Nascer de novo, Senhor?
Sim, meu filho, nascer de novo!
Mas, Senhor, quando Te encontrei, ou melhor, quando Tu me fizeste encontrar-Te ao fim de tanto tempo, não foi esse um “nascer de novo”?
Sim, foi meu filho, e houve alegria no Céu pelo teu novo nascimento, mas sabes que em Mim, o nascer, o crescer, o morrer, faz tudo parte do “Novo” que Eu sempre sou.
Como pode ser isso, Senhor?
Repara quando nasces em e para Mim, nasces de novo para a vida que Eu Te dou.
Mas quando cresces nessa vida, nasces sempre um pouco em e para Mim, num processo contínuo, que é feito de contínuo nascimento e crescimento, de contínuo crescimento e nascimento.
Então, Senhor, e a morte?
Na morte, meu filho, voltas a nascer em e para Mim, se a tua vida foi um contínuo nascimento e crescimento em e para Mim.
Só que a morte em Mim, torna-se no derradeiro nascimento, no último crescimento, porque a partir daí já não necessitas de voltar a nascer, de continuar a crescer, nem voltarás a morrer, porque estarás em Mim, e Eu sou a eternidade.
Obrigado, Senhor, quero nascer e crescer sempre de novo, para morrer em Ti, nascendo para a vida.
Lembra-te sempre, meu filho: «Eu renovo todas as coisas». Ap 21, 5
Marinha Grande, 10 de Abril de 2018
Joaquim Mexia Alves
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