Cardeal-Patriarca presidiu aos trabalhos do Conselho Presbiteral
O Cardeal-Patriarca de Lisboa disse aos padres da Diocese que é urgente fazer “uma radiografia socio-religiosa da diocese”.
D. José Policarpo presidiu, entre os dias 24 e 25 de Novembro, ao Conselho Presbiteral, que tem como objectivo responder “a todas as necessidades do presbitério, em cada tempo e em cada circunstância”.
Segundo comunicado enviado à Agência ECCLESIA, no final dos trabalhos, o Cardeal-Patriarca pediu que aproveitassem o Ano Sacerdotal porque “a vida do presbitério de Lisboa está a passar por grandes transformações”.
Uma das transformações apontadas diz respeito à diversidade de padres que vêm de vários pontos do mundo que colaboram nas necessidades pastorais de Lisboa e que devem ser integrados e acolhidos no presbitério.
Sobre a situação da diocese, o Patriarca de Lisboa confessou que o critério de nomeações do próximo ano deverá ter novos moldes: “não podemos continuar com esta forma de organização pastoral”.
Assim, sugeriu que se faça uma nova reestruturação pastoral que permita uma reorganização com os sacerdotes disponíveis.
Outra das preocupações do Cardeal-Patriarca diz respeito ao crescente número de celebrações dominicais na ausência de presbítero que – disse – na realidade o que “existe é uma celebração dominical com ausência de eucaristia”.
Ano Sacerdotal
A comissão nomeada pelo Cardeal-Patriarca para preparar o ano sacerdotal apresentou ao Conselho Presbiteral as iniciativas previamente programadas. Ficou decidido que serão valorizadas as celebrações das catequeses quaresmais de D. José Policarpo, acompanhadas de um guião pedagógico; trinta dias antes da chegada do Papa – 11 de Abril – Domingo da Misericórdia – até 11 de Maio (dia de chegada de Bento XVI) é proposta uma corrente de adoração eucarística em toda a diocese; valorizar a ida a Roma para o encerramento do Ano Sacerdotal (entre 9 e 11 de Junho) e, se possível, organizar uma peregrinação a Ars com um grupo de padres.
Todas as iniciativas que estão previstas serão objecto de informação posterior de forma detalhada.
A visita de Bento XVI foi ainda tema de reflexão, tendo sido referido que “o que existe neste momento apenas uma hipótese de programa, ainda não aprovado pelo Santo Padre”.
Foram também eleitos para o Secretariado Permanente: Padre Peter Stilwell como coordenador; Padre Ricardo Franco como secretário, e, como vogais, Cónego José Traquina, Padre Nuno Amador e Padre Mário Rui.
(Fonte: site Agência Ecclesia)
Obrigado, Perdão Ajuda-me
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
URGENTE! RECOLHA DE ASSINATURAS PRO-REFERENDO NO SPORTING-BENFICA ESTE SÁBADO
Queridos amigos,
No próximo Sábado, às 21h15 (28/Novembro), há um Sporting-Benfica, em Lisboa, claro.
Vamos aproveitar a presença desses milhares de pessoas para recolher assinaturas.
Precisamos de voluntários de todas as idades e cores (futebolísticas ;-)
Esta operação será coordenada pela nossa Mandatária Ana Cid Gonçalves (que para o efeito usará o 910816055, Extreme).
O ponto de encontro é às 20h00 depois de amanhã à porta da Churrasqueira do Campo Grande.
Por favor confirmem-lhe para esse número por viva voz ou SMS ou para este endereço: ana.josecid@sapo.pt.
Mesmo que nunca o tenham feito venham porque é simples e uma ocasião de demonstrarmos de facto que queremos em Portugal este referendo.
Que ninguém falte! Quantos mais formos, mais assinaturas recolhemos!
Um abraço
Antonio Maria
No próximo Sábado, às 21h15 (28/Novembro), há um Sporting-Benfica, em Lisboa, claro.
Vamos aproveitar a presença desses milhares de pessoas para recolher assinaturas.
Precisamos de voluntários de todas as idades e cores (futebolísticas ;-)
Esta operação será coordenada pela nossa Mandatária Ana Cid Gonçalves (que para o efeito usará o 910816055, Extreme).
O ponto de encontro é às 20h00 depois de amanhã à porta da Churrasqueira do Campo Grande.
Por favor confirmem-lhe para esse número por viva voz ou SMS ou para este endereço: ana.josecid@sapo.pt.
Mesmo que nunca o tenham feito venham porque é simples e uma ocasião de demonstrarmos de facto que queremos em Portugal este referendo.
Que ninguém falte! Quantos mais formos, mais assinaturas recolhemos!
Um abraço
Antonio Maria
As presidentes da Argentina e do Chile recebidas pelo Papa no Vaticano próximo sábado
As presidentes da Argentina e do Chile, Cristina Kirchner e Michelle Bachelet, serão recebidas no Vaticano pelo Papa no próximo sábado dia 28, para lembrar os 25 anos do tratado de paz que evitou uma guerra entre os dois países pelo Canal de Beagle.
O encontro tem por motivo a celebração dos 30 anos da mediação de João Paulo II, que pôs fim às hostilidades entre os dois países pelo controlo do referido Canal, formado por ilhas situadas no extremo sul do continente.
Além da audiência privada com Bento XVI, as presidentes assistirão juntas, na Sala Clementina, ao acto de comemoração dos 25 anos da assinatura do Tratado de Paz e Amizade entre Argentina e Chile.
Durante o conflito, ocorrido em 1978, Chile e Argentina eram governados por regimes militares. As hostilidades cessaram com a assinatura de um tratado de paz proposto pelo Vaticano, em Janeiro de 1979.
No trabalho diplomático tiveram um papel de primeiro plano o Cardeal Angelo Sodano, então núncio apostólico no Chile e mais tarde Secretário de Estado dos últimos dois Papas, bem como o Cardeal Antonio Samoré, delegado especial do Papa e o Cardeal Agostino Casaroli.
(Fonte: site Radio Vaticana)
Bispos angolanos deploram exclusão social no país
A exclusão social é um facto em Angola, segundo as conclusões da II Assembleia Plenária da CEAST, que decorreu de 13 a 20 de Novembro do ano em curso, em Luanda.
Os bispos de Angola e São Tomé deploraram esta condição, ao analisar a situação social do país, augurando que o fosso entre ricos e pobres seja debelado; enfatizou também o compromisso que a Igreja tem em relação às questões ambientais; saudou os vários empreendimentos sociais em curso, bem como o processo eleitoral realizado, destacando o contributo da Igreja no fomento do diálogo, tolerância, reconciliação, unidade na diversidade e defesa dos direitos humanos.
E o primeiro pronunciamento sobre a sociedade do novo Presidente da CEAST, o arcebispo do Lubango D.Gabriel Mbilingue, é um inflamado discurso contra corrupção e ao escamoteamento de vícios nocivos ao desenvolvimento salutar do país.
Segundo o prelado, as posições da igreja têm soado como um incómodo às autoridades angolanas.
“Os apelos nem sempre agradam. Quando a gente faz uma denúncia … nem sempre encontramos uma resposta satisfatória” – sustenta o Bispo.
Ignorar as questões, tem sido a estratégia recorrente dos políticos que governam Angola, de acordo com o arcebispo do Lubango.
“ Há apelos que se fazem e, passados muitos meses está tudo na mesma” – exemplificou.
D.Gabriel Mbilingue explica que “ há aqui uma táctica muito comum nas questões complicadas”, que se traduz filosoficamente na chamada ignorância da questão, ou seja, “ fala-se naquele dia e nunca mais se toca neste assunto”.
Entretanto, revela que “ muitos destes políticos, no nosso caso de Angola serão cristãos”, que deram e continuam a dar mau exemplo pela forma como governam os seus povos.
(Fonte: site Radio Vaticana)
Os bispos de Angola e São Tomé deploraram esta condição, ao analisar a situação social do país, augurando que o fosso entre ricos e pobres seja debelado; enfatizou também o compromisso que a Igreja tem em relação às questões ambientais; saudou os vários empreendimentos sociais em curso, bem como o processo eleitoral realizado, destacando o contributo da Igreja no fomento do diálogo, tolerância, reconciliação, unidade na diversidade e defesa dos direitos humanos.
E o primeiro pronunciamento sobre a sociedade do novo Presidente da CEAST, o arcebispo do Lubango D.Gabriel Mbilingue, é um inflamado discurso contra corrupção e ao escamoteamento de vícios nocivos ao desenvolvimento salutar do país.
Segundo o prelado, as posições da igreja têm soado como um incómodo às autoridades angolanas.
“Os apelos nem sempre agradam. Quando a gente faz uma denúncia … nem sempre encontramos uma resposta satisfatória” – sustenta o Bispo.
Ignorar as questões, tem sido a estratégia recorrente dos políticos que governam Angola, de acordo com o arcebispo do Lubango.
“ Há apelos que se fazem e, passados muitos meses está tudo na mesma” – exemplificou.
D.Gabriel Mbilingue explica que “ há aqui uma táctica muito comum nas questões complicadas”, que se traduz filosoficamente na chamada ignorância da questão, ou seja, “ fala-se naquele dia e nunca mais se toca neste assunto”.
Entretanto, revela que “ muitos destes políticos, no nosso caso de Angola serão cristãos”, que deram e continuam a dar mau exemplo pela forma como governam os seus povos.
(Fonte: site Radio Vaticana)
Mensagem de Bento XVI à Igreja católica do Vietname por ocasião do seu Ano Jubilar
Vídeo em espanhol
O Santo Padre congratula-se com a Igreja no Vietname, que celebra 50 anos do estabelecimento da hierarquia católica local e 350 anos da criação dos Vicariados Apostólicos de Tonquim e da Cochinchina. Numa mensagem enviada ao Presidente da Conferência Episcopal Vietnamita, Bento XVI faz votos de que este Ano Jubilar seja para todos, momento de “reconciliação com Deus e com o próximo”.
“Neste sentido – escreve – convém reconhecer as faltas do passado e do presente, cometidas contra os irmãos na fé e contra os irmãos compatriotas, pedindo-lhes perdão”. Ao mesmo tempo, há que “tomar também a resolução de aprofundar e de enriquecer a comunhão eclesial, edificando uma sociedade justa, solidária e equitativa, com um autêntico diálogo, respeito mútuo e uma sã colaboração”. Finalmente – recorda ainda o Papa – o Jubileu é, para a Igreja no Vietname, “um tempo especial oferecido para renovar o anúncio do Evangelho aos concidadãos”, para se tornar numa Igreja toda ela “comunhão e missão”.
Evocando a localidade de So-Kiên (na arquidiocese de Hanoi), escolhida para a abertura destas celebrações, pelo facto de ali ter tido sede o primeiro Vicariado Apostólico do Vietname, escreve Bento XVI: “Possa este lugar que vos é tão caro estar no coração de uma evangelização aprofundada que leve ao conjunto da sociedade vietnamita os valores evangélicos da caridade, da verdade, da justiça e da rectidão”. Valores que, “vividos no seguimento de Cristo, assumem uma nova dimensão que vai para além do seu sentido moral tradicional, na medida em que se enraízam em Deus, que deseja o bem de cada homem e a sua felicidade”.
Finalmente, a mensagem de Bento XVI recorda os 117 mártires vietnamitas, cuja memória litúrgica ocorreu precisamente nestes dias. Entre eles – sublinhou – “emerge a singular figura de André Dung-Lac, cujas virtudes sacerdotais são luminosos modelos ” para os padres, religiosos e seminaristas do país. O Papa faz votos de que, neste Ano Sacerdotal, eles possam encontrar no exemplo deste Santo e dos seus companheiros “uma renovada energia espiritual que os ajude a viver o seu sacerdócio em maior fidelidade à sua vocação, na comunhão fraterna, numa digna celebração dos Sacramentos da Igreja e num apostolado dinâmico e intenso”.
(Fonte: site Radio Vaticana)
As faces ocultas
Portugal tornou-se uma gigantesca face oculta. Mudar este estado de coisas é tão difícil como imperativo.
Até parece que a corrupção só agora nos atingiu. Nas últimas semanas, dia após dia, a corrupção ocupou os grandes títulos dos jornais, os rodapés dos noticiários, as ondas das rádios, os jornalistas, os analistas, os comentadores. Pareceu-me estranho, não pelo tema, que é importantíssimo, mas por este ser tratado como algo recente que, de súbito, se tivesse revelado ao desconforto e consternação dos portugueses. E não só os media, pois eu bem oiço a communis opinio cochichar nos bancos do metro, nas cadeiras das esplanadas, nas filas do supermercado e, até, na taberna da minha aldeia.
Este tema vem associado ao mau funcionamento da justiça, que, verdade seja dita, é a corrupção maior. Porque crimes sempre os houve e haverá, mas a certeza da impunidade, a percepção da inutilidade da lei, a descrença nos tribunais, isso, sim, é que não poderia acontecer num Estado de direito.
Há já alguns anos que a corrupção instalada no âmago do regime e do sistema é um dado adquirido. Muitos foram (e são) os casos - embora mais pareça nunca terem acontecido - diluídos numa desproporção duvidosa entre o teor dos mesmos e as consequências visíveis, uma espécie de folhetim inglório. O processo da Casa Pia marcou um antes e um depois, numa justiça que de pouco célere passou a pouco credível. Foi aí, se bem me lembro, que os media - a que coube o mérito de pôr a nu tanta vergonha - não resistiram a impor à justiça um tempo mediático que acabou por substituir o seu tempo próprio, o qual, devendo ser célere, não pode nunca ser precipitado. Instalou-se uma grande promiscuidade, com a violação sistemática do segredo de justiça a alimentar a voragem noticiosa, a que se somaram as prescrições, os erros judiciários, os truques dos advogados e, mais recentemente, ao que consta, as pressões dos poderes políticos e económicos.
Que novidade traz a "Face Oculta", o que revela que não soubéssemos já? Aparentemente, nada. Há muito que a corrupção, o tráfico de influências, o enriquecimento ilícito, o abuso de poder tinham saltado dos clubes de futebol para as empresas públicas e privadas, a banca, os grandes concursos públicos, etc., corroendo o tecido político, social e económico do País. O que se passa agora é como aquela gota que faz transbordar tudo: a insustentável centralidade do primeiro-ministro, que, como tal, não é um cidadão qualquer, tem prerrogativas e responsabilidades acrescidas, não podendo separar um estatuto do outro; a contradança, agora mais frenética, dos agentes da justiça - PGR, Supremo; ideias peregrinas de "espionagem política"; pacotes legislativos a granel.
Esperava eu que na campanha eleitoral esta gigantesca metástase constituísse um tema dominante, que os cidadãos eleitores que detêm o poder de mudar fossem exigentes nas perguntas e nas respostas, nas garantias pedidas aos partidos. E que a comunicação social, na sua função mediadora, tivesse feito eco deste desiderato. Mas a campanha foi um tempo de trivialidades e equívocos, sem escrutínio do que é realmente determinante para o nosso futuro.
É bom dizer que se deve presumir a inocência deste ou daquele, mas não se pode impedir que cada um vá formando um juízo de valor, uma percepção, uma dúvida. Serão culpados, serão responsáveis por negligência ou omissão? Não se sabe nem interessa quando a questão passa a eminentemente política, podendo envolver pessoas que decidem sobre nós e a nossa vida. Que os eleitores tenham mantido Sócrates no poder é, para mim, um mistério. Que a opinião publicada, que agora tanto se indigna, tivesse crucificado Ferreira Leite por lhe faltarem algumas das mais inúteis qualidades para governar, desvalorizando as qualidades que tem e que são raras e decisivas para restabelecer o moral de um país doente, é outro mistério.
Portugal tornou-se uma gigantesca face oculta. Mudar este estado de coisas é tão difícil como imperativo. Quanto mais não seja para continuarmos vivos.
Maria José Nogueira Pinto
(Fonte: DN online)
Nota de JPR:
Confesso-vos que hesitei em publicar este artigo de opinião, não por falta de consideração em relação à autora, que é dos resquícios de ética e moral que se consegue ler nos chamados grandes órgãos de informação, que curiosamente, ao que consta, estão todos, ou quase todos, em grandes dificuldades económicas, mas porque o descrédito da justiça é tal que não desejo participar no carnaval dos casos que são apresentados na imprensa e jamais chegam a qualquer conclusão.
Ainda ontem e a propósito das medidas de coacção impostas por um Tribunal a um arguido que era simultaneamente presidente do conselho de administração de uma empresa pública, logo nomeado pelo governo, assistimos como reacção imediata dos advogados de defesa a uma série de ataques orquestrados e pensados para aproveitar a presença da comunicação social, perfeitamente inacreditáveis e com o objectivo de condicionar os juízes.
Ora, não passa de um cliché e de baixo nível, dizer-se que os juízes não são premiáveis a pressões externas, é tão hipócrita como se eu afirmasse, que por ser cristão e católico não sou pecador.
Dir-me-ão, mas não pugnar por uma melhoria da sociedade, é por si só uma atitude pouco cristã e de pouca cidadania, é certamente verdade, mas a Besta, em sentido figurado e muito mais vasto do que João lhe atribuiu no Apocalipse, é tão grande e está de tal maneira arreigada, que temos de pedir através da oração ao Senhor que nos ajude com os seus Anjos e Santos a sobreviver no meio deste pântano.
Até parece que a corrupção só agora nos atingiu. Nas últimas semanas, dia após dia, a corrupção ocupou os grandes títulos dos jornais, os rodapés dos noticiários, as ondas das rádios, os jornalistas, os analistas, os comentadores. Pareceu-me estranho, não pelo tema, que é importantíssimo, mas por este ser tratado como algo recente que, de súbito, se tivesse revelado ao desconforto e consternação dos portugueses. E não só os media, pois eu bem oiço a communis opinio cochichar nos bancos do metro, nas cadeiras das esplanadas, nas filas do supermercado e, até, na taberna da minha aldeia.
Este tema vem associado ao mau funcionamento da justiça, que, verdade seja dita, é a corrupção maior. Porque crimes sempre os houve e haverá, mas a certeza da impunidade, a percepção da inutilidade da lei, a descrença nos tribunais, isso, sim, é que não poderia acontecer num Estado de direito.
Há já alguns anos que a corrupção instalada no âmago do regime e do sistema é um dado adquirido. Muitos foram (e são) os casos - embora mais pareça nunca terem acontecido - diluídos numa desproporção duvidosa entre o teor dos mesmos e as consequências visíveis, uma espécie de folhetim inglório. O processo da Casa Pia marcou um antes e um depois, numa justiça que de pouco célere passou a pouco credível. Foi aí, se bem me lembro, que os media - a que coube o mérito de pôr a nu tanta vergonha - não resistiram a impor à justiça um tempo mediático que acabou por substituir o seu tempo próprio, o qual, devendo ser célere, não pode nunca ser precipitado. Instalou-se uma grande promiscuidade, com a violação sistemática do segredo de justiça a alimentar a voragem noticiosa, a que se somaram as prescrições, os erros judiciários, os truques dos advogados e, mais recentemente, ao que consta, as pressões dos poderes políticos e económicos.
Que novidade traz a "Face Oculta", o que revela que não soubéssemos já? Aparentemente, nada. Há muito que a corrupção, o tráfico de influências, o enriquecimento ilícito, o abuso de poder tinham saltado dos clubes de futebol para as empresas públicas e privadas, a banca, os grandes concursos públicos, etc., corroendo o tecido político, social e económico do País. O que se passa agora é como aquela gota que faz transbordar tudo: a insustentável centralidade do primeiro-ministro, que, como tal, não é um cidadão qualquer, tem prerrogativas e responsabilidades acrescidas, não podendo separar um estatuto do outro; a contradança, agora mais frenética, dos agentes da justiça - PGR, Supremo; ideias peregrinas de "espionagem política"; pacotes legislativos a granel.
Esperava eu que na campanha eleitoral esta gigantesca metástase constituísse um tema dominante, que os cidadãos eleitores que detêm o poder de mudar fossem exigentes nas perguntas e nas respostas, nas garantias pedidas aos partidos. E que a comunicação social, na sua função mediadora, tivesse feito eco deste desiderato. Mas a campanha foi um tempo de trivialidades e equívocos, sem escrutínio do que é realmente determinante para o nosso futuro.
É bom dizer que se deve presumir a inocência deste ou daquele, mas não se pode impedir que cada um vá formando um juízo de valor, uma percepção, uma dúvida. Serão culpados, serão responsáveis por negligência ou omissão? Não se sabe nem interessa quando a questão passa a eminentemente política, podendo envolver pessoas que decidem sobre nós e a nossa vida. Que os eleitores tenham mantido Sócrates no poder é, para mim, um mistério. Que a opinião publicada, que agora tanto se indigna, tivesse crucificado Ferreira Leite por lhe faltarem algumas das mais inúteis qualidades para governar, desvalorizando as qualidades que tem e que são raras e decisivas para restabelecer o moral de um país doente, é outro mistério.
Portugal tornou-se uma gigantesca face oculta. Mudar este estado de coisas é tão difícil como imperativo. Quanto mais não seja para continuarmos vivos.
Maria José Nogueira Pinto
(Fonte: DN online)
Nota de JPR:
Confesso-vos que hesitei em publicar este artigo de opinião, não por falta de consideração em relação à autora, que é dos resquícios de ética e moral que se consegue ler nos chamados grandes órgãos de informação, que curiosamente, ao que consta, estão todos, ou quase todos, em grandes dificuldades económicas, mas porque o descrédito da justiça é tal que não desejo participar no carnaval dos casos que são apresentados na imprensa e jamais chegam a qualquer conclusão.
Ainda ontem e a propósito das medidas de coacção impostas por um Tribunal a um arguido que era simultaneamente presidente do conselho de administração de uma empresa pública, logo nomeado pelo governo, assistimos como reacção imediata dos advogados de defesa a uma série de ataques orquestrados e pensados para aproveitar a presença da comunicação social, perfeitamente inacreditáveis e com o objectivo de condicionar os juízes.
Ora, não passa de um cliché e de baixo nível, dizer-se que os juízes não são premiáveis a pressões externas, é tão hipócrita como se eu afirmasse, que por ser cristão e católico não sou pecador.
Dir-me-ão, mas não pugnar por uma melhoria da sociedade, é por si só uma atitude pouco cristã e de pouca cidadania, é certamente verdade, mas a Besta, em sentido figurado e muito mais vasto do que João lhe atribuiu no Apocalipse, é tão grande e está de tal maneira arreigada, que temos de pedir através da oração ao Senhor que nos ajude com os seus Anjos e Santos a sobreviver no meio deste pântano.
S. Josemaría Escrivá nesta data em 1967
“Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação”. Quando escutamos com atenção este brado de S. Paulo, sentimo-nos comovidos e bate em nós com mais força o nosso coração. Hoje, mais uma vez o repito a mim mesmo e também o recordo a vós e à Humanidade inteira: esta é a vontade de Deus, que sejamos santos. Para pacificar as almas com uma paz autêntica, para transformar a Terra, para procurar no mundo e através das coisas do mundo a Deus Nosso Senhor, é indispensável a santidade pessoal”. É assim que começa a homilia que prega hoje.
(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/26-11-5)
(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/26-11-5)
O Cristianismo não serve ao poder civil, explicou o Cardeal Bagnasco
O arcebispo de Génova e presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), Cardeal Angelo Bagnasco, assinalou que “o cristianismo rejeita e recusa-se a ser reduzido a uma religião civil no serviço de qualquer poder, seja ele qual for”, já que essencialmente “é um acto religioso”, afirmou recentemente num congresso sobre a pastoral escolástica.
Na sua intervenção sobe o lema “A Pastoral escolástica no âmbito de um projecto de uma pastoral integrada”, promovido pela União dos Professores Católicos Italianos, o Purpurado explicou que o Cristianismo “une o homem com Deus, a terra e o céu, e esta é a real dimensão de qualquer religião”.
Referindo-se à hora da oração nas escolas da Itália, o Cardeal Bagnasco, disse que esta não se trata “de um privilégio da Itália, para com a Igreja”, já que, “não consiste em uma hora de Catecismo”.
A Concordata, explicou, institucionalizou o ensino de religião não como Catecismo, mas com base no reconhecimento de “a religião católica inspirou a cultura” não só em Itália, mas a nível europeu.
A pastoral escolástica não é uma intromissão no ensino, mas a missão Igreja sob a forma de educação, concluiu.
(Fonte: ACI com tradução da versão em espanhol de JPR)
Na sua intervenção sobe o lema “A Pastoral escolástica no âmbito de um projecto de uma pastoral integrada”, promovido pela União dos Professores Católicos Italianos, o Purpurado explicou que o Cristianismo “une o homem com Deus, a terra e o céu, e esta é a real dimensão de qualquer religião”.
Referindo-se à hora da oração nas escolas da Itália, o Cardeal Bagnasco, disse que esta não se trata “de um privilégio da Itália, para com a Igreja”, já que, “não consiste em uma hora de Catecismo”.
A Concordata, explicou, institucionalizou o ensino de religião não como Catecismo, mas com base no reconhecimento de “a religião católica inspirou a cultura” não só em Itália, mas a nível europeu.
A pastoral escolástica não é uma intromissão no ensino, mas a missão Igreja sob a forma de educação, concluiu.
(Fonte: ACI com tradução da versão em espanhol de JPR)
Comentário ao Evangelho do dia feito por:
São João Crisóstomo (c. 325-407), presbítero em Antioquia e posteriormente bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
Homilia sobre a cruz e o ladrão (a partir da trad. de L'Année en fêtes, Migne 2000, p.282)
«Então, hão-de ver o Filho do Homem vir numa nuvem»
Saberás o quanto a cruz é um sinal do Reino? É com esse sinal que Cristo virá, aquando da Sua segunda e gloriosa vinda! Para que possamos avaliar até que ponto a cruz é digna de veneração, Ele fez dela um título de glória [...].
Sabemos que a Sua primeira vinda se fez em segredo, e essa discrição estava justificada: veio, com efeito, procurar o que estava morto. Mas essa segunda vinda passar-se-á de maneira diferente [...]. Então aparecerá a todos e ninguém terá necessidade de perguntar se Cristo está neste lugar ou naquele (Mt 24, 26) [...]; não será preciso perguntarmo-nos se Deus está de facto presente. Mas o que será preciso procurar saber, é se Ele vem com a cruz [...].
«Assim será a vinda do Filho do Homem [...], o Sol escurecerá, a Lua não dará a sua luz» (Mt 24, 27.29). A glória da Sua luz será tão grande que diante dela obscurecer-se-ão os astros mais brilhantes. «As estrelas cairão do céu [...]. Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem.» (Mt 24, 29-30). Vês bem o poder do sinal da cruz? «O Sol escurecerá e a Lua não dará a sua luz», e a cruz, pelo contrário, brilhará, bem visível, para que saibas que o seu esplendor é maior que o do sol e o da lua. Tal como, quando entra o rei numa cidade, os soldados carregam aos ombros os estandartes reais e os levam à sua frente para assim anunciar a sua chegada, também assim, quando o Senhor descer do céu, a corte dos anjos e dos arcanjos, carregando esse sinal aos ombros, nos anunciará a chegada de Cristo, nosso Rei.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Homilia sobre a cruz e o ladrão (a partir da trad. de L'Année en fêtes, Migne 2000, p.282)
«Então, hão-de ver o Filho do Homem vir numa nuvem»
Saberás o quanto a cruz é um sinal do Reino? É com esse sinal que Cristo virá, aquando da Sua segunda e gloriosa vinda! Para que possamos avaliar até que ponto a cruz é digna de veneração, Ele fez dela um título de glória [...].
Sabemos que a Sua primeira vinda se fez em segredo, e essa discrição estava justificada: veio, com efeito, procurar o que estava morto. Mas essa segunda vinda passar-se-á de maneira diferente [...]. Então aparecerá a todos e ninguém terá necessidade de perguntar se Cristo está neste lugar ou naquele (Mt 24, 26) [...]; não será preciso perguntarmo-nos se Deus está de facto presente. Mas o que será preciso procurar saber, é se Ele vem com a cruz [...].
«Assim será a vinda do Filho do Homem [...], o Sol escurecerá, a Lua não dará a sua luz» (Mt 24, 27.29). A glória da Sua luz será tão grande que diante dela obscurecer-se-ão os astros mais brilhantes. «As estrelas cairão do céu [...]. Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem.» (Mt 24, 29-30). Vês bem o poder do sinal da cruz? «O Sol escurecerá e a Lua não dará a sua luz», e a cruz, pelo contrário, brilhará, bem visível, para que saibas que o seu esplendor é maior que o do sol e o da lua. Tal como, quando entra o rei numa cidade, os soldados carregam aos ombros os estandartes reais e os levam à sua frente para assim anunciar a sua chegada, também assim, quando o Senhor descer do céu, a corte dos anjos e dos arcanjos, carregando esse sinal aos ombros, nos anunciará a chegada de Cristo, nosso Rei.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 26 de Novembro de 2009
São S. Lucas 21,20-28
«Mas, quando virdes Jerusalém sitiada por exércitos, ficai sabendo que a sua ruína está próxima. Então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes; os que estiverem dentro da cidade retirem-se; e os que estiverem no campo não voltem para a cidade,
pois esses dias serão de punição, a fim de se cumprir tudo quanto está escrito.
Ai das que estiverem grávidas e das que estiverem a amamentar naqueles dias, porque haverá uma terrível angústia no país e um castigo contra este povo.
Serão passados a fio de espada, serão levados cativos para todas as nações; e Jerusalém será calcada pelos gentios, até se completar o tempo dos pagãos.»
«Haverá sinais no Sol, na Lua e nas estrelas; e, na Terra, angústia entre os povos, aterrados com o bramido e a agitação do mar;
os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai acontecer ao universo, pois as forças celestes serão abaladas.
Então, hão-de ver o Filho do Homem vir numa nuvem com grande poder e glória.
Quando estas coisas começarem a acontecer, cobrai ânimo e levantai a cabeça, porque a vossa redenção está próxima.»
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
«Mas, quando virdes Jerusalém sitiada por exércitos, ficai sabendo que a sua ruína está próxima. Então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes; os que estiverem dentro da cidade retirem-se; e os que estiverem no campo não voltem para a cidade,
pois esses dias serão de punição, a fim de se cumprir tudo quanto está escrito.
Ai das que estiverem grávidas e das que estiverem a amamentar naqueles dias, porque haverá uma terrível angústia no país e um castigo contra este povo.
Serão passados a fio de espada, serão levados cativos para todas as nações; e Jerusalém será calcada pelos gentios, até se completar o tempo dos pagãos.»
«Haverá sinais no Sol, na Lua e nas estrelas; e, na Terra, angústia entre os povos, aterrados com o bramido e a agitação do mar;
os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai acontecer ao universo, pois as forças celestes serão abaladas.
Então, hão-de ver o Filho do Homem vir numa nuvem com grande poder e glória.
Quando estas coisas começarem a acontecer, cobrai ânimo e levantai a cabeça, porque a vossa redenção está próxima.»
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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