«Renunciais ao pecado para viver na liberdade dos filhos de Deus?».
Hoje liberdade e vida cristã, observância dos mandamentos de Deus, caminham em direcções opostas; ser cristão seria como uma escravidão; liberdade é emancipar-se da fé cristã, emancipar-se – no final de contas – de Deus.
A palavra pecado parece para muitos quase ridícula, porque dizem: «Como?! Não é possível ofender a Deus! Deus é tão grande, o que interessa a Deus, se eu faço um pequeno erro?
Não podemos ofender a Deus, o seu interesse é demasiado grande para ser ofendido por nós».
Parece verdade, mas não é assim.
Deus fez-se vulnerável.
Em Cristo crucificado vemos que Deus se fez vulnerável, fez-se vulnerável até à morte.
Deus interessa-se por nós porque nos ama, e o amor de Deus é vulnerabilidade, o amor de Deus é interesse pelo homem, o amor de Deus quer dizer que a nossa primeira preocupação deve ser não ferir, não destruir o seu amor, não fazer nada contra o seu amor porque, caso contrário, viveremos também contra nós mesmos e contra a nossa liberdade.
E, na realidade, esta liberdade aparente na emancipação de Deus torna-se imediatamente escravidão de muitas ditaduras do tempo, que devem ser seguidas para se ser considerado à altura do tempo.
CONGRESSO ECLESIAL DA DIOCESE DE ROMA
"LECTIO DIVINA" DO PAPA BENTO XVI
Basílica de São João de Latrão
Segunda-feira, 11 de Junho de 2012
Sem comentários:
Enviar um comentário