Obrigado, Perdão Ajuda-me

Obrigado, Perdão Ajuda-me
As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

sábado, 18 de abril de 2020

ESTADO DE EMERGÊNCIA CRISTÃ

Uma proposta diária de oração pessoal e familiar.

31º Dia. Sábado da oitava da Páscoa, 18 de Abril de 2020.

Meditação da Palavra de Deus (Mc 16, 9-15)

Ide por todo o mundo e proclamai o Evangelho

“Mais tarde, apareceu aos Onze – Judas Iscariotes já não fazia parte do colégio apostólico – quando eles estavam sentados à mesa, e censurou-os pela sua incredulidade e dureza de coração, porque não acreditaram naqueles que O tinham visto ressuscitado. E disse-lhes: ‘Ide por todo o mundo e proclamai o evangelho a toda a criatura’.”

Estes versículos finais do Evangelho segundo São Marcos parecem contraditórios. Com efeito, se o Senhor muito justamente censurou os apóstolos pela sua incredulidade em relação à sua ressurreição, fundamento da fé cristã, como é possível que lhes tenha depois confiado a missão de proclamar essa mesma fé ao mundo inteiro?!
Na verdade, não só não tinham acreditado nos que, antes deles, O viram ressuscitado, como também não creram na Sua palavra, pois por três vezes Jesus lhes tinha dito que, ao terceiro dia, ressuscitaria. Teria sido certamente mais lógico que, depois dessa justíssima censura, o Mestre despedisse, com justa causa, aqueles incompetentes apóstolos e confiasse a missão de proclamar o Evangelho a gente mais capaz.

Consta que um Secretário-Geral da ONU pretendeu fazer a reforma dessa organização internacional, mas não o conseguiu, durante os anos em que esteve no cargo. Um amigo censurou-lhe o falhanço, dizendo que Deus, em apenas seis dias, tinha conseguido criar o mundo. O falhado Secretário-Geral respondeu que o Criador tinha tido uma enorme vantagem, de que ele não pode desfrutar: Não tinha colaboradores!

Se a Igreja fosse apenas uma coisa de Deus, seria excelente, mas o Senhor, na sua infinita misericórdia, quis associar todos os cristãos à missão da sua Igreja, fazendo-a nossa também. Ele sabia bem o risco que corria, pois um apóstolo, Judas Iscariotes, fora o traidor; e outro, Simão, filho de João, negou-O por três vezes. Mesmo assim, não desistiu de Pedro, que confirmou como primeiro Papa, e decerto teria readmitido Judas se este, contrito, Lhe tivesse pedido perdão.

Nós somos os servos inúteis da parábola, com a diferença de que, muitas vezes, nem sequer fazemos o que devíamos fazer, e fazemos o que era suposto não fazer. Mesmo assim, Deus quer que a missão divina da Igreja se realize através de nós e apesar de nós! Ele, que conhece melhor do que nós as nossas próprias deficiências, escolheu-nos desde toda a eternidade para esta missão e, se fizermos tudo o que estiver ao nosso alcance, Ele suprirá misericordiosamente as nossas imensas deficiências.

A gratidão a manifestar pelo chamamento e missão não deve ser expressa com palavras, mas com obras, evangelizando efectivamente todo o mundo. Mas, a melhor pregação, não é a das palavras, mas das obras: que as nossas vidas gritem pois, ao mundo, a alegria da Páscoa, a certeza de que Cristo vive e nos ama!

Intenções para os mistérios gozosos do Santo Rosário de Nossa Senhora:

1º - A anunciação do Anjo a Nossa Senhora. Ante a enormidade da missão a que o Senhor nos convoca, só cabem duas reações: fugir, com medo; ou aceitar, com fé. Maria acreditou e por isso é bem-aventurada: que ela nos obtenha a graça da obediência na fé.
2º - A visitação de Nossa Senhora a sua prima Santa Isabel. Talvez Maria, se pensasse na dificuldade de explicar o que nela tinha acontecido, nunca tivesse visitado a sua prima Santa Isabel. Mais pôde nela a confiança no Espírito Santo que, neste mistério, pedimos para todos nós e para toda a Igreja.
3º - O nascimento de Jesus em Belém. Foi num contexto da mais confrangedora pobreza material que o Filho de Deus nasceu. Que a Igreja e todos os fiéis aprendamos de Cristo esta lição de pobreza, que nos faz mais aptos para a missão evangelizadora.
4º - A apresentação de Jesus no templo e a purificação de Nossa Senhora. José e Maria estavam dispensados de apresentar no templo o Senhor do próprio templo. Que o seu exemplo de humilde e religiosa piedade seja também timbre da nossa devoção.
5º - O Menino Jesus perdido e achado no templo. Graças à sua perseverante busca, Maria e José reencontraram Jesus. Rezemos para que todos aqueles que, por alguma razão, perderam Jesus, O reencontrem na sua Igreja.

Para ler, meditar e partilhar! Obrigado e até amanhã, se Deus quiser!

Com amizade,
P. Gonçalo Portocarrero de Almada

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