Superiora das Missionárias da Caridade fala sobre o sofrimento e declara que não está preocupada com a canonização da fundadora, Madre Teresa de Calcutá
A superiora geral das Missionárias da Caridade, Irmã Mary Prema, afirma que o “maior sofrimento é o espiritual” e que “é mais simples cumprir os serviços físicos das «obras de misericórdia corporais»”.
Em entrevista à Agência Fides, do Vaticano, a responsável máxima pela congregação religiosa católica fundada por Madre Teresa de Calcutá considera que “os serviços espirituais da caridade exigem um compromisso muito maior”, nomeadamente através da oração.
A Irmã Mary Prema defende que o sofrimento não é uma punição de Deus, sendo antes causado por decisões individuais, pela condição humana marcada por uma “natureza frágil” e por realidades que “estão além do nosso alcance”, como as “catástrofes naturais”.
“Podemos aproveitar o sofrimento para nos aproximarmos de Deus e pedir-lhe a graça de resistir e ser capaz de gerir esta dor”, sublinha, acrescentando que as dores físicas, psicológicas e espirituais constituem uma oportunidade de transformação das pessoas “em homens e mulheres melhores e mais profundos”.
Na entrevista concedida na cidade indiana de Calcutá, sede da congregação, a superiora recorda que Madre Teresa “não estava interessada em coisas grandes” nem se “preocupava em fazer publicidade ou algo parecido”.
“As Missionárias da Caridade parecem uma grande organização, mas não fazemos planos para os próximos dez anos”, diz a responsável, assinalando que as religiosas tentam “permanecer abertas ao que Deus pede”, uma orientação que já havia sido dada pela fundadora.
“Ela não nos deu indicações relativas a programas futuros. Além do facto de que devemos empenhar-nos sempre mais em nos tornarmos santas”, salienta a Irmã Mary Prema.
A responsável pelas Missionárias da Caridade também explica o percurso das religiosas que entram na congregação.
“Desde o início do seu caminho que as noviças têm a oportunidade de trabalhar com os pobres nos bairros degradados”, além de receberem “noções de cuidados dos doentes” e “uma formação básica em teologia, história da Igreja, catequese e Sagradas Escrituras”, refere a superiora
A poucos dias do centenário do nascimento de Madre Teresa de Calcutá, que se assinala a 26 de Agosto, surge com frequência o tema da sua canonização, que a inscreveria na lista dos santos e a tornaria digna de culto público universal, além de ser dada aos fiéis como intercessora junto de Deus.
“Não acho que isso seja tão importante. Toda a gente sabe que ela é santa. Tanto hinduístas quanto cristãos aqui em Calcutá e na maioria dos lugares onde estamos. Todos esperam um milagre [condição essencial para a canonização]... mas Madre Teresa era o milagre para o mundo e para a humanidade”, frisa a Irmã Mary Prema.
(Fonte: site Agência Ecclesia)
Obrigado, Perdão Ajuda-me
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Não cessar de procurar a Verdade, como fez Santo Agostinho, foi o convite do Papa durante a audiência geral
Vídeos em em espanhol
"È paradoxal que na nossa época se indique o relativismo como uma verdade que há-de guiar opções e comportamentos". Palavras de Bento XVI, introduzindo a audiência geral desta quarta-feira, em Castelgandolfo, na presença de umas quatro mil pessoas. O Papa reflectiu sobre a busca do sentido da vida que acompanha a existência dos homens de todos os tempos e que porventura se encontra hoje em dia posta de lado em muitas expressões da cultura.
Bento XVI comentava o testemunho da vida de Santo Agostinho, de que a Igreja faz memória no próximo dia 28. Para ele - observou o pontífice - o caminho não foi nada fácil, mas nunca viveu de modo superficial nem se contentou com aquilo que lhe dava alguma luz - como uma prestigiosa carreira, o possuir, as vozes que lhe prometiam a felicidade imediata.
"Na sua inquieta busca - prosseguiu Bento XVI - Santo Agostinho compreendeu que não era ele a encontrar a Verdade, mas que era a própria Verdade em pessoa - Deus - a procurá-lo e a encontrá-lo".
Para o Santo, neste caminho em direcção à Verdade, é fundamental o silêncio: "é preciso que se calem as criaturas, para que se faça silêncio e Deus possa falar". "Isto é verdade também no nosso tempo: por vezes existe uma espécie de medo do silêncio, do recolhimento, um receio de pensar nas próprias acções, no sentido profundo da vida".
"Muitas vezes prefere-se viver só o momento passageiro, na ilusão de que este traga uma felicidade duradoura. Prefere-se viver com superficialidade, por que parece que a vida é mais fácil assim, sem pensar. Tem-se medo de procurar a Verdade. Ou é porventura o receio de que a Verdade nos encontre, tome conta de nós e nos transforme a vida, como aconteceu com Santo Agostinho".
"Queridos irmãos e irmãs, quereria dizer-vos a todos, mesmo a quem se encontra num momento de dificuldade no seu caminho de fé, ou que pouco participa da vida da Igreja, ou vive como se Deus não existisse: a todos peço que não tenham medo da verdade, que nunca interrompam o caminho em direcção a ela, que nunca deixem de procurar a verdade profunda sobre nós mesmos e sobre as coisas, com o olhar interior do coração". "Deus - insistiu - não deixará de dar a Luz para vermos e de imprimir o calor necessário para deixar o nosso coração perceber que Ele nos ama e deseja ser amado".
Nesta audiência, em que se meditou, como dizíamos, especialmente sobre Santo Agostinho, e sua mãe Mónica, que a Igreja celebra nestes dias, Bento XVI recomendou a todos os fiéis que cada um havia de ter algum santo que lhe seja mais familiar, para o sentir próximo com a oração e intercessão, mas também para o imitar:
"Quereria convidar cada um de vós a conhecer melhor os santos (a começar por aquele que corresponde ao próprio nome), tentando conhecer a respectiva vida e os escritos Tende a certeza de que tal constituirá uma válida ajuda para o vosso crescimento humano e espiritual. Como sabeis, também eu estou ligado a algumas figuras de santos, nomeadamente São José e São Bento, e também santo Agostinho. que tive ocasião de conhecer mais de perto através do estudo e da oração e que se tornou de certo modo meu companheiro de viagem na minha vida e ministério".
Não faltou nesta audiência uma saudação do Papa em língua portuguesa:
Queridos peregrinos vindos do Brasil e de Portugal, a minha saudação amiga para todos vós, em especial para os grupos paroquiais de Unhos, Catujal e Viseu. Recordamos nestes dias Santo Agostinho e sua mãe, Santa Mónica, testemunhas de como Jesus Cristo Se deixa encontrar por quantos O procuram. E, com Ele, a vossa vida não poderá deixar de ser feliz.
(Fonte: site Radio Vaticana)
"Queridos irmãos e irmãs, quereria dizer-vos a todos, mesmo a quem se encontra num momento de dificuldade no seu caminho de fé, ou que pouco participa da vida da Igreja, ou vive como se Deus não existisse: a todos peço que não tenham medo da verdade, que nunca interrompam o caminho em direcção a ela, que nunca deixem de procurar a verdade profunda sobre nós mesmos e sobre as coisas, com o olhar interior do coração". "Deus - insistiu - não deixará de dar a Luz para vermos e de imprimir o calor necessário para deixar o nosso coração perceber que Ele nos ama e deseja ser amado".
Nesta audiência, em que se meditou, como dizíamos, especialmente sobre Santo Agostinho, e sua mãe Mónica, que a Igreja celebra nestes dias, Bento XVI recomendou a todos os fiéis que cada um havia de ter algum santo que lhe seja mais familiar, para o sentir próximo com a oração e intercessão, mas também para o imitar:
"Quereria convidar cada um de vós a conhecer melhor os santos (a começar por aquele que corresponde ao próprio nome), tentando conhecer a respectiva vida e os escritos Tende a certeza de que tal constituirá uma válida ajuda para o vosso crescimento humano e espiritual. Como sabeis, também eu estou ligado a algumas figuras de santos, nomeadamente São José e São Bento, e também santo Agostinho. que tive ocasião de conhecer mais de perto através do estudo e da oração e que se tornou de certo modo meu companheiro de viagem na minha vida e ministério".
Não faltou nesta audiência uma saudação do Papa em língua portuguesa:
Queridos peregrinos vindos do Brasil e de Portugal, a minha saudação amiga para todos vós, em especial para os grupos paroquiais de Unhos, Catujal e Viseu. Recordamos nestes dias Santo Agostinho e sua mãe, Santa Mónica, testemunhas de como Jesus Cristo Se deixa encontrar por quantos O procuram. E, com Ele, a vossa vida não poderá deixar de ser feliz.
(Fonte: site Radio Vaticana)
S. Josemaría nesta data em 1938
Escreve num guião que utiliza para pregar: “Meios para alcançar o Amor: o que é grande começa por ser pequeno. Coisas pequenas…”
(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)
Bento XVI amanhã sexta-feira analisará o Concílio Vaticano II com os seus ex-alunos de teologia
O Papa Bento XVI, como é habitual fazer todos anos, reunir-se-á com um grupo de ex-alunos no encontro com estudiosos da Universidade de Regensburg. Com eles abordará o tema da hermenêutica do Concílio Vaticano II.
Neste encontro que se realiza de portas fechadas, assinala a Rádio Vaticano, "prevêem-se discussões de alto nível, com a participação de modo extraordinário, de D. Kurt Koch, Presidente do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos".
Também estarão presentes o Cardeal Christoph Schönborn, Arcebispo de Viena e ex-aluno de Joseph Ratzinger na época em que era professor de teologia na Alemanha; assim como D. Hans-Jochen Jaschke, Bispo Auxiliar de Hamburgo.
(Fonte: ‘ACI Digital’ com edição e adaptação de JPR)
Neste encontro que se realiza de portas fechadas, assinala a Rádio Vaticano, "prevêem-se discussões de alto nível, com a participação de modo extraordinário, de D. Kurt Koch, Presidente do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos".
Também estarão presentes o Cardeal Christoph Schönborn, Arcebispo de Viena e ex-aluno de Joseph Ratzinger na época em que era professor de teologia na Alemanha; assim como D. Hans-Jochen Jaschke, Bispo Auxiliar de Hamburgo.
(Fonte: ‘ACI Digital’ com edição e adaptação de JPR)
E.U.A. - Juiz federal suspende financiamento público de investigação com células estaminais embrionárias
É um duro revés para a administração Obama que fez da expansão da investigação com células estaminais recolhidas em embriões humanos uma bandeira: o juiz federal Royce Lamberth suspendeu ontem temporariamente o financiamento público deste tipo de pesquisa científica, argumentando que viola uma lei federal que proíbe o uso de dinheiro dos contribuintes em qualquer actividade que envolva a destruição de embriões.
O juiz suspendeu temporariamente o financiamento público à investigação para permitir aos queixosos levar o caso a tribunal.
A decisão deixou satisfeita a Nightlight Christian Adoptions, uma das organizações cristãs que levou o tema à justiça. “Não queremos investigação em células estaminais que destrói embriões”, disse Ron Stoddart, director executivo da agência, citado pelo “New York Times”. “Os embriões são vida humana pré-natal que deve ser protegida e não destruída. Se houvesse uma forma de extrair as células estaminais sem os destruir [aos embriões], não me oporia”.
Stoddart espera que a decisão faça regressar a legislação mais restritiva adoptada por George W. Bush em 2001, mas Steve H. Aden, da Alliance Defense Fund, um dos queixosos, diz que o juiz deve esclarecer se as regras fixadas pela anterior Presidência - que limitou a 21 o número de centros de pesquisa apoiados por subvenções públicas (Obama aumentou o número para 75) - eram legais.
Futuro incerto
É incerto o que vai acontecer à investigação com células estaminais embrionárias. A comunidade científica defensora deste tipo de pesquisa foi surpreendida pela deliberação, já que a legislação de Obama era vista como sólida. E reagiu com alguma desorientação.
“Tenho que dizer a todos no meu laboratório que quando alimentarem as células amanhã [hoje] de manhã, devem usar meios não financiados pelo governo federal”, disse ao “New York Times” George Daley, director do programa de transporte de células estaminais do hospital pediátrico de Boston. “Esta deliberação significa uma disrupção imediata na actividade de dezenas de laboratórios que fazem este trabalho desde que a administração Obama o permitiu”.
Os Institutos Nacionais da Saúde, agência governamental do departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA não comentaram a decisão de Lamberth.
Já o departamento de Justiça fez saber apenas que está a estudar a deliberação.
Fontes governamentais adiantaram que há duas alternativas: apelar a um tribunal superior ou redefinir os parâmetros para o uso de fundos públicos nestas investigações.
A Casa Branca defendeu sempre que a legislação que aprovou não viola a lei porque o dinheiro federal seria apenas usado uma vez produzidas as células estaminais embrionárias – excluindo, assim, desse financiamento o processo que leva à destruição dos embriões. O juiz discordou e defendeu que este tipo de investigação “depende necessariamente da destruição de um embrião humano”.
O juiz suspendeu temporariamente o financiamento público à investigação para permitir aos queixosos levar o caso a tribunal.
A decisão deixou satisfeita a Nightlight Christian Adoptions, uma das organizações cristãs que levou o tema à justiça. “Não queremos investigação em células estaminais que destrói embriões”, disse Ron Stoddart, director executivo da agência, citado pelo “New York Times”. “Os embriões são vida humana pré-natal que deve ser protegida e não destruída. Se houvesse uma forma de extrair as células estaminais sem os destruir [aos embriões], não me oporia”.
Stoddart espera que a decisão faça regressar a legislação mais restritiva adoptada por George W. Bush em 2001, mas Steve H. Aden, da Alliance Defense Fund, um dos queixosos, diz que o juiz deve esclarecer se as regras fixadas pela anterior Presidência - que limitou a 21 o número de centros de pesquisa apoiados por subvenções públicas (Obama aumentou o número para 75) - eram legais.
Futuro incerto
É incerto o que vai acontecer à investigação com células estaminais embrionárias. A comunidade científica defensora deste tipo de pesquisa foi surpreendida pela deliberação, já que a legislação de Obama era vista como sólida. E reagiu com alguma desorientação.
“Tenho que dizer a todos no meu laboratório que quando alimentarem as células amanhã [hoje] de manhã, devem usar meios não financiados pelo governo federal”, disse ao “New York Times” George Daley, director do programa de transporte de células estaminais do hospital pediátrico de Boston. “Esta deliberação significa uma disrupção imediata na actividade de dezenas de laboratórios que fazem este trabalho desde que a administração Obama o permitiu”.
Os Institutos Nacionais da Saúde, agência governamental do departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA não comentaram a decisão de Lamberth.
Já o departamento de Justiça fez saber apenas que está a estudar a deliberação.
Fontes governamentais adiantaram que há duas alternativas: apelar a um tribunal superior ou redefinir os parâmetros para o uso de fundos públicos nestas investigações.
A Casa Branca defendeu sempre que a legislação que aprovou não viola a lei porque o dinheiro federal seria apenas usado uma vez produzidas as células estaminais embrionárias – excluindo, assim, desse financiamento o processo que leva à destruição dos embriões. O juiz discordou e defendeu que este tipo de investigação “depende necessariamente da destruição de um embrião humano”.
(...)
Pedro Rios
(Fonte: ‘Página 1’, grupo Renascença, na sua edição de 24.08.2010)
Pedro Rios
(Fonte: ‘Página 1’, grupo Renascença, na sua edição de 24.08.2010)
A ESCRITA ORANTE
Estava cansado!
A vida parecia que já não tinha nada para lhe dar!
Não lhe apetecia fazer nada e a única coisa que ainda lhe sabia bem, que ainda o entusiasmava de alguma maneira, era escrever.
Enquanto assim pensava, ia pedindo perdão a Deus por se sentir tão sem metas, tão indiferente a tudo e até a si próprio.
Sim, porque no seu íntimo ele sabia que isto era coisa passageira, era coisa que não condizia consigo e muito menos com a fé que vivia e queria viver.
A sua fé era uma fonte de esperança, de ânimo, de confiança, o que não podia estar mais em desacordo com aquilo que agora sentia.
Por isso mesmo decidiu pegar no papel, ou melhor no teclado do computador e escrever.
Escrever sem nenhum fim específico, deixando-se levar pelas palavras que ia escrevendo, ou melhor ainda, deixando que Deus lhe falasse através das palavras que fossem surgindo aos seus olhos e sobretudo ao seu coração.
Que coisa estranha, porque normalmente quando escrevia, tinha no seu pensamento um “esqueleto” daquilo que ia escrever, tinha sempre um princípio e um fim, e à medida que escrevia ia surgindo o “meio”.
Mas agora não, escrevia apenas aquilo que lhe ia surgindo á medida que escrevia!
O que iria afinal sair como texto, desta escrita sem principio, nem fim?
As palavras iam aparecendo na sua cabeça, até talvez mais rápidas que a sua capacidade de escrever.
Sentiu que algo o incitava a não parar de escrever e a continuar a alinhar as palavras na folha branca que lhe aparecia aos olhos, no computador.
O seu corpo que ao princípio estava dobrado, mole, quase num adormecimento, começou a endireitar-se na cadeira e agitar-se na necessidade de escrever.
Aquela má disposição, aquele cansaço inexplicável, aquela sensação de nada ter e nada querer, iam dando lugar a uma vontade de explicar o que se ia passando dentro de si naquele momento.
Escrevia e vinha-lhe ao pensamento uma pergunta que quase lhe apetecia fazer em voz alta:
Estás aí Senhor?
Curiosamente parecia-lhe que em vez de ouvir palavras, (ouvir no coração claro), apenas “ouvia” um Sorriso.
Mas que é isto de “ouvir” um Sorriso, pensou ele, quando leu as palavras que tinha escrito?
É que o Sorriso era uma presença, uma brisa suave que lhe passava no coração, e o fazia sentir como alguém, como pessoa, como parte importante de alguma coisa, mas que ele não sabia definir.
Fechou os olhos por um momento e parou de escrever!
No seu pensamento, no seu coração, em todo o seu ser apenas aparecia uma frase: filho de Deus!
Ele perguntou-se:
filho de Deus?
E então sentiu, mais do que ouviu:
Sim, filho de Deus! Tu és filho de Deus!
Ele pensou e respondeu:
Claro que sou filho de Deus, eu sei! E depois o que traz isso de novo agora?
Sentiu outra vez uma resposta:
Se és filho de Deus, tens uma família, a maior família que existe, que é a família dos filhos de Deus, que é a família de Deus.
Olha, que é a família do Reino de Deus!
Começou a sentir-se diferente, mais animado, mas mesmo assim perguntou:
E depois, o que há de novo em ser da família do Reino de Deus?
Então o Sorriso abriu-se e disse-lhe:
Não sabes tu que o Reino de Deus é sempre novo? Não sabes tu que o Reino de Deus não dispensa nenhum dos seus filhos? Não sabes tu que no Reino de Deus por muito que tenhas feito, tens sempre mais a fazer? Não sabes tu que aos olhos de Deus tu és o mais importante, tão mais importante como todos os outros são os mais importantes? Não sabes tu que Ele está sempre contigo, que Ele está sempre com todos?
Sim eu sei, respondeu, começando a compreender.
O Sorriso continuou:
Então se sabes como podes tu estar desanimado, ou a pensar que a vida já não tem nada para te dar? Já perguntaste a ti próprio o que tens tu para dar à vida? À tua e às dos outros com quem te cruzas? Como podes tu acreditar que Eu estou contigo e estares desanimado?
Quem sou Eu? Perguntou então o Sorriso!
Como num impulso, escreveu:
Tu és o Caminho, a Verdade e a Vida!
Então o Sorriso tomou conta de si!
Abriu-lhe a vontade de viver, trouxe-lhe o ânimo de testemunhar, colocou em si a importância do seu ser filho de Deus, e percebeu então, mais uma vez, que era muito, muito amado pelo Amor e que isso era mais importante do que tudo o resto.
Foi então que se me esgotaram as palavras que estou a escrever, porque a oração estava feita e tinha sido ouvida!
Monte Real, 24 de Agosto de 2010
Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/2010/08/escrita-orante.html
A vida parecia que já não tinha nada para lhe dar!
Não lhe apetecia fazer nada e a única coisa que ainda lhe sabia bem, que ainda o entusiasmava de alguma maneira, era escrever.
Enquanto assim pensava, ia pedindo perdão a Deus por se sentir tão sem metas, tão indiferente a tudo e até a si próprio.
Sim, porque no seu íntimo ele sabia que isto era coisa passageira, era coisa que não condizia consigo e muito menos com a fé que vivia e queria viver.
A sua fé era uma fonte de esperança, de ânimo, de confiança, o que não podia estar mais em desacordo com aquilo que agora sentia.
Por isso mesmo decidiu pegar no papel, ou melhor no teclado do computador e escrever.
Escrever sem nenhum fim específico, deixando-se levar pelas palavras que ia escrevendo, ou melhor ainda, deixando que Deus lhe falasse através das palavras que fossem surgindo aos seus olhos e sobretudo ao seu coração.
Que coisa estranha, porque normalmente quando escrevia, tinha no seu pensamento um “esqueleto” daquilo que ia escrever, tinha sempre um princípio e um fim, e à medida que escrevia ia surgindo o “meio”.
Mas agora não, escrevia apenas aquilo que lhe ia surgindo á medida que escrevia!
O que iria afinal sair como texto, desta escrita sem principio, nem fim?
As palavras iam aparecendo na sua cabeça, até talvez mais rápidas que a sua capacidade de escrever.
Sentiu que algo o incitava a não parar de escrever e a continuar a alinhar as palavras na folha branca que lhe aparecia aos olhos, no computador.
O seu corpo que ao princípio estava dobrado, mole, quase num adormecimento, começou a endireitar-se na cadeira e agitar-se na necessidade de escrever.
Aquela má disposição, aquele cansaço inexplicável, aquela sensação de nada ter e nada querer, iam dando lugar a uma vontade de explicar o que se ia passando dentro de si naquele momento.
Escrevia e vinha-lhe ao pensamento uma pergunta que quase lhe apetecia fazer em voz alta:
Estás aí Senhor?
Curiosamente parecia-lhe que em vez de ouvir palavras, (ouvir no coração claro), apenas “ouvia” um Sorriso.
Mas que é isto de “ouvir” um Sorriso, pensou ele, quando leu as palavras que tinha escrito?
É que o Sorriso era uma presença, uma brisa suave que lhe passava no coração, e o fazia sentir como alguém, como pessoa, como parte importante de alguma coisa, mas que ele não sabia definir.
Fechou os olhos por um momento e parou de escrever!
No seu pensamento, no seu coração, em todo o seu ser apenas aparecia uma frase: filho de Deus!
Ele perguntou-se:
filho de Deus?
E então sentiu, mais do que ouviu:
Sim, filho de Deus! Tu és filho de Deus!
Ele pensou e respondeu:
Claro que sou filho de Deus, eu sei! E depois o que traz isso de novo agora?
Sentiu outra vez uma resposta:
Se és filho de Deus, tens uma família, a maior família que existe, que é a família dos filhos de Deus, que é a família de Deus.
Olha, que é a família do Reino de Deus!
Começou a sentir-se diferente, mais animado, mas mesmo assim perguntou:
E depois, o que há de novo em ser da família do Reino de Deus?
Então o Sorriso abriu-se e disse-lhe:
Não sabes tu que o Reino de Deus é sempre novo? Não sabes tu que o Reino de Deus não dispensa nenhum dos seus filhos? Não sabes tu que no Reino de Deus por muito que tenhas feito, tens sempre mais a fazer? Não sabes tu que aos olhos de Deus tu és o mais importante, tão mais importante como todos os outros são os mais importantes? Não sabes tu que Ele está sempre contigo, que Ele está sempre com todos?
Sim eu sei, respondeu, começando a compreender.
O Sorriso continuou:
Então se sabes como podes tu estar desanimado, ou a pensar que a vida já não tem nada para te dar? Já perguntaste a ti próprio o que tens tu para dar à vida? À tua e às dos outros com quem te cruzas? Como podes tu acreditar que Eu estou contigo e estares desanimado?
Quem sou Eu? Perguntou então o Sorriso!
Como num impulso, escreveu:
Tu és o Caminho, a Verdade e a Vida!
Então o Sorriso tomou conta de si!
Abriu-lhe a vontade de viver, trouxe-lhe o ânimo de testemunhar, colocou em si a importância do seu ser filho de Deus, e percebeu então, mais uma vez, que era muito, muito amado pelo Amor e que isso era mais importante do que tudo o resto.
Foi então que se me esgotaram as palavras que estou a escrever, porque a oração estava feita e tinha sido ouvida!
Monte Real, 24 de Agosto de 2010
Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.com/2010/08/escrita-orante.html
Tema para breve reflexão - Fidelidade humana
Um homem é fiel quando considera que determinada causa é digna do seu empenho; quando se consagra de maneira voluntária e completa a esse empreendimento; quando a ele se dedica de forma contínua e prática, trabalhando firmemente a seu serviço.
(Javier ABAD GÓMEZ, Fidelidade, Quadrante, 1991 pg. 10)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
(Javier ABAD GÓMEZ, Fidelidade, Quadrante, 1991 pg. 10)
Publicada por ontiano em NUNC COEPI - http://amexiaalves-nunccoepi.blogspot.com/
O Evangelho do dia 25 de Agosto de 2010
São Mateus 23,27-32
27 «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que sois semelhantes aos sepulcros branqueados, que por fora parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda a espécie de podridão!28 Assim também vós por fora pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e iniquidade.29 «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que edificais os sepulcros dos profetas e adornais os túmulos dos justos,30 e dizeis: “Se nós tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido seus cúmplices no derramamento do sangue dos profetas!”.31 Assim dais testemunho contra vós mesmos de que sois filhos daqueles que mataram os profetas, e32 acabais de encher a medida de vossos pais.
27 «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que sois semelhantes aos sepulcros branqueados, que por fora parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda a espécie de podridão!28 Assim também vós por fora pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e iniquidade.29 «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que edificais os sepulcros dos profetas e adornais os túmulos dos justos,30 e dizeis: “Se nós tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido seus cúmplices no derramamento do sangue dos profetas!”.31 Assim dais testemunho contra vós mesmos de que sois filhos daqueles que mataram os profetas, e32 acabais de encher a medida de vossos pais.
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