Quem é esse Deus em quem acreditámos? Qual é a sua essência? Como é que o podemos definir? A liturgia deste dia diz-nos que «Deus é amor». Convida-nos a contemplar a bondade, a ternura e a misericórdia de Deus, a deixarmo-nos envolver por essa dinâmica de amor, a viver «no amor» a nossa relação com Deus e com os irmãos. A primeira leitura é uma catequese sobre essa história de amor que une Jahwéh a Israel. Ensina que foi o amor – amor gratuito, incondicional, eterno – que levou Deus a eleger Israel, a libertá-lo da opressão, a fazer com ele uma Aliança, a derramar sobre ele a sua misericórdia em tantos momentos concretos da história... Diante da intensidade do amor de Deus, Israel não pode ficar de braços cruzados: o Povo é convidado a comprometer-se com Jahwéh e a viver de acordo com os seus mandamentos. A segunda leitura define, numa frase lapidar, a essência de Deus: «Deus é amor». Esse «amor» manifesta-se, de forma concreta, clara e inequívoca em Jesus Cristo, o Filho de Deus que se tornou um de nós para nos manifestar – até à morte na cruz – o amor do Pai. Quem quiser «conhecer» Deus, permanecer em Deus ou viver em comunhão com Deus, tem de acolher a proposta de Jesus, despir-se do egoísmo, do orgulho e da arrogância e amar Deus e os irmãos. O Evangelho garante-nos que esse Deus que é amor tem um projecto de salvação e de vida eterna para oferecer a todos os homens. A proposta de Deus dirige-se especialmente aos pequenos, aos humildes, aos oprimidos, aos excluídos, aos que jazem em situações intoleráveis de miséria e de sofrimento: esses são não só os mais necessitados, mas também os mais disponíveis para acolher os dons de Deus. Só quem acolhe essa proposta e segue Jesus poderá viver como filho de Deus, em comunhão com Ele.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
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