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domingo, 3 de novembro de 2013
16 Nov - Coimbra - 1º Encontro Nacional de Leigos "Cultura do Encontro na Igreja e no Mundo Contemporâneo"
A
Conferência Nacional de Associações de Apostolado dos Leigos (CNAL) promove o
primeiro Encontro Nacional de Leigos, sob o mote "Cultura do Encontro
na Igreja e no Mundo Contemporâneo", no dia 16 de novembro de 2013, no
Conservatório de Música de Coimbra.
Convida
os homens e mulheres cristãos leigos, de diversidade de carismas e serviços, a
congregarem-se, numa perspetiva de reflexão, de testemunho e de trabalho comum
sobre a cultura do encontro, a que o Papa Francisco tem interpelado, para
melhor resposta às necessidades no mundo contemporâneo, ao serviço das pessoas,
ao estilo de Jesus e em comunhão com a ação pastoral da Igreja.
Deus é misericordioso, recorda-se de cada um de nós
“Não há pecado ou crime que possa eliminar um homem do coração de Deus”: a misericórdia divina foi a tónica da alocução pronunciada pelo Papa Francisco antes do Angelus deste domingo.
Comentando a conversão de Zaqueu, o Pontífice recorda que este trecho narrado no Evangelho de Lucas resume em si o sentido de toda a vida de Jesus, ou seja, procurar e salvar as ovelhas perdidas.
Zaqueu é uma delas. É desprezado porque é o chefe dos publicanos da cidade de Jericó, amigo dos odiados invasores romanos. É ladrão e explorador.
Impedido de se aproximar de Jesus, provavelmente por causa de sua má fama, e sendo pequeno de estatura, Zaqueu sobe em cima de uma árvore para poder ver melhor o Mestre que passa.
“Este gesto exterior, um pouco engraçado, expressa porém o ato interior do homem que tenta elevar-se sobre a multidão para ter um contacto com Jesus”, explicou o Papa.
O próprio Zaqueu não sabe o sentido profundo do seu gesto; nem mesmo ousa esperar que possa ser superada a distância que o separa do Senhor; se resigna a vê-lo somente de passagem.
Mas Jesus, quando passa perto desta árvore, chama-o pelo nome: «Zaqueu, desça da árvore porque hoje quero jantar na sua casa» (Lc 19,5). Zaqueu, aliás, é um nome significativo, pois quer dizer “Deus lembra”.
Já naquela época, comenta o Pontífice, existiam os “fofoqueiros”, pois este gesto de Jesus suscitou as críticas de toda a população de Jericó: “Mas como? Com todas as pessoas boas que existem na cidade, escolhe justamente um publicano? Sim, porque ele estava perdido; e Jesus diz: «Hoje a salvação entrou nesta casa, porque ele também é filho de Abraão» (Lc 19,9).
Não existe profissão ou condição social, não há pecado ou crime de qualquer género que possa eliminar da memória e do coração de Deus um só filho sequer. “Deus recorda”, não esquece nenhum daqueles que criou; Ele é Pai, sempre à espera de ver com atenção e com amor que renasça no coração do filho o desejo de regressar à casa. E quando reconhece este desejo, mesmo que simplesmente manifestado, imediatamente põe-se a seu lado, e com o seu perdão lhe torna mais leve o caminho da conversão e do regresso.
O gesto de Zaqueu, disse ainda o Papa, é um gesto de salvação. “Se há um peso na consciência ou algo do qual se envergonhar, não se preocupem. Subam à árvore ‘da vontade de ser perdoado’. Eu garanto que não se desiludirão. Jesus é misericordioso e jamais se cansa de perdoar.”
Francisco concluiu pedindo que cada um de nós ouça a voz de Jesus que nos diz: “Hoje quero passar na sua casa”, ou seja, na nossa vida.
Ele pode nos mudar, pode transformar o nosso coração de pedra em coração de carne, pode nos libertar do egoísmo e fazer da nossa vida um dom de amor.
(Fonte: 'news.va' com adaptação)
Vídeo da ocasião em italiano
Bom Domingo do Senhor!
O Senhor conforme nos conta o Evangelho de hoje (Lc 19, 1-10) achou por conveniente ficar na casa de Zaqueu, a nós, todos os dias pede o mesmo na Sagrada Eucaristia. Não lhe regateemos a nossa hospitalidade e mantenhamos a nossa alma sempre limpa para o receber com toda a dignidade e amor.
Que o Senhor nos dê a humildade para o guardar dentro de nós!
Onde e como nasceu Jesus? - Respondem os especialista da Universidade de Navarra
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A propósito do Evangelho de hoje «Hoje veio a salvação a esta casa» pelo Beato João Paulo II
Tenho a impressão de que o sucedido entre Jesus e o «chefe dos publicanos» de Jericó se parece em vários aspectos com uma celebração do sacramento da misericórdia. [...] Cada um dos nossos encontros com um fiel que nos pede para se confessar [...] pode ser sempre, pela graça surpreendente de Deus, aquele «local» junto do sicómoro onde Jesus levantou os olhos para Zaqueu. A nós, é-nos impossível medir quanto tenham penetrado os olhos de Cristo no íntimo do publicano de Jericó. Sabemos, porém, que aqueles são os mesmos olhos que fixam cada um dos nossos penitentes. No sacramento da reconciliação, somos instrumentos dum encontro sobrenatural com leis próprias, que devemos apenas respeitar e favorecer.
Deverá ter sido, para Zaqueu, uma experiência impressionante ouvir chamar pelo seu nome. Na boca de muitos conterrâneos, aquele nome era pronunciado com grande desprezo. Agora ouve proferi-lo com uma ternura tal, que exprime não só confiança, mas familiaridade e de algum modo urgência duma amizade. Sim, Jesus fala a Zaqueu como a um velho amigo, que talvez O esquecera, mas nem por isso Ele renunciara à sua fidelidade e, por conseguinte, entra com a doce pressão do afecto na vida e na casa do amigo reencontrado: «Desce depressa, pois tenho de ficar em tua casa» (Lc 19, 5). No relato de Lucas, impressiona o tom da linguagem: tudo é tão personalizado, delicado, afectuoso! Não se trata apenas de comoventes traços de humanidade. Há, neste texto, uma urgência intrínseca, expressa por Jesus enquanto expressão reveladora da misericórdia de Deus.
João Paulo II
Carta aos sacerdotes por ocasião da Quinta-Feira Santa de 2002, §§ 4-6
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