Medo da maternidade
Há um medo da maternidade que se apodera de grande parte dos nossos contemporâneos. Esse medo sinaliza algo mais profundo: o outro [o filho] converte-se num adversário que se apossa de uma parte da minha vida, numa ameaça para o meu ser, para o meu livre desenvolvimento. Hoje não há uma filosofia do amor, mas apenas uma filosofia do egoísmo. [...] A possibilidade de enriquecer-me na entrega, de reencontrar-me a partir do outro e através do meu ser para o outro, é rejeitada como uma visão idealista. É exatamente aqui que o homem se engana.
Desaconselha-se o amor. Em última análise, desaconselha-se ser homem.
(Cardeal Joseph Ratzinger in ‘Avvennire’ Setembro 2000)
Sem comentários:
Enviar um comentário