Bento XVI diz que o grande encontro de bispos de todo o mundo nunca pretendeu criar uma «nova Igreja» e critica adeptos da rutura com o passado
Bento XVI assinalou com um texto inédito o 50.º aniversário do Concílio Vaticano II (1962-1965), que se celebra esta quinta-feira, no qual afirma que os mais de 2000 participantes nunca pretenderam criar uma “nova Igreja”.
Os padres conciliares, precisa o Papa, “não podiam e não queriam criar uma fé diferente ou uma nova Igreja, mas compreendê-las de um modo mais profundo e, portanto, renová-las verdadeiramente”.
O texto de Bento XVI foi publicado hoje na edição especial do jornal do Vaticano, ‘L’Osservatore Romano’, pelos 50 anos do Concilio, a 11 de outubro de 1962.
Segundo o Papa Emérito, é “absurda” a defesa de uma interpretação de “rutura” do Vaticano II face ao passado, afirmando que a mesma seria “contrário ao espírito e à vontade” dos que participaram na maior reunião de bispos católicos da história da Igreja.
O então jovem padre Joseph Ratzinger, professor de Teologia Fundamental, chegou ao Concílio como consultor do arcebispo de Colónia (Alemanha), cardeal Josef Frings, antes de ser nomeado perito teológico.
Bento XVI recorda que há 50 anos o Cristianismo, “que tinha construído e plasmado o mundo ocidental”, parecia estar a perder força e que essa perceção levou à palavra ‘aggiornamento’ (atualização, em tradução livre), que marcou a dinâmica conciliar.
“O Cristianismo tem de estar no presente para poder dar forma ao futuro”, acrescenta.
O Papa de um Concílio convocado por João XXIII sem indicações de programa ou questões concretas para abordar: “Esta foi a grandeza e, ao mesmo tempo, a dificuldade da tarefa que se apresentava à assembleia especial”, recorda.
Bento XVI alude ainda ao “dia magnífico” com que se iniciou o Vaticano II, e diz que era “impressionante ver passar os bispos provenientes de todo o mundo, de todos os povos e raças”, uma imagem da “Igreja de Jesus Cristo que abraça todo o mundo, na qual os povos da terra se sentem unidos na sua paz”.
O texto inédito vai servir como introdução à compilação dos textos conciliares de Joseph Ratzinger, que será publicada pela editorial Herder e coordenada pelo arcebispo alemão D. Gerhard Ludwig Müller, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé (Santa Sé).
OC / Agência Ecclesia
Bento XVI assinalou com um texto inédito o 50.º aniversário do Concílio Vaticano II (1962-1965), que se celebra esta quinta-feira, no qual afirma que os mais de 2000 participantes nunca pretenderam criar uma “nova Igreja”.
Os padres conciliares, precisa o Papa, “não podiam e não queriam criar uma fé diferente ou uma nova Igreja, mas compreendê-las de um modo mais profundo e, portanto, renová-las verdadeiramente”.
O texto de Bento XVI foi publicado hoje na edição especial do jornal do Vaticano, ‘L’Osservatore Romano’, pelos 50 anos do Concilio, a 11 de outubro de 1962.
Segundo o Papa Emérito, é “absurda” a defesa de uma interpretação de “rutura” do Vaticano II face ao passado, afirmando que a mesma seria “contrário ao espírito e à vontade” dos que participaram na maior reunião de bispos católicos da história da Igreja.
O então jovem padre Joseph Ratzinger, professor de Teologia Fundamental, chegou ao Concílio como consultor do arcebispo de Colónia (Alemanha), cardeal Josef Frings, antes de ser nomeado perito teológico.
Bento XVI recorda que há 50 anos o Cristianismo, “que tinha construído e plasmado o mundo ocidental”, parecia estar a perder força e que essa perceção levou à palavra ‘aggiornamento’ (atualização, em tradução livre), que marcou a dinâmica conciliar.
“O Cristianismo tem de estar no presente para poder dar forma ao futuro”, acrescenta.
O Papa de um Concílio convocado por João XXIII sem indicações de programa ou questões concretas para abordar: “Esta foi a grandeza e, ao mesmo tempo, a dificuldade da tarefa que se apresentava à assembleia especial”, recorda.
Bento XVI alude ainda ao “dia magnífico” com que se iniciou o Vaticano II, e diz que era “impressionante ver passar os bispos provenientes de todo o mundo, de todos os povos e raças”, uma imagem da “Igreja de Jesus Cristo que abraça todo o mundo, na qual os povos da terra se sentem unidos na sua paz”.
O texto inédito vai servir como introdução à compilação dos textos conciliares de Joseph Ratzinger, que será publicada pela editorial Herder e coordenada pelo arcebispo alemão D. Gerhard Ludwig Müller, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé (Santa Sé).
OC / Agência Ecclesia
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