Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Pesar do Papa pela morte do Cardeal Martini

Pesar pela morte do Cardeal Carlo Maria Martini, falecido na tarde desta sexta-feira no Aloisium, Instituto dos Jesuítas situado em Gallarate, na província italiana de Varese. Já de há muito doente de Parkinson, o purpurado tinha 85 anos.
 
"Pensando com afeto neste caro irmão que generosamente serviu ao Evangelho e à Igreja – escreve o Papa num telegrama ao arcebispo de Milão, Cardeal Angelo Scola –, recordo com gratidão a sua intensa obra apostólica profusa qual zeloso religioso filho espiritual de Santo Inácio, experiente docente, respeitável biblista e apreciado reitor da Pontifícia Universidade Gregoriana e do Pontifício Instituto Bíblico e, depois, solícito e sábio" arcebispo de Milão.
 
Bento XVI ressalta também o "competente e fervoroso serviço" prestado à Palavra de Deus por esse "insigne pastor", "abrindo sempre mais à comunidade eclesial os tesouros da Sagrada Escritura, especialmente através da promoção da Lectio divina".
 
Em seguida, o Papa recorda na mensagem a longa enfermidade do Cardeal Martini, por ele vivida "com ânimo sereno e com confiante abandono à vontade do Senhor".
  
Rádio Vaticano na sua edição para o Brasil

Amar a Cristo...

Amigo Jesus, Tu que é o melhor amigo a que podemos ambicionar, exactamente por seres muito nosso amigo, concedeste-nos o privilégio de ter muitos e bons amigos, alguns englobam diferentes gerações de famílias inteiras o que nos permite viver e vibrar com as suas alegrias, é certo, que também, e sempre que necessário, a acompanhá-los na dor e na dificuldade.

A alegria de termos amigos, com os quais nem sempre estamos de acordo, mas se assim não fosse a amizade seria falsa, é um bem que nos ofereceste e que tantas vezes Te esquecemos de agradecer.

Querido Jesus, Tu que és além de tudo o único amigo com quem estamos incondicionalmente sempre de acordo, ajuda-nos, Te rogamos, a ser sempre amigos Teus e do próximo com pureza, alegria e total desinteresse.

JPR

Bento XVI a um numeroso grupo de acólitos franceses: «Falem com os vossos amigos sobre a alegria que recebem de Deus» (vídeos em espanhol e inglês)

Faleceu aos 85 anos após prolongada doença o arcebispo emérito de Milão, cardeal Carlo Maria Martini. Requiescat in pace!

Ingressou na Companhia de Jesus, em 25 de Setembro de 1944. Fez o noviciado em Cuneo; estudou na Faculdade de Filosofia Aloisianum, Gallarate, Milão; na Faculdade Teológica, de Chieri, em Turim; na Pontifícia Universidade Gregoriana, de Roma, onde fez o seu doutoramento em teologia fundamental com a tese: Il problema storico della Risurrezione negli studi recenti; e no Pontifício Instituto Bíblico, Roma.
Foi ordenado padre, em 13 de julho de 1952, em ChieriTurim. Continuou seus estudos em Roma, de 1954 a 1958. Foi membro da Faculdade Teológica de Chieri; fez os últimos votos, em 2 de fevereiro de 1962. Continuou seus estudos em Roma, de 1962 a 1964. Trabalhou pastoralmente em Roma.
Biblísta
Foi membro da faculdade, decano e reitor do Pontifício Instituto Bíblico, nomeado em 29 de setembro de 1969.
Nomeado reitor da Pontifícia Universidade Gregoriana, Roma, em 18 de julho de 1978. Único membro católico do Comité Ecuménico para a preparação da edição grega do Novo Testamento.
Pregador em 1978, dos exercícios espirituais de Quaresma no Vaticano, por convite de Paulo VI.
Episcopado
Foi eleito arcebispo de Milão, em 29 de dezembro de 1979. Ordenado bispo, em 6 de janeiro de1980, no Vaticano, pelo Papa João Paulo II. Membro da secretaria geral do Sínodo dos Bispos, por nomeação papal, de 1980 a 1983
Cardinalato 
Foi criado cardeal presbítero, em 2 de fevereiro de 1983 tendo recebido o barrete cardinalício nessa mesma data com o título de Santa Cecília. Assistiu à VI Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos, no Vaticano, de 29 de setembro a 28 de outubro de 1983; foi relator da mesma; membro da secretaria geral, de 1983 a 1986; estendido até 1987 na II Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos, no Vaticano, de 24 de novembro a 8 de dezembro de 1985. 
Assistiu à VII Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos, no Vaticano, de 1 a 30 de outubro de1987; membro da secretaria geral, de 1987 a 1990. Enviado especial do Papa à celebração do I centenário da evangelização de Zâmbia, de 29 de setembro a 2 de agosto de 1991.
Assistiu à I Assembleia Especial para a Europa do Sínodo dos Bispos, no Vaticano, de 28 de novembro a 14 de dezembro de 1991; à Quarta Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, em Santo Domingo, na República Dominicana, de 12 a 28 de outubro de 1992; a IX Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos, no Vaticano, de 2 a 29 de outubro de 1994; foi membro da secretaria geral, de 1994 a 1998. Assistiu à II Assembleia Especial para a Europa do Sínodo dos Bispos, no Vaticano, de 1 a 23 de outubro de 1999. 
Desde 2002 é arcebispo emérito de Milão e retirou-se viver em Jerusalém havendo regressado a Milão devido ao seu estado de saúde com origem na doença de Parkinson.
Livros: Em novembro de 2007 lançou junto com o Pe. Georg Sporschill o livro "Diálogos Noturnos em Jerusalem" onde em forma de entrevista discute os temas mais relevantes da atualidade da fé e os desafios de chegar aos jovens e as suas questões tão conturbadas nos dias de hoje.  
Lema e brasão 
Pro veritate adversa diligere

(Fonte: Wikipédia)

Vídeos em espanhol e inglês

Imitação de Cristo, 3, 8, 2 - Da vil estima de si próprio ante os olhos de Deus

Isto é obra do vosso amor, que me previne gratuitamente, socorrendo-me em mil necessidades, guardando-me de males, para bem dizer, infindos. Perdi-me, amando-me desordenadamente; mas, buscando a vós unicamente, e amando com puro amor, a mim me achei e a vós também, e este amor me fez ainda mais aprofundar-me em meu nada. Porque vós, ó dulcíssimo Senhor, me tratais além do meu merecimento, e mais do que ouso esperar ou pedir.

Recomeçar de novo!

O convencimento da tua "massa ruim" – o conhecimento de ti próprio – dar-te-á a reacção sobrenatural que fará enraizar cada vez mais na tua alma a alegria e a paz perante a humilhação, o desprezo, a calúnia... Depois do "fiat" – Senhor, o que Tu quiseres! –, o teu raciocínio nesses casos deve ser: "Só disseram isso? Vê-se que não me conhecem; de outro modo não teriam ficado por aí". Como estás convencido de que mereces pior tratamento, ficarás grato àquela pessoa, e alegrar-te-ás com o que faria sofrer outro. (Sulco, 268)

Estamos a experimentar constantemente a nossa ineficácia. Mas, às vezes, parece que todas estas coisas se juntam e se nos manifestam com um relevo maior, para que nos apercebamos de quão pouco somos. Que fazer?

Expecta Dominum, espera no Senhor; vive de esperança, sugere-nos a Igreja, com amor e com fé. Viriliter age , porta-te varonilmente. Que importa que sejamos criaturas de lodo, se temos a esperança posta em Deus? E se alguma vez a alma sofre uma queda, um retrocesso – não é necessário que isso aconteça – aplica-se-lhe o remédio, como se procede normalmente com a saúde do corpo, e recomeça-se de novo!

(...) Perante as nossas misérias e os nossos pecados, perante os nossos erros – mesmo que sejam, pela graça de Deus, de pouca monta – recorramos à oração e digamos ao nosso Pai: Senhor, na minha pobreza, na minha fragilidade, neste meu barro de vasilha quebrada, põe-me, Senhor, uns gatos e – com a minha dor e o Teu perdão – serei mais forte e mais gracioso do que dantes! Uma oração consoladora para a repetirmos quando se parta este nosso pobre barro. (Amigos de Deus, 94–95)

São Josemaría Escrivá

Atriz americana da série televisiva ‘Baywatch’ (SOS Malibu), agora é uma católica devota

Donna D’Errico fez uma mudança total na sua vida. De ter pousado na revista Playboy em 1995 e depois de participar entre 1996 e 1998 na conhecida série televisiva Baywatch (SOS Malibu) agora é uma católica devota e prepara um documentário sobre a Arca de Noé.

Mãe de dois filhos e ex-mulher do líder da banda de rock Motley Crye, Nikki Six, esta católica de 44 anos confessa à Fox News que desde criança que era fascinada pela Arca de Noé e afirma que viajou para a Turquia, especificamente ao Monte Ararat, aonde segundo alguns cientistas estaria a Arca, para cumprir o sonho que teve desde pequena quando a história bíblica a deslumbrou.

Há poucos dias, enquanto escalava o Monte Ararat sofreu um acidente e ficou lesionada no rosto e outras partes do corpo. Colocou por engano uma dessas fotos na sua conta do Twitter para enviá-las a sua família e as imagens espalharam-se pela Internet.

Sobre a Arca do Noé relata que "acredito no que a Bíblia diz. Além disso, ao longo dos anos foram surgindo registos históricos de que a Arca pode estar realmente no Monte Ararat, assim que não sou ingénua nem acredito só no que dizem as Escrituras. Há dados da história e de pessoas respeitáveis que confirmam isto".

Com efeito, um destes registos data do ano 2006 quando a revista Space nos Estados Unidos relatou umas investigações realizadas com fotografias via satélites sobre uma "anomalia" que poderia ser a Arca do Noé.

A "anomalia" está a 4663 metros de altura, na zona nordeste do Monte Ararat. O tamanho da formação, de acordo às imagens do satélite, 309 metros, equivaleria aos 300 por 50 cúbitos que media a Arca do Noé, como explica o livro do Génesis.

Nesta investigação, também estão incluídas imagens tomadas pela unidade aérea GeoEye's Ikonos do satélite QuickBird, o Radarsat 1 do Canadá, e outras imagens tomadas por várias agências de inteligência dos Estados Unidos.

Ao perguntar-lhe se ela se considera uma pessoa religiosa, Donna D’Errico afirma que "totalmente. Eu não gosto do termo espiritual porque acredito que encerra uma desculpa. Ou é religioso ou não. Não existe o ser espiritual, é um termo tolo que se converteu em um cliché. Se não se é religioso, não se é e pronto. O que significa ser espiritual? Vou a Missa todos os domingos e rezo o Terço todas as noites com meus filhos".

A mãe de família explica assim a oposição que muitos nos Estados Unidos tentam estabelecer entre os termos "religioso" e "espiritual" para justificar a postura de quem, no segundo caso, diz ter alguma experiência transcendente, mas sem contar com religião alguma ou "estruturas" como a Igreja, por exemplo.

Sobre seu passado na revista Playboy, Dona D’Errico afirma que "cometi erros e fiz opções no meu passado que não faria hoje. Esse é um capítulo na minha vida que já fechei a porta. Parece-me que foi outra pessoa. Não é quem sou hoje".

A agora catalogada como "atriz exploradora" permanece na Turquia realizando uma série de gravações para o documentário que produz sobre a Arca de Noé.

(Fonte: ‘ACI Digital’ com adaptação de JPR)

Assumir plenamente o princípio do amor e da verdade

A revelação cristã sobre a unidade do género humano pressupõe uma interpretação metafísica do humanum na qual a relação seja elemento essencial. Também outras culturas e outras religiões ensinam a fraternidade e a paz, revestindo-se, por isso, de grande importância para o desenvolvimento humano integral; mas não faltam comportamentos religiosos e culturais em que não se assume plenamente o princípio do amor e da verdade, e acaba-se assim por refrear o verdadeiro desenvolvimento humano ou mesmo impedi-lo. O mundo actual regista a presença de algumas culturas de matiz religioso que não empenham o homem na comunhão, mas isolam-no na busca do bem-estar individual, limitando-se a satisfazer os seus anseios psicológicos.

Caritas in veritate [55 (a)] – Bento XVI

Mosteiros e Igrejas da Baviera

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«Aí vem o noivo!»

São Gregório de Nazianzo (330-390), bispo e Doutor da Igreja Sobre o Santo Baptismo,
Discurso 40, 46; PG 36, 425

Imediatamente após o teu baptismo, ficarás de pé diante do grande santuário para significar a glória do mundo que está para vir. O canto dos salmos que te acolherá é o prelúdio dos louvores celestes. As candeias que acenderás prefiguram esse cortejo de luzes que conduzirá ao noivo as nossas almas resplandecentes e virgens, munidas das candeias brilhantes da fé.

Tenhamos o cuidado de não nos abandonarmos ao sono, por descuido, não vá Aquele que esperamos surgir de improviso sem que O tenhamos visto chegar. Não nos deixemos ficar sem provisões de azeite e de boas obras, não aconteça que sejamos excluídos da sala de núpcias. [...] O noivo entrará com grande pressa. As almas prudentes entrarão com Ele. As outras, atarefadas a preparar as suas candeias, não disporão de tempo para entrar e serão deixadas de fora, no meio das lamentações. Só demasiado tarde se darão conta do que perderam devido ao seu descuido. [...]

Elas assemelhar-se-ão também àqueles convidados para as núpcias que um nobre pai celebra em honra de um noivo nobre e que se recusam a tomar parte nelas: um, porque acabava de se casar; outro porque acabava de comprar um campo; um terceiro porque adquirira uma parelha de bois (Lc 14, 18ss.). [...] Porque não há lugar no céu para o orgulhoso e o descuidado, para o homem sem vestes convenientes, que não usa o trajo de núpcias (Mt 22, 11), ainda que na terra ele fosse considerado digno do esplendor celeste, e se tivesse introduzido furtivamente no grupo dos fiéis, alimentado de falsas esperanças.

Que acontecerá em seguida? O Noivo sabe o que nos ensinará quando estivermos no céu e sabe que relações estabelecerá com as almas que aí tenham entrado com Ele. Creio que viverá em sua companhia e lhes ensinará os mistérios mais perfeitos e mais puros.

«Vigiai porque não sabeis o dia nem a hora»

Santo Efrém (c. 306-373), diácono da Síria, doutor da Igreja 
Comentário do Evangelho, §18, 15ss.

 
O Senhor disse-nos: «Quanto àquele dia e àquela hora, ninguém o sabe, nem os anjos do Céu, nem o Filho», para impedir qualquer pergunta sobre o momento da Sua segunda vinda: «Não vos compete saber os tempos nem os momentos» (Mt 24,36; Act 1,7). Escondeu-no-lo para que estivéssemos vigilantes e para que cada um de nós pudesse pensar que esta vinda ocorrerá durante o seu tempo de vida. [...]
Vigiai, porque quando o corpo adormece é a natureza que nos domina, e nessa altura a nossa acção não é dirigida pela nossa vontade mas pela força da natureza. E quando reina sobre a alma um pesado torpor de fraqueza e tristeza, é o inimigo que a domina. [...] Foi por isso que o Senhor falou da vigilância da alma e do corpo, para que o corpo não se afunde num sono pesado nem a alma no entorpecimento. Como dizem as Escrituras: «Despertai como é justo» (1Co 15,34), «se pudesse chegar ao fim, estaria ainda convosco» (Sl 139,18) e «não desanimeis» (cf Ef 3,13). [...]

«Cinco delas eram insensatas, diz o Senhor, e cinco prudentes.» Não é à virgindade que Ele chama sabedoria, uma vez que todas elas eram virgens, mas às boas obras. Mesmo que a tua castidade seja igual à santidade dos anjos, repara que a santidade dos anjos está isenta de inveja e de qualquer outro mal. Se não fores repreendido por impureza, cuida que também não o sejas por arrebatamento e por cólera. [...] «Estejam cingidos os vossos rins», para que a castidade não nos pese. «E acesas as vossas lâmpadas» (Lc 12,35), porque o mundo é como a noite: tem necessidade da luz dos justos. «Brilhe a vossa luz diante dos homens de modo que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus» (Mt 5,16).
 
(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 31 de agosto de 2012

«Então, o Reino dos Céus será semelhante a dez virgens, que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo. Cinco delas eram néscias, e cinco prudentes. As cinco néscias, tomando as lâmpadas, não levaram azeite consigo; as prudentes, porém, levaram azeite nas vasilhas juntamente com as lâmpadas. Tardando o esposo, começaram todas a cabecear e adormeceram. À meia-noite, ouviu-se um grito: “Eis que vem o esposo! Saí ao seu encontro”. Então levantaram-se todas aquelas virgens, e prepararam as suas lâmpadas. As néscias disseram às prudentes: “Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas apagam-se”. As prudentes responderam: “Para que não suceda que nos falte a nós e a vós, ide antes aos vendedores, e comprai para vós”. Mas, enquanto elas foram comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele a celebrar as bodas, e foi fechada a porta. Mais tarde, chegaram também as outras virgens, dizendo: “Senhor, Senhor, abre-nos”. Ele, porém, respondeu: “Em verdade vos digo que não vos conheço”. Vigiai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora.

Mt 25, 1-13

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Amar a Cristo...

Amigo Jesus, a amizade é de facto das coisas mais belas da vida, é certo que sofremos mais quando os amigos nos ofendem, mas também é certo que é com redobrada alegria que lhes perdoamos.

A amizade por Ti é de uma riqueza inexcedível e saber-Te nosso amigo uma segurança e um consolo indescritível.

Senhor Jesus, Tu de todos és muito amigo, mas permite-nos, que cada um de nós cheios de amor diga: Deus Nosso Senhor é muito meu amigo!

JPR

Papa reflecte com ex alunos de Regensburg sobre as relações entre anglicanos, protestantes e católicos (vídeos em espanhol e inglês)

Imitação de Cristo, 3, 8, 1 - Da vil estima de si próprio ante os olhos de Deus

A alma: Ao meu Senhor falarei, ainda que seja pó e cinza (Gn 18,27). Se eu me tiver em maior conta, eis que vos ergueis contra mim, e ao testemunho verdadeiro que dão meus pecados, não posso contradizer. Mas se me tiver por vil e me aniquilar, deixando toda a vã estima de mim mesmo, e me reduzir a pó, que sou na verdade, ser-me-à propícia a vossa graça, e a vossa luz há de vir em meu coração, e todo sentimento de amor-próprio, por mínimo que seja, perder-se-á no abismo do meu nada e perecerá para sempre. Ali me dais a conhecer o que sou, o que fui, a que ponto cheguei; porque sou nada - e não o sabia. Abandonado a mim mesmo, sou um puro nada e a mesma fraqueza; tanto, porém, que lançais um olhar sobre mim, logo me sinto forte e cheio de nova alegria. E é grande maravilha que tão sabiamente me levantais e tão benigno me abraçais, a mim, que pelo próprio peso pendo sempre para a terra.

Que tal andas de presença de Deus?

Falta-te vida interior, porque não levas à oração as preocupações dos teus e o proselitismo; porque não te esforças por ver claro, por fazer propósitos concretos e por cumpri-los; porque não tens visão sobrenatural no estudo, no trabalho, nas tuas conversas, na tua relação com os outros... – Que tal andas de presença de Deus, consequência e manifestação da tua oração? (Sulco, 447)

Sempre que sentimos no nosso coração desejos de melhorar, de responder mais generosamente ao Senhor, e procuramos um guia, um norte claro para a nossa existência cristã, o Espírito Santo traz à nossa memória as palavras do Evangelho: importa orar sempre e não cessar de o fazer.

A oração é o fundamento de todo o trabalho sobrenatural; com a oração somos omnipotentes; se prescindíssemos deste recurso, nada conseguiríamos.

Eu gostaria que hoje, na nossa meditação, nos persuadíssemos definitivamente da necessidade de nos dispormos a ser almas contemplativas no meio do mundo e do trabalho, com uma conversa contínua com o nosso Deus, a qual não deve esmorecer ao longo do dia. Se pretendemos seguir lealmente os passos do Mestre, este é o único caminho

É muito importante – perdoai a minha insistência – observar os passos do Messias, porque Ele veio mostrar-nos o caminho que nos leva ao Pai: descobriremos, com Ele, como se pode dar relevo sobrenatural às actividades aparentemente mais pequenas; aprenderemos a viver cada instante com vibração de eternidade e compreenderemos com maior profundidade que a criatura precisa desses tempos de conversa íntima com Deus, para privar com Ele na sua intimidade, para invocá-lo, para ouvi-lo ou, simplesmente, para estar com Ele. (Amigos de Deus, 238–239)

São Josemaría Escrivá

Ateus militantes um movimento com pouca graça

Desde que Richard Dawkins publicou o cáustico livro The God Delusion (A Desilusão de Deus), alguns ateus juntaram-se à sua particular cruzada contra a religião. Até agora, vários pensadores - crentes ou não crentes - tinham-se encarregado de responder às suas objecções. Mas faltava trazer à luz do dia um aspecto comum a todos eles: o seu fraco sentido de humor.

A Trindade é absoluta unidade

O tema do desenvolvimento coincide com o da inclusão relacional de todas as pessoas e de todos os povos na única comunidade da família humana, que se constrói na solidariedade tendo por base os valores fundamentais da justiça e da paz. Esta perspectiva encontra um decisivo esclarecimento na relação entre as Pessoas da Trindade na única Substância divina. A Trindade é absoluta unidade, enquanto as três Pessoas divinas são pura relação. A transparência recíproca entre as Pessoas divinas é plena, e a ligação de uma com a outra total, porque constituem uma unidade e unicidade absoluta. Deus quer-nos associar também a esta realidade de comunhão: « para que sejam um como Nós somos um » (Jo 17, 22). A Igreja é sinal e instrumento desta unidade [131]. As próprias relações entre os homens, ao longo da história, só podem ganhar com a referência a este Modelo divino. De modo particular compreende-se, à luz do mistério revelado da Trindade, que a verdadeira abertura não significa dispersão centrífuga, mas profunda compenetração. O mesmo resulta das experiências humanas comuns do amor e da verdade. Como o amor sacramental entre os esposos os une espiritualmente a ponto de formarem « uma só carne » (Gn 2, 24; Mt 19, 5; Ef 5, 31) e, de dois que eram, faz uma unidade relacional e real, de forma análoga a verdade une os espíritos entre si e fá-los pensar em uníssono, atraindo-os e unindo-os nela.

[131] Cf. Conc. Ecum. Vat. II, Const. dogm. sobre a Igreja Lumen gentium, 1.

Caritas in veritate [54] – Bento XVI

«(…): o episódio do fariseu e do publicano que rezam no templo de modo muito diferente (Lc 18, 9-14)»

«O fariseu pode gloriar-se de virtudes consideráveis; fala a Deus apenas de si mesmo e, louvando-se, crê que louva a Deus. O publicano está ciente dos seus pecados, dá-se conta de não poder gloriar-se diante de Deus e consciente da sua culpa, pede a graça. (…) No fundo, um não olha para Deus, mas apenas para si mesmo; no fim de contas, ele não precisa de Deus, porque por si mesmo faz tudo justo. (…) O outro, pelo contrário, vê-se a partir de Deus; tem o olhar voltado para Deus e, fazendo-o, abriu-se-lhe o olhar sobre si mesmo. Assim ele sabe que tem necessidade de Deus e de viver da sua bondade que não pode obter pela força, que sozinho não a pode alcançar».

(“Jesus de Nazaré” – Joseph Ratzinger / Bento XVI)

«Estai preparados»

Santo Ambrósio (c. 340-397), Bispo de Milão e Doutor da Igreja
12º sermão sobre o salmo 118; CSEL 62, 258 

Bem-aventurado és tu quando Cristo bate à tua porta. A nossa porta é a fé que, se for sólida, defende toda a casa. É por essa porta que Cristo entra. É por isso que a Igreja diz, no Cântico dos Cânticos: «Chamam! É a voz do meu amado, batendo à porta». Escuta Aquele que bate, escuta Aquele que deseja entrar: «Abre, minha irmã e amiga, pomba incomparável! Tenho a cabeça coberta de orvalho, e os Meus cabelos das gotas da noite» (Ct 5, 2). Considera em que momento o Verbo de Deus bate à tua porta: quando já tem a cabeça coberta do orvalho da noite. Porque Ele digna-Se visitar aqueles que estão a ser submetidos à prova e às tentações, a fim de que ninguém sucumba, vencido pelas dificuldades. Por isso, a Sua cabeça fica coberta de orvalho, ou de gotas de água, quando o Seu corpo está a sofrer.

É nessa altura que é preciso estar vigilante, temendo que o Esposo venha e Se vá logo embora por encontrar a casa fechada. Com efeito, se adormeceres e se o teu coração não estiver vigilante (Ct 5, 2), Ele afastar-se-á sem chegar a bater; se o teu coração estiver desperto, Ele bate e pede que lhe abras a porta. Assim, dispomos da porta da alma e também das portas sobre as quais está escrito : «Ó portas, levantai os vossos umbrais! Alteai-vos, pórticos eternos, que vai entrar o rei glorioso». [Sl 24 (23), 7].

O Evangelho do dia 30 de agosto de 2012

«Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora virá o vosso Senhor. Sabei que, se o pai de família soubesse a que hora havia de vir o ladrão, vigiaria, sem dúvida, e não deixaria arrombar a sua casa. Por isso estai vós também preparados, porque virá o Filho do Homem na hora em que menos pensais. «Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a quem o seu senhor colocou à frente da sua família para lhe distribuir de comer a seu tempo? Bem-aventurado aquele servo, a quem o seu senhor, quando vier, achar a proceder assim. Na verdade vos digo que lhe confiará o governo de todos os seus bens. Mas, se aquele servo mau disser no seu coração: “O meu senhor tarda em vir”, e começar a bater nos seus companheiros, a comer e beber com os ébrios, virá o senhor daquele servo no dia em que não o espera, e na hora que não sabe, e mandará açoitá-lo e dar-lhe-á a sorte dos hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes.

Mt 24, 42-51

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Amar a Cristo...

Senhor Jesus, João cujo martírio hoje recordamos, o novo Elias e Teu percursor, deixou-nos um legado de humildade que nos inspira a tudo Te oferecer, mas nem sempre somos coerentes e somos capazes de nos apagar totalmente para melhor Te servir e ao próximo.

Cristo Redentor, ajuda-nos, Te rogamos, a sermos simples servidores Teus diminuindo-nos para que assim Tu possas brilhar e inspirar na Tua plenitude Divina!

Louvor e glória a Vós Jesus Cristo Senhor e Rei do Universo!

JPR

São João Baptista, um exemplo e guia para o homem de hoje

Hoje, solenidade litúrgica do martírio de São João Baptista, foi precisamente sobre este precursor de Jesus que o Papa centrou a sua catequese semanal, realizada, na presença de numerosos fieis de várias partes do mundo, na praça em frente do Castelo, onde o Papa passa o período de Verão, a sul da capital italiana. 
 
O Papa começou por dizer que São João Baptista é o único Santo de que a Igreja celebra tanto o nascimento como a morte, ocorrida através do martírio. Uma memória que remonta ao século IV em Samaria e que se estendeu depois a Jerusalém, Igrejas Orientais e Roma, com o titulo de “degolação de São João Baptista”. Mais tarde a preciosa relíquia teria sido encontrada e transportada para a Igreja de São Silvestre em Roma. 
 
Pequenas referências histórias que – disse o Papa – nos ajudam a compreender quão antiga e profunda é a veneração de São João Baptista, cujo papel em relação a Jesus é exaltado pelos evangelistas. São Lucas recorda, por ex., o seu nascimento, vida no deserto e pregações, enquanto que São Marcos nos fala, no Evangelho de hoje, do seu martírio. 
 
João Baptista começou a sua pregação sob o imperador Tibério no ano 27-28 depois de Cristo, convidando as pessoas a preparar-se para acolher Jesus. Não se limitou, todavia, a dizer às pessoas para fazerem penitência, para se converterem, mas a reconhecerem Jesus como o verdadeiro enviado de Deus. Humilde e sem tirar de modo nenhum o espaço a Jesus que ele preanuncia, João Baptista acaba por cumprir a sua missão, resistindo contra os potentes e morrendo degolado pela defesa dos mandamentos de Deus. Morreu por Cristo – disse o Papa - perguntando-se donde lhe vinha essa rectidão e coerência na preparação da vinda de Jesus. E respondeu: 
 
Da relação com Deus, da oração, que foi o fio condutor de toda a sua existência. 
 
Com efeito, ele foi um dom de Deus para os seus pais, Zacarias e Isabel, que já era idosa e estéril. Mas nada é impossível a Deus! E tanto o anuncio da gravidez, como o nascimento de João estão envoltos num clima de oração, em cânticos de louvor – frisou Bento XVI - recordando que o Benedictus que cantamos nas laudes matutinas exaltam a acção de Deus na história e indicam profeticamente a missão de João Baptista, que não é contudo, apenas um homem de oração. É também um guia na relação com Deus. Uma exemplo também para nós hoje – acrescentou o Papa: 
 
Celebrar o martírio de São João Baptista recorda também a nós cristão deste nosso tempo que não se pode descer a compromissos com o amor de Cristo, a sua Palavra, com a Verdade. A verdade é verdade, não há compromissos. A vida cristã exige, por assim dizer, o “martírio” da fidelidade quotidiana do Evangelho, a coragem de deixar que Cristo cresça em nós e seja Ele a orientar o nosso pensamento e as nossas acções”. 
 
Mas isto só pode acontecer se for sólida a nossa relação com Deus, prosseguiu ainda o Papa recordando que a oração não é tempo perdido, antes pelo contrário. Só se formos capazes de ter uma vida de oração fiel, constante e confiante, será o próprio Deus a dar-nos a força de viver felizes e serenos, ultrapassando as dificuldades. Que São João Baptista interceda por nós a fim de sabermos conservar sempre a primazia de Deus na nossa vida – concluiu Bento XVI, passando depois a saudar os fiéis em várias línguas. Eis as suas palavras em português… 
 
"Amados peregrinos de Portugal e do Brasil, e demais pessoas de língua portuguesa, sede bem-vindos! Uma saudação particular aos fiéis de Chã Grande, Natal e do Rio de Janeiro. Que o exemplo e a intercessão de São João Batista vos ajudem a viver a vossa entrega a Deus sem reservas, sobretudo por meio da oração e da fidelidade ao Evangelho, para que Cristo cresça em vós, guiando os vossos pensamento e ações. Com estes votos, de bom grado a todos abençoo."
 
*No final da audiência o Papa saudou os bispos amigos da Comunidade de Santo Egídio vindos a Roma para um período de oração e reflexão, as irmãs missionárias de São Sisto em capítulo geral e diversos outros grupos, e dirigiu os seus pensamentos aos jovens, doentes e recém-casados, exortando todos a encontrar na oração uma força para a vida. 
 
Por fim saudou um grande grupo de mais de um milhar de acólitos franceses em peregrinação a Roma e aos bispos que os acompanham. 
 
Caros jovens, o serviço que realizais fielmente, permite-vos estar particularmente próximos de Cristo-Jesus na Eucarística. Tendes o enorme privilégio de estar perto do altar, perto do Senhor. Tende consciência da importância deste serviço para a Igreja e para vós mesmos. Que esta seja para vós a ocasião de fazer crescer uma amizade, uma relação pessoal com Jesus. Não tenhais medo de transmitir, com entusiasmo, ao vosso redor, a alegria que recebeis da sua presença! Que a vossa vida toda resplandeça pela alegria desta proximidade com o Senhor Jesus! E se um dia ouvirdes o seu chamamento a seguir o caminho do sacerdócio ou da vida religiosa, respondei com generosidade! A todos desejo uma boa peregrinação ao túmulo dos Apóstolos, Pedro e Paulo.”
Rádio Vaticano

Vídeo em italiano

Imitação de Cristo, 3, 7, 5 - Como se há de ocultar a graça sob a guarda da humildade

Tal provação, muitas vezes, te é mais proveitosa do que se tudo te saísse à medida de teu desejo. Pois não se devem avaliar os merecimentos do homem pelas muitas visões e consolações, nem pela perícia nas Escrituras, nem pela elevação do cargo. Mas, para conhecer o valor de cada um, considera: se está fundamentado na verdadeira humildade e vive cheio de amor de Deus; se sempre busca a honra de Deus com pura e reta intenção; se se despreza a si mesmo, nem faz caso algum de si, e se gosta mais de ser desprezado e humilhado do que estimado pelos homens.

Desculpar a todos

Só serás bom, se souberes ver as coisas boas e as virtudes dos outros. Por isso, quando tiveres de corrigir, fá-lo com caridade, no momento oportuno, sem humilhar... e com intenção de aprender e de melhorar tu próprio, naquilo que corriges. (Forja, 455)

Uma das suas primeiras manifestações concretiza-se em iniciar a alma nos caminhos da humildade. Quando sinceramente nos consideramos nada; quando compreendemos que, se não tivéssemos o auxílio divino, a mais débil e fraca das criaturas seria melhor do que nós; quando nos vemos capazes de todos os erros e de todos os horrores; quando nos reconhecemos pecadores, embora lutemos com empenho por nos afastarmos de tantas infidelidades, como havemos de pensar mal dos outros? Como se poderá alimentar no coração o fanatismo, a intolerância, o orgulho?

A humildade leva-nos pela mão a tratar o próximo da melhor forma: compreender a todos, conviver com todos, desculpar a todos; não criar divisões nem barreiras; comportarmo-nos – sempre! – como instrumentos de unidade. Não é em vão que existe no fundo do homem uma forte aspiração à paz, à união com os seus semelhantes e ao respeito mútuo pelos direitos da pessoa, de modo que tal aspiração se transforme em fraternidade. Isto reflecte uma nota característica do que há de mais valioso na condição humana: se todos somos filhos de Deus, a fraternidade nem se reduz a uma figura de retórica, nem consiste num ideal ilusório, pois surge como meta difícil, mas real.

(…) Na oração, com a ajuda da graça, a soberba pode transformar-se em humildade. E brota da alma a verdadeira alegria, mesmo quando ainda notamos o barro nas asas, o lodo da pobre miséria, que vai secando. Depois, com a mortificação, cairá esse barro e poderemos voar muito alto, porque nos será favorável o vento da misericórdia de Deus. (Amigos de Deus, 233. 249)

São Josemaría Escrivá

"o maior entre os nascidos de mulher"

1. No dia de hoje, 29 de Agosto, a tradição cristã recorda o martírio de São João Baptista, "o maior entre os nascidos de mulher", segundo o elogio do próprio Messias (cf. Lc 7, 28). Ele prestou a Deus o testemunho supremo do sangue, imolando a sua existência pela verdade e a justiça; com efeito, foi decapitado por ordem de Herodes, a quem tinha ousado dizer que não era lícito casar com a mulher do seu irmão (cf. Mc 6, 17-29).

2. Recordando o sacrifício de João Baptista, na Carta Encíclica Veritatis splendor (cf. n. 91) observei que o martírio constitui "um sinal preclaro da santidade da Igreja" (n. 93). Efectivamente, ele "representa o ápice do testemunho a favor da verdade moral" (Ibidem). Se são relativamente poucas as pessoas chamadas ao sacrifício supremo, há porém "um testemunho coerente que todos os cristãos devem estar prontos a dar em cada dia, mesmo à custa de sofrimentos e de graves sacrifícios" (Ibidem). É verdadeiramente necessário um compromisso, por vezes heróico, para não ceder, até mesmo na vida quotidiana, às dificuldades que levam ao compromisso, e para viver o Evangelho "sine glossa".

3. O exemplo heróico de João Baptista faz pensar nos mártires da fé que, ao longo dos séculos, seguiram corajosamente as suas pegadas. De modo especial, voltam-me à mente os numerosos cristãos que, no século passado, foram vítimas do ódio religioso em diversas nações da Europa. Mesmo hoje, nalgumas partes do mundo, os fiéis continuam a ser submetidos a duras provações, em virtude da sua adesão a Cristo e à sua Igreja.

Que estes nossos irmãos e irmãs sintam a plena solidariedade de toda a comunidade eclesial! Confiemo-los à Virgem Santa, Rainha dos mártires, que agora invocamos em conjunto.

(João Paulo II – Angelus do dia 29 de agosto de 2004)

A riqueza das relações

De natureza espiritual, a criatura humana realiza-se nas relações interpessoais: quanto mais as vive de forma autêntica, tanto mais amadurece a própria identidade pessoal. Não é isolando-se que o homem se valoriza a si mesmo, mas relacionando-se com os outros e com Deus, pelo que estas relações são de importância fundamental. Isto vale também para os povos; por isso é muito útil para o seu desenvolvimento uma visão metafísica da relação entre as pessoas. A tal respeito, a razão encontra inspiração e orientação na revelação cristã, segundo a qual a comunidade dos homens não absorve em si a pessoa aniquilando a sua autonomia, como acontece nas várias formas de totalitarismo, mas valoriza-a ainda mais porque a relação entre pessoa e comunidade é feita de um todo para outro todo [130]. Do mesmo modo que a comunidade familiar não anula em si as pessoas que a compõem e a própria Igreja valoriza plenamente a « nova criatura » (Gal 6, 15; 2 Cor 5, 17) que pelo baptismo se insere no seu Corpo vivo, assim também a unidade da família humana não anula em si as pessoas, os povos e as culturas, mas torna-os mais transparentes reciprocamente, mais unidos nas suas legítimas diversidades.

[130] Segundo São Tomás, « ratio partis contrariatur rationi personae », in III Sent. d. 5, 3, 2; e ainda « homo non ordinatur ad communitatem politicam secundum se totum et secundum omnia sua », in Summa Theologiae I-II, q. 21, a. 4, ad 3um.

Caritas in veritate [V – 53 (b)] – Bento XVI