Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Bento XVI, audiência com Satanás (agradecimento 'É o Carteiro!')

Bento XVI, audiência com Satanás
Saiu o novo livro do decano dos exorcistas italianos, Padre Gabriele Amorth.
"L'ultimo esorcista. La mia battaglia contro Satana", escrito com o vaticanista Paolo Rodari (Edizioni Piemme, pp 263). Com relatos inéditos e impressionantes.


Bento XVI é muitíssimo temido por Satanás. As suas missas, bênçãos, as suas palavras são uma espécie de poderosos exorcismos.
Julgo que Bento XVI não faz exorcismos. Ou pelo menos não consta.
No entanto, acho que todo o seu pontificado é um grande exorcismo contra Satanás. Eficaz. Potente.  (...)
A maneira como Bento XVI vive a liturgia. O seu respeito pelas rubricas. O seu rigor. A sua atitude. São eficacíssimos contra Satanás.
A liturgia celebrada pelo Pontífice é poderosa. Satanás fica ferido de cada vez que o Papa celebra a Eucaristia.

Satanás temeu muito a eleição de Ratzinger para o trono de Pedro.
Porque via a continuação da grande batalha contra ele mantida ao longo de 26 anos e meio pelo seu antecessor, João Paulo II.



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Amar a Cristo...

Senhor há tempos concedeste-me o privilégio de assistir durante a Santa Missa a uma criança de dois anos chegar, de camisa de fora, junto do Sacrário, e quando já muito gente receava que sucedesse uma traquinice típica da idade, esta parou junto do altar e começou a enviar-Vos beijos com a mão. Esta cena comoveu-me e distraiu-me, peço-vos perdão por não ter ouvido a Oração dos Fiéis que se iniciou entretanto.


JPR

Imitação de Cristo, 1,2,3

Não há melhor e mais útil estudo que se conhecer perfeitamente e desprezar-se a si mesmo. Ter-se por nada e pensar sempre bem e favoravelmente dos outros, prova é de grande sabedoria e perfeição. Ainda quando vejas alguém pecar publicamente ou cometer faltas graves, nem por isso te deves julgar melhor, pois não sabes quanto tempo poderás perseverar no bem. Nós todos somos fracos, mas a ninguém deves considerar mais fraco que a ti mesmo.

Sim, tu e eu, é que precisamos de purificação!

"Cor Mariae perdolentis, miserere nobis!". Invoca o Coração de Santa Maria, com o ânimo e a decisão de te unires à sua dor, em reparação dos teus pecados e dos dos homens de todos os tempos. E pede-Lhe – para cada alma – que essa sua dor aumente em nós a aversão ao pecado, e que saibamos amar, como expiação, as contrariedades físicas ou morais de cada jornada. (Sulco, 258)

Segundo a Lei de Moisés, uma vez decorrido o tempo da purificação da Mãe, é preciso ir com o Menino a Jerusalém, para O apresentar ao Senhor (Lc II, 22).

E desta vez, meu amigo, hás-de ser tu a levar a gaiola das rolas. – Estás a ver? Ela – a Imaculada! – submete-se à Lei como se estivesse imunda.

Aprenderás com este exemplo, menino tonto, a cumprir a Santa Lei de Deus, apesar de todos os sacrifícios pessoais?

Purificação! Sim, tu e eu, é que precisamos de purificação! Expiação e, além da expiação, o Amor. – Um amor que seja cautério: que abrase a imundície da nossa alma, e fogo que incendeie, com chamas divinas, a miséria do nosso coração.

Um homem justo e temente a Deus, que, movido pelo Espírito Santo, veio ao templo – tinha-lhe sido revelado que não havia de morrer, antes de ver Cristo – toma o Messias nos braços e diz-Lhe: Agora, Senhor, agora sim; podes levar deste mundo, em paz, o Teu servo, conforme a tua promessa... porque os meus olhos viram o Salvador (Lc II, 25–30). (Santo Rosário, IV mistério gozoso)

São Josemaría Escrivá

Fallece el profesor de la Universidad de Navarra Alfonso Nieto | Noticias Universidad de Navarra (clique no título para aceder ao site da Universidade de Navarra)

Faleceu em Pamplona o presidente e fundador da ROME REPORTS, Alfonso Nieto Tamargo, grande mestre da comunicação (vídeos em espanhol e inglês)

Faleceu aos 79 anos em Pamplona, onde residia habitualmente Alfonso Nieto Tamargo, presidente e um dos fundadores da Rome Reports. Foi durante 12 anos reitor da Universidade de Navarra, doutor honoris causa de duas universidades, e um dos fundadores da Faculdade de Comunicação Institucional da Igreja na Universidade Pontifícia de Santa Cruz em Roma.

Voluntária católica de 99 anos visita doentes, doa mantimentos e arrecada roupa para os necessitados

Clotilde Veniel tem 99 anos de idade e é considerada a "decana" dos voluntários da Caritas na arquidiocese espanhola de Valência. Mesmo com idade avançada ela ainda visita doentes, consola-os e anima-os, doa mantimentos e se encarrega de recolher roupa para reciclá-la.

O semanário diocesano Paraula da arquidiocese de Valência conta algo da vida
desta viúva e mãe de dois filhos, que cumprirá 100 anos em maio. Com 5 netos e 5 bisnetos, é uma das fundadoras da Caritas na sua paróquia na localidade de Bicorp.

"Ontem mesmo fui ver uma deficiente e outra mulher que caiu", assinala Clotilde ao Paraula em um artigo recolhido pela agência AVAN. O Artigo comenta que ela possui um caráter alegre além de ser companheira e até recita poesia para divertir os idosos carentes que visita.

Também relata que "falamos de coisas alegres do passado, como quando íamos passeio com os namorados, que é melhor do que falar das dores".

Clotilde iniciou sua colaboração com o Caritas em 1989, quando o então pároco da localidade, Padre Pascal Ripoll, "animou-nos a formar a Caritas. Não tínhamos nada, e junto de outra jovem íamos pedindo pelo povoado".

Na atualidade, Clotilde colabora recolhendo roupa usada, na "campanha do quilo", e inclusive "fazendo bolos e outros doces para arrecadar recursos na Feira Medieval que todos os anos se celebra na aldeia", assinala o Padre Juan Vila, atual pároco do Bicorp.

Na localidade é "uma mulher muito querida, vai a todas as reuniões da Caritas e tem muita iniciativa", acrescenta o sacerdote.

Criada numa família de sete irmãos, Clotilde assegura que sua longevidade é fruto do trabalho duro. "Trabalhei muitíssimo, quase desde que aprendi a andar", afirma.

(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)

A fé cristã perante o desafio do relativismo

As presentes reflexões tomam como ponto de partida alguns ensinamentos de Bento XVI, embora não pretendam fazer uma exposição completa de seu pensamento [1]. Em diversas ocasiões e com diversas palavras, Bento XVI tem manifestado a sua convicção de que o relativismo tem se convertido no problema central que a fé cristã tem que enfrentar nos nossos dias [2]. Alguns meios de comunicação têm interpretado essas palavras como referidas quase exclusivamente ao campo da moral, como se respondessem à vontade de qualificar do modo mais duro possível todos os que não aceitam algum ponto concreto do ensinamento moral da Igreja Católica. Esta interpretação não corresponde ao pensamento nem aos escritos de Bento XVI. Ele alude a um problema muito mais profundo e geral, que se manifesta primariamente no âmbito filosófico e religioso, e que se refere à atitude intencional profunda que a consciência contemporânea – crente ou não crente – assume facilmente com relação à verdade.

A referência à atitude profunda da consciência perante a verdade distingue o relativismo do erro. O erro é compatível com uma adequada atitude da consciência pessoal com relação à verdade. Quem afirmasse, por exemplo, que a Igreja não foi fundada por Jesus Cristo, afirmá-lo-ia porque pensa (equivocadamente) que essa é a verdade e que a tese oposta é falsa. Quem faz uma afirmação deste tipo, pensa que é possível atingir a verdade. Aqueles que a atingem – e na medida em que a atingem – têm razão e aqueles que sustentam a afirmação contraditória se equivocam.

A filosofia relativista, porém, diz que é preciso resignar-se com o fato de que as realidades divinas e as que se referem ao sentido da vida humana, pessoal e social, são substancialmente inacessíveis, e que não existe uma via única para aproximar-se delas. Cada época, cada cultura e cada religião têm utilizado diversos conceitos, imagens, símbolos, metáforas, visões etc. para expressá-las. Essas formas culturais podem opor-se entre si, mas, com relação aos objetos aos quais se referem, teriam todas elas igual valor. Seriam diversos modos – cultural e historicamente limitados – de aludir de modo muito imperfeito a realidades que não se podem conhecer. Em definitiva, nenhum dos sistemas conceituais ou religiosos teria, sob qualquer aspecto, um valor absoluto de verdade. Todos seriam relativos ao momento histórico e ao contexto cultural; daí a sua diversidade e, inclusive, a sua oposição. Mas, dentro dessa relatividade, todos seriam igualmente válidos enquanto vias diversas e complementares para aproximar-se de uma mesma realidade, que, substancialmente, permanece oculta.

Num livro publicado antes de sua eleição como Romano Pontífice, Bento XVI se referia a uma parábola budista [3]. Um rei do norte da Índia reuniu um dia um bom número de cegos que não sabiam o que é um elefante. Fizeram com que alguns dos cegos tocassem a cabeça e lhes disseram: “isto é um elefante”. Disseram o mesmo aos outros, enquanto faziam com que tocassem a tromba, ou as orelhas, ou as patas, ou os pelos da extremidade do rabo do elefante. Depois, o rei perguntou aos cegos o que é um elefante e cada um deu explicações diversas, conforme a parte do elefante que lhe haviam permitido tocar. Os cegos começaram a discutir, e a discussão foi se tornando violenta, até terminar numa briga de socos entre os cegos, que constitui o entretenimento que o rei desejava.

Este conto é particularmente útil para ilustrar a ideia relativista da condição humana. Nós, os homens, seríamos cegos que corremos o perigo de absolutizar um conhecimento parcial e inadequado, inconscientes da nossa intrínseca limitação (motivação teórica do relativismo). Quando caímos nessa tentação, adotamos um comportamento violento e desrespeitoso, incompatível com a dignidade humana (motivação ética do relativismo). O lógico seria que aceitássemos a relatividade das nossas ideias, não só porque isso corresponde à índole do nosso pobre conhecimento, mas também em virtude do imperativo ético da tolerância, do diálogo e do respeito recíproco. A filosofia relativista se apresenta a si mesma como o pressuposto necessário da democracia, do respeito e da convivência. Mas essa filosofia não parece dar-se conta de que o relativismo torna possível a burla e o abuso por parte de quem tem o poder em suas mãos: no conto, o rei que quer se divertir a custa dos pobres cegos; na sociedade atual, aqueles que promovem os seus próprios interesses económicos, ideológicos, de poder político etc. à custa dos demais, mediante o manejo hábil e sem escrúpulos da opinião pública e dos demais recursos do poder.

O que tudo isto tem a ver com a fé cristã? Muito. Porque é essencial ao Cristianismo o apresentar-se a si mesmo como religio vera, como religião verdadeira [4]. A fé cristã se move no plano da verdade, e esse plano é o seu espaço vital mínimo. A religião cristã não é um mito, nem um conjunto de ritos úteis para a vida social e política, nem um princípio inspirador de bons sentimentos privados, nem uma agência ética de cooperação internacional. A fé cristã, antes de mais, nos comunica a verdade acerca de Deus, ainda que não exaustivamente, e a verdade acerca do homem e do sentido de sua vida [5]. A fé cristã é incompatível com a lógica do “como se”. Não se reduz a dizer-nos que temos de nos comportar “como se” Deus nos tivesse criado e, por conseguinte, “como se” todos os homens fôssemos irmãos, mas afirma, com pretensão veritativa, que Deus criou o céu e a terra e que todos somos igualmente filhos de Deus. Diz-nos, além disto, que Cristo é a revelação plena e definitiva de Deus, «resplendor de sua glória e imagem de seu ser» [6], único mediador entre Deus e os homens [7] e, portanto, não pode admitir que Cristo seja somente o rosto com o qual Deus se apresenta aos europeus [8].

Talvez convenha repetir que a convivência e o diálogo sereno com os que não têm fé ou com aqueles que sustentam outras doutrinas não se opõem ao Cristianismo; na verdade, é todo o contrário. O que é incompatível com a fé cristã é a ideia de que o Cristianismo, as demais religiões monoteístas ou não monoteístas, as místicas orientais monistas, o ateísmo etc. são igualmente verdadeiros, porque são diversos modos limitados, cultural e historicamente, de se fazer referência a uma mesma realidade, que, no fundo, nem uns nem outros conhecem. Isto é, a fé cristã se dissolve se se evade, no plano teórico, a perspectiva da verdade, segundo a qual aqueles que afirmam ou negam o mesmo não podem ter igualmente razão nem podem ser considerados como representantes de visões complementares de uma mesma realidade.

Ángel Rodríguez Luño, Doutor em Filosofia e Educação, e professor de Teologia Moral da Pontificia Università della Santa Croce (Roma)


[1] Aqui teremos em conta os seguintes textos: Ratzinger, J.Fede, verità, tolleranza. 

Il Cristianesimo e le religioni del mondo. Siena : Cantagalli, 2003 (trad. espanhola: Fe, verdad y tolerância. Salamanca : Ed. Sígueme, 2005); a homilia da “Missa pro eligendo Romano Pontifice”, celebrada na basílica vaticana em 18 de abril de 2005 e o importantíssimo Discurso de Bento XVI à Cúria Romana por ocasião do Natal, de 22 de dezembro de 2005.

[2] Cf., por exemplo, Ratzinger, J. Fede, verità, tolleranza. Il Cristianesimo e le religioni del mondo, cit., p. 121. Veja-se também a homilia anteriormente mencionada de 18 de abril de 2005.

[3] Cf. Ratzinger, J. Fede, verità, tolleranza…, cit. pp. 170 ss.

[4] Cf. ibid., pp. 170-192.

[5] Dizemos que o conhecimento de Deus que nos dá a fé não é exaustivo porque no Céu conheceremos a Deus muitíssimo melhor. No entanto, o que nos diz a Revelação é verdadeiro, e é tudo o que Deus quis dar-nos a conhecer de Si mesmo. Não há outra fonte para conhecer mais verdades acerca de Deus. Não há outras revelações.


[6] Hb 1, 3.

[7] Cf 1 Tm 2, 5.

[8] Esta é a tese defendida em princípios do século XX por E. Troeltsch. Cf. L’assoluteza del cristianesimo e la storia delle religioni. Napoli : Morano, 1968.

(Fonte: excerto retirado do site do Opus Dei – Brasil AQUI)

Acepção

«Quem julga as pessoas não tem tempo para amá-las».

(Beata Madre Teresa de Calcutá)

«Um filho de Deus não pode ser classista, porque lhe interessam os problemas de todos os homens... E procura ajudar a resolvê-los com a justiça e a caridade do nosso Redentor.Já o apontou o Apóstolo quando nos escrevia que para o Senhor não há acepção de pessoas, e que não hesitei em traduzir deste modo: não há senão uma raça, a raça dos filhos de Deus!»

(
S. Josemaría Escrivá - Sulco 303)

"A caminho da igualdade, nós as mulheres sofremos um enorme dano colateral" (agradecimento 'É o Carteiro!)

Sacrificámos a nossa alma feminina, a troco de ser aceites no universo masculino


Na luta pela igualdade dos sexos em direitos e deveres, o feminismo, como assinalou Sigrid Undset, feminista dos inícios do sec. XX, "ocupou-se apenas com os ganhos e não com as perdas da libertação".


E o facto é que, neste árduo processo em direcção à igualdade, nós as mulheres sofremos um enorme dano colateral, ao deixar pelo caminho uma coisa que nos é consubstancial: a essência feminina, a feminidade.


Assumimos de forma espontânea, e sem nenhuma queixa, que os papéis masculinos eram os justos e adequados, que devíamos imitá-los para conseguir a igualdade.


E assim fizemos, escondendo os nossos sentimentos e afectividade, com medo de ser etiquetadas de débeis ou fracas, tentando ser frias e competitivas e adoptando um aspecto varonil.


Traímo-nos a nós mesmas, sacrificámos a nossa alma feminina, a troco de ser aceites no universo masculino e transformámo-nos em "marias-rapaz", imitando os comportamentos e maneiras de vestir dos homens.


Basta lembrar como, em Espanha, a grande jurista Concepción Arenal, a meados do sec. XIX, acedeu às aulas de Direito da Universidade Complutense com roupa de cavalheiro, para realizar o desejo e interesse por essa licenciatura. Ou como Clara Campoamor, em 1931, para lutar pelo direito ao sufrágio feminino, renunciou expressamente à sua condição de mulher:
"Senhores Deputados: eu, antes de ser mulher, sou cidadão".


María Calvo Charro

http://www.almudi.org/Portada.aspx

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1939

Acaba de escrever - à máquina – o livroCaminho. São duas da manhã. É quinta-feira. Celebra-se a festa da Purificação da Virgem Maria. “Lê devagar estes conselhos. Medita pausadamente nestas considerações. São coisas que te digo ao ouvido, em confidência de amigo, de irmão, de pai...”, diz no Prólogo.


(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

O desejo da felicidade

«Todos nós, sem dúvida, queremos viver felizes, e não há entre os homens quem não dê o seu assentimento a esta afirmação, mesmo antes de ela ser plenamente enunciada»

(De moribus Ecclesiae catholicae 1. 3,4 - Santo Agostinho)

«Como é então, Senhor, que eu Te procuro? De facto, quando Te procuro, ó meu Deus, é a vida feliz que eu procuro. Faz com que Te procure, para que a minha alma viva! Porque tal como o meu corpo vive da minha alma, assim a minha alma vive de Ti»

(Confissões, 10, 20, 29 - Santo Agostinho)

«Simeão tomou-O nos braços e bendisse a Deus»

Bem-aventurado Guerric d'Igny (c. 1080-1157), prior cisterciense
1º Sermão para a Purificação

 
«Tende na mão as vossas lâmpadas acesas» (Lc 12, 35). Mostremos assim, através deste sinal visível, a alegria que partilhamos com Simeão, que tem nas mãos a luz do mundo. [...] Sejamos ardentes pela nossa devoção e luminosos pelas nossas obras, e, com Simeão, levaremos Cristo em nossas mãos. [...] Hoje a Igreja tem o hábito tão belo de nos fazer levar velas. [...] Por conseguinte, quem é que hoje, tendo a sua vela acesa na mão, não se lembra do bem aventurado ancião? Nesse dia, ele tomou Jesus nos braços, o Verbo presente na carne, semelhante à luz na cera, testemunhando que Ele era «a Luz para se revelar às nações». É verdade que o próprio Simeão era «uma luz ardente e brilhante», que prestava homenagem à luz (Jo 5, 35; 1, 7). Foi por isso que ele veio ao Templo, conduzido pelo Espírito, do qual estava repleto, «para receber, ó Deus, a Tua misericórdia no meio do Teu Templo» (Sl 47, 10) e para proclamar que ela era a misericórdia e a luz do Teu povo.

Ó ancião cintilando de paz, não tinhas apenas a luz em tuas mãos, foste penetrado por ela. Tu estavas tão iluminado por Cristo, que vias antecipadamente como Ele iluminaria as nações [...], como resplandeceria hoje o brilho da nossa fé. Regozija-te agora, santo ancião; vê hoje o que tinhas entrevisto antecipadamente: as trevas do mundo dissiparam-se; «as nações caminham à Sua luz»; «toda a terra está repleta da Sua glória» (Is 60, 3; 6, 3)

Apresentação do Senhor no Templo

Quarenta dias após o nascimento de Jesus, em obediência à lei de Moisés (Ex. 13, 11-13), Maria leva o Menino ao templo, a fim de ser oferecido ao Senhor. Toda a oferta implica uma renúncia.


Começa, nesse dia, o mistério de sofrimento, que atingirá o seu ponto culminante no Calvário, quando Jesus, que não foi «poupado» pelo Pai, oferecer o Seu Sangue como sinal da nova e definitiva Aliança. Ao oferecer Jesus, Maria oferece-Se também com Ele. Durante toda a vida de Jesus, estará sempre ao lado do Filho, dando a Sua colaboração para a obra da Redenção.


O gesto de Maria, que «oferece», traduz-se em gesto litúrgico, quando ao celebrarmos a Eucaristia, oferecemos «os frutos da terra e do trabalho do homem», símbolo da nossa vida.


Antes da Missa, está prevista no Missal a procissão das velas, acesas em honra de Cristo que vem como luz das nações, e ao encontro de quem a Igreja caminha guiada já por essa mesma luz.




(Fonte: Secretariado Nacional de Liturgia - foto de parte do vitral central da Capela de Santa Maria Novella em Florença)

Alma Dei creatoris - Sancta Maria, mater Dei

«Eis o vosso Deus, que vem para vos vingar. [...] Então se abrirão os olhos do cego» (Is 35,4-5)

Adam de Perseigne (? -1221), abade cisterciense
Sermão 4 para a Purificação


O Pai das luzes convida os filhos da luz (cf Lc 16,18) a celebrar esta festa de luz: «Aqueles que O contemplam ficam radiantes, não ficarão de semblante abatido», diz o Salmo (34,6). Com efeito, «Aquele que habita numa luz inacessível» (1Tm 6,16) decidiu tornar-Se acessível; Ele abaixou-Se na nuvem da carne para que o fraco e o pequeno possam subir até Ele. Que descida misericordiosa! «Inclinou os céus», isto é, os cumes da divindade, e «desceu», tornando-Se presente na carne, «com densas nuvens debaixo dos Seus pés» (Sl 18,10). [...]


Obscuridade necessária para nos dar a luz! A luz verdadeira escondeu-Se na nuvem da carne, (cf Ex 13,21), nuvem obscura pela sua semelhança com a nossa «carne, idêntica à do pecado» (Rm 8,3). [...] Uma vez que a luz verdadeira fez da carne Seu esconderijo, nós, que somos seres de carne, aproximemo-nos do Verbo feito carne [...] para aprendermos a passar, pouco a pouco, da carne ao espírito. Aproximemo-nos agora, pois hoje um novo sol brilha mais que o habitual. Até então tinha estado fechado em Belém, na estreiteza de um berço, e muito pouca gente O tinha conhecido; mas hoje, em Jerusalém, Ele apresenta-Se a um grande número, no Templo do Senhor. [...] Hoje o Sol eleva-Se para irradiar sobre o mundo inteiro. [...]


Se ao menos a minha alma pudesse arder com o desejo que inflamava Simeão, para que eu merecesse ser portador de uma tão grande luz! Mas, se a alma não for primeiro purificada dos seus pecados, não poderá ir ao encontro de Cristo «sobre as nuvens», da verdadeira liberdade (1Ts 4,17). [...] Só então poderá alegrar-se com Simeão na luz verdadeira e, como ele, partir em paz.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 2 de Fevereiro de 2012

Depois que se completaram os dias da purificação de Maria, segundo a Lei de Moisés, levaram-n'O a Jerusalém para O apresentar ao Senhor segundo o que está escrito na Lei do Senhor: “Todo o varão primogénito será consagrado ao Senhor”, e para oferecerem em sacrifício, conforme o que também está escrito na Lei do Senhor: “Um par de rolas ou dois pombinhos”. Havia então em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem era justo e piedoso; esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele. Tinha-lhe sido revelado pelo Espírito Santo que não veria a morte sem ver primeiro o Cristo do Senhor. Foi ao templo conduzido pelo Espírito. E, levando os pais o Menino Jesus, para cumprirem as prescrições usuais da Lei a Seu respeito, ele tomou-O nos braços e louvou a Deus, dizendo: «Agora, Senhor, podes deixar o teu servo partir em paz segundo a Tua palavra; porque os meus olhos viram a Tua salvação, que preparaste em favor de todos os povos; luz para iluminar as nações, e glória de Israel, Teu povo». O Seu pai e a Sua mãe estavam admirados das coisas que d'Ele se diziam. Simeão abençoou-os e disse a Maria, Sua mãe: «Eis que este Menino está posto para ruína e ressurreição de muitos em Israel e para ser sinal de contradição. E uma espada trespassará a tua alma. Assim se descobrirão os pensamentos escondidos nos corações de muitos». Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada. Tinha vivido sete anos com o seu marido, após o seu tempo de donzela, e tinha permanecido viúva até aos oitenta e quatro anos, e não se afastava do templo, servindo a Deus noite e dia com jejuns e orações. Ela também, vindo nesta mesma ocasião, louvava a Deus e falava de Jesus a todos os de Jerusalém que esperavam a redenção. Depois que cumpriram tudo, segundo o que mandava a Lei do Senhor, voltaram para a Galileia, para a sua cidade de Nazaré. O Menino crescia e fortificava-Se, cheio de sabedoria, e a graça de Deus estava com Ele.


Lc 2, 22-40