O que é próprio e específico dos sacerdotes é servir os fiéis com o seu ministério, possibilitando e facilitando-lhes o exercício do sacerdócio comum recebido no Baptismo. Daí a necessidade de que nós, os ministros de Cristo, correspondamos com todas as nossas forças ao dom tão grande que recebemos. Neste contexto se enquadra o Ano sacerdotal que agora começou.
Para que o chamamento à santidade e ao apostolado se introduza profundamente na vida dos fiéis leigos e não se fique em meras palavras, a tarefa do sacerdote é indispensável. Só ele é o mestre que proclama com autoridade sagrada a Palavra de Deus. Só o sacerdote pode administrar o perdão divino no sacramento da Penitência e dirigir as almas como bom pastor pelos caminhos da vida eterna. Só o sacerdote recebeu o poder de consagrar o Corpo e o Sangue de Cristo na Santa Missa, fazendo as vezes d’Ele, de modo que todos possam entrar em contacto pessoal e directo com o Mistério pascal e receber a Sagrada Comunhão, indispensável para alimentar o caminhar sobrenatural das almas.
São razões que nos devem levar a rezar pelo fiel ministério dos presbíteros. Dizem que os sacerdotes têm o povo que merecem e que os fiéis também têm os sacerdotes que merecem. Logo, temos de elevar a nossa oração diária, em autêntica Comunhão dos santos, pelos sacerdotes e pelo povo. Temos de rogar ao Senhor, com a nossa luta diária pela santidade pessoal, pedindo o que costumam repetir na América latina: Senhor, dá-nos sacerdotes santos. Esta oração será sempre necessária e actual, com a ideia clara de que todos beneficiaremos ao implorar do Céu a santidade do clero. Esta responsabilidade diária afecta-nos a todos e a todas. Rezamos assim diariamente? Convidamos outros para que se unam também à nossa súplica?
Com que carinho enfrentava S. Josemaria este dever! As suas palavras eram convincentes e repletas de urgência, para animar os que o escutavam, sempre impelido pela fé na Comunhão dos santos. Não conheço sacerdotes maus, dizia. Sei que há alguns débeis, frouxos, talvez cobardes. Mas maus não![9].E noutra altura: por acaso não será porque não os ajudais suficientemente? Rezais pelos sacerdotes? Sabeis fazer o que fizeram os bons filhos de Noé? (…) Tende um pouco de compaixão, de caridade. Não murmureis. Perdoai, desculpai, rezai[10].
Excerto carta de Julho 2009 do Prelado do Opus Dei - D. Javier Echevarría
[9]. S. Josemaria, Notas de uma tertúlia, 19-XI-1972.
[10]. S. Josemaria, Notas de uma tertúlia, 29-X-1972.
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