«Na sua estrutura linguística e especulativa elas são paradoxos. Escolhemos somente uma para que o paradoxo surja em toda a sua drasticidade, “Bem-aventurados que sofrem” (Mt 5,4). Para sublinhar o paradoxo podemos traduzi-la assim: Bem-aventurados os que não são arrebatados pela felicidade. Nas bem-aventuranças o termo “bem-aventurado” não tem semanticamente nada a ver com palavras como “feliz” ou “bem”. De facto, aquele que sofre não se sente “bem”. “Felizes os não-felizes”, assim seria necessário traduzir para fazer sobressair todo o paradoxo».
(Joseph Ratzinger - “Olhar para Cristo”)
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