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domingo, 8 de novembro de 2009
O mundo precisa de uma igreja pobre e livre que fale ao homem de hoje
Bento XVI efectua neste Domingo, dia 8, uma visita pastoral a Brescia e Concesio – norte da Itália – lugares que testemunharam o nascimento e a formação de Giovanni Battista Montini – Papa Paulo VI.
A primeira etapa do percurso rumo à cidade de Brescia foi uma visita ao Santuário de Boticcino Sera, município de Valverde, que guarda a urna com os restos mortais de Santo Arcangelo Tadini (um sacerdote bresciano que viveu entre 1846 e 1912, uma figura límpida e fascinante com um grande amor a Deus e aos homens, homem austero e de grande ternura). (N. JPR – Canonizado no memos dia de São Nuno de Santa Maria).
É necessário rezar e trabalhar para que nasça um mundo fraterno onde cada um não viva para si mesmo mas para os outros: disse Bento XVI dirigindo a sua breve saudação, não prevista, á multidão congregada fora da igreja paroquial de Botticino Será. O Papa quis assim antecipar alguns temas que poderiam constituir a chave de leitura desta visita pastoral: caridade e solidariedade.
Em Brescia, onde chegou ao meio da manhã, o Santo Padre presidiu a celebração da Santa Missa.
Na homilia Bento XVI meditou sobre o mistério da Igreja, prestando homenagem ao grande Papa Paulo VI que a ela consagrou a sua vida inteira. A Igreja - recordou – é um organismo espiritual concreto que prolonga no espaço e no tempo a oblação do Filho de Deus, um sacrifício aparentemente insignificante em relação ás dimensões do mundo e da historia, mas decisivo aos olhos de Deus. Como diz a Carta aos Hebreus – também no texto deste Domingo, a Deus bastou o sacrifício de Jesus, oferecido “ uma só vez”, para salvar o mundo inteiro porque naquela única oblação está condensado todo o Amor divino, como no gesto do óbolo da viúva de que fala o Evangelho deste Domingo está concentrado o amor daquela mulher a Deus e aos irmãos. A Igreja, que incessantemente nasce da Eucaristia – salientou depois Bento XVI – é a continuação deste dom, desta super abundância que se exprime na pobreza do tudo que se oferece no fragmento do pão consagrado. É o Corpo de Cristo que se dá inteiramente.
Na sua homilia da Missa em Brescia o Papa quis depois sublinhar a visão de uma igreja pobre e livre que recorda a figura evangélica da viúva.
“É assim que deve ser a Comunidade eclesial para conseguir falar à humanidade contemporânea. O encontro e o diálogo da Igreja com a humanidade deste nosso tempo estavam particularmente a peito a João Batista Montini em todas as estações da sua vida, desde os primeiros anos de sacerdócio até ao Pontificado. Ele dedicou todas as sua energias ao serviço de uma Igreja o mais possível conforme ao seu Senhor Jesus Cristo, de maneira que encontrando-a , o homem contemporâneo possa encontrá -LO, porque d’Ele tem absoluta necessidade. Este é o anélito de fundo do Concilio Vaticano II a que corresponde a reflexão do Papa Paulo VI sobre a Igreja.
Ele – recordou hoje Bento XVI – quis expor programaticamente alguns dos pontos salientes na sua primeira Encíclica Ecclesiam suam de 6 de Agosto de 1964 quando ainda não tinham sido publicadas as Constituições conciliares Lúmen gentium e Gaudium et spes.
Com aquela Encíclica o Pontífice propunha-se explicar a todos a importância da Igreja para a salvação da humanidade, e ao mesmo tempo, a exigência que entre a Comunidade eclesial e a sociedade se estabeleça uma relação de conhecimento e amor recíproco. “Consciência, renovação, diálogo: estas as três palavras escolhidas por Paulo VI para exprimir os seus pensamentos dominantes – como ele os definiu – no inicio do seu ministério petrino e as três palavras referem-se á Igreja. Antes de mais a exigência que ele aprofunda a consciência de si mesma: origem, natureza, missão, destino final; em segundo lugar, a sua necessidade de se renovar e purificar olhando para o modelo que é Cristo; finalmente o problema das suas relações com o mundo moderno.
Nesta sua homilia, dirigindo-se agora especialmente aos bispos e padres, Bento XVI salientou que a questão da Igreja, da sua necessidade no desígnio de salvação e da sua relação com o mundo permanece também hoje absolutamente central.
“A reflexão do Papa Montini sobre a Igreja é hoje mais do que nunca actual; e mais ainda é precioso o exemplo do seu amor por ela, inseparável do amor por Cristo.
O mistério da Igreja – lê-se na Encíclica Ecclesiam suam - não é simples objecto de conhecimento teológico, deve ser facto vivido, em que a alma fiel, antes de ser capaz de definir a Igreja com exactidão, a pode apreender numa experiência conatural.
Isto pressupõe uma vida interior robusta que é “a grande fonte da espiritualidade da Igreja, condiciona-lhe a receptividade às irradiações do Espírito de Cristo, é expressão fundamental e insubstituível da sua actividade religiosa e social, e é ainda para ela defesa inviolável e renascente energia no seu difícil contacto com o mundo profano.”
Prosseguindo a sua homilia, Bento XVI dirigiu-se depois aos leigos católicos sublinhando que as migrações, a crise económica e a educação dos jovens constituem os desafios de hoje
(Fonte: site Radio Vaticana)
Visita pastoral de Bento XVI a Brescia e Concesio: rezar e trabalhar para que nasça um mundo fraterno
Bento XVI efectua neste domingo, dia 8, uma visita pastoral a Brescia e Concesio – norte da Itália – lugares que testemunharam o nascimento e a formação de Giovanni Battista Montini – Papa Paulo VI.
A primeira etapa do percurso rumo à cidade de Brescia foi uma visita ao Santuário de Boticcino Sera, município de Valverde, que guarda a urna com os restos mortais de Santo Arcangelo Tadini.
É necessário rezar e trabalhar para que nasça um mundo fraterno onde cada um não viva para si mesmo mas para os outros: disse Bento XVI dirigindo a sua breve saudação, não prevista, á multidão congregada fora da igreja paroquial de Botticino Será. O Papa quis assim antecipar alguns temas que poderiam constituir a chave de leitura desta visita pastoral: caridade e solidariedadae.
(Fonte: site Radio Vaticana)
A primeira etapa do percurso rumo à cidade de Brescia foi uma visita ao Santuário de Boticcino Sera, município de Valverde, que guarda a urna com os restos mortais de Santo Arcangelo Tadini.
É necessário rezar e trabalhar para que nasça um mundo fraterno onde cada um não viva para si mesmo mas para os outros: disse Bento XVI dirigindo a sua breve saudação, não prevista, á multidão congregada fora da igreja paroquial de Botticino Será. O Papa quis assim antecipar alguns temas que poderiam constituir a chave de leitura desta visita pastoral: caridade e solidariedadae.
(Fonte: site Radio Vaticana)
S. Josemaría Escrivá nesta data:
Escreve: “Oitava de todos os Santos – terça-feira, 8-XI-1932: Esta manhã, não passou ainda uma hora, o meu P. Sánchez fez-me descobrir ‘outro Mediterrâneo’. Disse-me ‘tenha amizade com o Espírito Santo. Não fale: ouça-o’. (…) Até agora sabia que o Espírito Santo habitava na minha alma para a santificar…, mas não captei a verdade da sua presença. Foram precisas as palavras do P. Sánchez: sinto o Amor dentro de mim: e quero ter intimidade com ele, ser seu amigo, seu confidente…, facilitar-lhe o trabalho de polir, de arrancar, de acender… Não saberei fazê-lo, contudo. Ele dar-me-á forças, Ele fará tudo, se eu quiser… sim, eu quero! Divino hóspede, Mestre, Luz, Guia, Amor: que o pobre burrinho saiba acolher-te e ouvir as tuas lições, e vibrar, e seguir-te e amar-te. – Propósito: frequentar, sendo possível sem interrupção, a amizade e a relação amorosa e dócil do Espírito Santo. Veni Sancte Spiritus!”
(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/8-11-5)
(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/8-11-5)
Cuidados paliativos: Irmãs Hospitaleiras ajudam a viver
Trabalho das religiosas mostra que é possível apaziguar a dor e morrer com dignidade
“Tratam de mim como a uma criança. Às vezes pergunto: meu Deus, que mais quero eu? Mas sofri muito. Passei uns anos muito amargurados. Agora estou pronta para partir, em paz com o meu próximo e com Deus”. Faz agora um mês que Inês Garlito chegou à Unidade de Cuidados Paliativos das Irmãs Hospitaleiras, em Idanha, Sintra, vinda do Instituto Português de Oncologia.
Depois de apaziguar a dor, por vezes experimentada com grande intensidade, a Unidade trabalha a dimensão espiritual, psicológica e social. A equipa é constituída por médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e espirituais, bem como voluntários, que procuram oferecer o melhor de cada dia aos pacientes em fase terminal.
A Ir. Paula Carneiro, coordenadora da Unidade, refere ao Programa «70x7» que a missão principal da Congregação Hospitaleira é poder assistir a pessoa em sofrimento mental e psíquico.
Mesmo as estadias curtas podem ser marcantes. Helena Cardoso perdeu a mãe há oito meses, depois de ter passado apenas dez dias nas instalações das Irmãs Hospitaleiras. A memória desse acompanhamento ficou-lhe para a vida: “Quando um bebé está a chorar, damos-lhe todo o carinho e adormecemo-lo, compreende? Foi o que eu senti ao pé da minha mãe”.
Dar vida aos dias
“Os doentes chegam numa fase muito adiantada da doença. Quanto a nós, deveriam vir mais cedo, para podermos trabalhar melhor essas situações”, afirma a enfermeira-chefe, Fátima Oliveira.
Até à hora da morte, a equipa procura satisfazer pequenos desejos: “Temos um senhor que não queria partir sem conhecer a águia do Benfica, e ela veio cá. Temos uma senhora que não queria partir sem conhecer o Malato [apresentador de televisão]; eu andei a correr atrás dele, e ela partiu três horas depois de o conhecer”, conta Fátima Oliveira.
“Aqui dá-se vida aos dias, e não dias à vida. Não temos como objectivo prolongar a vida a qualquer custo. Não há nada que mude o tempo que a pessoa tem para viver”, refere Fátima Oliveira.
Sílvia Noné, psicóloga, afirma que é preciso estar ao lado do paciente, ajudando-o a adaptar-se à doença e à proximidade da morte. “É muito bom ver” que alguns doentes e familiares – não todos – conseguem aceitar a situação, explica.
Para Fátima Oliveira, a principal finalidade da Unidade S. Bento Menni, “é que a partida seja tranquila e sem sofrimento”. Para que este propósito seja alcançado, as Irmãs Hospitaleiras contam com a disponibilidade do capelão, Pe. Ricardo Cristóvão, pároco de Belas.
Falta capacidade de resposta
Não há capacidade de resposta para as necessidades de cuidados paliativos, que são “uma mais-valia”, e não unidades onde “as pessoas são colocadas para passar os últimos dias de vida”, afirma a professora de enfermagem Ana Querido. No entanto, a associação deste acompanhamento à ideia de morte afasta as famílias e os pacientes destas unidades de tratamento, critica a investigadora.
“Muitas vezes diz-se que não há nada a fazer”, observa o médico Manuel Ferreira. Não é verdade: Há muito a fazer quando não se consegue curar”.
Depois da morte, há vidas para cuidar. Por isso, o trabalho da Unidade de Cuidados Paliativos continua com a família, acompanhando o seu luto.
Dignificar o último momento
Nazaré tinha 47 anos quando um tumor cerebral lhe tirou a vida em nove meses. O respeito pela individualidade e a insistência na comunicação, mesmo quando o doente já não se pode expressar verbalmente, foram alguns dos aspectos testemunhados pelo marido.
“Nos dois meses e quatro semanas que estive aqui, nunca, nunca ouvi um gemido, um choro de desespero, nunca vi uma tristeza profunda”, por contraposição a outros hospitais, onde se ouvem “gritos lancinantes de dor, em que as famílias não ajudam porque também não estão a ser acompanhadas” e onde os parentes se atiram ao chão nos corredores após a morte do doente, referiu Paulo Pascoal.
“Eu pensava que essas situações eram normais”, mas “a gente não tem que morrer assim, não deve morrer assim”.
(Fonte: site Agência Ecclesia)
“Tratam de mim como a uma criança. Às vezes pergunto: meu Deus, que mais quero eu? Mas sofri muito. Passei uns anos muito amargurados. Agora estou pronta para partir, em paz com o meu próximo e com Deus”. Faz agora um mês que Inês Garlito chegou à Unidade de Cuidados Paliativos das Irmãs Hospitaleiras, em Idanha, Sintra, vinda do Instituto Português de Oncologia.
Depois de apaziguar a dor, por vezes experimentada com grande intensidade, a Unidade trabalha a dimensão espiritual, psicológica e social. A equipa é constituída por médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e espirituais, bem como voluntários, que procuram oferecer o melhor de cada dia aos pacientes em fase terminal.
A Ir. Paula Carneiro, coordenadora da Unidade, refere ao Programa «70x7» que a missão principal da Congregação Hospitaleira é poder assistir a pessoa em sofrimento mental e psíquico.
Mesmo as estadias curtas podem ser marcantes. Helena Cardoso perdeu a mãe há oito meses, depois de ter passado apenas dez dias nas instalações das Irmãs Hospitaleiras. A memória desse acompanhamento ficou-lhe para a vida: “Quando um bebé está a chorar, damos-lhe todo o carinho e adormecemo-lo, compreende? Foi o que eu senti ao pé da minha mãe”.
Dar vida aos dias
“Os doentes chegam numa fase muito adiantada da doença. Quanto a nós, deveriam vir mais cedo, para podermos trabalhar melhor essas situações”, afirma a enfermeira-chefe, Fátima Oliveira.
Até à hora da morte, a equipa procura satisfazer pequenos desejos: “Temos um senhor que não queria partir sem conhecer a águia do Benfica, e ela veio cá. Temos uma senhora que não queria partir sem conhecer o Malato [apresentador de televisão]; eu andei a correr atrás dele, e ela partiu três horas depois de o conhecer”, conta Fátima Oliveira.
“Aqui dá-se vida aos dias, e não dias à vida. Não temos como objectivo prolongar a vida a qualquer custo. Não há nada que mude o tempo que a pessoa tem para viver”, refere Fátima Oliveira.
Sílvia Noné, psicóloga, afirma que é preciso estar ao lado do paciente, ajudando-o a adaptar-se à doença e à proximidade da morte. “É muito bom ver” que alguns doentes e familiares – não todos – conseguem aceitar a situação, explica.
Para Fátima Oliveira, a principal finalidade da Unidade S. Bento Menni, “é que a partida seja tranquila e sem sofrimento”. Para que este propósito seja alcançado, as Irmãs Hospitaleiras contam com a disponibilidade do capelão, Pe. Ricardo Cristóvão, pároco de Belas.
Falta capacidade de resposta
Não há capacidade de resposta para as necessidades de cuidados paliativos, que são “uma mais-valia”, e não unidades onde “as pessoas são colocadas para passar os últimos dias de vida”, afirma a professora de enfermagem Ana Querido. No entanto, a associação deste acompanhamento à ideia de morte afasta as famílias e os pacientes destas unidades de tratamento, critica a investigadora.
“Muitas vezes diz-se que não há nada a fazer”, observa o médico Manuel Ferreira. Não é verdade: Há muito a fazer quando não se consegue curar”.
Depois da morte, há vidas para cuidar. Por isso, o trabalho da Unidade de Cuidados Paliativos continua com a família, acompanhando o seu luto.
Dignificar o último momento
Nazaré tinha 47 anos quando um tumor cerebral lhe tirou a vida em nove meses. O respeito pela individualidade e a insistência na comunicação, mesmo quando o doente já não se pode expressar verbalmente, foram alguns dos aspectos testemunhados pelo marido.
“Nos dois meses e quatro semanas que estive aqui, nunca, nunca ouvi um gemido, um choro de desespero, nunca vi uma tristeza profunda”, por contraposição a outros hospitais, onde se ouvem “gritos lancinantes de dor, em que as famílias não ajudam porque também não estão a ser acompanhadas” e onde os parentes se atiram ao chão nos corredores após a morte do doente, referiu Paulo Pascoal.
“Eu pensava que essas situações eram normais”, mas “a gente não tem que morrer assim, não deve morrer assim”.
(Fonte: site Agência Ecclesia)
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