Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 2 de junho de 2012

Ambrósio e Roma - Onde está Pedro ali está a Igreja

Em 374, depois da morte do ariano Aussêncio, o povo de Milão – com a aprovação do imperador Valentiniano I – elegeu bispo Ambrósio, que tinha sido governador (consularis) da Ligúria e da Emília durante alguns anos, com as funções de administração e o exercício da justiça. Se as facções opostas concordavam com o seu nome, significa que aceitavam a aprovação geral e punham em prática, ele em primeiro lugar, o que mais tarde teria confirmado como juiz competente, isto é, «não agir arbitrariamente ou por interesse pessoal, não preparar antecipadamente as decisões, obedecer às leis e examinar as causas serenamente» (Expositio Psalmi CXVIII, 20, 37).

Ambrósio era um romano de família senatorial e de tradição católica; contava entre os seus parentes uma mártir, Sotera; e não obstante tivesse já quarenta anos, ainda não era baptizado. Ele mesmo recordou a sua firme resistência à nomeação inesperada e declarou que o tinham «tirado com força dos tribunais e das funções administrativas» (De officiis, I, 1, 1). Mas a partir do baptismo e da eleição episcopal não desejada, a sua vida tornou-se uma dedicação total à Igreja, que depois dele passa a ser chamada ambrosiana.

A sua sabedoria e o seu magistério sobre a ortodoxia da fé e do comportamento cristão deixaram uma marca indelével na Igreja universal, mas principalmente era vivo nele o sentido de Igreja, com a identidade, as prerrogativas e a tradição que a distinguiam e que ele ajudou a enriquecer com a sua doutrina e iniciativas pastorais geniais.

Portanto, se a figura do antigo e competente governador, de família senatorial e clarissimus, se impunha pelo perfil político no contexto do seu tempo – pensemos na sua acção e nas suas competentes intervenções, quer junto dos imperadores quer nas próprias vicissitudes religiosas da Cidade – para Ambrósio, em todo caso, permaneceu indiscutível a necessidade do vínculo com a Igreja de Roma e com o sucessor de Pedro para gozar da comunhão eclesial e garantir a autenticidade da profissão cristã.

Inos Biffi in ‘L’Osservatore Romano’ online

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