Olho por cima do meu ombro
E vejo-Te debruçado
Sobre mim,
A sorrir.
Atento á minha frente
E é o teu Corpo
De perfeito homem
Que me guia.
Abro a boca e recebo-Te inteiro
Como alimento escasso,
Ázimo e insípido
Mas que me enche todo,
Me converte em Anjo
E me eleva juntamente.
E eu sinto, vejo e oiço
E também sei
Que algo importante em mim vês.
Não posso compreender
Os porquês
(este é um mistério da Tua Bondade)
Te mereci chamamento de igual para igual:
António… anda … vem coMigo…!
E eu fui e tenho ido.
Que bem me sinto…
Não quero aprofundar razões
Nem motivos ou quereres
Da Tua Vontade;
Faz de mim, Senhor,
O que quiseres.
Sou Teu
Para sempre
Até à Eternidade.
(AMA, Coisas Minhas, Poesias 2ºs trinta anos, Porto, Abril, 1987)
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