Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Novas imagens inéditas do ataque a Bento XVI

“Diante de Deus tu és uma criança”

Diante de Deus, que é Eterno, tu és uma criança mais pequena do que, diante de ti, um miúdo de dois anos. E, além de criança, és filho de Deus. – Não o esqueças.

(S. Josemaría Escrivá - Caminho, 860)

Se reparardes bem, é muito diferente a queda de uma criança e a queda de uma pessoa crescida. Para as crianças, uma queda, em geral, não tem importância; tropeçam com tanta frequência! E se começam a chorar, o pai lembra-lhes: os homens não choram. Assim se encerra o incidente com o empenho do miúdo por contentar o seu pai.

(…) Se procurarmos portar-nos como eles, os tropeções e os fracassos – aliás inevitáveis – na vida interior, nunca se transformarão em amargura. Reagiremos com dor, mas sem desânimo, e com um sorriso que brota, como a água límpida, da alegria da nossa condição de filhos desse Amor, dessa grandeza, dessa sabedoria infinita, dessa misericórdia, que é o nosso Pai. Aprendi durante os meus anos de serviço ao Senhor a ser filho pequeno de Deus. E isto vos peço: que sejais quasi modo geniti infantes, meninos que desejam a palavra de Deus, o pão de Deus, o alimento de Deus, a fortaleza de Deus para se comportarem de agora em diante, como homens cristãos.

(S. Josemaría Escrivá - Amigos de Deus, 146)

Chopin para descansar e embalar a nossa oração

Na presença de Deus (Editorial)

O findar do ano civil e para os cristãos a celebração do Natal de Cristo é ocasião de reflexão e balanços. Também para Bento XVI, que como de costume falou aos seus colaboradores mais estreitos (cardeais, membros da Cúria Romana, representantes pontifícios) relendo o ano sob uma luz que pode surpreender mas que é a única verdadeira, isto é, "na presença de Deus". E propondo a sua visão destes meses transcorridos a quem quiser prestar-lhe atenção.

O Papa escolheu as três grandes viagens internacionais do ano à África, à Terra Santa e ao coração da Europa para desenvolver uma reflexão sobre o ser humano que, consciente ou não, está precisamente diante de Deus. A preocupação de Bento XVI permanece de facto a de testemunhar esta realidade. Isto num ano em grande parte transcorrido "no sinal da África". Mas também durante a peregrinação ao país prometido a Moisés e onde Jesus passou anunciando e inaugurando o reino de Deus. E na visita à República Checa, no coração da Europa desde há vinte anos de novo livre e em paz, apesar de estar sob o peso de novas divisões, injustiças e intolerâncias.

Como sempre o Papa ressalta o essencial, sem contudo atenuar um realismo atento que muitas vezes falta a governantes e políticos. Ao contrário, este realismo é a característica principal da encíclica Caritas in veritate, assim como o foi da assembleia sinodal, que contudo não se atribuiu competências políticas impróprias. E o essencial consiste no facto de que o céu já não está fechado e que Deus está próximo. Por isto os católicos africanos vivem todos os dias o sentido da sacralidade, acolheram a primazia pontifícia como evidente "ponto de convergência para a unidade da Família de Deus" e celebram liturgias jubilosas e compostas que recordaram a Bento XVI a sobria ebrietas querida ao misticismo antigo, judaico e cristão.

A reconciliação, para o Papa, é urgente tanto em África como em qualquer outra sociedade, segundo um processo que pode inspirar-se no que foi iniciado na Europa depois da tragédia da última guerra mundial. Mas a reconciliação realiza-se, antes de tudo, no sacramento da penitência, que em grande parte desapareceu dos costumes dos cristãos porque se perdeu "a veracidade em relação a nós mesmos e a Deus", pondo a risco a humanidade e a capacidade de paz. E diante do mal é preciso permanecer vigilantes: eis por que Bento XVI falou de novo sobre a visita "perturbadora" realizada ao Yad Vashem, que recorda o extermínio de seis milhões de judeus e a vontade de expulsar do mundo o Deus de Abraão e de Jesus.

Mas a imagem que mais surpreende e que permanecerá deste grande discurso papal é a do "átrio dos gentios", reservado no Templo de Jerusalém aos pagãos que queriam rezar ao único Deus e que Jesus quis desimpedir de quem o tinha transformado num "covil de ladrões". À imitação de Cristo também hoje disse Bento XVI a Igreja deveria abrir um espaço para todos os povos e para quantos conhecem Deus de longe ou para os quais é desconhecido ou estranho. Para os ajudar a "estar em relação com o Deus", em cuja presença estão todas as criaturas humanas.

Giovanni Maria Vian - Director

(© L'Osservatore Romano - 26 de Dezembro de 2009)

L'Osservatore Romano edição em língua portuguesa de 26-XII-2009

Festa da Sagrada Família, em Madrid: "colocar acima de tudo o amor"



Vídeos em espanhol

Milhares de pessoas provenientes de Espanha e de diversos países europeus, incluindo Portugal, congregaram-se neste Domingo em Madrid para reivindicar “o modelo da verdadeira família: a Sagrada Família de Nazaré”.

O presidente da Conferência Episcopal Espanhola e arcebispo de Madrid, D. Antonio María Rouco Varela, presidiu à missa, acompanhado por cerca de três dezenas de bispos espanhóis e mais de uma dezena de cardeais e arcebispos europeus.

O Papa Bento XVI enviou uma saudação por videoconferência desde a praça de São Pedro, ao meio dia, antes da recitação da oração mariana do Angelus, onde apelou à defesa da família “baseada no casamento entre um homem e uma mulher”. Falando em castelhano, o Sumo Pontífice lembrou que Deus veio ao mundo “no seio de uma família, sendo esta instituição o caminho mais seguro para encontrar e conhecer” Deus.

A mensagem foi transmitida na capital espanhola, durante a missa ao ar livre.

Durante a celebração, o arcebispo de Madrid defendeu que “o modelo da família cristã é o que responde fielmente à vontade de Deus e, por isso, é ele que garante o bem fundamental e insubstituível da família para os seus membros, para toda a sociedade e, não em último lugar, para a Igreja”.

A homilia centrou-se na generosidade da família cristã, “capaz de colocar acima de tudo o amor” e de “abrir dia a dia, cruz a cruz, o caminho da verdadeira felicidade”.

“Em quem e onde é que as crianças, os deficientes, os doentes, os excluídos podem encontrar o dom da vida e o amor incondicional, senão em vós, pais e mães das famílias cristãs?”, perguntou o cardeal Rouco Varela, que não esqueceu as dificuldades que afectam a família em Espanha e na Europa, designadamente “a facilitação jurídica do divórcio até extremos impensáveis até há pouco tempo” e a eliminação cultural e legal “da consideração do matrimónio como a união irrevogável de um homem e de uma mulher, aberta à procriação dos filhos”.

O arcebispo de Madrid lamentou o surgimento “dessa outra linguagem dos diversos modelos de família, que parece assenhorear-se, de forma avassaladora e sem réplica alguma, da mentalidade e da cultura do nosso tempo” e que “não responde à verdade natural da família, tal como foi dada ao homem desde a criação”.

A nova lei do aborto, aprovada no Congresso Espanhol, foi outro dos temas abordados por D. Rouco Varela. “O directo à vida do bebé, ainda no ventre da sua mãe, vê-se lamentavelmente suplantado na consciência moral de um sector cada vez mais importante da sociedade e na legislação que a acompanha e a estimula, por um suposto direito ao aborto nos primeiros meses da gravidez”.

Diante deste panorama “à primeira vista obscuro e desolador”, o cardeal evocou a intervenção que João Paulo II proferiu no mesmo local em 1982, estimulando os participantes a “continuar a dizer ‘sim’ ao matrimónio e à família”, já que desta maneira “estais abrindo novamente a esteira para o verdadeiro porvir da Europa”.

(Fonte: site Radio Vaticana)

Que Natal?

NÃO SEI PORQUÊ, mas o Natal faz-me lembrar um período pré-eleitoral ou eleitoral. É que ainda o Natal vem longe, e já nos torpedeiam com uma propaganda intolerável.

De paz? De fraternidade? De atenção aos marginalizados? De partilha de bens por tantos a quem falta tudo ou falta algo de especial? De trabalho, de casa, de pão, de melhor qualidade de vida? De uma reforma honesta que deixasse de vez de cheirar a esmola, não obstante o açúcar em que vem envolvido o seu aumento?

De um espaço de esperança a sério para tanto e tanto jovem que não vê jeito de encontrar o primeiro emprego?

De uma garantia de o único critério das relações entre homens (a começar e, sobretudo, pelos do Poder) seria a verdade e só a verdade?

De tudo isto é que nós precisávamos e tudo isto está n alma, na mensagem e no coração do Natal. MAS, E INFELIZMENTE, o que esta propaganda nos traz é gastos desnecessários, é festas alienantes, é publicidade enganadora e agressiva, é, no fundo, maior pobreza de bens e de humanidade.

E, enquanto que, nos “outros” períodos pré-eleitorais e eleitorais, já boa parte das pessoas reage com indiferença, aqui todos (ou quase) se deixam atingir.

Assim, o Natal é negócio. E no meio do negócio, Jesus Cristo não encontra lugar. Mesmo que o tal negócio se pretenda fazer “piedosamente” a Seu pretexto… O nosso mundo vive mergulhado numa profunda fome de Natal. Sentimos essa fome por todo o lado. Se fosse saciada esta fome de Natal, a sério, todos os outros bens viriam por acréscimo.

É que o Natal é Jesus. E Jesus, bem acolhido, é fonte e garantia de uma sociedade diferente.

Então, não brinquemos com o Natal. Não brinquemos com Jesus. A experiência diz-nos que esta brincadeira fica cara.

D. Manuel MartinsBispo Emérito de Setúbal


(Fonte: site Rádio Renascença)

A próxima guerra

No seu esforço para promover consenso na cimeira de Copenhaga sobre as alterações climáticas, o primeiro ministro britânico Gordon Brown afirmou que, no caso de falhar o acordo, haveria uma «catástrofe económica sem precedentes ... equivalente a duas guerras mundiais e a grande depressão» (Telegraph.co.uk; 7:30am 16/Dez/2009). Ninguém duvida das boas intenções da frase mas, mesmo assim, o que ele disse é um enorme disparate.

O mais significativo na declaração é o grau de banalização do horror inconcebível de uma guerra mundial que manifesta. Agora uma simples questão de temperaturas é considerada semelhante aos maiores morticínios da história. Mas esta não é uma afirmação estranha e até se pode considerar bastante representativa nos dias que correm. A cada momento se ouvem paralelos com as guerras mundiais. No ano passado por esta altura todos falavam de grande depressão como algo próximo. E ainda ninguém se lembrou de notar que, afinal, as semelhanças da crise acabaram por ser mínimas.

O problema de afirmações como estas não é o seu exagero e implausibilidade. Pelo contrário, elas são irresponsáveis precisamente porque podem ter razão. Este é o modo como, passado pouco mais de meio-século, vamos descendo devagar a escada que conduz a grandes catástrofes. Depois de 1945 toda a gente dizia "Nunca mais!". Hoje começa a dizer-se que "Talvez amanhã!". Não se deve ter dúvidas que banalizar algo é promovê-lo, como acontece com a corrupção, divórcio, aborto, etc.

A ligeireza destes discursos começa por manifestar alheamento. É evidente que quem fala assim não conhece aquilo de que fala. Se tivesse presente o que realmente implicaram duas guerras mundiais e a depressão nunca as invocaria sem tremer. Paradoxalmente, enquanto as afirma próximas, a própria maneira de falar mostra como estão remotas.

Por outro lado este tipo de conversa esquece a terrível probabilidade do horror. Uma situação como a que levou às desgraças de 1805, 1914 e 1939 pode repetir-se a qualquer momento. Por isso é que estas coisas não devem ser ditas de forma tão frívola. Hoje pode parece alarmismo dizer que é mesmo possível o mundo encontrar-se dentro de anos envolvido num conflito maciço. Mas é bom lembrar que em 1800, 1910 e 1930 também ninguém acreditava nisso.

A probabilidade nasce do facto que em última análise estas coisas não se devem a homens horríveis, como Napoleão ou Hitler, mas a pessoas normais como nós que, levadas ao desespero, dão poder a homens horríveis como eles. Sempre existem personalidades sádicas, sinistras e demoníacas. Felizmente só raramente levam a uma época sádica e demoníaca.

As pessoas também esquecem que o fanatismo com que os franceses seguiram Imperador e os alemães o Führer se deve aos enormes sucessos que eles conseguiram. Não foi o mal que seduziu a França de oitocentos e Alemanha dos anos 30. O caminho que conduz à calamidade global é bem conhecido. Primeiro o desespero. Depois o medo. Finalmente e definitivo, o orgulho.

É evidente que o aquecimento global, mesmo que seja tão terrível como alguns prevêem, nunca terá as consequências invocadas. Mas as crises atómicas do Irão e Coreia do Norte podem abrir a porta, como uma crise político-económica na Rússia ou China. Oportunidades de calamidade existem em todos os tempos.

Felizmente a história raramente se repete. Apesar de tolices como as referidas, o fantasma de 1939-45 ainda assombra suficientemente toda a gente para ninguém o tomar levianamente. Aliás, o mais provável é que a próxima guerra global venha de um lado inesperado, precisamente como as anteriores. Foi por não haver Napoleão que as potências entraram em conflito em 1914 e foi para evitar uma nova Grande Guerra que se apaziguou Hitler. Mas em todos os casos foi a fúria e ganância que dominaram todos os outros interesses.

O progresso e a sofisticação tecnológica não nos protegem da nossa própria crueldade. Mas ao menos garantem duas características da próxima guerra: será curta e os mais infelizes serão os sobreviventes…

João César da Neves

(Fonte: DN online)

S. Josemaría Escrivá nesta data em 1931

Escreve, absorto em oração: “Ó Jesus – dir-lhe-ei – quero ser uma fogueira de loucura de Amor! Quero que a minha simples presença seja bastante para incendiar o mundo, em muitos quilómetros em redor, com um incêndio inextinguível. Quero saber que sou teu. Depois, venha a Cruz : nunca terei medo da expiação... Sofrer e amar. Amar e sofrer. Magnífico caminho! Sofrer, amar e acreditar: fé e amor. Fé de Pedro. Amor de João. Zelo de Paulo”.

(Fonte: http://www.pt.josemariaescriva.info/artigo/28-12-5)

Meditação do dia de Francisco Fernández Carvajal

Comentário ao Evangelho do dia feito por:

Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) (1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa
Meditação para o dia 6 de Janeiro de 1941 (a partir da trad. Source cachée, p. 271)

Os Santos Inocentes, pobres como Cristo foi pobre

Pouco depois de Santo Estêvão, o primeiro mártir, temos as «flores martyrum», as flores dos mártires, esses pequenos botões que foram arrancados antes de estarem maduros para se oferecerem. De acordo com uma piedosa tradição, a graça adiantou-se ao desenvolvimento natural destas crianças inocentes, proporcionando-lhes a compreensão daquilo que estava a suceder-lhes, a fim de as tornar capazes de uma doação livre de si mesmas e lhes garantir a recompensa reservada aos mártires. Apesar disso, não se assemelham ao confessor da fé que já chegou ao estado adulto e que, com coragem heróica, abraça a causa de Cristo. Entregues sem defesa, assemelham-se antes às «ovelhas conduzidas ao matadouro» (Is 53, 7; Act 8, 32).

Elas são, pois, a imagem da pobreza extrema. O único bem que possuem é a própria vida, que nesta altura lhes arrebatam sem que elas ofereçam resistência. Rodeiam o presépio, para nos mostrar de que natureza é a mirra que devemos oferecer ao divino Menino: aquele que deseja pertencer-Lhe por completo terá de se entregar a Ele com total desprendimento de si mesmo, abandonando-se à vontade divina como estas crianças.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 28 de Dezembro de 2009

São Mateus 2,13-18

Depois de partirem, o anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: «Levanta-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egipto e fica lá até que eu te avise, pois Herodes procurará o menino para o matar.»
E ele levantou-se de noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egipto,
permanecendo ali até à morte de Herodes. Assim se cumpriu o que o Senhor anunciou pelo profeta: Do Egipto chamei o meu filho.
Então Herodes, ao ver que tinha sido enganado pelos magos, ficou muito irado e mandou matar todos os meninos de Belém e de todo o seu território, da idade de dois anos para baixo, conforme o tempo que, diligentemente, tinha inquirido dos magos.
Cumpriu-se, então, o que o profeta Jeremias dissera:
Ouviu-se uma voz em Ramá, uma lamentação e um grande pranto: É Raquel que chora os seus filhos e não quer ser consolada, porque já não existem.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)