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sexta-feira, 14 de junho de 2013
Festa de São Josemaria - 26 de Junho de 2013 Missas em todo o mundo
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Somos como um vaso de argila frágil
O Santo Padre celebrou a Santa Missa, esta manhã, na Capela Santa Marta, no Vaticano. Entre os concelebrantes estavam o Cardeal Odilo Scherer, Arcebispo de São Paulo, o Cardeal Mauro Piacenza, Prefeito da Congregação para o Clero, acompanhado do seu Secretário e dos sacerdotes e funcionários do mesmo organismo.
Na sua reflexão, sobre a Liturgia do dia, o Papa frisou que “o único modo para receber, realmente, o dom da salvação de Cristo, é reconhecer a nossa fragilidade e nossa condição de pecadores, evitando toda forma de auto-justificação".
Por outro lado, o Santo Padre acrescentou: “Devemos estar cientes de que somos como um vaso de argila frágil, embora contenha um grande tesouro, que nos foi dado gratuitamente. Eis o que é o verdadeiro cristão, seguidor de Cristo! Mas, é precisamente na relação entre a graça e poder de Deus e nós, pobres pecadores, que brota o “diálogo da salvação”.
Recordando a conversão de São Paulo, o Santo Padre diz que o Apóstolo passou de “perseguidor a perseguido”. Era pecador e se tornou santo. Foi por causa do seu pecado que ele entrou em pleno diálogo com Jesus, que o acolheu como pecador. A chave deste diálogo foi a sua humildade, explicou Papa Francisco:
“Eis o modelo de humildade para nós, padres, sacerdotes. Se nós nos vangloriamos apenas do nosso currículo e nada mais, estaremos errando. Não podemos anunciar Jesus Salvador porque, no fundo, não o sentimos dentro de nós. Mas, conseguiremos anunciá-lo somente com humildade”.
A humildade do sacerdote e do cristão, disse, por fim o Santo Padre, deve ser concreta. Temos dentro de nós um tesouro. Peçamos ao Senhor que nos ajude a ser um vaso de argila para podermos entender e transmitir o mistério glorioso de Jesus.
(Fonte: 'news.va')
Vídeo da ocasião legendado em espanhol
Vídeo da ocasião legendado em espanhol
Perspectivas
Que
mudanças sofrerá a Igreja?
Penso
que devemos ser muito cautelosos à hora de fazer previsões, porque o desenvolvimento
histórico sempre traz muitas surpresas. A futurologia fracassa com frequência.
Ninguém se arriscava, por exemplo, a prever a queda dos regimes comunistas. A
sociedade mundial sofrerá profundas mudanças, mas por enquanto não temos
condições de prever que consequências terá a diminuição numérica do mundo ocidental,
que ainda é o dominante, qual será a nova cara da Europa transformada pelas correntes
migratórias, que civilização e que formas sociais hão de impor-se. Seja como for,
o que é claro é que a Igreja ocidental se sustentará sobre um potencial
diverso.
O que
conta mais, na minha opinião, é "essencializar", para usar uma
expressão de Romano Guardini. É necessário evitar a elaboração de
pré-construções fantásticas de algo que se poderá revelar muito diferente e que
não podemos pré-fabricar nos meandros do nosso cérebro, para concentrar-se,
pelo contrário, no essencial, que depois poderá encontrar novos modos de
encarnar-se. É importante um processo de simplificação que nos permita
distinguir o que constitui a viga-mestra da nossa doutrina, da nossa fé, o que
nela tem valor perene. É importante voltar a propor as grandes constantes de
fundo nos seus componentes fundamentais: as questões sobre Deus, a salvação, a
esperança, a vida, sobre tudo o que eticamente tem um valor básico.
(Cardeal Joseph Ratzinger in ‘Dios y el mundo’)
«Deus criou o homem à Sua imagem, criou-o à imagem de Deus; Ele os criou homem e mulher» (Gn 1, 27)
«O amor conjugal exprime a sua verdadeira natureza e nobreza quando se considera a sua fonte suprema, Deus, que é Amor. [...] O matrimónio não é, portanto, fruto do acaso, ou produto de forças naturais inconscientes: é uma instituição sapiente do Criador, para realizar na humanidade o Seu desígnio de amor. Mediante a doação pessoal recíproca, [...] os esposos tendem para a comunhão dos seus seres, com vista a um aperfeiçoamento mútuo pessoal, para colaborarem com Deus na geração e educaçao de novas vidas. Depois, para os baptizados, o matrimónio revela a dignidade de sinal sacramental da graça, enquanto representa a união de Cristo com a Igreja (Ef 5, 32).
A esta luz, aparecem-nos claramente as notas características do amor conjugal. [...] É, antes de mais, um amor plenamente humano, quer dizer, ao mesmo tempo espiritual e sensível. Não é, portanto, um simples ímpeto do instinto ou dos sentimentos; mas é também, e principalmente, um acto da vontade livre, destinado a manter-se e a crescer, mediante as alegrias e as dores da vida quotidiana, de tal modo que os esposos se tornem um só coração e uma só alma e alcancem a sua perfeição humana.
É, depois, um amor total, quer dizer, uma forma muito especial de amizade pessoal, em que os esposos generosamente compartilham todas as coisas, sem reservas indevidas e sem cálculos egoístas. Quem ama verdadeiramente o próprio consorte não o ama somente por aquilo que dele recebe, mas por ele mesmo, sentindo-se feliz por poder enriquecê-lo com o dom de si próprio.É, ainda, um amor fiel e exclusivo, até à morte. Assim o concebem, efectivamente, o esposo e a esposa no dia em que assumem, livremente e com plena consciência, o compromisso do vínculo matrimonial. [...] É, finalmente, um amor fecundo, que não se esgota na comunhão entre os cônjuges, mas que está destinado a continuar-se, suscitando novas vidas.
O Evangelho do dia 14 de junho de 2013
«Ouvistes que foi dito: “Não cometerás adultério”. Eu, porém, digo-vos que todo aquele que olhar para uma mulher, cobiçando-a, já cometeu adultério com ela no seu coração. Por isso se o teu olho direito é para ti causa de pecado, arranca-o e lança-o para longe de ti, porque é melhor para ti que se perca um dos teus membros, do que todo o teu corpo seja lançado na Geena. E se a tua mão direita é para ti causa de pecado, corta-a e lança-a para longe de ti, porque é melhor para ti que se perca um dos teus membros, do que todo o teu corpo seja lançado na Geena. «Também foi dito: “Aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe libelo de repúdio”. Eu, porém, digo-vos: todo aquele que repudiar sua mulher, a não ser por causa de união ilegítima, expõe-na a adultério; e o que desposar a mulher repudiada, comete adultério.
Mt 5, 27-32
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