Evangelho segundo S. Mateus 1,16.18-21.24.
Jacob gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama Cristo.
Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava desposada com José; antes de coabitarem, notou-se que tinha concebido pelo poder do Espírito Santo.
José, seu esposo, que era um homem justo e não queria difamá-la, resolveu deixá-la secretamente.
Andando ele a pensar nisto, eis que o anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo.
Ela dará à luz um filho, ao qual darás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados.»
Despertando do sono, José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor, e recebeu sua esposa.
Hoje é dia do pai!
É um pouco o meu dia também, porque sou pai e avô.
Desde há uns dias que meditava neste tema do dia do pai, pedindo ao Espírito Santo que me ajudasse a discernir o que seria necessário eu meditar, partilhando.
E as horas passavam e não me vinha ao coração, nem à mente, nada de muito bonito e profundo, (julgava eu), para meditar, para partilhar.
Pensava já recorrer a textos antigos, e lê-los, meditando-os no presente, quando recebi um mail de uma amiga de fé, a Malu, que me contava o que abaixo transcrevo, mesmo sem lhe pedir licença!
«Aqui há uns tempos, um amigo meu, andou a fazer um trabalho religioso e escrito, e precisou fazer alguma pesquisa. Então andou a perguntar a amigos e na rua também, sobre quem era Deus. Muita resposta filosófica recebeu...
Depois alegrou-se quando uma criança lhe respondeu prontamente:
- Deus...? Ora, Deus é meu Pai!!
Ele gravou as conversas e depois apagou muitas e esta deu-me a ouvir.
Ele ainda testou o miúdo e perguntou-lhe: E então quem é o teu pai - tu não tens pai? Mas a criança não se ficou e disse que sim, que tinha, mas que esse também era filho do Pai.
É claro que houve risota aí e sai nova pergunta: "Espera aí, então tu és irmão do teu pai?"
- Ah, pois sou! E você também é porque Jesus é nosso irmão, não sabia?!»
Bonito e profundo?
Que há de mais bonito e profundo que a simplicidade do amor na boca de uma criança?
Como, perante este episódio, é tão fácil interpretar as palavras de Jesus:
«e disse: «Em verdade vos digo: Se não voltardes a ser como as criancinhas, não podereis entrar no Reino do Céu.» Mt 18,3
«Respondeu Jesus: «Sim. Nunca lestes:
Da boca dos pequeninos
e das crianças de peito
fizeste sair o louvor perfeito?» Mt 21,16
E agora?
Podia escrever tantas coisas, fazer tantas reflexões e meditações, mas não está já tudo dito?
Não está já tudo dito na simplicidade que toca o coração de Deus?
Não são estas palavras simples de uma criança a melhor meditação para cada um de nós sobre o Pai de amor que nos criou?
Porque complicamos nós o que é tão simples?
Deixo-me ficar assim a ler estas palavras de criança e peço ao Senhor que nos/me conceda o dom de ser criança na Verdade, para que a nossa/minha fé seja simples e inabalável, e sobretudo para que todos nós possamos sentir esta filiação divina, com este amor puro e simples de criança, que nos faz irmãos e discípulos de Jesus Cristo, templos do Espírito Santo, filhos do Pai Nosso, que está no Céu.
Joaquim Mexia Alves
http://www.queeaverdade.blogspot.com/
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