Segundo o cónego Ângelo Alves, o passo hoje anunciado, em termos formais, traduz-se num decreto aprovado pelo papa, reconhecendo as 'virtudes heroicas' de Sílvia Cardoso.
A instrução do processo foi iniciada na diocese do Porto em 1984, evoluindo até 1992, ano em que transitou para Roma, onde esteve em apreciação até a aprovação pela Congregação para a Causa dos Santos. Nesse processo, segundo o cónego, reconheceu-se que aquela mulher "dedicou grande parte da sua vida à caridade e à evangelização católica".
Ângelo Alves, que foi o postulador diocesano deste processo, explicou que a fase seguinte será provar, na Santa Sé, pelo menos um milagre para que seja reconhecido àquela benemérita, que morreu em 1950, com 68 anos, o estatuto de beata.
Esse processo já foi iniciado informalmente, havendo três situações que estão a ser analisadas a título exploratório.
"Há um caso que tem alguma probabilidade de terminar dentro de meses", afirmou, em declarações à Agência Lusa.
O cónego explicou que Sílvia Cardoso foi uma mulher que se dedicou, desde muito jovem, ao cuidado de crianças e idosos de famílias pobres, dispondo até da sua fortuna pessoal.
A benemérita começou por fundar o hospital de Paços de Ferreira, em 1918, e uma creche naquela localidade, em 1922.
Ao longo dos anos, a sua obra deixou marcas nas cidades do Porto, Penafiel, Vila Real, Viana do Castelo, Elvas, Amadora Évora e Barcelos.
Sílvia Cardoso é venerada por muitos católicos, sobretudo em Paços de Ferreira, cidade onde existe uma estátua em sua homenagem, que foi inaugurada pelo antigo cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Cerejeira.
No concelho ainda opera uma instituição de solidariedade social com o nome de Sílvia Cardoso.
(Fonte; DN online AQUI)
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