigiu-se em várias línguas aos diversos grupos de fiéis e peregrinos presentes, com uma saudação especial à associação Famílias Livres Associadas da Europa, que realizaram o cortejo histórico-folclorista, inspirado este ano nas tradições da cidade de Arezzo, situada na região italiana da Toscana.
O Santo Padre concedeu a todos a sua Bênção apostólica.
Na realidade, o tradicional encontro dominical teve início com quase quinze minutos de atraso, uma vez que a missa da Solenidade da Epifania do Senhor conclui-se pouco antes do meio-dia. Justificando o inabitual atraso, o Santo Padre pediu desculpas aos milhares de fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.
O Pontífice dirigiu seus cordiais votos de paz, com uma recordação especial na oração às numerosas Igrejas Orientais que, segundo o calendário Juliano, celebram o Natal, enquanto outros celebram a Epifania:
"Esta pequena diferença, que faz sobrepor os dois momentos, ressalta que aquele Menino, nascido na humildade da gruta de Belém, é a luz do mundo, que orienta o caminho de todos os povos."
É uma luz que "se revela aos humildes", observou o Papa:
"E a luz de Cristo é tão límpida e forte que torna inteligível tanto a linguagem do cosmo, quanto das Escrituras, de modo que todos aqueles que, como os Magos, são abertos à verdade, podem reconhecê-la e chegar a contemplar o Salvador do mundo."
Por fim, Bento XVI dirigiu-se em várias línguas aos diversos grupos de fiéis e peregrinos presentes, com uma saudação especial à associação Famílias Livres Associadas da Europa, que realizaram o cortejo histórico-folclorista, inspirado este ano nas tradições da cidade de Arezzo, situada na região italiana da Toscana.
O Santo Padre concedeu a todos a sua Bênção apostólica.
Rádio Vaticano na sua edição para o Brasil com adaptação de JPR
Vídeo da ocasião em espanhol
Imitação de Cristo, 3, 45, 1 - Que se não deve dar crédito a todos, e quão facilmente faltamos nas palavras
Socorrei-nos, Senhor, na tribulação, porque é vão o auxílio humano (Sl 59,3). Oh! Quantas vezes procurei em vão fidelidade, onde cuidava que a havia! Ah! Quantas vezes a encontrei onde menos a esperava! Vã é, pois, a esperança que se põe nos homens; em vós, meu Deus, está a salvação dos justos. Bendito sejais, Senhor meu Deus, em tudo que nos sucede. Nós somos fracos e inconstantes, facilmente nos enganamos e mudamos.
Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer?
A humildade é outro bom caminho para chegar à paz interior. – Foi Ele que o disse: "Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração... e encontrareis paz para as vossas almas". (Caminho, 607)
Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Também eu, instado por esta pergunta, contemplo agora Jesus, deitado numa manjedoura, num lugar que só é próprio para os animais. Onde está, Senhor, a tua realeza: o diadema, a espada, o ceptro? Pertencem-lhe e não os quer; reina envolto em panos. É um rei inerme, que se nos apresenta indefeso; é uma criança. Como não havemos de recordar aquelas palavras do Apóstolo: aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo.
Nosso Senhor encarnou para nos manifestar a vontade do Pai. E começa a instruir-nos estando ainda no berço. Jesus Cristo procura-nos – com uma vocação, que é vocação para a santidade –, a fim de consumarmos com Ele a Redenção. Considerai o seu primeiro ensinamento: temos de co-redimir à custa de triunfar, não sobre o próximo, mas sobre nós mesmos. Tal como Cristo, precisamos de nos aniquilar, de sentir-nos servidores dos outros para os conduzir a Deus.
Onde está o nosso Rei? Não será que Jesus quer reinar, antes de mais, no coração, no teu coração? Por isso se fez menino: quem é capaz de ter o coração fechado para uma criança? Onde está o nosso Rei? Onde está o Cristo que o Espírito Santo procura formar na nossa alma? Cristo não pode estar na soberba, que nos separa de Deus, nem na falta de caridade, que nos isola dos homens. Aí não podemos encontrar Cristo, mas apenas a solidão.
No dia da Epifania, prostrados aos pés de Jesus Menino, diante de um Rei que não ostenta sinais externos de realeza, podeis dizer-lhe: Senhor, expulsa a soberba da minha vida, subjuga o meu amor-próprio, esta minha vontade de afirmação pessoal e de imposição da minha vontade aos outros. Faz com que o fundamento da minha personalidade seja a identificação contigo. (Cristo que passa, 31)
São Josemaría Escrivá
«...um Bispo deve ser um homem que tem a peito os outros homens, que se deixa tocar pelas vicissitudes humanas»
Como os Magos vindos do Oriente para adorar Jesus, os bispos hão-de ser “pessoas de coração inquieto”, “movidos pela busca de Deus e da salvação do mundo”, “homens que esperam” e participam da “inquietação de Deus por nós”. Seguindo uma tradição iniciada pelo seu predecessor João Paulo II, Bento XVI celebrou hoje de manhã, na basílica de São Pedro, a festa da Epifania procedendo à ordenação episcopal de quatro novos bispos: - Angelo Vincenzo Zani, da diocese italiana de Brescia, Secretário da Congregação para a Educação Cristã; - Fortunatus Nwachukwu, da diocese de Aba (Nigéria), nomeado Núncio Apostólico na Nicarágua; - Georg Gänswein, da diocese de Freiburg im Breisgau (Alemanha), seu secretário pessoal, nomeado Prefeito da Casa Pontifícia; - e Nicolas Denis Thevenin, do clero da arquidiocese italiana de Génova, nomeado Núncio Apostólico na Guatemala.
Bento XVI exortou os novos bispos à “coragem e humildade da fé”, sabendo enfrentar mesmo “a zombaria do mundo” e “contradizer as orientações dominantes”. Uma valentia e fortaleza que não é agressividade nem provocação mas que aceita ser ferido para “permanecer firme na verdade”.
Para a Igreja crente e orante (observou Bento XVI), os Magos do Oriente, que, guiados pela estrela, encontraram o caminho para o presépio, são o princípio duma grande procissão que permeia a história. Os homens vindos do Oriente personificam o mundo dos povos, a Igreja dos gentios: os homens que, ao longo dos séculos, se encaminham para o Menino de Belém. A Igreja chama a esta festa «Epifania» – a manifestação do Divino… aos homens de todas as proveniências e continentes, de diversas culturas e diferentes formas de pensamento e de vida. É uma Epifania da bondade de Deus e do seu amor pelos homens. Nesta “peregrinação dos povos para Jesus Cristo”, o Bispo – recordou o Papa – tem a missão de “ir à frente e indicar a estrada”.
Bento XVI partiu da figura dos Magos, para, reflectindo sobre que tipo de homens eles eram, tentar “vislumbrara algo do que é o Bispo e de como deve cumprir a sua missão”. Os Magos “eram, em definitiva, pessoas de coração inquieto; homens inquietos movidos pela busca de Deus e da salvação do mundo; homens à espera”, que queriam sobretudo saber o essencial. “Queriam não apenas saber; queriam conhecer a verdade acerca de nós mesmos, de Deus e do mundo. A sua peregrinação exterior era expressão deste estar interiormente a caminho, da peregrinação interior do seu coração. Eram homens que buscavam a Deus e, em última instância, caminhavam para Ele; eram indagadores de Deus”.
Daqui, emerge, para Bento XVI, o que deve ser o Bispo: “deve ser sobretudo um homem cujo interesse se dirige para Deus, porque só então é que ele se interessa verdadeiramente também pelos homens. E, vice-versa, podemos dizer: um Bispo deve ser um homem que tem a peito os outros homens, que se deixa tocar pelas vicissitudes humanas”.
Pode-se dizer que deve ser sobretudo um homem cujo interesse se dirige para Deus, porque só então é que ele se interessa verdadeiramente também pelos homens. E, vice-versa: “um Bispo deve ser um homem que tem a peito os outros homens, que se deixa tocar pelas vicissitudes humanas. Deve ser um homem para os outros; mas só poderá sê-lo realmente, se for um homem conquistado por Deus: se, para ele, a inquietação por Deus se tornou uma inquietação pela sua criatura, o homem”.
Como os Magos do Oriente, também um Bispo não deve ser alguém que se limita a exercer o seu ofício, sem se importar com mais nada. “(O Bispo) deve deixar-se absorver pela inquietação de Deus com os homens. Deve, por assim dizer, pensar e sentir em sintonia com Deus. Não é apenas o homem que tem em si a inquietação constitutiva por Deus, mas esta inquietação é uma participação na inquietação de Deus por nós”.Foi por estar inquieto connosco que Deus veio atrás de nós até à manjedoura; mais: até à cruz.
“A inquietação do homem por Deus e, a partir dela, a inquietação de Deus pelo homem devem não dar tréguas ao Bispo. É isto que queremos dizer, ao afirmar que o Bispo deve ser sobretudo um homem de fé; porque a fé nada mais é do que ser interiormente tocado por Deus, condição esta que nos leva pelo caminho da vida. A fé leva-nos a um estado em que somos arrebatados pela inquietação de Deus e faz de nós peregrinos que estão interiormente a caminho…”
Rádio Vaticano
Vídeo em espanhol
Eis o texto integral da homilia:
Atentem nos raios de luz à esquerda... |
Para a Igreja crente e orante (observou Bento XVI), os Magos do Oriente, que, guiados pela estrela, encontraram o caminho para o presépio, são o princípio duma grande procissão que permeia a história. Os homens vindos do Oriente personificam o mundo dos povos, a Igreja dos gentios: os homens que, ao longo dos séculos, se encaminham para o Menino de Belém. A Igreja chama a esta festa «Epifania» – a manifestação do Divino… aos homens de todas as proveniências e continentes, de diversas culturas e diferentes formas de pensamento e de vida. É uma Epifania da bondade de Deus e do seu amor pelos homens. Nesta “peregrinação dos povos para Jesus Cristo”, o Bispo – recordou o Papa – tem a missão de “ir à frente e indicar a estrada”.
Bento XVI partiu da figura dos Magos, para, reflectindo sobre que tipo de homens eles eram, tentar “vislumbrara algo do que é o Bispo e de como deve cumprir a sua missão”. Os Magos “eram, em definitiva, pessoas de coração inquieto; homens inquietos movidos pela busca de Deus e da salvação do mundo; homens à espera”, que queriam sobretudo saber o essencial. “Queriam não apenas saber; queriam conhecer a verdade acerca de nós mesmos, de Deus e do mundo. A sua peregrinação exterior era expressão deste estar interiormente a caminho, da peregrinação interior do seu coração. Eram homens que buscavam a Deus e, em última instância, caminhavam para Ele; eram indagadores de Deus”.
Daqui, emerge, para Bento XVI, o que deve ser o Bispo: “deve ser sobretudo um homem cujo interesse se dirige para Deus, porque só então é que ele se interessa verdadeiramente também pelos homens. E, vice-versa, podemos dizer: um Bispo deve ser um homem que tem a peito os outros homens, que se deixa tocar pelas vicissitudes humanas”.
Pode-se dizer que deve ser sobretudo um homem cujo interesse se dirige para Deus, porque só então é que ele se interessa verdadeiramente também pelos homens. E, vice-versa: “um Bispo deve ser um homem que tem a peito os outros homens, que se deixa tocar pelas vicissitudes humanas. Deve ser um homem para os outros; mas só poderá sê-lo realmente, se for um homem conquistado por Deus: se, para ele, a inquietação por Deus se tornou uma inquietação pela sua criatura, o homem”.
Como os Magos do Oriente, também um Bispo não deve ser alguém que se limita a exercer o seu ofício, sem se importar com mais nada. “(O Bispo) deve deixar-se absorver pela inquietação de Deus com os homens. Deve, por assim dizer, pensar e sentir em sintonia com Deus. Não é apenas o homem que tem em si a inquietação constitutiva por Deus, mas esta inquietação é uma participação na inquietação de Deus por nós”.Foi por estar inquieto connosco que Deus veio atrás de nós até à manjedoura; mais: até à cruz.
“A inquietação do homem por Deus e, a partir dela, a inquietação de Deus pelo homem devem não dar tréguas ao Bispo. É isto que queremos dizer, ao afirmar que o Bispo deve ser sobretudo um homem de fé; porque a fé nada mais é do que ser interiormente tocado por Deus, condição esta que nos leva pelo caminho da vida. A fé leva-nos a um estado em que somos arrebatados pela inquietação de Deus e faz de nós peregrinos que estão interiormente a caminho…”
Rádio Vaticano
Vídeo em espanhol
Eis o texto integral da homilia:
Bom Domingo do Senhor!
Façamos como nos narra o Evangelho de hoje (Mt 2, 1-12) e sigamos a Estrela de Jesus todos os momentos das nossas vidas.
Igreja Ortodoxa celebra amanhã dia 7 de janeiro o Natal
Cristãos de rito Bizantino, que seguem o calendário juliano, preparam a celebração da Natividade
A Natividade é celebrada pelos cristãos ortodoxos na Europa Central e de Leste e um pouco por todo o mundo a 7 de Janeiro, por causa da diferença do Calendário Gregoriano – 13 dias depois dos outros cristãos. No leste, a Natividade é precedida de 40 dias de jejum, que começam a 15 de Novembro. Este é um tempo de reflexão, contenção pessoal e cura pelo Sacramento da Reconciliação.
A Festa Ortodoxa da Natividade tem início na Véspera de Natal (6 de Janeiro) e termina com a Festa da Epifania.
Normalmente, na Véspera de Natal, os cristãos ortodoxos jejuam até tarde, ao anoitecer, até que a primeira estrela apareça. Quando a estrela é avistada, as pessoas preparam a mesa para a ceia de Natal. A ceia da Véspera de Natal, ou “Sviata Vecheria” (Santa Ceia), junta a família para partilhar alimentos próprios e dá início à festa com vários costumes e tradições, que remontam à antiguidade. Os rituais da Véspera de Natal são dedicados a Deus, para proteção e bem-estar da família e em memória dos antepassados.
A mesa é coberta com duas toalhas, uma para os antepassados da família, a outra para os elementos vivos. Nos tempos pagãos, os antepassados eram considerados espíritos benévolos, que, sendo devidamente respeitados, traziam boa sorte aos elementos da família.
Debaixo da mesa, bem como debaixo das toalhas, é espalhada alguma palha para lembrar que Cristo nasceu num estábulo. A mesa tem sempre um lugar a mais para os membros da família já falecidos, cujas almas, de acordo com a crença, vêm na Véspera de Natal tomar parte na refeição.
Há doze pratos (iguarias) na mesa, porque, de acordo com a tradição cristã, cada prato é dedicado a cada um dos Apóstolos de Cristo. Na antiga crença pagã, os pratos correspondiam às doze luas-cheias do ano. Os pratos não têm carne, por causa do período de jejum pedido pela Igreja até ao dia de Natal. Porém, para os pagãos, a abstinência de carne era a forma de oferecerem sacrifícios a Deus sem derramamento de sangue.
Enquanto muitos costumes ortodoxos da Véspera de Natal se revestem de uma natureza solene, o costume de cantar é alegre e divertido. Os cânticos de Natal tem a sua origem na antiguidade, tal como muitos outros costumes praticados nesta quadra.
Há dois grupos principais de cânticos na Ucrânia: os “koliadky”, cujo nome deriva provavelmente do latim “calendae”, significando primeiro dia do mês, que são cantados na Véspera e no Dia de Natal; o segundo grupo, “shchedrivky”, que é uma derivação do significado “generosidade”, é cantado durante a festa da Epifania.
No Dia de Natal as pessoas participam na Divina Liturgia, no fim da qual, muitos se deslocam em procissão para mares, rios e lagos. Todos se juntam, na neve, para as cerimónias exteriores da bênção da água. Muitas vezes os rios estão congelados e as pessoas fazem buracos no gelo para a bênção. Então, em casa, há uma grande festa - todos se juntam para comer, beber e divertir-se.
Tal como há diferenças, há também semelhanças entre a Celebração do Natal no Leste e no Ocidente. O Natal no Leste tem um grande significado familiar e social, tal como o tem no Ocidente. Junta as pessoas de todas as gerações para celebrarem o nascimento de Jesus Cristo.
Não importa em que cultura ou sociedade estamos – entendemos o nascimento de Cristo tal como S. João Crisóstomo escreveu: “Desde aquela altura, toda a alegria e júbilo! Eu também quero alegrar-me! Eu também quero participar do coro e da dança para celebrar a festa! Mas eu faço a minha parte: não tocando harpa nem flauta, nem erguendo a chama, mas erguendo nos meus braços o berço de Cristo. Aqui está toda a minha esperança! Aqui está toda a minha vida! Aqui está toda a minha salvação! Isto é a minha flauta e a minha harpa!”
Também eu, tendo recebido pelo Seu poder o dom da fala, eu também, com os anjos e os pastores, canto “Glória a Deus nas alturas e paz na Terra aos homens de boa vontade”!
Arquimandrita Philip Jagnisz
Vigário Geral de Portugal e Galiza
Patriarcado Ecuménico de Constantinopla
Tradução: Secretariado Diocesano das Migrações do Porto
Nota: Calendário juliano
É um calendário solar criado em 45 a.C. pelo imperador romano Júlio César para trazer os meses romanos ao seu lugar habitual em relação às estações do ano, confusão gerada pela adopção de um calendário de inspiração lunissolar. César impõe 12 meses com duração predeterminada e a adopção de um ano bissexto a cada 4 anos.
No ano da mudança, para fazer a concordância entre o ano civil e o ano solar, ele inclui no calendário mais dois meses de 33 e 34 dias, respectivamente, entre Novembro e Dezembro, além do 13º mês, o “mercedonius”, de 23 dias. O ano fica com 445 dias distribuídos em 15 meses e é chamado “o ano da confusão.”
Esse calendário, que tem um desfasamento de 13 dias em relação ao nosso, começa a ser substituído pelo calendário gregoriano a partir do século XVI - a Rússia e a Grécia só fazem a mudança no século XX.
(Fonte: site Agência Ecclesia em 2009)
Obrigado por Ti querido Jesus...
... pois sem Ti não conheceria os Santos Evangelhos e consequentemente os Teus Mandamentos, nomeadamente o de amar o próximo como a nós mesmos.
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1956
Epifania do Senhor. “Ao entrarem em casa, viram o Menino com Maria, sua Mãe. Nossa Senhora não se separa do seu Filho. Os Reis Magos não são recebidos por um rei sentado no trono, mas por um Menino nos braços da Mãe. Peçamos, pois, à Mãe de Deus, que é nossa Mãe, que nos prepare o caminho que conduz à plenitude do amor: Cor Mariæ dulcissimum, iter para tutum! O seu suave coração conhece o caminho mais seguro para encontrarmos Cristo”.
(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/6-1-5)
(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/6-1-5)
Dia dos Reis Magos
Os Três Reis Magos ou simplesmente "Os Magos", a que a tradição deu os nomes de Melchior, Baltazar e Gaspar, são personagens da narrativa cristã que visitaram Jesus após o seu nascimento (Evangelho de Mateus). A Escritura diz "uns magos", que não seriam, portanto, reis nem necessariamente três mas, talvez, sacerdotes da religião zoroástrica da Pérsia ou conselheiros. Como não diz quantos eram, diz-se três pela quantia dos presentes oferecidos.
Talvez fossem astrólogos ou astrónomos, pois, segundo consta, viram uma estrela e foram, por isso, até a região onde nascera Jesus, dito o Cristo. Assim os magos, sabendo que se tratava do nascimento de um rei, foram ao palácio do rei Herodes em Jerusalém. Perguntaram-lhe sobre a criança mas ele disse nada saber. No entanto, Herodes alarmou-se e sentiu-se ameaçado e pediu aos magos que, se encontrassem o menino, o informassem, pois iria adorá-lo também, embora suas intenções fossem a de matá-lo.
A estrela, conta o evangelho, precedia-os e parou sobre o local onde estava o menino Jesus. "E vendo a estrela, alegraram-se eles com grande e intenso júbilo" (Mt 2, 10). Os Magos ofereceram três presentes ao menino Jesus, ouro, incenso e mirra, cujo significado e simbolismo espiritual é, juntamente com a própria visitação dos magos, um resumo do evangelho e da fé cristã, embora existam outras especulações respeito do significado das dádivas dadas por eles: o ouro pode representar a realeza (eles procuravam o "Rei dos Judeus"); o incenso pode representar a fé, pois o incenso é usado nos templos para simbolizar a oração que chega a Deus; a mirra, resina antiséptica usada em embalsamamentos desde o Egipto antigo, remete-nos para o género da morte de Jesus, o martírio, sendo que um composto de mirra e aloés foi usado no embalsamamento de Jesus (Jo 19, 39 e 40).
"Sendo prevenidos em sonhos a não voltarem à presença de Herodes, regressaram por outro caminho a sua terra" (Mt 2, 12). Nada mais a Escritura diz sobre essa história cheia de poesia, não havendo também quaisquer outros documentos históricos sobre eles.
A melhor descrição dos reis magos foi feita por São Beda, o Venerável (673-735), que no seu tratado “Excerpta et Colletanea” assim relata: “Melchior era velho de setenta anos, de cabelos e barbas brancas, tendo partido de Ur, terra dos Caldeus. Gaspar era moço, de vinte anos, robusto e partira de uma distante região montanhosa, perto do Mar Cáspio. E Baltazar era mouro, de barba cerrada e com quarenta anos, partira do Golfo Pérsico, na Arábia Feliz”.
Quanto a seus nomes, Gaspar significa “Aquele que vai inspecionar”, Melchior quer dizer: “Meu Rei é Luz”, e Baltazar se traduz por “Deus manifesta o Rei”.
Como se pretendia dizer que simbolizavam os reis de todo o mundo, representariam as três raças humanas existentes, em idades diferentes. Segundo a mesma tradição, Melchior entregou-Lhe ouro em reconhecimento da realeza; Gaspar, incenso em reconhecimento da divindade; e Baltazar, mirra em reconhecimento da humanidade.
A exegese vê na chegada dos reis magos o cumprimento a profecia contida no livro dos Salmos (Sl 71, 11): “Os reis de toda a terra hão de adorá-Lo”.
Devido ao tempo passado até que os Magos chegassem ao local onde estava o menino, por causa da distância percorrida e da visita a Herodes, a tradição atribuiu à visitação dos Magos o dia 6 de Janeiro. Algumas Conferências Episcopais decidiram, contudo, celebrar a festa da Epifania no primeiro domingo de Janeiro (quando não coincide com o dia 1).
Devemos aos Magos a troca de presentes no Natal. Dos presentes dos Magos surgiu essa tradição em celebração do nascimento de Jesus. Em diversos países a principal troca de presentes é feita não no Natal, mas no dia 6 de Janeiro, e os pais muitas vezes se disfarçam de reis magos.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Talvez fossem astrólogos ou astrónomos, pois, segundo consta, viram uma estrela e foram, por isso, até a região onde nascera Jesus, dito o Cristo. Assim os magos, sabendo que se tratava do nascimento de um rei, foram ao palácio do rei Herodes em Jerusalém. Perguntaram-lhe sobre a criança mas ele disse nada saber. No entanto, Herodes alarmou-se e sentiu-se ameaçado e pediu aos magos que, se encontrassem o menino, o informassem, pois iria adorá-lo também, embora suas intenções fossem a de matá-lo.
A estrela, conta o evangelho, precedia-os e parou sobre o local onde estava o menino Jesus. "E vendo a estrela, alegraram-se eles com grande e intenso júbilo" (Mt 2, 10). Os Magos ofereceram três presentes ao menino Jesus, ouro, incenso e mirra, cujo significado e simbolismo espiritual é, juntamente com a própria visitação dos magos, um resumo do evangelho e da fé cristã, embora existam outras especulações respeito do significado das dádivas dadas por eles: o ouro pode representar a realeza (eles procuravam o "Rei dos Judeus"); o incenso pode representar a fé, pois o incenso é usado nos templos para simbolizar a oração que chega a Deus; a mirra, resina antiséptica usada em embalsamamentos desde o Egipto antigo, remete-nos para o género da morte de Jesus, o martírio, sendo que um composto de mirra e aloés foi usado no embalsamamento de Jesus (Jo 19, 39 e 40).
"Sendo prevenidos em sonhos a não voltarem à presença de Herodes, regressaram por outro caminho a sua terra" (Mt 2, 12). Nada mais a Escritura diz sobre essa história cheia de poesia, não havendo também quaisquer outros documentos históricos sobre eles.
A melhor descrição dos reis magos foi feita por São Beda, o Venerável (673-735), que no seu tratado “Excerpta et Colletanea” assim relata: “Melchior era velho de setenta anos, de cabelos e barbas brancas, tendo partido de Ur, terra dos Caldeus. Gaspar era moço, de vinte anos, robusto e partira de uma distante região montanhosa, perto do Mar Cáspio. E Baltazar era mouro, de barba cerrada e com quarenta anos, partira do Golfo Pérsico, na Arábia Feliz”.
Quanto a seus nomes, Gaspar significa “Aquele que vai inspecionar”, Melchior quer dizer: “Meu Rei é Luz”, e Baltazar se traduz por “Deus manifesta o Rei”.
Como se pretendia dizer que simbolizavam os reis de todo o mundo, representariam as três raças humanas existentes, em idades diferentes. Segundo a mesma tradição, Melchior entregou-Lhe ouro em reconhecimento da realeza; Gaspar, incenso em reconhecimento da divindade; e Baltazar, mirra em reconhecimento da humanidade.
A exegese vê na chegada dos reis magos o cumprimento a profecia contida no livro dos Salmos (Sl 71, 11): “Os reis de toda a terra hão de adorá-Lo”.
Devido ao tempo passado até que os Magos chegassem ao local onde estava o menino, por causa da distância percorrida e da visita a Herodes, a tradição atribuiu à visitação dos Magos o dia 6 de Janeiro. Algumas Conferências Episcopais decidiram, contudo, celebrar a festa da Epifania no primeiro domingo de Janeiro (quando não coincide com o dia 1).
Devemos aos Magos a troca de presentes no Natal. Dos presentes dos Magos surgiu essa tradição em celebração do nascimento de Jesus. Em diversos países a principal troca de presentes é feita não no Natal, mas no dia 6 de Janeiro, e os pais muitas vezes se disfarçam de reis magos.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O concílio: nova Epifania
«Estamos agora na Epifania do Senhor. Eis a cena dos Reis Magos em torno de Jesus, em Belém. Oh! que espetáculo! Vindos do oriente, avisados e, para sua grande alegria, guiados por um astro prodigioso, como no-lo descreve o evangelista são Mateus com deliciosa simplicidade de palavras e de cores. Mal chegam, ei-los em adoração, diante do menino Jesus, manifestando assim seus sentimentos e lhe oferecendo seus presentes: ouro, incenso e mirra (Mt 2,1,12).
Sob a figura desses inesperados visitantes da alta camada social, como são os Magos, flor eleita por dignidade pessoal, pela inteligência aberta e ávida de saber, encarregados de funções sagradas e de responsabilidades, é-nos sumamente agradável contemplar o espetáculo encantador de todos os membros do sacerdócio católico - bispos, prelados, sacerdotes do clero secular e regular - guiados todos pela mesma estrela para cumular de homenagens o mesmo Jesus, sempre vivo através dos séculos no centro de sua Igreja, gloriosa e imortal.
Não se deveria dizer que o concílio ecuménico antes que um novo e grandioso pentecostes, quer ser uma verdadeira e nova Epifania? Uma das tantas, mas não das menos solenes manifestações que se deram e que se dão no decorrer da história? É bem significativo o elo daqueles três singulares e afortunados personagens de adorar em mística oração e de oferecer os preciosos dons de sua terra, em nome de todo o mundo, ao recém-nascido.»
(Exortação Apostólica "Sacrae Laudis", 8-10 - João XXIII)
Sob a figura desses inesperados visitantes da alta camada social, como são os Magos, flor eleita por dignidade pessoal, pela inteligência aberta e ávida de saber, encarregados de funções sagradas e de responsabilidades, é-nos sumamente agradável contemplar o espetáculo encantador de todos os membros do sacerdócio católico - bispos, prelados, sacerdotes do clero secular e regular - guiados todos pela mesma estrela para cumular de homenagens o mesmo Jesus, sempre vivo através dos séculos no centro de sua Igreja, gloriosa e imortal.
Não se deveria dizer que o concílio ecuménico antes que um novo e grandioso pentecostes, quer ser uma verdadeira e nova Epifania? Uma das tantas, mas não das menos solenes manifestações que se deram e que se dão no decorrer da história? É bem significativo o elo daqueles três singulares e afortunados personagens de adorar em mística oração e de oferecer os preciosos dons de sua terra, em nome de todo o mundo, ao recém-nascido.»
(Exortação Apostólica "Sacrae Laudis", 8-10 - João XXIII)
EPIFANIA DO SENHOR por Joaquim Mexia Alves
«Ao ver a estrela, sentiram imensa alegria; e, entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, adoraram-no; e, abrindo os cofres, ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra.» Mt 2,10-11
Ao ler toda a narração do encontro dos magos com o Menino Jesus, detenho-me em algo tão simples como isto:
«Prostrando-se, adoraram-no; e, abrindo os cofres, ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra.»
Perante Aquele Menino e a luz que d’Ele emana, a luz que Ele próprio é, (a estrela que os guia), cheios de alegria naquela presença, “apenas” se prostraram, adoraram e ofereceram presentes!
“Esqueceram-se” de pedir, de querer receber, de querer alguma coisa para eles!
Pelo menos os Evangelhos não nos dão nenhum sinal de que o tenham feito.
Diante daquele Menino, que eles já reconheciam como Rei, «prostrando-se, adoraram-no», e como Rei que era, com poder, sem dúvida, ofereceram-Lhe dádivas que essa realeza representam, mas nada pediram para eles mesmos, ou para outros.
Quantas vezes somos nós capazes de, num encontro pessoal com Jesus Cristo, na Comunhão por exemplo, nos prostrarmos, adorarmos, nos oferecermos e nada pedirmos?
Deixo-me levar pelo coração, e mesmo que exegetas da Bíblia possam dizer que é menos correcta a minha meditação, quero perceber, ou melhor, “escutar” o que Ele me quer dizer com estes factos que assim são narrados.
Será que na presença de Cristo, tão plena de alegria e luz, nos esquecemos de nós próprios, ou será que o reconhecimento dessa presença viva no meio de nós nos faz sentir “apenas” confiança e esperança, de tal modo que em nós sentimos, sabemos que, tudo o que precisamos Ele conhece, e não deixará de nos dar o que for verdadeiramente necessário para a nossa felicidade?
Ou será que as duas atitudes são somadas e por isso mesmo, esse caminho que percorremos de coração aberto até ao nosso encontro com Ele, (Jesus Cristo faz-se sempre encontrado, nós é que não O procuramos), arrostando com passadas nem sempre bem dadas, com as dificuldades de cada momento, (como Herodes na caminhada dos magos), tem de culminar com essa certeza de que o encontro pessoal com Cristo, tem de ser um momento de entrega total, de despojamento de tudo, de confiança inabalável, de esperança já cumprida, embora ainda não.
É porque se assim for, também nós seremos “avisados” pelo amor que despontará em nós, a não continuarmos pelo mesmo caminho, mas sim pelo caminho diferente e novo, que todos aqueles que com Ele se encontram de coração aberto, são convidados a seguir.
É que então já não é uma estrela exterior que nos guia, mas a luz interior, que é a Sua presença viva em nós, que nos vai iluminando os passos a dar, a estrada a percorrer, a nossa entrega a completar.
E não “precisaremos” mais de pedir, porque então entenderemos perfeitamente o que Ele mesmo nos diz:
«Não vos inquieteis com o que haveis de comer ou beber, nem andeis ansiosos, pois as pessoas do mundo é que andam à procura de todas estas coisas; mas o vosso Pai sabe que tendes necessidade delas. Procurai, antes, o seu Reino, e o resto vos será dado por acréscimo. Não temais, pequenino rebanho, porque aprouve ao vosso Pai dar-vos o Reino.»Lc 12, 29-32
Claro que poderemos continuar a pedir, mas agora já nesta certeza de que obteremos tudo aquilo que for bom, para fazermos a Sua vontade em nós e nos outros.
Não nos afadiguemos a procurar o Menino, a procurar Jesus Cristo para pedir, para obter, para receber, mas sim a querermos que aconteça verdadeiramente nas nossas vidas o encontro pessoal com Ele, que nos levará pelo Caminho Novo, que nos dará a confiança segura, que é assente na esperança viva que se cumpre todos os dias.
E então sim, viverei eu, viverás tu, viveremos todos nós, a Epifania do Senhor, que se faz presença viva permanente nas nossas vidas.
Monte Real, 6 de Janeiro de 2010
Joaquim Mexia Alves
www.queeaverdade.blogspot.com
Ao ler toda a narração do encontro dos magos com o Menino Jesus, detenho-me em algo tão simples como isto:
«Prostrando-se, adoraram-no; e, abrindo os cofres, ofereceram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra.»
Perante Aquele Menino e a luz que d’Ele emana, a luz que Ele próprio é, (a estrela que os guia), cheios de alegria naquela presença, “apenas” se prostraram, adoraram e ofereceram presentes!
“Esqueceram-se” de pedir, de querer receber, de querer alguma coisa para eles!
Pelo menos os Evangelhos não nos dão nenhum sinal de que o tenham feito.
Diante daquele Menino, que eles já reconheciam como Rei, «prostrando-se, adoraram-no», e como Rei que era, com poder, sem dúvida, ofereceram-Lhe dádivas que essa realeza representam, mas nada pediram para eles mesmos, ou para outros.
Quantas vezes somos nós capazes de, num encontro pessoal com Jesus Cristo, na Comunhão por exemplo, nos prostrarmos, adorarmos, nos oferecermos e nada pedirmos?
Deixo-me levar pelo coração, e mesmo que exegetas da Bíblia possam dizer que é menos correcta a minha meditação, quero perceber, ou melhor, “escutar” o que Ele me quer dizer com estes factos que assim são narrados.
Será que na presença de Cristo, tão plena de alegria e luz, nos esquecemos de nós próprios, ou será que o reconhecimento dessa presença viva no meio de nós nos faz sentir “apenas” confiança e esperança, de tal modo que em nós sentimos, sabemos que, tudo o que precisamos Ele conhece, e não deixará de nos dar o que for verdadeiramente necessário para a nossa felicidade?
Ou será que as duas atitudes são somadas e por isso mesmo, esse caminho que percorremos de coração aberto até ao nosso encontro com Ele, (Jesus Cristo faz-se sempre encontrado, nós é que não O procuramos), arrostando com passadas nem sempre bem dadas, com as dificuldades de cada momento, (como Herodes na caminhada dos magos), tem de culminar com essa certeza de que o encontro pessoal com Cristo, tem de ser um momento de entrega total, de despojamento de tudo, de confiança inabalável, de esperança já cumprida, embora ainda não.
É porque se assim for, também nós seremos “avisados” pelo amor que despontará em nós, a não continuarmos pelo mesmo caminho, mas sim pelo caminho diferente e novo, que todos aqueles que com Ele se encontram de coração aberto, são convidados a seguir.
É que então já não é uma estrela exterior que nos guia, mas a luz interior, que é a Sua presença viva em nós, que nos vai iluminando os passos a dar, a estrada a percorrer, a nossa entrega a completar.
E não “precisaremos” mais de pedir, porque então entenderemos perfeitamente o que Ele mesmo nos diz:
«Não vos inquieteis com o que haveis de comer ou beber, nem andeis ansiosos, pois as pessoas do mundo é que andam à procura de todas estas coisas; mas o vosso Pai sabe que tendes necessidade delas. Procurai, antes, o seu Reino, e o resto vos será dado por acréscimo. Não temais, pequenino rebanho, porque aprouve ao vosso Pai dar-vos o Reino.»Lc 12, 29-32
Claro que poderemos continuar a pedir, mas agora já nesta certeza de que obteremos tudo aquilo que for bom, para fazermos a Sua vontade em nós e nos outros.
Não nos afadiguemos a procurar o Menino, a procurar Jesus Cristo para pedir, para obter, para receber, mas sim a querermos que aconteça verdadeiramente nas nossas vidas o encontro pessoal com Ele, que nos levará pelo Caminho Novo, que nos dará a confiança segura, que é assente na esperança viva que se cumpre todos os dias.
E então sim, viverei eu, viverás tu, viveremos todos nós, a Epifania do Senhor, que se faz presença viva permanente nas nossas vidas.
Monte Real, 6 de Janeiro de 2010
Joaquim Mexia Alves
www.queeaverdade.blogspot.com
Epifania, a bênção especial de Deus sobre a descendência de Abraão
Imagem de 2011 |
(Excerto homilia do dia 6/I/2008 – Bento XVI)
Epifania
1. «À Tua luz caminharão os povos e os reis andarão ao brilho do Teu esplendor » (Is. 60, 3).
Hoje a Igreja celebra a solenidade da Epifania, «manifestação» de Cristo a todos os povos, representados pelos Magos vindos do Oriente.
Esta festividade ajuda-nos a penetrar o profundo sentido da missão universal da Igreja, que se pode compreender como um movimento de irradiação: o irradiar- se da luz de Cristo, reflectida no rosto do seu Corpo místico. E dado que esta luz é luz de amor, verdade e beleza, não se impõe com a força, mas ilumina as mentes e atrai os corações.
Ao irradiar esta luz, a Igreja obedece ao mandato de Cristo ressuscitado: «Ide (...) ensinai todas as nações» (Mt. 28, 19). Trata-se de um movimento que, a partir do centro, da Eucaristia, se propaga em todas as direcções, através do testemunho e do anúncio do Evangelho. Este «ir» é animado por um impulso interior de caridade, sem o qual não produziria qualquer fruto.
A experiência dos Magos é muito eloquente a este propósito: eles movem-se guiados pela luz de uma estrela, que os atrai a Cristo. A Igreja deve ser como aquela estrela, isto é, capaz de reflectir a luz de Cristo, a fim de que os homens e os povos em busca de verdade e justiça se ponham em caminho rumo a Jesus, único Salvador do mundo.
2. Esta tarefa missionária é confiada a todo o Povo de Deus, mas incumbe de modo especial a quantos são chamados ao ministério apostólico, isto é, aos Bispos e Sacerdotes. Hoje, Festividade da Epifania, segundo um costume já consolidado, tive a alegria de consagrar doze novos Bispos.
Hoje a Igreja celebra a solenidade da Epifania, «manifestação» de Cristo a todos os povos, representados pelos Magos vindos do Oriente.
Esta festividade ajuda-nos a penetrar o profundo sentido da missão universal da Igreja, que se pode compreender como um movimento de irradiação: o irradiar- se da luz de Cristo, reflectida no rosto do seu Corpo místico. E dado que esta luz é luz de amor, verdade e beleza, não se impõe com a força, mas ilumina as mentes e atrai os corações.
Ao irradiar esta luz, a Igreja obedece ao mandato de Cristo ressuscitado: «Ide (...) ensinai todas as nações» (Mt. 28, 19). Trata-se de um movimento que, a partir do centro, da Eucaristia, se propaga em todas as direcções, através do testemunho e do anúncio do Evangelho. Este «ir» é animado por um impulso interior de caridade, sem o qual não produziria qualquer fruto.
A experiência dos Magos é muito eloquente a este propósito: eles movem-se guiados pela luz de uma estrela, que os atrai a Cristo. A Igreja deve ser como aquela estrela, isto é, capaz de reflectir a luz de Cristo, a fim de que os homens e os povos em busca de verdade e justiça se ponham em caminho rumo a Jesus, único Salvador do mundo.
2. Esta tarefa missionária é confiada a todo o Povo de Deus, mas incumbe de modo especial a quantos são chamados ao ministério apostólico, isto é, aos Bispos e Sacerdotes. Hoje, Festividade da Epifania, segundo um costume já consolidado, tive a alegria de consagrar doze novos Bispos.
Rezemos juntos por estes novos Pastores e por todos os Bispos do mundo, para que o seu serviço ao Evangelho seja cada vez mais generoso e fiel.
3. Neste dia, dirijo um pensamento especial aos irmãos do Oriente cristão, muitos dos quais celebram precisamente hoje o Santo Natal. Diante do ícone do Menino Jesus, amorosamente protegido por Maria e São José, desejamos invocar a graça de um ulterior aprofundamento das relações de compreensão e comunhão entre os cristãos do Oriente e do Ocidente. Com efeito, as diversidades nas tradições litúrgicas não só não devem constituir um obstáculo para a unidade, mas devem ser um estímulo para o conhecimento e o enriquecimento recíprocos.
Confiamos estes votos à Virgem Maria, enquanto lhe pedimos, de modo particular, que acompanhe os Bispos consagrados hoje de manhã no seu ministério pastoral.
(Angelus - 06-I-1997 - João Paulo II)
Imagem: A Adoração dos Magos - Domenico Ghirlandaio - Florença
Confiamos estes votos à Virgem Maria, enquanto lhe pedimos, de modo particular, que acompanhe os Bispos consagrados hoje de manhã no seu ministério pastoral.
(Angelus - 06-I-1997 - João Paulo II)
Imagem: A Adoração dos Magos - Domenico Ghirlandaio - Florença
Sigamos os magos
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho de Mateus, n°7, 5
Homilias sobre o Evangelho de Mateus, n°7, 5
Levantemo-nos, a exemplo dos magos. Deixemos que o mundo se perturbe; nós, porém, corramos com alegria à morada do Menino. Ainda que os reis ou os povos se esforcem por nos barrar o caminho, não abrandemos o nosso fervor, afastemos todos os males que nos ameaçam. Se não tivessem visto o Menino, os magos não teriam escapado ao perigo que corriam por parte do rei Herodes. Antes de terem tido a felicidade de O contemplar, eram assaltados pelo temor, estavam rodeados de perigos e mergulhados em dificuldades; depois de O terem adorado, a calma e a segurança instalaram-se-lhes no coração. [...]
Deixemos pois, também nós, uma cidade em desordem, um déspota sedento de sangue, todas as riquezas deste mundo, e vamos a Belém, a «casa do pão» espiritual. Se és pastor, vem ao estábulo e aí verás o Menino. Se és rei, de nada te servirão as vestes faustosas e todo o brilho da tua dignidade se não vieres. Se és um homem de ciência como os magos, de nada te servirão os teus conhecimentos se não vieres apresentar os teus respeitos. Se és um estrangeiro, ou um bárbaro, serás admitido na corte deste rei. [...] Basta vires com temor e alegria, os dois sentimentos que habitam um coração verdadeiramente cristão. [...]
Antes de vires adorar este Menino, abandona tudo aquilo que te pesa. Se és rico, deposita o teu ouro a Seus pés, ou seja, dá-o aos pobres. Estes estrangeiros vieram de muito longe para contemplar este recém-nascido; como poderás [...] recusar-te a dar alguns passos para visitar um doente ou um prisioneiro? [...] Os magos ofereceram os seus tesouros a Jesus, e tu não tens sequer um pedaço de pão para Lhe dar? (Mt 25,35ss). Quando viram a estrela, o coração encheu-se-lhes de alegria; e tu vês Cristo nos pobres, a quem tudo falta, e passas de lado, não te sentes emocionado?
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Subscrever:
Mensagens (Atom)