Obrigado, Perdão Ajuda-me

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As minhas capacidades estão fortemente diminuídas com lapsos de memória e confusão mental. Esta é certamente a vontade do Senhor a Quem eu tudo ofereço. A vós que me leiam rogo orações por todos e por tudo o que eu amo. Bem-haja!

quarta-feira, 11 de junho de 2014

D. Álvaro via unicamente almas que o Senhor punha ao seu lado

A esperança levava D. Álvaro a não se deter perante as dificuldades. Desde que passou a pertencer ao Opus Dei, em 1935, realizou um apostolado constante e otimista, certo de que Deus sempre o ajudaria. E nessa atitude perseverou até ao fim da sua vida. Ninguém que com ele se cruzasse, por qualquer motivo, se afastava sem receber dele uma oração, umas palavras de interesse pela sua família ou pelo seu trabalho, um conselho espiritual… E não dava importância à categoria das pessoas, via unicamente almas que o Senhor punha ao seu lado: o porteiro de um edifício, o funcionário de um dicastério da Santa Sé, a hospedeira ou o comissário de bordo do avião em que viajava… O mesmo fazia com as autoridades eclesiásticas ou civis que podiam inclusivamente ter bastante mais anos que ele ou que gozavam de relevante prestígio social. Nunca se deteve por falsos respeitos humanos. Ia a esses encontros, casuais ou programados, com a certeza de que o Senhor o acompanhava, pois tinha visto esse exemplo na atuação de S. Josemaria.

Em 1972, D. José María Hernández Garnica quis redigir, antes de morrer, um memorandum em que refere o seu assombro pelo “atrevimento” de D. Álvaro, antes de receber a ordenação sacerdotal, ao fazer diligências com cardeais e bispos, ministros e autoridades locais. Como narram alguns dos biógrafos de D. Álvaro, o próprio D. José María lhe perguntou uma vez se não se sentia pouco à vontade, inseguro, nesse tipo de encargos. A resposta, cheia de fé em Deus e de confiança no exemplo do nosso Padre, foi: «Lembro-me da pesca milagrosa e do que S. Pedro disse: in nómine tuo, laxábo rete. Penso no que me disse o Padre e sei que, se lhe obedecer, estou a obedecer a Deus» [13].

À medida que se aproxima a data da beatificação, recorramos confiadamente à intercessão de D. Álvaro, pedindo-lhe que nos consiga do Senhor a esperança otimista na tarefa apostólica. Um bom dia para isso é o próximo 25 de junho, em que se completam 70 anos da sua ordenação sacerdotal, que recebeu em Madrid, juntamente com D. José María Hernández Garnica e D. José Luis Múzquiz, cujas causas de beatificação estão a decorrer.

[13]. Cfr. Salvador Bernal, Recuerdo de Álvaro del Portillo, Rialp, 6ª ed., Madrid 1996, p. 79; Hugo de Azevedo, Missão Cumprida, Lisboa, Diel 2008, p. 101.


(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de junho de 2014)

© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

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