Uma pedra nos rins e as dores, (muitas), consonantes com a passagem da pedra pelos canais milimétricos do aparelho urinário.
Uma vontade grande de louvar a Deus, de dizer-Lhe que sim, de oferecer tão pouco pelos outros.
Pelo meio da conversa com Ele, por vezes a vontade de um palavrão a querer sair, quando as dores atingem “picos quase insuportáveis”
Ao fim de muitas horas o alívio, a ausência de dores, uma paz que se instala, um viver quase no paraíso, em comparação com aquilo porque fui passando.
E depois a reflexão.
O caminho é estreito, disse-o Ele, e pelo caminho há pedras, contrariedades, provações.
Sem desistências, (embora por vezes com alguma revolta, os tais palavrões), prosseguimos o caminho.
As pedras estão lá e por vezes são dolorosas, mas sabemos que Ele está connosco e não deixa nunca de nos guiar, acompanhar e ajudar no caminho.
Tal como no alívio das dores, também por vezes no caminho estreito se vivem momentos de intensa união com Ele, que são um oásis, uma paz, um pressentir o paraíso de sabermos que esse caminho, apesar de ser estreito e cheio de pedras, nos leva sempre à contemplação de Deus, ao gozo de Deus, envolvidos no Seu amor para toda a eternidade.
E então, apenas posso dizer: Obrigado, Senhor! Obrigado. Senhor! Obrigado, Senhor!
Marinha Grande, 14 de Dezembro de 2016
Joaquim Mexia Alves
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