No editorial do jornal “L’Osservatore Romano”, na edição de 5 de Março 2009, Carlo Di Cicco, vice-director da publicação assina o editorial «À espera da Encíclica Social», onde afirma que Bento XVI tem a visão necessária para ultrapassar a actual situação.
“A crise internacional que cada vez afecta mais homens e mulheres, famílias, quer em países ricos como em países pobres, não está apenas a causar pânico e a apelar para que todos olhem para a história com um olhar diferente, mas é também uma prova para aferir a profundidade do pontificado de Bento XVI”.
“O Papa tem uma visão desta crise”, escreve Carlo Di Cicco. “Não se trata de uma receita específica para restaurar a regulação nas relações entre o trabalho e o capital e entre as questões financeiras e as necessidades das famílias e empresas. Mas porque esta crise não pode ser superada sem se encontrar uma esperança mais credível que a esperança dada pelos mercados e por teorias económicas”.
“A desaceleração económica pode ser superada ultrapassando a depressão e a perda de esperança”. O vice-director afirma haver uma “certa expectativa sobre a Encíclica Social de Bento XVI.
“Mas o Papa não quer ser visto como um oráculo. Ele prefere um retorno à razão, porque sem esse retorno, é difícil avaliar e apreciar a seriedade da proposta cristã”.
O artigo termina com o apontamento que Bento XVI é o “Papa certo para este tempo de crise, para ele sabe apoiar e indicar caminhos razoáveis para ultrapassar esta situação em conjunto”.
(Fonte: site Radio Vaticana)
Obrigado, Perdão Ajuda-me
quinta-feira, 5 de março de 2009
Primeira encíclica de João Paulo II faz hoje 30 anos
Foi no dia 4 de Março de 1979 que João Paulo II lançou a primeira encíclica do seu pontificado. Trinta anos mais tarde a Redemptor Hominis continua a ressoar na vida da Igreja.
“O Redentor do Homem” foi dado a conhecer ao mundo apenas cinco meses depois de João Paulo II ter assumido o pontificado. Seguindo o exemplo dos seus antecessores (com excepção de João Paulo I, que não foi Papa tempo suficiente para lançar qualquer encíclica), escolheu marcar as suas posições de maneira forte no início da sua chefia da Igreja.
A encíclica pode ler-se, por isso, como um programa do ministério que começava. Nela encontramos uma sucessão de temas que viriam a ser posteriormente desenvolvidas e aprofundadas, desde as reflexões sobre o papel de Cristo no mundo e na vida de cada homem, até à importância de Maria, o ecumenismo e a censura ao comunismo.
A Renascença conversou sobre este assunto com o Cónego João Seabra, profundo conhecedor do texto da encíclica, que resume da seguinte maneira o seu tema fundamental: “A mensagem central da Redemptor Hominis é que Jesus Cristo, o redentor do Homem, é o centro do mundo e da história. É ele quem responde ao coração e à vida de cada homem. É a única resposta total ao desejo de totalidade de que o homem é feito. O Papa coloca Jesus Cristo diante da Igreja, diante do Mundo, mas sobretudo diante do coração de cada homem. Aponta a presença de Cristo na história, na Igreja e nos sacramentos como única resposta ao desejo de felicidade.”
Hoje, uma das coisas que mais fascina este sacerdote, pároco da Igreja da Encarnação, no Chiado, é a qualidade quase profética do texto, tendo em conta o ano em que foi escrito. “O pontificado de João Paulo II foi tão longo e tão rico, aconteceram tantas coisas do ponto de vista eclesial, histórico e político, que verdadeiramente era impossível, em 1978, alguém as prever. E contudo, ao ler a encíclica, impressiona pela clareza na definição dos problemas, e pela clareza na definição das linhas de actuação. Não digo que fosse tudo uma estratégia, mas está claramente identificada uma maneira de conceber a presença da Igreja e a relação com Cristo através dos sacramentos, a presença da Igreja na História, que tem em si a semente de todas as coisas que definiram o grande pontificado de João Paulo II.”
É por esta razão que o Cónego afirma que a Redemptor Hominis “é um documento impressionante de ler. Foi impressionante lê-lo em 1979, e é impressionante lê-lo agora como juízo antecipado sobre esses 28 anos da história da Igreja, que foram os mais extraordinários dos últimos cem.”
Leia a entrevista completa na edição de hoje do jornal on-line Página 1
Filipe d'Avillez
(Fonte: site RR)
“O Redentor do Homem” foi dado a conhecer ao mundo apenas cinco meses depois de João Paulo II ter assumido o pontificado. Seguindo o exemplo dos seus antecessores (com excepção de João Paulo I, que não foi Papa tempo suficiente para lançar qualquer encíclica), escolheu marcar as suas posições de maneira forte no início da sua chefia da Igreja.
A encíclica pode ler-se, por isso, como um programa do ministério que começava. Nela encontramos uma sucessão de temas que viriam a ser posteriormente desenvolvidas e aprofundadas, desde as reflexões sobre o papel de Cristo no mundo e na vida de cada homem, até à importância de Maria, o ecumenismo e a censura ao comunismo.
A Renascença conversou sobre este assunto com o Cónego João Seabra, profundo conhecedor do texto da encíclica, que resume da seguinte maneira o seu tema fundamental: “A mensagem central da Redemptor Hominis é que Jesus Cristo, o redentor do Homem, é o centro do mundo e da história. É ele quem responde ao coração e à vida de cada homem. É a única resposta total ao desejo de totalidade de que o homem é feito. O Papa coloca Jesus Cristo diante da Igreja, diante do Mundo, mas sobretudo diante do coração de cada homem. Aponta a presença de Cristo na história, na Igreja e nos sacramentos como única resposta ao desejo de felicidade.”
Hoje, uma das coisas que mais fascina este sacerdote, pároco da Igreja da Encarnação, no Chiado, é a qualidade quase profética do texto, tendo em conta o ano em que foi escrito. “O pontificado de João Paulo II foi tão longo e tão rico, aconteceram tantas coisas do ponto de vista eclesial, histórico e político, que verdadeiramente era impossível, em 1978, alguém as prever. E contudo, ao ler a encíclica, impressiona pela clareza na definição dos problemas, e pela clareza na definição das linhas de actuação. Não digo que fosse tudo uma estratégia, mas está claramente identificada uma maneira de conceber a presença da Igreja e a relação com Cristo através dos sacramentos, a presença da Igreja na História, que tem em si a semente de todas as coisas que definiram o grande pontificado de João Paulo II.”
É por esta razão que o Cónego afirma que a Redemptor Hominis “é um documento impressionante de ler. Foi impressionante lê-lo em 1979, e é impressionante lê-lo agora como juízo antecipado sobre esses 28 anos da história da Igreja, que foram os mais extraordinários dos últimos cem.”
Leia a entrevista completa na edição de hoje do jornal on-line Página 1
Filipe d'Avillez
(Fonte: site RR)
O Domingo do Perdão na Rússia
No Domingo dia 1 de Março, o Patriarca de Moscovo e de todas as Rússias presidiu à celebração especial do Rito do Perdão na Catedral de Cristo Salvador.
O Domingo anterior à Quaresma na Rússia chama-se Domingo do Perdão. Neste dia, realiza-se nas igrejas um rito especial durante o qual todas as pessoas, começando pelos sacerdotes, pedem perdão pelas ofensas cometidas, intencionais ou não.
A Quaresma é um tempo de intensa luta contra o pecado. E é muito importante começar o jejum com uma consciência limpa, sem o peso de saber que estamos em divida moral com alguém. O evangelho diz que se não perdoamos aos outros pelos seus pecados, o teu Pai não te perdoará pelos teus. Neste dia, as pessoas vão à Igreja para pôr em prática estas palavras, aproximando-se umas das outras e pedindo perdão. Em consequência ouvirão a resposta tradicional: Deus perdoará!
No fim da sua homilia, o Patriarca Cirilo I foi o primeiro a pedir perdão.
“Penso ser muito significativo o facto de que o Domingo do Perdão volte à nossa vida pública como um importante evento da vida espiritual; e talvez acima de tudo, que estas concepções modernas da moralidade, que no final de contas estão destruindo toda a moralidade, não escravizarão os corações do nosso povo. Com o perdão, começamos o caminho em direcção ao renascimento espiritual, e o Senhor ajudar-nos-á a dar este primeiro passo. Abençoai e perdoai-me, pais, irmãos e irmãs.”
(Fonte: H2O News)
Michelangelo volta a conquistar o mundo
A Itália pagou 3 milhões e 250 mil euros pelo crucifixo de madeira atribuído ao artista Michelangelo Buonarotti, conhecido simplesmente como Michelangelo, que foi exibido n uma das salas da Câmara dos Deputados italiana.
Trata-se de um crucifixo de 41,3 cm de altura e 39,7 de largura, que pertencia a um coleccionador de Turim, Giancarlo Gallino, que, por sua vez, o comprou de outro antiquário florentino.
Os especialistas consideram que a obra foi realizada por volta de 1495, quando o jovem artista renascentista tinha 20 anos. É atribuída a Michelangelo, entre outras razões, pela sua técnica em madeira, pelo profundo conhecimento do corpo humano e pela sua semelhança com o Cristo da Pietà. A obra surpreende pelo realismo do corpo de Jesus, que segundo alguns professores de anatomia da Universidade de Florença foi inspirado no cadáver de um homem de cerca de 30 anos.
Em 1492, segundo os historiadores, Michelangelo passou algum tempo no Convento do Espírito Santo de Florença e obteve a permissão para estudar os cadáveres procedentes do Hospital dos monges e aperfeiçoar seus estudos sobre a anatomia humana, que depois aplicaria magistralmente nas suas obras.
Depois do descobrimento, a obra juvenil de Michelangelo foi exposta pela primeira vez em 2004 no museu Horne de Florença, para o qual regressará depois de ser exposto em todo o país.
Esta obra foi apresentada ao Papa Bento XVI durante sua visita à embaixada italiana junto à Santa Sé.
(Fonte: H2O News com adaptação de JPR)
São Tomás de Aquino e a Paixão do Senhor
São Tomás de Aquino (1225-1274) é provavelmente o maior teólogo de toda a história da Igreja. Chamado pelo Magistério o «doutor comum» por sobressair às disputas de escola ou de tendência, escreveu numerosas obras entre as quais o seu Comentário ao Credo.
«Que necessidade havia para que o Filho de Deus sofresse por nós? Uma necessidade grande e, por assim dizer, dupla: para remédio contra o pecado e para exemplo daquilo que devemos fazer.
Foi em primeiro lugar um remédio, porque na paixão de Cristo encontramos remédio para todos os males em que incorremos por causa dos nossos pecados.
Mas não é menor a utilidade que tem como exemplo. Na verdade, a paixão de Cristo é suficiente para orientar toda a nossa vida. Quem quiser viver em perfeição, basta que despreze o que Cristo desprezou na Cruz e deseje o que Ele desejou. Nenhum exemplo de virtude está ausente da Cruz.
Se queres um exemplo de caridade: Não há maior prova de amor do que dar a vida pelos seus amigos. Assim fez Cristo na Cruz. E se Ele deu a vida por nós, não devemos considerar penoso qualquer mal que tenhamos de sofrer por Ele.
Se procuras um exemplo de paciência, encontras na Cruz o mais excelente. Reconhece-se uma grande paciência em duas circunstâncias: quando alguém suporta com serenidade grandes sofrimentos, ou quando pode evitar os sofrimentos e não os evita. Ora Cristo suportou na Cruz grandes sofrimentos, e com grande serenidade, porque sofrendo não ameaçava; e como ovelha levada ao matadouro, não abriu a boca. É grande portanto a paciência de Cristo na Cruz: corramos com paciência à prova que nos é proposta, pondo os olhos em Jesus, autor e consumador da fé, que em lugar da alegria que Lhe era proposta suportou a Cruz, desprezando-lhe a ignomínia.
Se queres um exemplo de humildade, olha para o crucifixo: Deus quis ser julgado sob Pôncio Pilatos e morrer.»
«Que necessidade havia para que o Filho de Deus sofresse por nós? Uma necessidade grande e, por assim dizer, dupla: para remédio contra o pecado e para exemplo daquilo que devemos fazer.
Foi em primeiro lugar um remédio, porque na paixão de Cristo encontramos remédio para todos os males em que incorremos por causa dos nossos pecados.
Mas não é menor a utilidade que tem como exemplo. Na verdade, a paixão de Cristo é suficiente para orientar toda a nossa vida. Quem quiser viver em perfeição, basta que despreze o que Cristo desprezou na Cruz e deseje o que Ele desejou. Nenhum exemplo de virtude está ausente da Cruz.
Se queres um exemplo de caridade: Não há maior prova de amor do que dar a vida pelos seus amigos. Assim fez Cristo na Cruz. E se Ele deu a vida por nós, não devemos considerar penoso qualquer mal que tenhamos de sofrer por Ele.
Se procuras um exemplo de paciência, encontras na Cruz o mais excelente. Reconhece-se uma grande paciência em duas circunstâncias: quando alguém suporta com serenidade grandes sofrimentos, ou quando pode evitar os sofrimentos e não os evita. Ora Cristo suportou na Cruz grandes sofrimentos, e com grande serenidade, porque sofrendo não ameaçava; e como ovelha levada ao matadouro, não abriu a boca. É grande portanto a paciência de Cristo na Cruz: corramos com paciência à prova que nos é proposta, pondo os olhos em Jesus, autor e consumador da fé, que em lugar da alegria que Lhe era proposta suportou a Cruz, desprezando-lhe a ignomínia.
Se queres um exemplo de humildade, olha para o crucifixo: Deus quis ser julgado sob Pôncio Pilatos e morrer.»
(Collatio 6 super Credo in Deum - SÃO TOMÁS DE AQUINO – texto recolhido do Boletim Mensal de Março da Paróquia de Nossa Senhora da Porta do Céu)
O Evangelho do dia 5 de Março de 2009
São Mateus 7, 7-12
Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos:
«Pedi e dar-se-vos-á,
procurai e encontrareis,
batei à porta e abrir-se-vos-á.
Porque todo aquele que pede recebe,
quem procura encontra
e a quem bate à porta abrir-se-á.
Qual de vós dará uma pedra a um filho que lhe pede pão,
ou uma serpente se lhe pedir peixe?
Ora, se vós que sois maus,
sabeis dar coisas boas aos vossos filhos,
quanto mais o vosso Pai que está nos Céus
as dará àqueles que Lhas pedem!
Portanto, o que quiserdes que os homens vos façam
fazei-lho vós também:
esta é a Lei e os Profetas».
Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos:
«Pedi e dar-se-vos-á,
procurai e encontrareis,
batei à porta e abrir-se-vos-á.
Porque todo aquele que pede recebe,
quem procura encontra
e a quem bate à porta abrir-se-á.
Qual de vós dará uma pedra a um filho que lhe pede pão,
ou uma serpente se lhe pedir peixe?
Ora, se vós que sois maus,
sabeis dar coisas boas aos vossos filhos,
quanto mais o vosso Pai que está nos Céus
as dará àqueles que Lhas pedem!
Portanto, o que quiserdes que os homens vos façam
fazei-lho vós também:
esta é a Lei e os Profetas».
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