O pastor luterano de Roma, Jens-Martin Kruse, comentou que o Papa Bento XVI é um modelo de amizade com Jesus e um exemplo do diálogo ecuménico entre os cristãos, num artigo publicado pelo L’Osservatore Romano e no qual se referiu à visita em Roma à sua comunidade o passado dia 14 de Março.
Kruse salienta a aproximação do Santo Padre aos luteranos de Roma "com cada um dos seus membros, a sua participação na liturgia e a sua homilia profunda e rica em conteúdos".
Naquela oportunidade, Bento XVI reflectiu sobre a passagem do Evangelho de São João no qual os apóstolos Felipe e André dizem "Senhor, queremos ver a Jesus".
Kruse assinala logo que "os peregrinos que vão ao encontro de Deus, e ao mesmo tempo, são amigos de Jesus pode abrir a outras pessoas uma porta para Ele. Com isto o Papa descreveu os passos fundamentais de uma vida cristã. E estas duas imagens expressam duas ideias que mostram claramente como Bento XVI concebe e desenvolve seu serviço, imprimindo a este pontificado seu carácter particular".
"Quem se encontra com o Papa – prossegue o pastor luterano – encontra um cristão que não põe a si mesmo ao centro ou a seu ministério, mas a Jesus Cristo. Ele quer conhecê-Lo sempre mais e conduzir a outros ao encontro d’Ele, porque ele mesmo experimentou que a fé dá o consolo e a esperança, realização e sentido da vida".
Esta tarefa, explica Kruse, o Santo Padre a cumpre "com as homilias, as catequeses e as visitas pastorais, com prudência, discrição e humildade, mas de modo tão convincente que fazem dele um modelo na fé também para os luteranos".
Logo depois de assinalar que o Papa trata os temas mais importantes de nosso tempo como os direitos do homem e a relação entre religiões, o pastor afirma que o Santo Padre "dá cada dia uma contribuição importante à fé cristã".
"Como peregrino e como amigo de Jesus vai sempre ao encontro das pessoas, testemunha a mensagem evangélica e alenta assim a acreditar: com pequenos gestos e sinais que com frequência não têm uma grande ressonância, mas que são – e Bento XVI sabe – indispensáveis para manter viva a comunidade de fiéis e faz com que se cresça na fé".
"Damos graças porque em Bento XVI encontramos um Papa que se considera peregrino no caminho para Deus e amigo de Jesus", conclui.
(Fonte: ‘ACI Digital’)
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