Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 19 de outubro de 2013

'Para além da escravidão do lucro a qualquer preço' - Mensagem do Papa para o Dia mundial da Alimentação

É intolerável o "escândalo" da fome num mundo onde um terço da produção alimentar "está indisponível devido às perdas e aos desperdícios cada vez maiores". A denúncia veio do Papa Francisco, que numa mensagem enviada ao director-geral da FAO, José Graziano da Silva, por ocasião do dia mundial da alimentação, invocou uma mudança de mentalidade face à tragédia "na qual ainda vivem milhões de famintos e subalimentados, entre os quais muitíssimas crianças". Uma tragédia que para o Pontífice não deve ser enfrentada segundo a lógica ocasional da emergência mas como "um problema que interpela a nossa consciência pessoal e social" e exige "uma solução justa e estável".

Por isso, o bispo de Roma exortou a superar atitudes de indiferença ou habituais e a "abater com decisão as barreiras do individualismo, do fechamento em si mesmo, da escravidão do lucro a qualquer preço", para "reconsiderar e renovar os nossos sistemas alimentares". Em particular, deve ser superada "a lógica da exploração selvagem da criação" através do "esforço por cultivar e conservar o meio ambiente e os seus recursos para garantir a segurança alimentar e para caminhar rumo a uma alimentação suficiente e sadia para todos".

Recordando que "os nossos pais nos educavam para o valor do que recebemos e temos, considerando tudo como dom precioso de Deus", o Papa Francisco exortou todos a um sério exame de consciência "sobre a necessidade de modificar concretamente os nossos estilos de vida" alimentares, marcados com demasiada frequência "pelo consumismo, dissipação e desperdício de alimentos". E voltou a advertir contra as consequências da "cultura do descartável", que sacrifica "homens e mulheres aos ídolos do lucro e do consumo", e da "globalização da indiferença", que nos "faz "habituar" lentamente ao sofrimento do outro, como se fosse normal". O problema da fome, substancialmente, não é só económico ou científico mas também, e sobretudo, ético e antropológico. "Educar-nos para a solidariedade - advertiu o Pontífice - significa educar-nos para a humanidade" e comprometermo-nos a edificar uma sociedade que mantenha sempre "a pessoa e a sua dignidade no centro".

(© L'Osservatore Romano - 17 de outubro de 2013)

O Evangelho de Domingo dia 20 de outubro de 2013

Disse-lhes também uma parábola, para mostrar que importa orar sempre e não cessar de o fazer: «Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens. Havia também na mesma cidade uma viúva, que ia ter com ele, dizendo: Faz-me justiça contra o meu adversário. Ele, durante muito tempo, não a quis atender. Mas, depois disse consigo: Ainda que eu não tema a Deus nem respeite os homens, todavia, visto que esta viúva me importuna, far-lhe-ei justiça, para que não venha continuamente importunar-me». Então o Senhor acrescentou: «Ouvi o que diz este juiz iníquo. E Deus não fará justiça aos Seus escolhidos, que a Ele clamam dia e noite, e tardará em socorrê-los? Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Mas, quando vier o Filho do Homem, julgais vós que encontrará fé sobre a terra?».


Lc 18, 1-8

O hedonismo apoderou-se das sociedades ditas modernas empobrecendo-as espiritualmente, que nunca nos deixemos dominar pela ilusão do prazer

https://twitter.com/jppreis

Reportagem sobre a viagem a Roma da imagem de Nossa Senhora de Fátima

Madre Teresa de Calcutá foi beatificada, nesta data há dez anos

Ainda não foi canonizada, mas, para milhões de pessoas, esse passo será apenas uma questão de tempo. Teresa de Calcutá foi beatificada, em Roma, há precisamente nove anos.

Toda a vida tentou passar despercebida, mas a mundo apaixonou-se por esta mulher minúscula que era uma gigante da caridade. Seis anos depois da sua morte, em tempo recorde, mesmo para o Papa que mais canonizações e beatificações decretou, João Paulo II elevou-a à condição de beata.

Nasceu Inês, no império Otomano, e morreu Teresa, no país do hinduísmo. Mas a jovem católica, de etnia albanesa, nunca perdeu a sua fé em Jesus Cristo, por quem se apaixonara irremediavelmente e a quem procurou toda a sua vida, nos mais pobres dos pobres, nos moribundos e nos abandonados.

Aos 18 anos, saiu de casa para se tornar freira na ordem do Loreto. Nunca mais veria a família. Depois de uma passagem pela Irlanda, foi enviada para a Índia. Em 1946, sentiu um chamamento divino para formar uma nova ordem dedicada exclusivamente aos mais pobres. Obteve autorização e, em 1950, nasceu a ordem das Missionárias da Caridade.

Nunca procurou a fama, mas esta surgiu com a mesma celeridade com que apareciam noviças e voluntárias para trabalhar consigo. Teresa era uma superiora exigente, ralhava frequentemente com as jovens ao seu cuidado. Não chegava cuidar e lavar incansavelmente os moribundos, doentes, cobertos de sujidade. Era preciso fazê-lo com um sorriso na cara.

Viajou por todo o mundo, exortando à caridade e advertindo contra um distanciamento dos ensinamentos de Cristo. Era admirada por todos, embora algumas das suas palavras deixassem as sociedades ocidentais desconfortáveis: “O maior destruidor da paz é o aborto”, declarou, “porque é uma guerra contra as crianças”, mas completava sempre estas palavras com o mandamento do amor: “Como é que convencemos uma mulher a não abortar? Como sempre, devemos fazê-lo com amor, recordando que o amor significa a disponibilidade de dar até que doa”.

Uma multidão de 250 mil pessoas encheu a Praça de São Pedro, no dia 19 de Outubro de 2003, para ver um Papa com claros sinais de velhice declarar Teresa Beata. Ana Van Uden era uma dessas pessoas. A jovem portuguesa viajou de propósito para Roma para assistir a esta cerimónia e para celebrar os 25 anos do pontificado de João Paulo II.

“Lembro-me que foi uma cerimónia intensíssima, e muito vivida. A Praça de São Pedro estava completamente cheia”, recorda.

Embora tivesse menos de 20 anos nessa altura, recordava-se bem da pequena freira: “Nunca tive a menor dúvida de que aquela mulher era santa e a devoção de João Paulo II por ela apenas confirmou essa ideia”.

Filipe d’Avillez

(Fonte: ‘Página 1’ grupo Renascença na sua edição de 19.10.2009)

«Quem der testemunho de Mim diante dos homens, o Filho do homem dará testemunho dele diante dos anjos»

São Rafael Arnaiz Baron (1911-1938), monge trapista espanhol 
Escritos espirituais, 1938/04/03


Pego hoje na pena para que as minhas palavras, estampando-se na folha em branco, sirvam para louvar perpetuamente o Deus bendito, autor da minha vida, da minha alma, do meu coração. Gostaria que todo o universo, com os planetas, todos os astros e os incomensuráveis sistemas estelares, fosse uma enorme extensão, polida e brilhante, onde eu pudesse escrever o nome de Deus. Gostaria que minha voz fosse mais potente que mil trovões, mais forte do que o bramido do mar, mais terrível que o estrondo dos vulcões, apenas para dizer: Deus! Gostaria que o meu coração fosse tão grande quanto o céu, puro como o dos anjos, simples como o da pomba (Mt 10,16), para nele colocar Deus! Mas, uma vez que toda esta grandeza com que sonhas não pode tornar-se realidade, contenta-te com o pouco e contido nada que és, meu irmão Rafael, porque o próprio nada deve satisfazer-te. […]

Porquê calar-me? Porquê escondê-lo? Porque não gritar ao mundo e publicar aos quatro ventos as maravilhas de Deus? Porque não dizer às pessoas e a todos os que querem ouvir: vedes aquilo que sou? Vedes o que fui? Vedes a minha miséria rastejando na lama? Pois pouco importa; maravilhai-vos: apesar de tudo isso, tenho Deus. Deus é meu amigo! Que o solo se afunde, e que o mar seque de espanto! Deus ama-me, a mim, com um tal amor que, se o mundo inteiro o entendesse, todas as criaturas se tornariam loucas e bradariam de assombro. E mesmo assim, seria pouco. Deus ama-me tanto, que nem os anjos o entendem!

A misericórdia de Deus é grande! Amar-me, a mim; ser meu amigo, meu irmão, meu pai, meu mestre. Ser Deus, e eu, ser o que sou! […] Como não enlouquecer; como é possível viver, comer, dormir, falar e lidar com as pessoas? […] Como é isso possível, Senhor! Eu sei; tu explicaste-me: é o milagre de tua graça.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 19 de outubro de 2013

Digo-vos: Todo aquele que Me confessar diante dos homens, também o Filho do Homem o confessará diante dos anjos de Deus. Mas quem Me negar diante dos homens, será negado diante dos anjos de Deus. «Todo aquele que falar contra o Filho do Homem, ser-lhe-á perdoado; mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado. Quando vos levarem às sinagogas e perante os magistrados e autoridades, não estejais com cuidado de que modo respondereis, ou que direis, porque o Espírito Santo vos ensinará, naquele mesmo momento, o que deveis dizer».



Lc 12, 8-12